2 resultados para In-store experience

em B-Digital - Universidade Fernando Pessoa - Portugal


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O cenário empresarial brasileiro passa por dificuldades de caráter financeiro e político, conduzindo a ideia de que as organizações demandem ainda mais empenho, perseverança no negócio e dedicação para que os resultados obtidos sejam cada vez melhores. Uma estratégia que tem ganhado força no mercado é a de treinamentos e cursos in company, que ocorrem quando uma empresa promove capacitação e desenvolvimento profissional a partir de seus próprios colaboradores especialistas ou da contratação de empresas especializadas para fornecer conhecimento sobre assuntos específicos pontuais. Comumente, estas iniciativas têm curta duração e podem ter diversos objetivos, desde projetos momentâneos até a capacitação a longo prazo de competências individuais dos colaboradores que compõem as organizações. No contexto da Educação, a medida de estudo - a metodologia in company – se relaciona com o caráter pedagógico das organizações, que entendem este tipo de curso e treinamento como uma possibilidade educacional para seus colaboradores. O que se percebe é que a necessidade do mercado é de diferenciação, inovação e criatividade. Várias são as características do indivíduo que se relacionam com a criatividade (Wood Jr, 2002) logo, as empresas que estão se destacando no cenário atual são as que ousam mais, investem não só em ações e projetos, mas também em iniciativas criadas por e para seus próprios colaboradores, que se tornam os grandes co-autores do sucesso das organizações. O presente estudo teve como objetivo perceber os impactos e benefícios da aplicação destes cursos e treinamentos modelo in company não só para a organização que o implementa, mas também para cada colaborador individualmente. Para alcançar este objetivo da forma mais completa possível, desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa aplicada a uma empresa fornecedora de cursos in company e outra formato focus group aplicada aos colaboradores que vivenciaram esta experiência, com recurso a consulta de legislação, observações livres, entrevistas presenciais a oito colaboradores da organização Som Livre, com idades entre 25 e 35 anos e, desta forma, responder às questões que estimularam o início desta investigação.

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Todos os seres humanos, independentemente da sua fase no ciclo vital ou qualquer tipo de condição, são seres plenos de direitos e merecem ser tratados com dignidade e respeito. Os jovens, por se encontrarem numa etapa inicial do desenvolvimento humano, requerem atenção e assistência especiais. A presença de crianças e jovens envolvidos no sistema de justiça é cada vez mais frequente e devido à sua idade precoce, inúmeras leis e documentos foram desenvolvidos para proteger os menores, com o objetivo de fornecer uma justiça adaptada à sua maturidade cognitiva e emocional em todas as fases do processo judicial (antes, durante e após). Quando estas questões são referentes a jovens na qualidade de ofensores, tomam particular pertinência, devido à possibilidade do seu direito de defesa ficar comprometido. Uma vez que, em Portugal, a literatura existente acerca de como o sistema de justiça interage com os jovens em conflito com a Lei é escassa, o presente estudo é revestido de particular pertinência. Assim, esta investigação visa apresentar um estudo quantitativo que pretende compreender a perceção que os jovens em conflito com a Lei têm da terminologia legal e dos procedimentos judiciais. A recolha de dados realizou-se baseada no método de inquérito suportado pela técnica de questionário fechado. Elaborou-se um instrumento constituído por 69 questões dicotómicas, com um tempo de realização estimado de 15 minutos. Para a realização da investigação foram obtidas as autorizações necessárias (i.e. Comissão de Ética da Universidade Fernando Pessoa e Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais) e os respetivos consentimentos informados dos participantes. Os resultados revelam que, em geral, os jovens inquiridos têm um relativo bom conhecimento da terminologia legal e dos procedimentos judiciais que ocorreram durante o processo tutelar de que foram alvo. Verificou-se uma diferença de conhecimento/experiência significativa entre os Centros Educativos do Porto e da Guarda, sendo que os jovens do Porto revelarem maiores conhecimentos que os jovens da Guarda. Apesar dos jovens apresentarem conhecimento acerca do sistema, existem determinadas lacunas às quais se deve atentar. Assim, depreende-se que o sistema jurídico português possa estar a empenhar-se de forma a cumprir as normas e legislações nacionais e internacionais e garantir o bem-estar e esclarecimento do jovem em conflito com a lei. Contudo, reconhece-se que é da responsabilidade dos intervenientes judiciais com contacto direto com a criança (e.g. advogado, juiz) esta função, pelo que os lapsos identificados devem ser colmatados de forma a garantir que o jovem seja (como é) um cidadão pleno de direitos e dignidade quando contacta com o sistema jurídico.