57 resultados para Motorista de ambulância Psicologia
Resumo:
Este texto sintetiza o ltimo captulo da investigao de doutoramento Objetos feitos de cancro: a cultura material como pedao de doena em histrias de mulheres contadas pela arte. Atravs de uma reflexo em torno dos objetos e materialidades que ganham forma e relevo em projetos artsticos referentes experincia feminina do cancro, esta tese prope conceitos alternativos de cultura material e de doena oncolgica. Rejeita-se uma separao ou diferenciao entre dimenses materiais e intangveis na doena, entendendo-se os objetos de cultura material como pedaos de cancro, ou seja, enquanto partes constitutivas das ideias, sensaes, emoes e gestos que fazem a experincia do corpo doente. Objetos hospitalares, domsticos e pessoais, de uso coletivo ou individual, onde se incluem materialidades descartveis, vesturio, mobilirio, equipamento e mquinas, compem uma lista de realidades que se encastram nas experincias do corpo em diagnstico, internamento, tratamento, reconstruo, remisso, recorrncia, metastizao e morte. Dando nome a esta continuidade indivisa, propus os conceitos objeto nosoencastrvel e doena modular, pretendendo, na forma como defino as coisas, os mesmos encaixes que existem na realidade vivida. Para compreender a ao, os usos e os sentidos dos objetos que fazem e so pedaos de cancro(s), o campo de trabalho desta investigao abrangeu as imagens e os textos explicativos de cento e cinquenta projetos artsticos produzidos por ou com mulheres que viveram a experincia desta doena. Expostos na Internet, os exerccios criativos, amadores ou profissionais, de fotografia comercial e artstica, pintura, desenho, colagem, modelagem, escultura, costura e tric serviram de terreno narrativo e visual, permitindo-me encontrar a verso mica dos encaixes entre cultura material e doena. Tocar a continuidade entre objetos e cancros, juntando os saberes do corpo, da arte e da antropologia, assentou numa abordagem terica e metodolgica onde ensaiei o potencial heurstico daquilo a que chamo a terceira metade das coisas e do conhecimento.
Resumo:
O Processo de Bolonha enfatiza as competncias de comunicao dos estudantes universitrios, nomeadamente os da sade. As concees dos professores tendem a variar com a idade e so importantes na formao das concees dos alunos. Objetivos Analisar a importncia e a satisfao que professores universitrios atribuem a diversas competncias de comunicao e a sua relao com a idade. Metodologia Foram avaliados 79 professores universitrios, entre os 29 e os 82 anos (M=41,89; DP=9,99), maioritariamente do sexo feminino (69,6%), atravs de um Questionrio Sciodemogrfico e das Escalas de Importncia (EI) e Satisfao (ES) do Questionrio de Competncias de Comunicao (QCC). Resultados Entre 1 a 4 participantes atriburam a 11 dos 26 itens da EI e a 7 dos 26 itens da ES o menor valor possvel. Houve tambm pelo menos um participante a atribuir o maior valor possvel a todos os itens da EI (entre 8 a 51 participantes) e da ES (entre 6 a 46 participantes). A competncia agradecer foi considerada a mais importante e satisfatria. A idade no se correlacionou com os itens da EI, correlacionando-se com responder a perguntas (r(78)=0,27, p0,02) e pedir feedback nas relaes sociais (r(78)=0,30, p0,008) da ES. Dado que competncias imprescindveis aos profissionais de sade obtiveram scores indicadores de baixa importncia (e.g., discordar, recusar pedidos, fazer pedidos, parafrasear), considera-se importante trabalhar a perceo de importncia dos professores universitrios que no parece variar com a idade. Competncias importantes para o trabalho do professor (e.g., recusar pedidos, pedir mudana de comportamento) obtiveram das mdias de satisfao mais baixas, sugerindo necessidade de treino.
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Introduo A adaptao ao ensino superior reveste-se de experincias acadmicas que podem constituir fonte de stress para os estudantes. A implementao de novos modelos pedaggicos, no mbito do processo de Bolonha, introduz novas variveis cujo impacto, designadamente em termos de sade, importa conhecer. Este estudo tem como objetivo analisar as associaes entre modelo pedaggico (Problem Based Learning PBL vs. modelos prximos do tradicional) e variveis psicolgicas (coping, desregulao emocional, sintomas psicossomticos, perceo de stress e afeto). Metodologia O estudo tem um design transversal. Foram usados os seguintes questionrios online: Brief-COPE, Escala de Dificuldades de Regulao Emocional, Questionrio de Manifestaes Fsicas de Mal-Estar, Escala de Stress Percebido e Escala de Afeto Positivo e Negativo. A amostra constituda por 183 estudantes do primeiro ano (84% do gnero feminino) de cursos da Escola Superior de Tecnologia da Sade do Porto Instituto Politcnico do Porto (ESTSP-IPP). Resultados Foram encontradas correlaes significativas entre as variveis demogrficas e psicolgicas. Considerando diferentes modelos pedaggicos, foram encontradas diferenas significativas nas variveis psicolgicas. Os principais preditores de stress na amostra foram: ser mulher, frequentar uma licenciatura no modelo PBL, ter maiores ndices de desregulao emocional, apresentar mais sintomas psicossomticos, menos afeto positivo e mais afeto negativo. Concluso As diferenas encontradas entre modelos pedaggicos so discutidas, possibilitando a reflexo sobre as implicaes prticas e sugestes para futuras investigaes.
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Mestrado em Interveno Scio-Organizacional na Sade - rea de especializao: Polticas de Administrao e Gesto de Servios de Sade.
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Mestrado em Fisioterapia.
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Obesidade: Pandemia do sculo XXI; crescimento alarmante da percentagem de crianas e adolescentes obesos nos pases desenvolvidos e em vias de desenvolvimento; indcios de declnio ou ausncia de crescimento da percentagem de crianas obesas em estudos com representatividade nacional. Microsistema familiar: peso dos pais; comportamentos parentais (TV, actividade fsica, estilos e prticas parentais relacionados com a alimentao); influncia dos irmos; variveis cognitivas parentais (conhecimento nutricional dos pais, crenas parentais (preocupao com o peso da criana, autoeficcia parental); percepo parental do peso da criana.
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A obesidade infantil considerada desde 2000 pela OMS como a pandemia do sculo XXI, com consequncias graves na sade atual e futura das populaes. Desde h muito que os modelos ecolgicos tm vindo a chamar ateno para as diferentes dimenses envolvidas (e.g., individuais, sociais, polticas), nas quais se integram um nmero significativo de determinantes, que interagindo entre si, influenciam o peso da criana. O modelo de Davinson e Birch prope a integrao dos determinantes em 3 sistemas: (1) o social/comunitrio/demogrfico onde se incluem fatores como caractersticas sociodemogrficas, programas escolares de educao fsica, refeies escolares, horas de trabalho dos pais e acessibilidade dos locais de lazer, restaurantes e locais de compra de alimentos; (2) o relacionado com os comportamentos parentais e caractersticas familiares, onde se incluem o conhecimento nutricional, as prticas parentais relacionadas com a alimentao, preferncias e hbitos alimentares dos pais, entre outros; (3) os determinantes relacionados com a criana, onde se diferenciam variveis moderadoras (i.e., susceptibilidade familiar ao ganho de peso, a idade e sexo da criana) e determinantes (i.e., dieta, nvel de actividade fsica e comportamento sedentrio).
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Barreiras parentais alimentao saudvel: 1) intrapessoais (relacionadas com a criana preferncias alimentares; o estado de sade; dificuldades de mudana de hbitos; relacionadas com os pais: baixo controlo; baixa auto-eficcia; stress parental); 2) interpessoais (comportamento da criana s refeies; estrutura da famlia; influncias dos pares e de outros familiares; tempo disponvel); 3) ambientais (escola; recursos financeiros; tempo disponvel). Objetivos do estudo: identificao das barreiras percecionadas pelos pais a uma alimentao saudvel da criana; identificar as estratgias de confronto que os pais utilizam para lidar com estas barreiras; identificar as diferenas das barreiras e estratgias utilizadas ao longo do desenvolvimento da criana; avaliar o grau de eficcia atribudo s estratgias utilizadas.
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A esclerose mltipla um doena crnica do sistema nervoso central, que afecta mais frequentemente adultos jovens, no auge da sua carreira profissional e desenvolvimento pessoal, sem cura e de causas desconhecidas. Os sintomas e sinais mais comuns so a fadiga, fraqueza muscular, alteraes da sensibilidade, ataxia, alteraes do equilbrio, dificuldades na marcha, dificuldades de memria, alteraes cognitivas e dificuldades na resoluo de problemas. A esclerose mltipla uma doena progressiva e imprevisvel, resultando, nalguns casos, em incapacidades e limitaes de actividade de vida diria, causando danos irreparveis para os indivduos. Esta doena pode surgir atravs de surtos ou de uma forma progressiva.
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A criao da medida de poltica educativa (Despacho Normativo n. 55/2008) - Territrios Educativos de Interveno Prioritria (TEIP) corresponde necessidade de concretizao de um princpio da Lei de Bases do Sistema Educativo portugus, visando assegurar uma educao de base para todos, bem sucedida. Esta mesma medida acontece na sequncia de uma outra anterior com as mesmas caractersticas, criada no ano lectivo de 1996/1997. A sua implementao no terreno foi objecto de um estudo encomendado pelo Instituto de Inovao Educacional no qual participei, integrando uma equipa de investigao da Faculdade de Psicologia e Cincias da Educao da Universidade de Lisboa. Nesta comunicao, proponho-me revisitar esse mesmo estudo, dando conta do balano crtico ento realizado, e, luz das suas principais concluses, refletir agora na qualidade de perito externo de um TEIP da regio de Lisboa, sobre os modos como os TEIP2 evoluram, em que sentido se deu tal evoluo e quais os problemas que persistem. A consecuo de um dos objectivos centrais desta medida de poltica educativa, especificamente a melhoria da qualidade das aprendizagens traduzida no sucesso educativo dos alunos, parece, de acordo com os relatrios oficiais, no ser ainda muito expressiva nem muito consistente. Torna-se, portanto, necessrio interrogar e problematizar as prticas de ensino realizadas pelos professores, repensando estratgias pedaggicas que se configurem relevantes para dar expresso real quele objectivo.
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O estudo caso apresentado neste artigo aborda a colaborao entre profissionais de mltiplas reas disciplinares. Este estudo descreve como foi realizada a parceria entre a equipa de enfermagem e a equipa de psicologia clinica nas visitas domicilirias com familias em risco. Igualmente, discute as dificuldades enfrentadas quando os profissionais no partilhavam os mesmos modelos de praticas colaborativas.
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A institucionalizao do direito sade, na constituio de 1976, como direito social e humano no parece ter conseguido, na prtica dos profissionais de sade, abalar a relao paternalista que coloca o doente numa situao de submisso face dominncia do poder/saber mdico central ou perifrico que o doente, nos termos de Parsons, deve acatar humildemente como um bom doente. este papel de passividade e submisso do doente que nos propomos problematizar nos meandros dos direitos humanos/direitos sociais de cidadania como campo de construo social assente em prticas norteadas por direitos e deveres que, nos termos de Foucault, submetem os cidados a constrangimentos inerentes s relaes de poder.
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A centrao no paciente pode ser definida como o cuidado que congruente e responsivo s necessidades, desejos e preferncias dos pacientes. A centrao no paciente tem vindo a ser, consistentemente, associada satisfao do paciente, ao aumento da adeso ao tratamento, ao mais rpido restabelecimento do doente, a menor perturbao emocional e diminuio dos erros mdicos. Por esta razo, hoje considerada uma competncia fundamental a desenvolver na formao de futuros profissionais de sade. O objectivo deste estudo avaliar as atitudes de centrao no paciente em estudantes de medicina e enfermagem portugueses (integrados em anos acadmicos prclnicos e clnicos). Participaram 369 estudantes de uma faculdade de medicina de Lisboa e 524 estudantes de enfermagem de uma escola superior de enfermagem tambm de Lisboa, que preencheram a PatientPractitioner Orientation Scale (PPOS). Na ltima dcada, a PPOS tem vindo a ser utilizada internacionalmente em diversas investigaes relativas educao mdica o que constitui um bom indicador da sua aplicabilidade. Estes estudos tm permitido reflectir sobre as metodologias de ensino que centrem o estudante de sade no objecto central da sua aco: o paciente. Nesta comunicao so comparados os resultados dos anos prclnicos e clnicos dos estudantes de medicina e enfermagem e discutidas as necessidades de reorientaes educativas que promovam a centrao do paciente, particularmente nos curricula das escolas de medicina.
Resumo:
Segundo dados recentes 18% das crianas tm uma, ou mais do que uma, doena crnica (DC), que em 6,5% dos casos interfere significativamente com a sua vida Escolar. A Escola o primeiro e mais importante contexto de vida e de desenvolvimento da criana depois do seu casulo famlia. Esperase que seja na Escola que a criana passe grande parte dos seus dias. Neste contexto, nos ltimos 20 anos tmse assistido ao crescente reconhecimento da importncia da Escola na adaptao da criana e da famlia doena crnica tmse postulado a necessidade da colaborao estreita entre profissionais de sade e de educao, para a optimizao da experincia Escolar e do desenvolvimento da criana com DC. Alguns autores tm afirmado que a integrao na escolaridade regular de crianas com doena crnica um problema complexo, um elemento tensor e um burden para a Escola. Desde, sobretudo, os anos 90, um conjunto de investigaes tem identificado alguns dos factores de risco relacionados, quer com a criana, quer com as atitudes dos adultos (pais e professores) e de outras crianas (i.e., os seus pares), quer com a prpria Escola como instituio. Baseado na literatura e em experincias de crianas com doena crnica, esta comunicao pretende abordar os principais problemas na reintegrao escolar de crianas com doena crnica e identificar algumas solues que possam prevenir a perturbao da criana, da famlia e das prprias instituies escolares.
Resumo:
Introduo: A abordagem centrada no doente tem sido valorizada no meio acadmico e profissional; contudo, parecem existir dificuldades em aplic-la prtica clnica. Estudos mostram que os cuidados prestados pelos enfermeiros so sobretudo instrumentais, baseando as suas aes em necessidades inferidas e no confirmadas pelos doentes. Esta realidade pode estar relacionada com o tipo de metodologias de ensino usadas nos treinos comunicacionais ou com barreiras pessoais e profissionais percebidas pelos profissionais. Objetivos: O objetivo principal deste estudo avaliar o tipo de orientao assumida por enfermeiros e estudantes de enfermagem na prestao de cuidados de sade ao doente. Pretende-se tambm estudar se existem diferenas: a) entre sexos, b) em funo do ano de escolaridade dos estudantes, c) entre estudantes e profissionais de sade.