40 resultados para Restaurações dentárias - Nanoinfiltração


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Introdução: A respiração nasal é a única considerada fisiológica para o ser humano, e proporciona o normal crescimento e desenvolvimento do complexo craniofacial. Qualquer alteração no mecanismo funcional poderá alterar o equilíbrio e conduzir a desvios da normalidade e a consequentes deformidades. Além de afetar as estruturas craniofaciais, a respiração bucal poderá afetar também as estruturas dentárias. Objetivo: Determinar a influência da respiração oral nas alterações oro-faciais, por meio de uma revisão da literatura publicada sobre o tema. Materiais e métodos: Foi realizado um levantamento bibliográfico de dados utilizando motores de busca eletrónicos, livros científicos e teses de mestrado. Os artigos foram selecionados segundo o seu nível de evidência científica. Resultados: A respiração oral é uma síndrome comum nas crianças em idade escolar, que se encontram em fase de crescimento e de desenvolvimento dos padrões craniofaciais. As possíveis alterações da função respiratória podem dar origem a modificações dentárias e faciais nestes pacientes. Conclusões: O diagnóstico precoce da respiração oral é de extrema importância, uma vez que pode influenciar o correto desenvolvimento da cavidade oral e do complexo craniofacial. Quando detetada deve-se procurar realizar uma avaliação das vias aéreas e dos possíveis hábitos orais do paciente. Em seguida é efetuada uma intervenção adequada e eficaz com o intuito de minimizar as consequências decorrentes da respiração oral.

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Introdução: A cárie dentária é uma doença multifatorial, infeciosa, transmissível e dependente da dieta, que provoca a desmineralização das estruturas dentárias. Devido a esta natureza etiológica multifatorial é fundamental o aumento da sensibilização e educação das crianças e pais, quer por profissionais de saúde, quer pelos professores em ambiente escolar. A aquisição de hábitos de higiene oral e nutricionais adequados pela criança é um fator imperativo para a manutenção de uma boa saúde oral. Objetivos: Avaliação da Saúde Oral e cuidados primários num grupo de crianças e adolescentes pertencentes ao Agrupamento de Escolas de Alijó. Método: A amostra é constituída por 216 alunos do Agrupamento de Escolas de Alijó, agrupados em três escalões etários: 6-9 anos, 10-14 anos e 15-16 anos. Foi realizada uma observação oral com base no índice de higiene oral simplificado e no índice de cárie (CPOd/cpod- Dentes Cariados, Perdidos e Obturados). Após esta observação foi aplicado um questionário escrito sobre diversos temas relacionados com a saúde oral. Resultados: A percentagem de crianças livres de lesões cariosas aos 6, 12 e 15 anos foi de 33,3%, 28,4% e 16,2%, respetivamente. Os valores da média de número de escovagens diárias aumentam de acordo com a faixa etária. O número de escovagens médias aos 6-9anos, 10-14anos e 15-16anos foi 1,37; 1,48 e 1,55 no sexo masculino, no caso de sexo feminino estes valores passam para 1,58; 1,80 e 1,89 respetivamente. Discussão: Os números registados no presente estudo são semelhantes aos do I Estudo Nacional de Prevalência da Cárie Dentária, onde se verificou percentagens de 33%, 27% e 18,9% para os escalões referentes aos 6 anos, 9 anos e 15 anos. Existe uma melhoria significativa em cada um destes escalões nos dois estudos seguintes realizados pela DGS. Em 2008 estas percentagens foram de 51%, 44% e 28%, respetivamente para cada um dos escalões. Em 2015 existiu apenas um pequeno acréscimo, com percentagens registadas de 54,8%, 53% e 32,4%, respetivamente. A última percentagem, de 32,4%, refere-se neste caso ao escalão dos 18 anos, uma vez que a DGS substituiu o escalão de estudo dos 15 anos de idade. Quando nos referimos ao número de escovagens médio, os números registados neste estudo têm uma evolução semelhante aos encontrados no III Estudo Nacional de Prevalência da Cárie Dentária, publicado em 2015 pela DGS, que refere que aos 6 anos 53% dos inquiridos escova duas vezes ao dia e 25,7% apenas uma vez, enquanto que aos 12 anos nos deparamos com uma descida para 19,9% dos que escovam 1x por dia e um aumento para 69,9% dos que escovam duas vezes. O mesmo estudo afirma ainda que as jovens escovam mais vezes os dentes, tal como no presente estudo. Conclusão: Os últimos anos têm-se revelado determinantes na melhoria da Saúde Oral dos portugueses e a aposta na prevenção, nomeadamente nos Cuidados Primários de Saúde Oral tem apresentado uma mais-valia inquestionável. Como em todos os percursos que se iniciam, a monitorização dos resultados e a sua melhoria contínua podem conduzir à otimização das estratégias e no seu conjunto contribuir para fazer ainda mais e melhor. Este estudo permitiu aferir, que a realidade, em contextos de Saúde Oral, no Concelho de Alijó é preocupante sugerindo que existem assimetrias em Portugal e cabe a todos os intervenientes em Saúde Oral diminuí-las. O envolvimento de cada Médico Dentista neste processo é fundamental.

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O medo e a ansiedade dentária são importantes fatores condicionantes do tratamento dentário. Ao interferirem na condição psicológica do paciente, condicionam o seu comportamento na consulta e a atitude que apresentam em relação aos cuidados de saúde oral. Os pacientes ansiosos, medrosos ou fóbicos adiam a consulta de medicina dentária, evitam os tratamentos e só recorrem ao médico dentista quando surgem os sintomas dolorosos. Este adiar dos procedimentos dentários resultará num agravamento dos problemas de saúde oral, e em maiores necessidades de tratamento, tratamento esse que será mais intensivo, mais invasivo e potencialmente mais traumático, levando a um reforço do medo e da ansiedade dentária já existente. As crianças, pela menor maturidade psico-emocional têm menor capacidade de lidar com as suas emoções perante diversos acontecimentos, nomeadamente, em contexto médico-dentário. Tornam-se assim mais suscetíveis ao desenvolvimento de medo e ansiedade dentária, e exibindo, com alguma frequência, comportamentos negativos na consulta, que dificultam a adequada prestação de cuidados de saúde oral. Existem ainda outros fatores etiológicos predisponentes e desencadeantes de ansiedade dentária na criança e que condicionam o seu comportamento na consulta (idade, género, faixa etária, número de consultas anteriores, entre outros). Objetivo: Neste trabalho pretendeu-se avaliar os fatores determinantes do comportamento infantil na consulta de medicina dentária da Unidade de Saúde da Ilha Terceira, em crianças com idades entre os 4 e os 16 anos. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo observacional transversal onde se pretendeu avaliar a ansiedade dentária da criança antes da consulta dentária através da Facial Image Scale (FIS); avaliar a ansiedade dentária dos acompanhantes através da. Corah Dental Anxiety Scale, Revised (DAS-R). e o comportamento das crianças durante o tratamento dentário usando a Escala de Frankl. O estudo decorreu de 30 de Abril a 8 de Maio na Unidade de Saúde da Ilha Terceira, Região Autónoma dos Açores, tendo sido observadas 53 crianças de idades compreendidas entre os 4 e os 16 anos. Resultados: Numa amostra de 53 crianças, verificou-se que 11,3% das crianças apresentavam ansiedade dentária antes da consulta dentária, que os pais eram mais ansiosos que as crianças, 49,1% apresentavam ansiedade dentária e que a percentagem de crianças com um comportamento negativo durante a consulta médico-dentária foi muito baixa, correspondendo a 1,9%. Verificou-se que a ansiedade dentária parental não interfere com a ansiedade dentária da criança, quando comparadas, ao contrário do que alguns estudos sugerem. Não houve relação entre a ansiedade dentária da criança e o género, idade, número de vezes que veio ao médico dentista ou estatuto social. Conclusão: Neste estudo pôde-se concluir que as crianças que frequentaram a consulta de medicina dentária da Unidade de Saúde da Ilha Terceira entre 30 de Abril a 8 de Maio apresentaram baixa prevalência de ansiedade dentária e elevada prevalência de comportamento positivo na consulta. Já os seus pais ou acompanhantes apresentaram uma prevalência de ansiedade dentária parental elevada. Conhecer os fatores que condicionam o comportamento infantil na consulta dentária como a ansiedade dentária da criança e a ansiedade dentária parental e medi-los antes da consulta poderá ajudar a equipa dentária na abordagem comportamental da criança durante os tratamentos dentários. Envolver a comunidade escolar e a população infantil em ações de promoção da saúde oral, promovendo rastreios dos problemas orais nas escolas, e consultas dentárias de acompanhamento logo desde muito jovens, poderá ter um efeito benéfico na diminuição da ansiedade dentária nas crianças e no desenvolvimento de comportamentos positivos nas consultas.

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Introdução: O alongamento coronário é um procedimento que pode envolver, ou não, técnicas cirúrgicas, e que tem como principal objetivo aumentar o tamanho da coroa clínica, assim como devolver a estética, a forma e a função às arcadas dentárias. Este procedimento realiza-se, ou por motivos estéticos ou motivos restauradores. Ultimamente, os motivos estéticos têm vindo a ganhar importância e são eles que, muitas da vezes, levam os pacientes às consultas de medicina dentária. O sorriso gengival é um desses motivos, e pode ser causado, entre outras razões por, uma erupção passiva alterada ou/e um excesso vertical maxilar. Estas são as etiologias que serão descritas neste trabalho. O aumento coronário realiza-se, também, quando há a necessidade de reabilitar um dente, quer seja com resinas compostas ou com coroas. Este, deve sempre respeitar os limites biológicos do periodonto, nomeadamente o espaço biológico. A invasão deste espaço pode por em risco a manutenção da saúde do periodonto e a viabilidade do tratamento a longo prazo, por isto, preconiza-se que deve ser deixado um espaço de 3mm, desde a crista óssea até a margem restauradora. As técnicas de alongamento coronário enumeradas e definidas ao longo desta tese são: a gengivectomia, o retalho apicalmente posicionado e a erupção dentária forçada. Cada uma delas possui as suas indicações e contra-inidcaçoes. A gengivectomia é realizada quando não há necessidade de recontorno ósseo, pelo contrário, quando essa necessidade existe opta-se pelo retalho apicalmente posicionado. A erupção forçada é uma alternativa ao alongamento cirúrgico e aplica-se, normalmente a dentes não restauráveis mas com estrutura dentária sã abaixo do da crista óssea. Um ótimo diagnóstico é o essencial para a escolha da técnica de aumento coronário que melhor se adequa a cada caso. Objetivo: O objetivo desta revisão bibliográfica tem por base a pesquisa das técnicas de alongamento coronário, começando por perceber a anatomia do periodonto, as alterações que nele acontecem antes e depois dos procedimentos de alongamento coronário, a descrição e a comparação dos mesmos. Materiais e métodos: Para a realização desta revisão foram utilizados os principais motores de busca de dados científicos como a PubMed, B-on, Medline, Scielo, Google Académico e ainda o repositório on-line da Universidade Fernando Pessoa. Foram utilizadas as seguintes palavras chaves: “altered passive eruption”, “gingivectomy”, “gingivoplasty”, “apically repositioned flap”, “surgical crown lengthening”, “biologic width”, “mucogengival junction”, “forced eruption”, “prostethic dentistry”, “gummy smile”, resultando num pesquisa de 45 artigos e duas obras literarátias de interesse. Conclusões: Foi possível concluir que existem varias técnicas de alongamento coronário, cada uma adequada a cada caso e verificou-se que existem vários motivos pelo qual se realiza essa técnica.

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A Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono (SAHOS) é uma doença crónica, de carácter progressivo, que atinge cerca de 4% da população adulta. A obstrução parcial ou total das vias aéreas superiores durante o sono pode provocar quadros de hipopneia (uma redução do fluxo aéreo) ou apneia (cessação completa do fluxo aéreo). Os pacientes queixam-se de sonolência diurna excessiva, ronco durante a noite e além destes problemas sociais a preocupação pela redução de funções cognitivas que se podem desencadear, como memória, atenção, hipertensão pulmonar e insuficiência cardíaca. O Médico Dentista está habilitado para avaliar o espaço aéreo oro e nasofaringeo e diagnosticar, além da necessidade de correções dentárias, a presença de obstruções das Vias Aereas Superiores (VAS) orientando assim o seu tratamento. Além do exame clínico, o diagnóstico de distúrbios respiratórios do sono é baseado na história clínica, exame físico e confirmado através da polissonografia e da análise cefalométrica. Esta tem sido considerada como um método importante no diagnóstico, fornecendo características craniofaciais que permitem verificar a existência de pré-disposição de SAHOS. As avaliações com cefalometrias obtidas em telerradiografias em norma lateral é um recurso essencial para realizar o diagnóstico de distúrbios respiratórios do sono, desde que o profissional tenha domínio da técnica e da sua interpretação. Estes distúrbios são caracterizados por diferentes graus de diminuição do espaço das vias aéreas superiores, causado por factores anatómicos e funcionais, que podem ser analisados pelo profissional. A intervenção precoce torna-se crucial, pela diminuição da morbilidade, melhores resultados no tratamento, diminuição de gastos nos serviços de saúde e melhor qualidade de vida do paciente. O presente trabalho teve por objectivo realizar uma revisão bibliográfica sobre a importância da avaliação das vias aéreas superiores através da análise de grandezas cefalométricas obtidas de telerradiografias em norma lateral como padrão de diagnóstico para a identificação de distúrbios respiratórios do sono.

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Introdução: A cavidade oral de um doente que esteja internado num serviço hospitalar apresenta uma flora diferente das pessoas saudáveis. Ao fim de 48 horas de internamento, a flora apresenta um maior número de microrganismos que rapidamente podem ser responsáveis por aparecimento de infeções secundárias, tais como pneumonias, resultante à proliferação bactérias que lhe está associada. Este risco é ainda superior em doentes críticos. Nesta população torna-se fundamental a implementação de um efetivo protocolo de higiene oral, procurando controlar ao máximo o desenvolvimento do biofilme oral. Objetivo: Avaliar o índice de biofilme oral dos doentes na admissão a um serviço de Cuidados Intensivos, procedendo á sua reavaliação após 7 dias de internamento e, procurando deste modo avaliar a eficácia de higienização oral efetuada no Serviço. Materiais e Métodos: Estudo prospetivo, institucional, descritivo, analítico e observacional realizado no Serviço de Cuidados Intensivos do CHP. Foram envolvidos no estudo doentes com mais de 18 anos, e com um tempo de internamento igual ou superior a 7 dias. Procedeu-se à colheita de dados demográficos, motivo de admissão, tempo de internamento, medicação prescrita, tipo de alimentação efetuada no serviço, necessidade ou não de suporte respiratório e qual o tipo de higiene realizada no serviço. Foi avaliado o índice de higiene oral simplificado de Greene & Vermillion (IHO-S) nas primeiras 24h e 7 dias após a 1ª avaliação. O IHO-S é um indicador composto que avalia 2 componentes, a componente de resíduos e a componente de cálculo, sendo cada componente avaliada numa escala de 0 a 3. São avaliadas 6 faces dentárias que são divididas em 3 porções clínicas (porção gengival, terço médio e porção oclusal). No final de cada avaliação é calculado o somatório do valor encontrado para cada face, sendo este total dividido pelo nº de faces analisadas. O cálculo do IHO-S por indivíduo corresponde à soma das componentes. Resultados: Foram avaliados 74 doentes, tendo-se excluído 42 por não terem a dentição mínima exigida. Os 32 doentes que completaram o estudo apresentaram uma idade média de 60,53 ± 14,44 anos, 53,1% eram do género masculino, e na sua maioria pertenciam a pacientes do foro médico e cirúrgico (37,5,5%). Os doentes envolvidos no estudo tiveram uma demora média de 15,69±6,69 dias de internamento, tendo-se verificado que 17 dos pacientes (53,1%) estiveram internados mais de 14 dias no Serviço de Cuidados Intensivos 1. Relativamente às características particulares da amostra verificou-se que durante o período de avaliação a maioria dos doentes estiveram sedados (75%), sob suporte ventilatório (81,3%) e a fazer suporte nutricional por via entérica por sonda nasogástrica (62,6%). O IHO-S inicial foi de 0,67±0,45tendo-se verificado um agravamento significativo ao fim de sete dias de internamento 1,04±0.51 (p<0,05).Este agravamento parece estar fundamentalmente dependente dos maus cuidados orais prestados aos doentes, não se tendo observado qualquer diferença significativa resultante dos aspetos particulares avaliados, com exceção para a nutrição entérica versus a soroterapia. Discussão e Conclusão: Apesar de vários estudos evidenciarem a necessidade de um boa higiene oral para evitar a proliferação bacteriana e o risco de infeção nosocomial, muitas das instituições de saúde continuam a não valorizar esta prática. Neste estudo observa-se que os doentes na admissão apresentam um bom índice de higiene oral tendo-se contudo observado um agravamento significativo ao fim de uma semana de internamento. Embora este agravamento possa não ser importante para o doente com uma semana de internamento ele poderá ser indicativo de um risco acrescido para infeções nosocomiais em doentes com internamentos mais prolongados, necessitando estes doentes de uma higiene oral mais eficaz.