12 resultados para Fatores condicionantes de eficácia
em B-Digital - Universidade Fernando Pessoa - Portugal
Resumo:
O medo e a ansiedade dentária são importantes fatores condicionantes do tratamento dentário. Ao interferirem na condição psicológica do paciente, condicionam o seu comportamento na consulta e a atitude que apresentam em relação aos cuidados de saúde oral. Os pacientes ansiosos, medrosos ou fóbicos adiam a consulta de medicina dentária, evitam os tratamentos e só recorrem ao médico dentista quando surgem os sintomas dolorosos. Este adiar dos procedimentos dentários resultará num agravamento dos problemas de saúde oral, e em maiores necessidades de tratamento, tratamento esse que será mais intensivo, mais invasivo e potencialmente mais traumático, levando a um reforço do medo e da ansiedade dentária já existente. As crianças, pela menor maturidade psico-emocional têm menor capacidade de lidar com as suas emoções perante diversos acontecimentos, nomeadamente, em contexto médico-dentário. Tornam-se assim mais suscetíveis ao desenvolvimento de medo e ansiedade dentária, e exibindo, com alguma frequência, comportamentos negativos na consulta, que dificultam a adequada prestação de cuidados de saúde oral. Existem ainda outros fatores etiológicos predisponentes e desencadeantes de ansiedade dentária na criança e que condicionam o seu comportamento na consulta (idade, género, faixa etária, número de consultas anteriores, entre outros). Objetivo: Neste trabalho pretendeu-se avaliar os fatores determinantes do comportamento infantil na consulta de medicina dentária da Unidade de Saúde da Ilha Terceira, em crianças com idades entre os 4 e os 16 anos. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo observacional transversal onde se pretendeu avaliar a ansiedade dentária da criança antes da consulta dentária através da Facial Image Scale (FIS); avaliar a ansiedade dentária dos acompanhantes através da. Corah Dental Anxiety Scale, Revised (DAS-R). e o comportamento das crianças durante o tratamento dentário usando a Escala de Frankl. O estudo decorreu de 30 de Abril a 8 de Maio na Unidade de Saúde da Ilha Terceira, Região Autónoma dos Açores, tendo sido observadas 53 crianças de idades compreendidas entre os 4 e os 16 anos. Resultados: Numa amostra de 53 crianças, verificou-se que 11,3% das crianças apresentavam ansiedade dentária antes da consulta dentária, que os pais eram mais ansiosos que as crianças, 49,1% apresentavam ansiedade dentária e que a percentagem de crianças com um comportamento negativo durante a consulta médico-dentária foi muito baixa, correspondendo a 1,9%. Verificou-se que a ansiedade dentária parental não interfere com a ansiedade dentária da criança, quando comparadas, ao contrário do que alguns estudos sugerem. Não houve relação entre a ansiedade dentária da criança e o género, idade, número de vezes que veio ao médico dentista ou estatuto social. Conclusão: Neste estudo pôde-se concluir que as crianças que frequentaram a consulta de medicina dentária da Unidade de Saúde da Ilha Terceira entre 30 de Abril a 8 de Maio apresentaram baixa prevalência de ansiedade dentária e elevada prevalência de comportamento positivo na consulta. Já os seus pais ou acompanhantes apresentaram uma prevalência de ansiedade dentária parental elevada. Conhecer os fatores que condicionam o comportamento infantil na consulta dentária como a ansiedade dentária da criança e a ansiedade dentária parental e medi-los antes da consulta poderá ajudar a equipa dentária na abordagem comportamental da criança durante os tratamentos dentários. Envolver a comunidade escolar e a população infantil em ações de promoção da saúde oral, promovendo rastreios dos problemas orais nas escolas, e consultas dentárias de acompanhamento logo desde muito jovens, poderá ter um efeito benéfico na diminuição da ansiedade dentária nas crianças e no desenvolvimento de comportamentos positivos nas consultas.
Resumo:
Projeto de Pós-Graduação/Dissertação apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Medicina Dentária
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Introdução: Em Endodontia, a anestesia local é o método de controlo de dor mais utilizado, no entanto vários estudos revelaram que as técnicas anestésicas convencionais apresentam uma eficácia reduzida em casos sintomáticos. Existem várias alternativas às técnicas e anestésicos convencionais, assim como anestesias suplementares que podem ser utilizadas para aumentar a profundidade da anestesia pulpar, e que devem fazer parte do arsenal clínico de modo a possibilitar um tratamento indolor ao paciente. Objetivo: O presente trabalho visou reunir e analisar bibliografia sobre anestesia local em Endodontia e fatores que podem influenciar a sua administração. Foram abordadas técnicas e anestésicos utilizados atualmente, assim como outros métodos estudados recentemente, sendo destacada a eficácia destes na anestesia de pacientes diagnosticados com pulpite irreversível. Materiais e métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica no motor de busca Pubmed, tendo sido utilizadas as seguintes palavras chave: “Anesthesia”, “Local anesthesia”, “Anesthesia Technique”, “Anesthetic efficacy”, “Endodontics”, “Lidocaine”, “Articaine”, “Pulpitis”. Estabeleceu-se uma limitação temporal de 2005 a 2016, tendo sido incluídos 54 artigos com ênfase em estudos do tipo meta-análise, revisões bibliográficas e estudos clínicos controlados e randomizados. Conclusão: Em pacientes sintomáticos, de modo a controlar a dor pré-operatória, torna-se muitas vezes necessária a utilização de anestésicos de maior potência e de técnicas suplementares. Aconselham-se, por isso, técnicas como a injeção intraligamentar, intraóssea e infiltrações suplementares para assegurar a anestesia pulpar após técnicas primárias falhadas. Deve-se, ainda, ter em consideração a sensibilidade que alguns pacientes apresentam a determinados componentes presentes nos anestésicos locais, exigindo-se um especial cuidado na seleção e administração destes agentes.
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Projeto de Pós-Graduação/Dissertação apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas
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