151 resultados para Turismo. Cultura. Brejo paraibano. Caminhos do Frio rota cultural


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Na presente dissertao foram investigados os efeitos de dois metais, ferro e alumnio, sobre o crescimento e produo de toxinas por cianobactrias, em culturas mistas, ricas em Microcystis aeruginosa. Florescncias txicas desta cianobactria so conhecidas por ocorrer em lagos, albufeiras e rios por todo o mundo. As microcistinas, toxinas produzidas por esta espcie, so as mais comummente detectadas, e j mostraram ser txicas para mamferos, peixes e invertebrados. O ferro bem conhecido por ser um metal essencial ao metabolismo de cianobactrias, e ao alumnio, no lhe atribudo nenhuma funo biolgica. A amostra foi recolhida na lagoa das Furnas (Aores). Foram testadas quatro doses de ferro (0, 10, 20 e 30 M) e quatro doses de alumnio (0, 2, 4 e 8 M). O crescimento foi monitorizado pela produo de biomassa, avaliado pelo contedo de clorofila a e carbono orgnico particulado. No ensaio com o ferro o crescimento da biomassa e produo de toxinas intracelulares foram favorecidos pelo aumento da concentrao de ferro. A cultura com a maior dose de ferro testada (30 M) foi a que apresentou maior crescimento ao longo do perodo experimental e maior concentrao de toxinas intracelulares no final do mesmo. A cultura sem adio de ferro foi a que apresentou menores concentraes dos parmetros avaliados. Ficou demonstrada a influncia deste metal no crescimento, na produo de pigmentos e de toxinas pelas cianobactrias. No ensaio com o alumnio, houve um aumento de biomassa nas culturas, mas este nunca foi superior cultura sem adio de alumnio. A produo de toxinas intracelulares foi decrescente com o aumento da concentrao de alumnio nas culturas, e a produo de toxinas extracelulares foi crescente. Desta forma, foi possvel constatar que o alumnio inibiu a produo de biomassa e de toxinas intracelulares e promoveu a libertao das mesmas. A realizao de trabalhos experimentais com seres vivos resulta nalguma variabilidade e imprevisibilidade dos resultados. O facto de se ter realizado apenas uma rplica para cada ensaio constitui limitaes a este trabalho.

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O negcio do vinho em Portugal esteve sempre sujeito a crises que resultaram da lei da oferta e da procura, ou seja, da produo e do consumo. Considerado um bom caso de integrao na Unio Europeia (UE), levou-nos a questionar a sua dinmica, com o foco na componente da vinha, aps a adeso ento Comunidade Econmica Europeia e compreender as transformaes entretanto ocorridas. Desde o sculo XVIII, o vinho tem uma forte presena na historiografia e na cultura portuguesa. Portugal pioneiro a nvel internacional na demarcao de uma regio vitcola, a regio do Douro, e no papel que o Estado desempenhou. Se h atividade econmica que se imps em Portugal como lobby foi o vinho, com evidncia para a poca entre o final do sculo XIX e meados do sculo XX. Com este objetivo fez-se uma resenha histrica da vinha em Portugal. O condicionamento da cultura da vinha com incio em 1932, por um lado, e as regies vitcolas por outro, (que, embora criadas no incio do sculo passado, possuem as suas razes em pocas anteriores), sofreram o impacto da adaptao Unio Europeia e sua organizao comum do mercado para a vinha e o vinho. O pas teve de se harmonizar com novas regras, construir um cadastro vitcola atualizado e uniformizar as suas instituies ao edifcio legal da UE. A aplicao das polticas estruturais e de coeso foram um pilar fundamental para a renovao dos vinhedos envelhecidos, incentivando a modernizao de prticas culturais e dinamizando novas regies. A opo por este territrio o corolrio de um estudo de caso da regio mais internacional e mais sujeita a regras de restrio, que procurou manter a sua gesto secular e abrir-se modernizao. O despertar de uma regio adormecida levou ao aparecimento de algumas prticas mais agressivas ou erradas, mas nunca colocou em perigo a sua substncia e o seu capital mais precioso, o vinho do Porto. Em suma, apropriado afirmar, face ao resultado da investigao desenvolvida, que Portugal teve ganhos importantes na renovao do patrimnio vitcola e na redescoberta das suas castas tradicionais, ao mesmo tempo que deu uma nova vida a toda a cadeia que produz o vinho. As novas necessidades encontradas conduziram a uma estratgia de incentivo internacionalizao da fileira assentando na promoo, na expanso dos vinhos em pases especficos e na divulgao internacional do patrimnio gentico das variedades tradicionais. O aumento do valor das exportaes, contribuindo para uma melhoria da balana comercial, espelha a boa rentabilidade dos investimentos realizados e um suporte para levar a cabo uma estratgia coletiva que atenue as crises cclicas e reforce a marca Wines of Portugal como abbada para a internacionalizao das marcas portuguesas.

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O turismo tornou-se um dos maiores sectores da economia a nvel mundial. Tem a capacidade de relacionar os aspetos econmicos, sociais, culturais e ambientais de forma a agir como uma fora motriz para o seu reforo mtuo. uma atividade econmica relevante em regies de baixa densidade. A problemtica deste estudo est diretamente relacionada com o desenvolvimento local assente no turismo. A presente dissertao tem como principal objetivo contribuir para a criao, em Trs-os-Montes e Alto Douro, de um destino turstico capaz de trabalhar em rede. A regio em estudo de baixa densidade, com uma populao envelhecida e socialmente deprimida. Contudo, pelas suas caractersticas endgenas nicas e pelos seus valores naturais e culturais, tem potencialidade para apostar num desenvolvimento assente no turismo. Com o objetivo de perceber o que estaria a condicionar o desenvolvimento da regio, realizaram-se entrevistas e inquritos a diferentes entidades: agentes polticos, agentes tursticos, associaes de desenvolvimento local, agricultores e vitivinicultores. Atravs dos resultados obtidos verificou-se que na generalidade h consenso entre as entidades. Os principais obstculos identificados em relao ao desenvolvimento local foram: evoluo demogrfica, rendimento mdio mensal, interao entre entidades e apoio do poder local. As caractersticas mais valorizadas da regio foram: paisagem natural e humanizada, patrimnio cultural, agricultura e gastronomia. Apesar da no interao entre entidades, as mesmas reconhecem as vantagens que podem resultar do trabalho em rede para o desenvolvimento local. Contudo, h temticas em que notria a divergncia de opinies, tais como: acesso a servios de educao e sade, a transformao do IP4 em A4 e a construo da barragem de Foz Tua. Os resultados permitiram concluir que, apesar de haver consenso sobre a importncia do turismo e do trabalho em rede, o maior obstculo ao desenvolvimento a falta de interao e coordenao entre as diferentes entidades.

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Procuro mostrar nesta dissertao a evoluo do cinema e audiovisual em Portugal, no contexto da Unio Europeia onde estamos inseridos, e no perodo decorrido entre 2007 e 2013. Os apoios financeiros atribudos pelos programas nacionais e internacionais a estas reas da cultura. Procuro mostrar tambm a evoluo e os novos caminhos do cinema e audiovisual quer na Unio Europeia, quer em Portugal.

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This work aims to stress the concept of a security culture in the sense that each one of us is an emergency responder, the first one to respond, and the more prepared we are, with better training and awareness, the better we will perform, this applies even to the relationship between us and the Emergency Responders. All this will lead to a better probability of surviving an accident. If there is an accident, anywhere at any time, each one of us is alone. And the bigger the accident is the longer we stay alone. There is no firefighter, no policeman, no doctor, so it is very important to be competent, in other words, knowing how to react, wanting to react and being able to react. This is a basic requirement to understand the phenomenon, to know the consequences arising from the way we act and that we have to perform according to the situation: before, during and after it occurred. In brief, lets not make resilience be just a word, lets make it a concept that belongs to the higher definition of the Security Culture.

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Durante as dcadas de 1980 e de 1990 a noo de lugar foi, na literatura antropolgica, sujeita a uma abordagem crtica que debateu as dimenses metodolgicas e conceptuais envolvidas na sua construo. No seguimento dessa abordagem, surgiram propostas de trabalho que, de maneiras muito diversas, conseguiram ultrapassar as limitaes das concepes mais clssicas da figura do lugar. Essas propostas revelaram, no entanto, que mesmo quando estamos face a uma lgica de desterritorializao, a figura do lugar pode reaparecer (embora obviamente transmutada, visto construir-se no interior de outras lgicas sociais, culturais e econmicas). Partindo de uma etnografia realizada na Ilha do Pico, o texto explora algumas das inovaes, provenientes dos EUA no incio do sculo XX, que foram introduzidas nas Festas do Esprito Santo. A principal inovao prende-se com a emergncia de novos personagens: as rainhas (queens) coroadas durante o ritual, seguidas pelas costureiras indispensveis confeco dos seus vestidos e mantos. Centrado nos processos de feitura dos mantos, o texto pretende mostrar como a cultura material local se constri e se transforma no interior de um movimento transcontinental constante de pessoas, rituais, coisas e tcnicas. Num contexto transnacional, a mobilidade das pessoas pode objetificar-se em coisas que so feitas localmente, participando assim a desterritorializao na construo do lugar.

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Para fazer face a uma nova realidade, limitada pela crise financeira e organizacional em que se encontra o Servio Nacional de Sade, tm surgido vrias tentativas de mudana dos modelos tradicionais de organizao e de gesto nas Organizaes de Sade, a fim de se obterem organizaes eficazes (Ferreira, 2011). Tendo como ponto de partida a premissa dos novos desafios impostos pelo sector da sade, a gesto da rea de Diagnstico Por Imagem (ADPI) do Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) defronta-se com a crescente necessidade de traar estratgias de mudana organizacional, com capacidade de adaptao realidade vigente no sistema de sade portugus. Como vrios autores reiteram, o passo primordial para a introduo de mudanas organizacionais, passa pela identificao do tipo de cultura organizacional existente. Partindo desta lgica definiu-se a questo de investigao para o estudo, Qual a percepo da Coordenao da ADPI do CHLC face cultura organizacional vigente e considerada desejada face mudana organizacional para tornar a organizao mais eficaz?. Na mesma lgica, definiram-se como objectivos da investigao emprica, identificar as caractersticas da cultura organizacional da ADPI do CHLC de forma a criar estratgias de mudana organizacional, reconhecer as caractersticas da cultura que influenciam a eficcia organizacional nos diferentes polos da ADPI do CHLC e comparar as percepes do coordenador e subcoordenadores da ADPI do CHLC, face cultura organizacional vigente e considerada desejada em funo da mudana organizacional. Trata-se de um estudo exploratrio e descritivo, seguindo a estratgia de estudo de caso nico com uma abordagem quantitativa. Para o efeito, recorreu-se ao questionrio Organizational Culture Assessment Instrument (OCAI) desenvolvido por Cameron & Quinn (1999), o qual se aplicou populao em estudo constituda por 14 indivduos da coordenao da ADPI do CHLC. Os resultados demonstram que a cultura organizacional vigente na ADPI do CHLC do tipo Cl, e que este tipo de cultura que o coordenador e subcoordenadores consideram ideal para o futuro. Havendo diferenas significativas entre hospitais que devem ser exploradas aquando do desenho de uma interveno de desenvolvimento organizacional.

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A argumentao centra-se na histria da produo cenogrfica da segunda metade do sculo XIX em Portugal, propondo um tratamento terico mais abrangente, que desloque o enfoque analtico da pea de arte em si ou do carcter efmero e global da espectacularidade que tem merecido alguma ateno da historiografia contempornea, para uma escala de cultura visual ou mesmo de visualidade, no sentido mais dilatado destas expresses. Discutindo essencialmente a problemtica em torno da imagem teatral como produto do mundo oitocentista analisa-se o potencial cognitivo da srie cenogrfica na sua capacidade de representao e apropriaes ideolgicas. Para esta dialctica concorrem as repercusses epocais do espectculo, designadamente na regulao da vida social, na mediao de processos econmicos, no combate poltico, e sobretudo, em modelos de percepo artstica fundados nos convencionalismos cenogrficos como acontece, por exemplo, na produo decorativa e arquitectnica integradas num particular campo visual ou na teatralidade actuante dos edifcios, cuja essncia, em todos os casos, devedora de uma cultura paradoxalmente centrada nos limites da caixa cnica e na infinitude emotiva do espectacular.

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O grupo de Engenharia de Tecidos da FCT/UNL desenvolve membranas biodegradveis que servem de substrato a culturas celulares e que se destinam a substituir temporariamente tecidos humanos danificados. O objectivo desta dissertao desenvolver uma cmara que permita manter uma cultura celular em incubao por um perodo de tempo indefinido e que simultaneamente permita a sua observao atravs de microscopia ptica. Foi projectada e construda uma cmara de cultura compatvel com o microscpio disponvel no laboratrio do Grupo de Engenharia de Tecidos da FCT/UNL, capaz de manter um ambiente interno adequado s necessidades fisiolgicas das clulas: 37 C, CO2 a 5% e entre 90 a 100% de humidade sem interferir com a capacidade de formao de imagens do microscpio. Os testes efectuados permitiram verificar que o sistema desenvolvido capaz de controlar e monitorizar a temperatura e a percentagem de CO2, proporcionando um ambiente adequado para manter as clulas em incubao por um perodo de tempo indefinido e permitindo a sua observao num microscpio ptico invertido.

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Este trabalho de investigao comeou por ser estruturado em torno de quatro grandes captulos (quatro grandes linhas de orientao temtica), todos eles amplamente desenvolvidos no sentido de podermos cartografar alguns dos principais territrios e sintomas da arte contempornea, sendo certo tambm, que cada um deles assenta precisamente nos princpios de uma estrutura malevel que, para todos os efeitos, se encontra em processo de construo (work in progress), neste caso, graas plasticidade do corpo, do espao, da imagem e do uso criativo das tecnologias digitais, no mbito das quais, alis, tudo se parece produzir, transformar e disseminar hoje em dia nossa volta (quase como se de uma autntica viagem interactiva se tratasse). Por isso, a partir daqui, todo o esforo que se segue procurar ensaiar uma hiptese de trabalho (desenvolver uma investigao) que, porventura, nos permita desbravar alguns caminhos em direco aos interminveis tneis do futuro, sempre na expectativa de podermos dar forma, funo e sentido a um desejo irreprimvel de liberdade criativa, pois, a arte contempornea tem essa extraordinria capacidade de nos transportar para muitos outros lugares do mundo, to reais e imaginrios como a nossa prpria vida. Assim sendo, h que sumariar algumas das principais etapas a desenvolver ao longo desta investigao. Ora, num primeiro momento, comearemos por reflectir sobre o conceito alargado de crise (a crise da modernidade), para logo de seguida podermos abordar a questo da crise das antigas categorias estticas, questionando assim, para todos os efeitos, quer o conceito de belo (Plato) e de gosto (Kant), quer ainda o conceito de forma (Foccilon), no s no sentido de tentarmos compreender algumas das principais razes que tero estado na origem do chamado fim da arte (Hegel), mas tambm algumas daquelas que tero conduzido estetizao generalizada da experincia contempornea e sua respectiva disseminao pelas mais variadas plataformas digitais. Num segundo momento, procuraremos reflectir sobre alguns dos principais problemas da inquietante histria das imagens, nomeadamente para tentarmos perceber como que todas estas transformaes tcnicas (ligadas ao aparecimento da fotografia, do cinema, do vdeo, do computador e da internet) tero contribudo para o processo de instaurao e respectivo alargamento daquilo que todos ns ficaramos a conhecer como a nova era da imagem, ou a imagem na era da sua prpria reprodutibilidade tcnica (Benjamin), pois, s assim que conseguiremos interrogar este imparvel processo de movimentao, fragmentao, disseminao, simulao e interaco das mais variadas formas de vida (Nietzsche, Agamben). Entretanto, chegados ao terceiro grande momento, interessa-nos percepcionar a arte contempornea como uma espcie de plataforma interactiva que, por sua vez, nos levar a interpelar alguns dos principais dispositivos metafricos e experimentais da viagem, neste caso, da viagem enquanto linha facilitadora de acesso arte, cultura e vida contempornea em geral, ou seja, todo um processo de reflexo que nos incitar a cartografar alguns dos mais atractivos sintomas provenientes da esttica do flneur (na perspectiva de Rimbaud, Baudelaire, Long e Benjamin) e, consequentemente, a convocar algumas das principais sensaes decorrentes da experincia altamente sedutora daqueles que vivem mergulhados na rbita interactiva do ciberespao (na condio de ciberflneurs), quase como se o mundo inteiro, agora, fosse to somente um espao potico inteiramente navegvel (Manovich). Por fim, no quarto e ltimo momento, procuraremos fazer uma profunda reflexo sobre a inquietante histria do corpo, principalmente com o objectivo de reforar a ideia de que apesar das suas inmeras fragilidades biolgicas (um ser que adoece e morre), o corpo continua a ser uma das categorias mais persistentes de toda a cultura ocidental (Ieda Tucherman), no s porque ele resistiu a todas as transformaes que lhe foram impostas historicamente, mas tambm porque ele se soube reinventar e readaptar pacientemente face a todas essas transformaes histricas. Sinal evidente de que a sua plasticidade lhe iria conferir, principalmente a partir do sculo XX (o sculo do corpo) um estatuto terico e performativo verdadeiramente especial. To especial, alis, que basta termos uma noo, mesmo que breve, da sua inquietante histria para percebermos imediatamente a extraordinria importncia dalgumas das suas mais variadas transformaes, atraces, ligaes e exibies ao longo das ltimas dcadas, nomeadamente sob o efeito criativo das tecnologias digitais (no mbito das quais se processam algumas das mais interessantes operaes de dinamizao cultural e artstica do nosso tempo). Em suma, esperamos sinceramente que este trabalho de investigao possa vir a contribuir para o processo de alargamento das fronteiras cada vez mais incertas, dinmicas e interactivas do conhecimento daquilo que parece constituir, hoje em dia, o jogo fundamental da nossa contemporaneidade.

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A presente investigao visou contribuir para o estudo da permeabilidade entre Cincia e Arte, explorando, nomeadamente, o dilogo frutfero entre a rea cientfica interdisciplinar da Ecologia Humana e a Literatura Portuguesa. Neste sentido, configura o que pode entender-se como um ensaio de dupla interdisciplinaridade. Recorreu-se a uma metodologia hbrida que integra mtodos e fontes das cincias do ambiente e sociais e da anlise literria, cujos graus de objetividade variam entre si, e que pode filiar-se na recente rea dos mixed methods, cuja explorao se acentuou nas ltimas duas dcadas na Europa e nos Estados Unidos. Em concreto, pretendeu-se analisar a representao literria da Natureza e do vnculo de interdependncia que o ser humano estabelece com ela na obra de Ferreira de Castro (1898-1974) um dos mais aclamados e traduzidos escritores portugueses do sculo XX, fundador do romance social portugus e perceber em que medida essa representao irradia da experincia de vida em variados ambientes geogrficos, da personalidade e da ideologia do escritor. A tese consta de duas partes principais, traando a primeira uma Ecobiografia do escritor, que averigua a sua relao e a sua conceo pessoal sobre a Natureza; e dedicando-se a segunda ecocrtica de quatro textos de fico com cenrios em reas rurais de Portugal continental, escritos entre 1928 e 1947: Emigrantes (1928), O Natal em Ossela (1933), Terra Fria (1934) e A L e a Neve (1947). Defende-se que, num tempo anterior ao movimento ecolgico portugus, esses textos continham j um significativo teor eco-humano. Apresentam, por isso, um grande potencial de difuso do ambiente biofsico e das modalidades relacionais que o ser humano instituiu com a terra numa poca, revelando-se um valioso contributo para a Histria Ambiental do territrio portugus. Esta funo extra-artstica projeta-se nas geraes leitoras do presente e do futuro e pode atuar em benefcio da conscincia ambiental e de cidadania neste sculo XXI. Razo por que devido obra castriana este novo lugar na Cultura portuguesa, mais alm e mais amplo que a sua aplaudida dimenso literria.

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O arroz (Oryza sativa L.) constitui a principal fonte de alimento para mais de metade da populao mundial. O frio tem um grande impacto no desenvolvimento da planta de arroz com efeitos negativos ao nvel da produtividade e economia mundial. Os mecanismos epigenticos associados a alteraes estruturais da cromatina esto envolvidos nos mecanismos de resposta das plantas a stresses abiticos. O foco do presente trabalho consistiu na compreenso da influncia de fatores epigenticos, nomeadamente de modificaes de histonas, na regulao transcricional de um gene especfico (OsDREB1B) envolvido na resposta de arroz ao stress de frio. O estudo da regulao epigentica deste gene envolveu a utilizao de plantas de arroz com mutaes em enzimas epigenticas e drogas remodeladoras da cromatina. Neste trabalho mostramos que o gene OsDREB1B induzido pelo stress de frio (4 C) em todas os gentipos de arroz analisados, no entanto, a induo do gene em resposta ao stress de frio maior em Nipponbare que em Dongjin. Nos gentipos que apresentam epimutaes, nomeadamente o knockout de osdrm2 (DMT706) e de oshac704 (HAC704), o gene OsDREB1B mais expresso que no respetivo gentipo selvagem (Dongjin), sendo que a induo da expresso em resposta ao frio foi maior em DMT706 do que em HAC704. A anlise do padro de marcas histnicas ao longo do promotor de OsDREB1B, atravs da imunoprecipitao da cromatina (ChIP) com anticorpos especficos, revelou que, em resposta ao frio (4C), Dongjin apresenta uma menor predominncia da marca H3K9ac na regio de -519 a -355 pares de bases (antes do ATG), enquanto que Nipponbare possui maior presena de H4K5ac na regio de -280 a -121 pares de bases, sugerindo que a regulao epigentica de OsDREB1B seja influenciada pelo gentipo. No caso dos epi-mutantes (HAC704 e DMT706) registou-se um empobrecimento das marcas histnicas testadas sugerindo que a induo da expresso do OsDREB1B em reposta ao stress provocado pelo frio no depende necessariamente da presena de OsDRM2 nem de OsHAC704. Uma viso integrada da paisagem epigentica e do transcriptoma, perspetiva uma melhor compreenso dos mecanismos envolvidos na resposta da planta a condies ambientais adversas, abrindo novas linhas de trabalho no sentido de obter plantas mais tolerantes a fatores de stress.

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A presente investigao teve o apoio financeiro da FCT, atravs de uma Bolsa de Doutoramento.