8 resultados para Pessoa, Fernando, 1888-1935 Crítica e interpretação
em Instituto Politécnico do Porto, Portugal
Resumo:
Dissertao para obteno do grau de Mestre em Msica - Interpretação Artstica
Resumo:
Enquadrado num contexto cada vez mais marcado pela necessidade imperiosa de adoo e desenvolvimento de prticas ambientais e energeticamente sustentveis, este trabalho visa contribuir para a caracterizao e otimizao do consumo de energia na produo de biodiesel. O biodiesel pode ser encarado como uma boa resposta aos graves problemas que os combustveis fsseis esto a provocar nas sociedades modernas, pois uma fonte de energia biodegradvel, no-txica e sintetizada a partir de vrias matrias-primas. Porm, o elevado custo de produo, como consequncia do elevado preo das matrias-primas, constitui o maior problema para a sua implementao e comercializao a grande escala. A produo de biodiesel , em sua quase totalidade, conduzida por via de reao de transesterificao, usando leo vegetal e lcool como matrias-primas. O objetivo geral deste trabalho otimizar energeticamente um processo de produo de biodiesel, via catlise homognea alcalina (BCHA). Para alcanar esse objetivo, um fluxograma tpico de produo foi construdo e analisado, tanto do ponto de vista energtico como econmico. Posteriormente oportunidades de otimizao do processo foram identificadas, no sentido de reduzir o consumo de utilidades, impacto ambiental e aumentar a rentabilidade econmica. A construo do processo, a caracterizao da alimentao, os critrios de operacionalidade, a obteno de resultados e demais fatores foram efetuados com auxlio de um software de simulao Aspen Plus verso 20.0 criado pela Aspen Technology products. Os resultados do trabalho revelaram que o processo BCHA produz uma corrente com 99,9 % em biodiesel, obedecendo s normas internacionais em vigor. Na parte energtica, o processo BCHA base necessitou de 21.405,1 kW em utilidades quentes e 14.886,3 kW em utilidades frias. A integrao energtica do processo BCHA, segundo a metodologia pinch, permitiu uma reduo das necessidades quentes para 10.752,3 kW (reduo de 50 %) e frias para 4.233,5 kW (reduo de 72 %). A temperatura no ponto de estrangulamento (PE) foi de 157,7 C nas correntes quentes e 147,7 C nas correntes frias. Em termos econmicos, o custo total reduzido em 35% com a integrao energtica proposta. Essa diminuio, deve-se sobretudo reduo do custo operacional, onde as necessidades de vapor de muita alta presso (VMAP), vapor de alta presso (VAP) e gua de resfriamento (AR) apresentaram quebras de 2 %, 92 % e 71 %, respectivamente. Como concluso final, salienta-se que a integrao do processo BCHA estudado energtica e economicamente vivel.
Resumo:
Polissema: Revista de Letras do ISCAP 2002/N. 2 Linguagens
Resumo:
Dissertao apresentada com vista obteno do grau de Mestre em Traduo e Interpretação Especializada. Instituto Politcnico do Porto (Portaria n 602/2003 de 21 Julho)
Resumo:
Foi Jean-Pierre Sarrazac quem me deu o texto, a por volta de 1985, depois de eu ter encenado o seu Lzaro tambm ele sonhava com o Eldorado, nas instalaes dos Modestos, encenao que ele viera ver aquando da sua primeira viagem ao Porto. Disse-me que era um texto para mim. Na primeira leitura, o desejo de fazer a pea colou-se-me ao corpo. No que pudesse antever uma experincia que me marcaria profundamente de tanto procurar dar corpo a esse ser galinceo que de ora em diante me habitaria. Ler Ella foi, na altura, a descoberta das possibilidades de um teatro que fazia do que era pobre, da infra-lngua, dos neurnios desaparafusados e do corpo deficiente, a matria de uma teatralidade insuspeitada, de um teatro ainda por fazer. Na realidade a primeira abordagem foi difcil, o francs estropiado da traduo no era de leitura imediata e a percepo que tive da relevncia da pea foi mais intuitiva, mais sensao do que compreenso. O texto tornou-se mais claro pouco tempo depois ao ler Thtres Intimes do Sarrazac, a sua tese sobre a simbiose entre o ntimo e o poltico como futuro do teatro e ainda as suas consideraes sobre o rcit de vie, relato de uma vida falta de melhor traduo, no teatro de Beckett e de Achternbush. A vontade de fazer a pea foi ficando, mas a oportunidade no surgia. Tinha sado de vora em confronto com o teatro que l se fazia e procurava justamente essa dimenso subjectiva que me parecia necessria a um teatro da histria que continuava a defender e querer praticar Ella era para mim a revelao desse teatro, uma palavra dita na primeira pessoa, mas dita como negao do sujeito, palavra tomada de emprstimo desde logo pelo autor. Herbert Achternbusch fala de um familiar prximo: Ella minha tia, eu sou o seu tutor, de uma realidade em que quotidiano e histria se reencontram num contnuo fluxo e refluxo de causas e consequncias. Ele escutou a palavra de Ella e transp-la para cena, fazendo do filho, Joseph, o seu fiel depositrio. Duplo emprstimo, portanto, que sinaliza o mutismo e a inaco do verdadeiro sujeito do relato de vida. Se o nome da me, Ella, que d ttulo pea, a sua histria de vida s nos chega regurgitada pelo filho que lhe est para sempre umbilicalmente ligado. A oportunidade surgiu quando a companhia de Coimbra Escola da Noite, que pretendia fazer Susn do mesmo autor, me possibilitou realizar a encenao com produo sua. Foi nesse contexto e j em 1992 que decidi fazer o espectculo com a equipa do Teatro da Rainha, que entretanto comeava a refazer-se autonomamente. A essa equipa juntava-se agora a Amlia Varejo, nome histrico do teatro portugus, vinda do longnquo TEP de Antnio Pedro, mestra de costura e figura excepcional em cena que fizera connosco muitos guarda-roupas e com quem tinha uma relao de grande proximidade, amizade e respeito profissional. Pela minha parte, decidi encenar Ella e tambm interpretar Joseph, tarefa que teria sido impossvel sem a orientao, assumida como direco de ensaios, da Isabel Lopes, que vinha de vora no intervalo das suas tarefas de actriz no CENDREV. O que foi esta experincia de encenao feita no corpo do Joseph? Foi fundamentalmente descobrir duas coisas: uma, o modo feminino do comportamento gestual de uma criatura que toda a vida fez trabalhos forados, violentos, outra, a descoberta das etapas sincopadas, desfazendo as brancas mentais de uma cabea fundida e incapaz de lgica, de raciocnio, atravs da memria imediata do que gestual e fsico, realizando a nica aco concebida por Achternbusch para a execuo da pea, fazer um caf. Essa aco nica, partida em mil e um fragmentos e disperses, foi realmente construda no trabalho de ensaios como pura descoberta de jogo apoiada pela definio do espao e pela manipulao dos objectos. Poderei dizer que encenar Ella foi descobrir a teatralidade de um corpo bloqueado por uma cabea limitada pela deficincia desde o nascimento, deficincia essa acrescentada pela experincia de vida e pelas circunstncias histricas. Pela sua rebeldia, a sua no conformao s solues de aniquilamento do eu, Ella foi submetida durante toda a vida a uma tortura constante e se h uma descoberta que tenha feito com esta pea a de que a vitalidade de uma sobrevivente no morre diante da maior represso e a de que a rebeldia salutar pode expressar alegria vital na condio mais inumana. Nenhum dio, nenhuma raiva e uma capacidade de surpresa perante o mais acessvel e irrelevante face biografia trgica, um moinho de caf estimado e tratado como um objecto de altar, o pouco que se tem como um cu alcanado, o caf, extraordinria nova possibilidade e prazer a pea desenrola-se j a partir da sociedade de consumo e a sua retrospectiva elabora-se a partir desse presente. Um outro aspecto decisivo foi descobrir a comicidade como uma via paradoxal do trgico contemporneo, de uma infra-tragdia que oscila entre a incontinncia verbal e a afasia. Em Ella, a comicidade da palavra e do gesto no so uma via menor em termos dramticos, pelo contrrio, amplificam as possibilidades autenticamente populares da expresso lingustica. E importante referir nesta introduo a extraordinria traduo da Prof Idalina Aguiar e Melo cujo trabalho de procura dos equivalentes lingusticos do bvaro alemo de Achternbusch e da palavra deficiente, estropiada, foi notvel revelando um profundo conhecimento de falares e expresses regionais e uma capacidade inventiva extraordinria da palavra agramatical e falha de lgica vinda de uma cabea muito particular.
Resumo:
Orientadora: Mestre Maria Helena Guimares
Resumo:
Orientado pela Doutora Dalila Maria Cerqueira Pereira da Silva Lopes
Resumo:
Este artigo pretende sublinhar a importncia de entender a obra de Mrio de S- Carneiro atravs de uma leitura atenta da sua produo literria que no procura provas da veracidade dessa leitura na biografia do poeta do Orpheu. Partindo de uma anlise do trabalho crtico de Fernando Cabral Martins, levanta-se a problemtica de deturpar uma anlise de crítica literria com abordagens influenciadas por normas de histria da literatura que inserem a obra no seu contexto histrico, o que tem sido o caso na recepo da obra de S-Carneiro, onde o mito do autor tende a ofuscar o seu legado literrio. Assim, este artigo questiona se em O Modernismo em Mrio de S-Carneiro, Fernando Cabral Martins consegue libertar a obra s-carneiriana da sombra do poeta biogrfico, e oferece uma avaliao panormica da tradio crítica dedicada ao autor, apontando para casos de interpretaes que se prenderam com questes que ficam para fora do texto, como tem sido o caso com a natureza homossexual da obra e do homem.