18 resultados para Representações dos Alunos

em Repositório Científico da Universidade de Évora - Portugal


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Partindo do objeto de estudo: a gestão do currículo para a diversidade cultural é nossa intenção compreender a forma como o discurso do multiculturalismo se encontra presente nos principais documentos definidores de uma política de escola e na postura desta e dos professores, através das decisões e práticas adotadas perante uma realidade diversificada, na presença de culturas de imigrantes. A construção do saber e a análise que fazemos da forma como o currículo é gerido, seguiram um percurso assente num quadro teórico nos campos curricular e da educação intercultural, bem como nas opções metodológicas em que o estudo assenta, e às quais recorremos para a realização da componente empírica. Nesta, analisamos a forma como as escolas-alvo de estudo e os professores respondem à presença dos alunos imigrantes através das representações dos próprios alunos, seus professores e responsáveis pelas escolas; ou seja, analisamos a forma como é gerido o currículo para a diversidade cultural. /ABSTRACT - Taking the subject under study: curricular management for cultural diversity, as our starting point, our aim is to gain an understanding of the nature of multiculturalism as portrayed in the main documents that define school policy as well as in the position taken both by the school and the teachers, in the light of the decisions and practices adopted in the presence of a culturally diverse reality, immigrant cultures. The construction of a body of knowledge and the assessment we make of how the curriculum is managed, has been based on a theoretical framework in the areas of intercultural curricula and education, as well as on the choice of methodology for the study used in carrying out the empirical component In the latter, We have analysed the way in which the schools and the teachers under study responded to the presence of immigrant pupils, seen in the descriptions given by the pupils themselves, their teachers and those responsible for the schools, that is to say, we have analysed the way in which the curriculum for cultural diversity has been managed.

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O presente estudo tem como objectivo investigar o reconhecimento e a relevância do papel do Director de Turma enquanto gestor intermédio para os alunos, os encarregados de educação e para os próprios, tendo em conta a interface inter-relacionai em que a função se desenvolve. Este trabalho teve como pressupostos de base a convicção de que a Educação é um fenómeno complexo que, para além de outras, mobiliza dimensões sociológicas, psicológicas e epistemológicas, além de necessitar, constantemente, de reflexão sobre as suas práticas. Assim, conscientes de que o papel do Director de Turma é de grande importância nas organizações escolares, foi nosso objectivo estudá-lo sob o ponto de vista teórico a partir de uma reflexão na prática e efectuar um estudo empírico do modo como a função é percepcionada como elo de ligação entre os Alunos, os Encarregados de Educação e a Escola. Aborda-se a figura do Director de Turma, enquanto gestor pedagógico intermédio da organização escolar, tendo em conta as atribuições que lhe são consagradas na lei e a forma como os demais parceiros vêm a sua função, em especial numa Escola do 2º e 3° ciclos do Ensino Básico, de acordo com as perspectivas/representações dos próprios actores educativos. O estudo visou em concreto, proporcionar uma análise sustentada do reconhecimento e valorização da figura do Director de Turma enquanto mediador entre o aluno, os encarregados de educação e a Escola. Pretendeu-se, nomeadamente, questionar teórica e empiricamente, a interacção e a articulação entre a formação pessoal, a actuação e as representações dos Directores de Turma. Assim, investigou-se de que modo o Director de Turma, considerado como um agente de mediação, é ou não reconhecido e valorizado enquanto figura responsável pela ligação do aluno e do seu encarregado de educação à Escola. Como opção metodológica optou-se por um estudo de caso, recorrendo à complementaridade entre os procedimentos quantitativos e qualitativos, de acordo com os objectivos visados. Assim, as técnicas de recolha de dados utilizados neste estudo foram o inquérito, por questionário, e a entrevista. Estes instrumentos foram sendo sucessivamente aperfeiçoados. Participaram, a nível do inquérito por questionário, duas turmas, uma do 2° ciclo e outra do 3° ciclo (num total de 45 alunos e respectivos encarregados de educação) e a nível da entrevista, os dois Directores de Turma das turmas envolvidas. Procurou-se, deste modo, contribuir para elucidar em que medida a figura do Director de Turma é reconhecida e valorizada como elo de ligação entre os Alunos, os Encarregados de Educação e a Escola enquanto gestor intermédio. Nas Conclusões após o confronto entre as questões de partida, o quadro teórico e os resultados do estudo empírico, discutem-se as dificuldades e limitações que um estudo desta natureza envolve. Avança-se, por fim, com algumas sugestões que a investigação realizada permite, no sentido de utilizar o conhecimento produzido para melhorar o relacionamento entre o Aluno, os Encarregados de Educação e a Escola e, consequentemente, o processo ensino-aprendizagem. ABSTRACT; The purpose of this study is to investigate the recognition and relevance of the role of the classroom director as an intermediate supervisor to the students, the parents and the classroom director himself, having in mind the inner- relation interface the function takes place. This work was conceived on the basic notion that Education is a complex-phenomenon, setting in motion, among other things, sociological, psychological and epistemological dimensions, as well as requiring, frequently, reflection about its practices. Therefore, conscious of the fact that the role of the class director is of enormous importance within a school environment, our aim was to study it from the theoretical point of view by a reflection in practice and performing an empirical analysis on the way it is understood as a link among the students, parents and the school. The role of classroom director is thus analysed as a pedagogical director in a school setting. Taking into consideration the rights conferred to him/her by law and the way all the other partners assign to the class director, particularly in a 2nd and 3rd cycle of the Elementary School system, in accordance with the perspectives/representations of the education actors. More specifically, this study is an in-depth analysis of the recognition and the valuation of the class director figure as a mediator among the pupils, the parents and the school. ln other words, the interaction between theory and practice in the daily performance of the classroom director were questioned and studied for further analysis. Hence, questioned the way in which the classroom director, seen as a mediation agent, could be considered as a coordinator, recognized and valorized as the responsible figure by the linking among the pupil and his/her parents to the school. The case was realized in the 2nd and 3rd cycle of an elementary school in the Alentejo. As a methodological option, quantitative and qualitative processes were both employed, thus keeping in line with the main objective of this work. Therefore, the data collected and herein utilized were the result of queries, i.e., questionnaires and personal interviews. The former were addressed at the pupils of two classes, one of the 2nd cycle and another of the 3rd cycle of the school and their parents (45 pupils and the same number of parents in total), and the two classroom directors of the classes implicated in the study. ln the Conclusion, a balance of the study is presented, comparing the initial research questions, the theoretical framework, and the results of the empirical analysis developed. A few suggestions are presented from the experience gained in this investigation, i.e., using the knowledge acquired in order to improve and enrich the relationship among the pupils, the parents, the school, and the teaching learning process.

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Este estudo tem como objectivo investigar o papel que as representações, construídas por alunos do 1.o ano de escolaridade, desempenham na resolução de problemas de Matemática. Mais concretamente, a presente investigação procura responder às seguintes questões: Que representações preferenciais utilizam os alunos para resolver problemas? De que forma é que as diferentes representações são influenciadas pelas estratégias de resolução de problemas utilizadas pelos alunos? Que papéis têm os diferentes tipos de representação na resolução dos problemas? Nesta investigação assume-se que a resolução de problemas constitui uma actividade muito importante na aprendizagem da Matemática no 1.o Ciclo do Ensino Básico. Os problemas devem ser variados, apelar a estratégias diversificadas de resolução e permitir diferentes representações por parte dos alunos. As representações cativas, icónicas e simbólicas constituem importantes ferramentas para os alunos organizarem, registarem e comunicarem as suas ideias matemáticas, nomeadamente no âmbito da resolução de problemas, servindo igualmente de apoio à compreensão de conceitos e relações matemáticas. A metodologia de investigação segue uma abordagem interpretativa tomando por design o estudo de caso. Trata-se simultaneamente de uma investigação sobre a própria prática, correspondendo os quatro estudos de caso a quatro alunos da turma de 1.0 ano de escolaridade da investigadora. A recolha de dados teve lugar durante o ano lectivo 2007/2008 e recorreu à observação, à análise de documentos, a diários, a registos áudio/vídeo e ainda a conversas com os alunos. A análise de dados que, numa primeira fase, acompanhou a recolha de dados, teve como base o problema e as questões da investigação bem como o referencial teórico que serviu de suporte à investigação. Com base no referencial teórico e durante o início do processo de análise, foram definidas as categorias de análise principais, sujeitas posteriormente a um processo de adequação e refinamento no decorrer da análise e tratamento dos dados recolhidos -com vista à construção dos casos em estudo. Os resultados desta investigação apontam as representações do tipo icónico e as do tipo simbólico como as representações preferenciais dos alunos, embora sejam utilizadas de formas diferentes, com funções distintas e em contextos diversos. Os elementos simbólicos apoiam-se frequentemente em elementos icónicos, sendo estes últimos que ajudam os alunos a descompactar o problema e a interpretá-lo. Nas representações icónicas enfatiza-se o papel do diagrama, o qual constitui uma preciosa ferramenta de apoio ao raciocínio matemático. Conclui-se ainda que enquanto as representações activas dão mais apoio a estratégias de resolução que envolvem simulação, as representações icónicas e simbólicas são utilizadas com estratégias diversificadas. As representações construídas, com papéis e funções diferentes entre si, e que desempenham um papel crucial na correcta interpretação e resolução dos problemas, parecem estar directamente relacionadas com as caraterísticas da tarefa proposta no que diz respeito às estruturas matemáticas envolvidas. ABSTRACT; The objective of the present study is to investigate the role of the representations constructed by 1st grade students in mathematical problem solving. More specifically, this research is oriented by the following questions: Which representations are preferably used by students to solve problems? ln which way the strategies adopted by the students in problem solving influence those distinct representations? What is the role of the distinct types of representation in the problems solving process? ln this research it is assumed that the resolution of problems is a very important activity in the Mathematics learning at the first cycle of basic education. The problems must be varied, appealing to diverse strategies of resolution and allow students to construct distinct representations. The active, iconic and symbolic representations are important tools for students to organize, to record and to communicate their mathematical ideas, particularly in problem solving context, as well as supporting the understanding of mathematical concepts and relationships. The adopted research methodology follows an interpretative approach, and was developed in the context of the researcher classroom, originating four case studies corresponding to four 1 st grade students of the researcher's class. Data collection was carried out during the academic year of 2007/2008 and was based on observation, analysis of documents, diaries, audio and video records and informal conversations with students. The initial data analysis was based on the problems and issues of research, as well in the theoretical framework that supports it. The main categories of analysis were defined based on the theoretical framework, and were subjected to a process of adaptation and refining during data processing and analysis aiming the -case studies construction. The results show that student's preferential representations are the iconic and the symbolic, although these types of representations are used in different ways, with different functions and in different contexts. The symbolic elements are often supported by iconic elements, the latter helping students to unpack the problem and interpret it. ln the iconic representations the role of the diagrams is emphasized, consisting in a valuable tool to support the mathematical reasoning. One can also conclude that while the active representations give more support to the resolution strategies involving simulation, the iconic and symbolic representations are preferably used with different strategies. The representations constructed with distinct roles and functions, are crucial in the proper interpretation and resolution of problems, and seem to be directly related to the characteristics of the proposed task with regard to the mathematical structures involved.

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O conceito de envolvimento dos alunos na escola tem vindo a ser colocado no cerne das discussões relacionadas com o sucesso académico e com o abandono escolar. Este estudo faz uma revisão de literatura acerca deste conceito e das suas relações com o desempenho académico, destacando a sua importância no âmbito da formação de professores. Vários estudos sustentam que a falta de envolvimento dos alunos aparece associada ao baixo desempenho académico, a problemas de comportamento e ao abandono escolar. O envolvimento dos alunos na escola apresenta-se, na literatura revista, como uma resposta eficaz para os problemas que afetam as escolas e os seus alunos, como um aspeto a ter em conta na prevenção de padrões de comportamento problemático em contexto escolar e, portanto, como um conceito transdisciplinar de elevada importância na formação de professores.

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CONHECIMENTO EM ENFERMAGEM: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS CONSTRUÍDAS POR ESTUDANTES DE FORMAÇÃO INICIAL Fonseca, A.; Lopes, M. J.; Sebastião, L., & Magalhães, D. (2013). Conhecimento em enfermagem: representações sociais construídas por estudantes de formação inicial. In Mendes, F; Gemito, L; Cruz, D., & Lopes, M. (org). Enfermagem Contemporânea. Dez Temas, Dez Debates. (pp 30-43), Nº 1. Coleção E-books. Oficinas Temáticas. ISBN:978-989-20-4162-9. Palavras chave: enfermagem; conhecimento; representações sociais; formação inicial. A aquisição e a construção pessoal do conhecimento em enfermagem resultam de processos complexos de compreensão das situações, nas quais, experiência e saber são estruturados e alvo de reflexão. O conhecimento em enfermagem que o estudante constrói ao longo do tempo, consciente da sua responsabilidade pela própria aprendizagem e num processo contínuo de desenvolvimento, há de possibilitar-lhe o desempenho profissional, pois será mobilizável, nas diversas situações, para dar resposta às necessidades de cuidados de enfermagem. A forma como os estudantes se apropriam dos saberes, como se relacionam com eles e como constroem o seu conhecimento em enfermagem está vinculada à representação que têm deste, uma vez que a constatação da realidade presente nas representações sociais alicerça-se solidamente no indivíduo que a possui e baliza o modo como ele se relaciona com o objeto de representação (Moscovici,1976, 2010; Jodelet, 2001; Abric, 1994). Partindo da questão “quais as representações sociais do conhecimento em enfermagem, elaboradas por estudantes de enfermagem em diferentes etapas da sua formação inicial?”, e tendo como referencial teórico-metodológico a Teoria das Representações Sociais proposta por Moscovici (1961), procurou-se: • Identificar as representações sociais de conhecimento em enfermagem, na perspetiva dos estudantes de enfermagem; • Analisar a estrutura das representações sociais de conhecimento em enfermagem, elaboradas por estudantes de enfermagem. Realizou-se um estudo exploratório, no qual, a partir do total de estudantes da Escola Superior de Enfermagem de S. João de Deus da Universidade de Évora, se selecionaram dois grupos: - Grupo A, composto por 33 estudantes do 1º semestre do 1º ano, recém-admitidos na escola e ainda sem participação em atividades no âmbito da sua formação, obviando assim qualquer contaminação das construções previamente elaboradas; - Grupo B , constituído por 39 estudantes do 2º semestre do 4º ano, no último dia da sua formação. Os dados foram recolhidos através de um questionário, previamente testado, que incluía questões para caraterização sociodemográfica e um estímulo indutor – conhecimento em enfermagem -, para que os sujeitos, através da técnica de associação livre de palavras, evocassem as cinco palavras ou expressões que, por ordem decrescente de importância, associavam a este estímulo . Os dados foram categorizados recorrendo ao Microsoft Office Word® e processados no software Evoc® que forneceu estrutura das representações sociais. Cumpriram-se os procedimentos ético-legais, em conformidade com o preconizado pela Comissão de Ética da Área da Saúde e Bem-Estar da Universidade de Évora. Apresentação dos resultados Dos 33 estudantes do 1º ano (Grupo A), 5 eram do sexo masculino e 28 do sexo feminino, com média de idade de 19,5 anos. Dos 39 estudantes do 4º ano (Grupo B), 5 eram do sexo masculino e 34 do sexo feminino, com média de idade de 23,59 anos. Relativamente ao núcleo central da estrutura das representações sociais do objeto em estudo, constata-se que os estudantes do 1º ano, ao estímulo conhecimento em enfermagem, associaram os elementos ajudar; empenho; competência; prática; desenvolvimento; investigação e pessoas. Os estudantes do 4º ano vincularam conhecimento em enfermagem aos elementos sabedoria; cuidados de qualidade; cuidar e responsabilidade. No que concerne à segunda periferia, verifica-se que os estudantes do 1º ano associaram ao estímulo conhecimento em enfermagem os elementos processos de diagnóstico; trabalho; disponibilidade para com os outros e responsabilidade, enquanto que os estudantes do 4º ano associaram prática e reflexão. A produção das representações, em ambos os grupos, divide-se entre elementos que, embora não revelem consensos, se podem integrar nas dimensões científica e clínica. De salientar que, na estrutura das representações sociais, se encontra, no Grupo B, a dimensão reflexiva identificada no elemento reflexão. Considerações finais Do estudo realizado, realça-se que não há consenso nos elementos da estrutura das representações sociais do conhecimento em enfermagem na perspetiva dos dois grupos de estudantes de formação inicial em enfermagem - estudantes recém-admitidos e estudantes finalistas -. Sendo diferentes os elementos do núcleo central das estruturas das representações dos dois grupos, como é o caso, consideram-se diferentes as representações sociais do objeto em estudo construídas por aqueles (Sá, 1998). Tal fato, poderá ser atribuído à natureza das experiências pessoais e académicas obrigatoriamente diferentes dos estudantes a iniciar a sua formação face aos estudantes a terminar o seu percurso académico. Todavia, os diferentes elementos encontrados assumem caraterísticas semelhantes que permitem, como anteriormente se afirmou, o seu agrupamento nas dimensões científica e clínica. Acresce, no grupo de estudantes finalistas e encontrada na segunda periferia, a dimensão reflexiva que poderá ser reveladora da importância atribuída à reflexão como estratégia para estabelecer novas formas de desenvolvimento do conhecimento, capacidade potencialmente desenvolvida nas experiências ocorridas durantes a formação. Face à estrutura das representações sociais do objeto em estudo que se aprendeu, pode-se dizer que os estudantes do 1º ano consideram a investigação promotora do desenvolvimento do conhecimento em enfermagem, indispensável para ajudar as pessoas no contexto de uma prática exercida com competência e empenho. Para os estudantes do 4º ano, cuidados de qualidade são indispensáveis no processo de cuidar e exigem sabedoria e responsabilidade.

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Resumo Resultado de um investimento em meios humanos e materiais no domínio da Geo-Engenharia, ao longo de quase três décadas, a Universidade de Évora detém hoje um reconhecimento junto dos empregadores que têm acolhido os alunos desta instituição nas suas empresas. Este trabalho destina-se a partilhar a experiência que a Universidade de Évora (UE) acumulou no Ensino e Formação em Geo-Engenharia, em contexto empresarial. O Curso de Licenciatura em Engenharia Geológica da Universidade de Évora (LEG), assim como mais dois cursos da UE são pioneiros em Portugal, na medida em que preveem nos seus planos curriculares a possibilidade de os alunos puderem realizar estágios em contexto de trabalho no âmbito de Unidades Curriculares do 6º Semestre dos respetivos Cursos. No caso do LEG, apôs um período intensivo de quatro a cinco semanas de formação na Universidade, seguem-se três semanas de estágio numa empresa a eleger entre as trinta e duas que até agora aceitaram estabelecer protocolos para este fim. Este processo repete-se duas vezes por semestre. Em alternativa, os alunos que não desejem frequentar estes estágios terão uma formação clássica na Universidade. Neste artigo, apresentam-se os resultados até agora alcançados com este ensino diferenciado. A adaptação ao modelo de Bologna dos ensinos de 1º e 2º Ciclo resultou num défice de formação curricular indispensável para o pleno exercício da profissão de Engenheiro Geólogo. As competências específicas adquiridas ao fim de cada ciclo foram indicadas pela Ordem dos Engenheiros que contudo ressalva a necessidade de uma formação em Engenharia no 1º Ciclo para reconhecer as competências a atribuir a cada graduado nos mestrados de Engenharia. A experiência de formação no 2º ciclo em Engenharia Geológica, onde sensivelmente metade dos alunos é externa a Universidade de Évora, é alvo de análise neste trabalho. Palavras-Chave: Ensino; Engenharia Geológica; Bolonha; Competências; Empregabilidade Abstract Result of an investment in human and material resources in the field of Geo-Engineering, over nearly three decades, the University of Évora has now a recognition among employers that have accepted students of this institution in their companies. This work intended's to share University of Évora (UE) business context accumulated experiences in Education and Training in Geo-Engineering. The Degree in Geological Engineering from the University of Évora (LEG), as well as two courses in the UE are pioneers in Portugal, to the extent their curricula to possible students internships that can be perform in the workplace under Curricular Units of the 3th Year of the courses. In the case of the LEG, after an intensive period of four to five weeks of training at the University the students who desire it, can have a three weeks internship in a company to elect between the thirty-two that so far agreed to establish protocols with the UE, for this purpose. This process is repeated twice per semester. Alternatively, students who do not wish to attend these stages will have a classical education at the University. In this article, we present the results achieved so far with differentiated teaching. The adaptation to the Bologna model of 1st and 2nd cycles resulted in a lack of training curriculum essential to the full exercise of the Engineer Geologist profession. The specific skills acquired at the end of each cycle were indicated by the Engineers Chamber, however pointed needed training in the 1st Cycle Engineering to recognize the skills to give each graduate in Masters of Engineering. The experience of training in the 2nd cycle in Geological Engineering, where roughly half of the students came outside of the University of Évora, is also analyzed in this work. Keywords: Education, Engineering Geology, Bologna; Skills; Employability

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A velhice enquanto fenómeno socialmente construído, deriva, entre outros, dos conceitos socioculturais vigentes e dos estereótipos do velho. Nos países ditos desenvolvidos consideram-se pessoas idosas as que têm idade igual ou superior a 65 anos, constituindo, em regra, a idade da reforma uma referência para a velhice (Spar e La Rue, 2005). Todavia, nestes países a idade da reforma tem vindo, nos tempos mais recentes, a ser aumentada. Como as representações sociais precisam de tempo para se adequarem às transformações que vão ocorrendo nas sociedades, ao continuarmos a utilizar conceitos como, atividade, reforma, velhice, podemos não nos aperceber que o seu conteúdo pode ter mudado. A Teoria das Representações Sociais é uma teoria científica sobre os processos através dos quais os indivíduos em interação social constroem explicações sobre objetos sociais (Vala, 1996). O uso desta teoria para o estudo de um objeto complexo, como o é a velhice, pode ser proveitoso, uma vez que permite apreender os sentidos que lhe são atribuídos pelos sujeitos que privam com o objeto e sobre o qual fazem recair ações e decisões (Tura, Silva, 2012). Partindo do pressuposto que a velhice poderá ser perspetivada de modo diferente por quem a vive e por quem a olha à distância, decidiu-se fazer um estudo com pessoas idosas e com jovens estudantes de enfermagem que se preparam para cuidar de pessoas entre as quais os idosos. Assim, com a finalidade contribuir para um maior esclarecimento acerca das representações sociais sobre a velhice, realizou-se o estudo, com os seguintes objetivos: - Identificar as representações sociais de velhice, construídas por estudantes e idosos. - Analisar a estrutura das representações sociais na perspetiva de estudantes e de idosos.

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Este estudo foi desenvolvido com a finalidade de conhecer as representações sociais de enfarte agudo do miocárdio, junto de três grupos sociais: doentes com enfarte agudo do miocárdio; respectivas famílias; e profissionais de saúde que cuidam desses doentes. A base conceptual do estudo foi a teoria das representações sociais. Como metodologia optámos por uma abordagem multi-método, com etapas complementares de recolha de dados: questionário e entrevista. Obtivemos uma amostra de 210 participantes, aplicá-mos o questionário a todos e realizámos 120 entrevistas. Analisámos os dados com re-curso à análise de conteúdo auxiliada por quatro softwares: Evoc, Simi, Trideux Alces-te. Encontrámos na interpretação das ancoragens e objectivação uma teia de sentidos compartilhados nas práticas sociais, nos diferentes grupos. Emergiram sentidos maiori-tariamente ancorados no biológico/físico e psicológico, com especial relevância na di-mensão emocional. O grupo dos profissionais de saúde fica detentor de um conjunto de representações que constituem um importante instrumento de trabalho; ### SUMMARY: Social representations of Myocardial Infarction, built by patient, family and health professionals This study was developed with the purpose of knowing the social representations of acute myocardial infarction considering three social groups: patients with acute myo-cardial infarction, respective families and health professionals who care for these pa-tients. The conceptual basis of this study was the theory of social representations. We have chosen a multi faceted method as methodology with additional gather of data col-lection through questionnaire and interviews. We obtained a sample of 210 participants applying the questionnaire to all and executing 120 interviews. The data was analyzed using content analysis supported by four software: Evoc, Simi, Trideux and Alceste. The interpretation of anchoring and objectification showed a set of shared meanings in social practices in the different groups. The biological / physical and psychological meanings emerged largely anchored with particular emphasis on the emotional dimen-sion. The group of health professionals held a set of representations that were an im-portant instrument of work.

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O trabalho de investigação documentado nesta dissertação insere-se no estudo das representações sociais da violência contra idosos. Para tanto, recorreu-se à Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici com o objetivo de conhecer as representações acerca da violência contra o idoso, identificando as perspectivas distintas de três grupos participantes de dois países, Portugal e EUA Realizou-se um estudo qualitativo do tipo descritivo, explorando as representações sociais acerca da violência contra idosos mas, também, de carácter comparativo já que oferece a perspectivas de três grupos distintos. Buscou-se saber dos pensamentos acerca da violência sobre o idoso nas perspectivas do próprio idoso, de famílias de idosos e profissionais da área de saúde que prestam assistência à pessoas idosas. O estudo propiciou uma discussão do fenômeno como comportamento social refletindo sobre questões epidemiológicas e psico-sociais que o caracterizam como um dos mais graves na esfera da saúde pública. As questões sócio-demográficas foram processadas através do programa estatístico SPSS e, a produção discursiva das 240 entrevistas, analisada através dos programas estatísticos ALCESTE e, IRAMUTEQ.Apesar das diferenças socio-culturais, os participantes construíram representações sociais da violência contra idosos similares, associadas à identidade social do idoso que os coloca como vítima iminente de violência. As divergências encontram-se nas expectativas de intervenção e prevenção do fenômeno; Violence against the elderly and its social representation Abstract: The research documented in this dissertation is part of a study about elderly violence, considered to be one of the most serious issues in the sphere of public health and examined here through the lens of the Theory of Social Representations. The main objective is to know the perspectives of the elderly, families and health professionals from two countries: Portugal and United States of America, on the subject of elderly violence. Using a qualitative design, this study applied both, descriptive and comparative methods interviewing 240 individuals. The demographic data were analyzed through SPSS and the lexical analysis which were performed by two software programs, ALCESTE and IRAMUTEQ. The social representations of elderly violence had similarities associating violence to the social identity of the elderly as an eventual victim despite cultural differences. Variations are identified in the expectations regarding strategies of intervention and prevention of the phenomena.

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O envolvimento dos estudantes na escola tem ganho relevância no âmbito da comunidade científica. Apesar de não existir um consenso face à sua definição, todas apontam para o facto do envolvimento se relacionar com a forma como os estudantes se identificam e valorizam os resultados escolares, bem como, a sua participação em atividades escolares curriculares e extracurriculares. O suporte social visto como a perceção que o indivíduo tem de ser valorizado e aceite pelos outros contidos na sua rede social. A investigação tem demonstrado a relação existente entre estes dois conceitos. A existência de suporte social, mais especificamente o estabelecimento de relações positivas com o grupo de pares parece estar relacionada com um maior envolvimento dos estudantes na escola. O objetivo do presente estudo é compreender a relação entre o envolvimento dos estudantes na escola e a perceção de suporte social. O mesmo foi realizado numa escola em Évora, com alunos do 2º e 3º ciclos do ensino básico (335 alunos). Foram utilizados dois questionários: o QEEE – Questionário acerca do Envolvimento dos Estudantes na Escola e o QPSS – Questionário de Percepção de Suporte Social. Os resultados do presente estudo apontam para correlações estatisticamente significativas entre o suporte social e o envolvimento dos estudantes na escola, corroborando assim investigações já realizadas; ABSTRACT: Students engagement with school has won relevance within the scientific community. Although there is no consensus over its definition, all point to the fact that the engagement relate to how the students to identify and value the school results as well as their participation in curricular and extracurricular activities. The social support seen as the perception that the individual must be valued and accepted by others contained in your social network. The research has demonstrated the relationship between these both. The existence of social support, specifically the establishment of good relations with the peer group seems to be related to greater student engagement with school. The aim of this study is to understand the link between student engagement with school and perceived social support. It was conducted in a school in Évora, with students from 2nd and 3th cycles of middle school (335 students). We used two questionnaires: QEEE – Questionnaire about the Student Engagement with School and QPSS – Questionnaire for Perceived Social Support. The results of this study show statistically significant correlations between social support and students engagement with school, thus confirming previous research.

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O envelhecimento é um processo que, a nível individual, remete para múltiplas trajetórias de vida e que, no plano coletivo, sofre a influência de fatores socioculturais como acesso à educação, aos cuidados em saúde, à alimentação e ao lazer e a uma rede de relações estáveis. Na literatura gerontológica, envelhecer é considerada uma situação progressiva e multifatorial, e a velhice uma experiência heterogénea, experienciada com mais ou menos qualidade de vida e potencialmente bem-sucedida (Lima, Silva & Galhardoni, 2008). Analisar a velhice como uma experiência homogénea, não significa apenas minimizar os problemas enfrentados pelos idosos, decorre do fato de a sociedade moderna não ter previsto um papel específico ou uma atividade para os velhos, remetendo-os para uma existência sem significado (Areosa, Bevilacqua & Werner, 2003). Atualmente, tem sido o modelo de envelhecimento ativo que tem ocupado um lugar cimeiro nas agendas mundiais das diferentes organizações internacionais desde a Organização Mundial de Saúde (OMS), à Comissão Europeia e às entidades de saúde e segurança social dos diferentes estados membros. Neste âmbito têm vindo a ser propostas e acionadas estratégias políticas e desenvolvidas medidas de intervenção social que procuram traduzir uma nova imagem da velhice e promover novas leituras e práticas sobre esta realidade. O modelo subjacente ao envelhecimento ativo conceptualiza o envelhecimento sob uma perspectiva positiva, refutando estereótipos e valorizando o papel desempenhado pelos idosos tal como os contributos que prestam à sociedade. A saúde, o bem-estar e a autonomia não só são possíveis e desejáveis, como se opõem à incapacidade e dependência. O idoso deixa de ser um personagem vulnerável e passivo, para se assumir como um agente ativo e decisor no seu processo de envelhecimento, (Rozario, Morrow-Howell & Hinterlong, 2004). O envelhecimento ativo, centrado na ideologia da atividade e jovialidade desafia os idosos para a necessidade de uma reinvenção pessoal através da criatividade na reconstrução de um novo projeto de identidade e de ocupação na aposentação, que promova a sua participação social e que contrarie a ideia de dependência dos incentivos sociais e das iniciativas públicas (Silva, 2009). Nesta perspetiva, pretende-se que o envelhecimento ocorra com qualidade e manutenção da autonomia dos indivíduos, criando e preservando oportunidades de os mais velhos continuarem a participar da sociedade, minimizando assim as possibilidades de exclusão social (Lima et al., 2008). Neste contexto, pretende-se analisar como é que o envelhecimento ativo é representado pelos idosos e pelos profissionais de saúde. Assim, o objetivo deste estudo visou identificar a estrutura das representações sociais do envelhecimento e do envelhecimento ativo de um grupo de idosos e de um grupo de profissionais de saúde, do concelho de Évora.

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O bullying e o suporte social, apesar de conceptualmente distintos, interagem entre si. O bullying é um subgrupo do comportamento agressivo, que ocorre intencional e repetidamente, numa relação assimétrica de poder entre pares. O suporte social envolve o apoio recebido pelas fontes de suporte da rede social. O principal objetivo deste estudo é analisar a relação entre bullying e perceção de suporte social. O mesmo realizou-se numa escola básica de Évora, com 335 alunos dos 2° e 3° ciclos do ensino básico, sendo utilizados o Questionário de Violência Escolar e Isolamento Social e o Questionário de Percepção de Suporte Social. Os resultados obtidos indicam baixos níveis de incidência de comportamentos de bullying. Verificou-se que uma fraca perceção de suporte social associa-se a um maior envolvimento no bullying, o que aponta para a perceção de suporte social como um fator protetor para o envolvimento em situações de vitimação e de agressão; ABSTRACT: Bullying and social support, although conceptually distinct, interact between itself. Bullying is a sub-group of the aggressive behavior that occurs repeatedly and intentionally, in an asymmetrical power relationship between peers. Social Support involves the support received by the sources of social support networks. The aim of this study is to analise the relationship between bullying and perceived social support. The aim was done in a basic school of Évora, with 335 students of 2nd and 3th cycles of basic education. The used questionnaires had been the Questionnaire for School Violence and Social isolation and the Questionnaire for Perceived Social Support. The results indicate low levels of incidence of bullying behavior. lt was found that a low perception of social support is associated with an increased involvement in bullying, which points to the social support as a protective for involvement in situations of victimization and agression.

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O bullying descreve-se como um abuso sistemático de poder entre pares, de carácter intencional e repetitivo. O suporte social descreve comportamentos que funcionam como um reforço na rede social. A existência de suporte social parece ser um factor protector para o envolvimento em situações de vitimação e agressão. O objectivo deste estudo é compreender a relação entre o bullying e a percepção de suporte social. Realizou-se em quatro escolas do Agrupamento de Escolas nº1 de Évora, com alunos do 3º e 4ºanos de escolaridade (262 alunos). Utilizaram-se dois questionários: o QVEIS – Questionário de Violência Escolar e Isolamento Social e o QPSP – Questionário de Percepção de Suporte Social. Os resultados deste estudo não se revelaram conclusivos, sendo reduzida a prevalência de comportamentos de vitimação e agressão. Existem correlações estatisticamente significativas entre as dimensões da vitimação e da agressão e a percepção de existência de suporte social e, a vitimação e a percepção de ausência de suporte social; ABSTRACT: Bullying is described as a systematic abuse of power among peers, intentional and repetitive. Social support describes behaviors that act as reinforcement in a social network. The existence of social support seems to be a protective factor for involvement in situations of victimization and aggression. The aim of this study is to understand the relationship between bullying and perceived social support. It was conducted in four elementary schools, with students from 3rd and 4th grade (262 students). We used two questionnaires: QVEIS – Questionnaire for School Violence and Social Isolation and QPSP - Questionnaire for Perceived Social Support. The results were inconclusive, with a fair prevalence of risk of victimization and aggression. There are statistically significant correlations between the dimensions of victimization and aggression and the perception of the existence of social support and the perception of victimization and lack of social support.

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O consumo de substâncias psicoativas e os comportamentos aditivos no contexto escolar, constituem hoje um sério problema de saúde pública. A comunidade educativa é confrontada com enormes desafios no sentido do desenvolvimento de uma resposta única, integrada e pragmática para um fenómeno em constante evolução. A avaliação do perfil do uso de drogas numa dada população permite o desenvolvimento de programas mais realistas e ainda, quando a pesquisa é realizada sistematicamente, passa a representar um indicador fundamental para a avaliação dos resultados de intervenções eventualmente implementadas num dado período de tempo. Neste quadro, julgamos pertinente e oportuno a concretização deste estudo e o envolvimento de toda a comunidade escolar assim como parceiros estratégicos com atuação na área da saúde, educação, investigação e intervenção social. Objetivos: (1) Desenvolver avaliação diagnóstica, ao nível regional, sobre os hábitos, comportamentos de risco, consumo de álcool, tabaco e outras drogas nos adolescentes em idade escolar. (2) Criar uma estrutura observacional permanente dos comportamentos aditivos dos jovens. Método: Estudo com abordagem quantitativa do tipo descritiva, longitudinal, realizado a 1181 alunos do7º ano de escolaridade das escolas da região Alentejo. A recolha de dados foi realizada através da aplicação de questionário online. O questionário será aplicado anualmente, aos alunos do 7º e 9º ano, no sentido de possibilitar a monitorização dos comportamentos de saúde dos adolescentes relativamente aos consumos nocivos, o que permitirá que cada grupo seja sujeito ao mesmo questionário duas vezes ao longo do seu percurso escolar (no 7º e no 9º ano). Será solicitada a colaboração de todos os atores relevantes das escolas envolvidas no projeto. Resultados: A amostra é constituída por 537 rapazes e 644 raparigas. Da amostra 34,68% consumiram bebidas alcoólicas alguma vez na vida; 39,38% utilizaram o tabaco; 18,95% cheirou demoradamente substâncias como colas, vernizes e solventes por causa dos seus efeitos; 1,81% consumiu marijuana ou haxixe ou erva; 1,03% tranquilizantes ou sedativos e 0,94 % a cocaína. Dos que já fumaram tabaco 70,98% fizeram-no a primeira vez com os amigos. As bebidas mais consumidas foram a cerveja (23,93%), seguido das bebidas destiladas (13,63%) e do vinho (7,67%). 12,18% dos estudantes tomou cinco ou mais bebidas seguidas, nos últimos trinta dias. A maioria começou a consumir bebidas alcoólicas com os amigos (19,08%) ou com um familiar (18,99%). Considerando a idade dos jovens da amostra, os resultados mostram que o acesso às substâncias psicoativas ocorreu em idades bastante precoces. Conclusão: o consumo de novas substâncias psicoativas (lícitas e ilícitas), novos padrões de consumo e novas dependências, têm importantes implicações em termos de saúde pública, ocupando hoje, no quadro das prioridades de intervenção na área da promoção da saúde, um lugar de destaque. Projetos contínuos sujeitos a avaliações rigorosas são um dos caminhos para perceber se os jovens são capazes de enfrentar os riscos e os desafios que espreitam nos vários cenários por onde se movimentam. Neste quadro, o futuro das intervenções comunitárias na área da saúde dirigidas ao meio escolar deverão ter nas evidências científicas um pilar essencial.

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O consumo de substâncias psicoativas e os comportamentos aditivos no contexto escolar, constituem hoje um sério problema de saúde pública. A comunidade educativa é confrontada com enormes desafios no sentido do desenvolvimento de uma resposta única, integrada e pragmática para um fenómeno em constante evolução. A avaliação do perfil do uso de drogas numa dada população permite o desenvolvimento de programas mais realistas e ainda, quando a pesquisa é realizada sistematicamente, passa a representar um indicador fundamental para a avaliação dos resultados de intervenções eventualmente implementadas num dado período de tempo. Neste quadro, julgamos pertinente e oportuno a concretização deste estudo e o envolvimento de toda a comunidade escolar assim como parceiros estratégicos com atuação na área da saúde, educação, investigação e intervenção social. Objetivo: - Desenvolver avaliação diagnóstica, ao nível regional, sobre os hábitos, comportamentos de risco, consumo de álcool, tabaco e outras drogas nos adolescentes em idade escolar. - Criar uma estrutura observacional permanente dos comportamentos aditivos dos jovens. Método: Estudo com abordagem quantitativa do tipo descritiva, longitudinal, realizado a 1181 alunos do7º ano de escolaridade das escolas da região Alentejo. A recolha de dados foi realizada através da aplicação de questionário online. O questionário será aplicado anualmente, aos alunos do 7º e 9º ano, no sentido de possibilitar a monitorização dos comportamentos de saúde dos adolescentes relativamente aos consumos nocivos, o que permitirá que cada grupo seja sujeito ao mesmo questionário duas vezes ao longo do seu percurso escolar (no 7º e no 9º ano). Será solicitada a colaboração de todos os atores relevantes das escolas envolvidas no projecto. Resultados: A amostra é constituída por 537 rapazes e 644 raparigas. Da amostra 34,68% consumiram bebidas alcoólicas alguma vez na vida; 39,38% utilizaram o tabaco; 18,95% cheirou demoradamente substâncias como colas, vernizes e solventes por causa dos seus efeitos; 1,81% consumiu marijuana ou haxixe ou erva; 1,03% tranquilizantes ou sedativos e 0,94 % a cocaína. Dos que já fumaram tabaco 70,98% fizeram-no a primeira vez com os amigos. As bebidas mais consumidas foram a cerveja (23,93%), seguido das bebidas destiladas (13,63%) e do vinho (7,67%). 12,18% dos estudantes tomou cinco ou mais bebidas seguidas, nos últimos trinta dias. A maioria começou a consumir bebidas alcoólicas com os amigos (19,08%) ou com um familiar (18,99%). Considerando a idade dos jovens da amostra, os resultados mostram que o acesso às substâncias psicoativas ocorreu em idades bastante precoces. Conclusão: o consumo de novas substâncias psicoativas (lícitas e ilícitas), novos padrões de consumo e novas dependências, têm importantes implicações em termos de saúde pública, ocupando hoje, no quadro das prioridades de intervenção na área da promoção da 176 saúde, um lugar de destaque. Projetos contínuos sujeitos a avaliações rigorosas são um dos caminhos para perceber se os jovens são capazes de enfrentar os riscos e os desafios que espreitam nos vários cenários por onde se movimentam. Neste quadro, o futuro das intervenções comunitárias na área da saúde dirigidas ao meio escolar deverão ter nas evidências científicas um pilar essencial.