14 resultados para Estudos CTS
em Universidade do Minho
Resumo:
Neste artigo examinamos os resultados de um inquérito realizado junto de jovens em qu atro países de língua oficial portuguesa, situados em continentes diferentes: Angola, Brasil, Portugal e Timor-Leste. Em cada um desses países foram recolhidos dados com vista a examinar as representações sociais da história nacional e as emoções associadas aos acontecimentos considerados mais marcantes. Os resultados apontam para ambiguidades, ambivalências e contradições nas representações sociais da história que liga os países de língua portuguesa. De um modo geral observa-se um “desencontro” das memórias sobre o passado colonial. Esse desencontro das memórias sobre o “passado comum” é particularmente evidente quando comparamos as memórias históricas dos jovens angolanos e dos jovens portugueses.
Resumo:
O presente artigo discute as maneiras como os Estudos da Criança colaboram com as novas formas de se pensarem as crianças e as infâncias, afirmando que os conceitos de criança como ator social, como sujeito com direitos, participativo e com voz, passam a ter uma visibilidade significativa na pesquisa com crianças, nos discursos acadêmicos e também em muitas práticas sociais com crianças. Questionamos ao longo do texto alguns aspectos que têm vindo a merecer uma atenção acrescida nos últimos tempos, nomeadamente os relacionados com os preceitos éticos que envolvem a pesquisa com crianças tentando pensar de que modo podem concretizar-se numa ética viável e significativa para as crianças, nas pesquisas com crianças desenvolvidas no Brasil e em Portugal. Fechamos o texto com a convicção de que somente ouvindo e escutando o que as crianças tem a nos dizer sobre os seus modos de vida poderemos acrescentar ao conhecimento sobre a infância elementos inovadores e respeitadores da imagem da criança como sujeito ativo de direitos. Somente desta forma conseguiremos enfrentar as exigências de colocar em discussão todo e qualquer direito das crianças na pesquisa em debates mais extensos de ampliação da cidadania.
Resumo:
[Excerto] Na academia como no mercado mediático, a rádio goza de um estatuto relativamente modesto. Sem os exibicionismos próprios dos meios visuais, o meio radiofónico define-se por uma presença ao mesmo tempo popular e discreta, simples e elegante, na vida quotidiana. Tendo acompanhado o aparecimento de quase todas as formas de representação visual e tendo convivido “com todas as formas emergentes de imagem” no século XX (Oliveira & Pedro, 2011, p. 6), afirmou-se como um meio invisual, uma característica que muitas vezes o confundiu com um meio também invisível. Num livro de 1989, Peter Lewis e Jerry Booth falam desta invisibilidade como uma condição que se explica por uma certa tendência para subordinar a rádio à televisão em matéria de políticas públicas, subestimando-se o seu potencial como meio de comunicação e de difusão de conteúdos. Por outro lado, para os autores, a marginalização da rádio deve-se ao facto de os estudos de comunicação terem sempre considerado este meio num lugar menor da história dos média. A mesma ideia é retomada num texto do ano 2000, publicado por Peter Lewis no International Journal of Culture. Referindo-se ao estatuto cultural da rádio, o autor explica que ela tem sido um lugar de paixões privadas, mas ninguém o reconhece em público (Lewis, 2000).
Resumo:
Dissertação de mestrado integrado em Engenharia de Materiais
Resumo:
(Excerto) A comunicação inscreve-se sempre em contextos culturais. Numa época dominada pelo regime da performatividade, da eficiência e da utilidade (Martins, 2015), a comunicação é cada vez mais pensada e usada de forma estratégica (Pinto-Coelho, 2005; Ruão & Kunsch, 2014). O mesmo se passa com aquilo a que chamamos cultura. Como nos diz George Yúdice (2006), a cultura, estando cada vez mais ligada à ideia de recurso ou de expediente, constitui-se como uma preocupação crescente de todos os setores da sociedade, quer para resolver problemas sociopolíticos, quer como instrumento que impulsiona o crescimento económico e a geração de emprego. Para professores e investigadores, estas novas orientações exigem problematizações outras, o abandono de instrumentos do passado e o favorecimento de uma reflexão e educação críticas. O presente livro, que reúne um conjunto de textos escritos por investigadores das áreas da Comunicação e dos Estudos Culturais que participaram nas IV Jornadas Doutorais em Comunicação e Cultura realizadas na Universidade do Minho, reflete este “ar dos tempos”. A edição inscreve-se num esforço permanente, desenvolvido pelo CECS — Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho — de promover a partilha de conhecimentos e experiências de pesquisa entre estudantes de doutoramento e pós-doutoramento das áreas das Ciências da Comunicação e dos Estudos Culturais. O encontro deste ano originou uma discussão frutífera à volta dos temas da comunicação, das culturas e dos seus usos estratégicos. O resultado é uma leitura, muito própria, de diferentes fenómenos da atualidade.
Resumo:
A partir da análise do processo de comunicação, apresentamos neste trabalho uma reflexão sobre a Epistemologia Qualitativa e os princípios gerais postulados por Gonzáles Rey (2012). De partida, sublinhamos que para compreender o processo de comunicação é necessário recorrer a métodos e técnicas de pesquisa que visam explorar um conhecimento subjetivo. Seguindo este conselho da literatura, destacamos os debates que envolvem a utilização de métodos qualitativos e quantitativos na pesquisa social e, por fim, apresentamos o exemplo de aplicação prática desta proposta metodológica, o Modelo de Interpretação de Marca (MIM).
Resumo:
Dissertação de mestrado em Bioquímica Aplicada
Resumo:
A ciência é uma atividade que torna possível o desenvolvimento tecnológico, social, cultural e económico. É importante avaliar a forma como o mundo científico comunica, nomeadamente a capacidade de adequação da comunicação da ciência às novas ferramentas e às respetivas formas de interação com os públicos. Referimo-nos à comunicação digital que traz potencialidades acrescidas, face à comunicação tradicional. Na verdade, procuraremos demonstrar que o investimento que é feito na comunicação online, inserida numa estratégia de comunicação sólida e coerente, pode trazer benefícios acrescidos à divulgação científica. O Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade tem, como preocupação primária, a divulgação dos resultados da sua investigação. A atual inquietação à volta do desinvestimento na ciência torna a avaliação das políticas de comunicação levadas a cabo no CECS uma necessidade premente, para demonstrar a importância da sua atividade e do financiamento necessário à sua prossecução. Neste contexto, esta investigação procura desvendar a importância da comunicação online, no âmbito da comunicação da ciência e da investigação científica. Para este efeito, faremos uma auditoria de comunicação focando-nos nas ferramentas de comunicação online do CECS, procurando perceber a importância da utilização destas na estratégia de divulgação científica.
Resumo:
É meu propósito, neste estudo, argumentar a ideia de que os Estudos Culturais podem ser encarados como novas humanidades. Os Cultural Studies centram a atenção nos estudos étnicos, pós-coloniais, comunicacionais, antropológicos, etnográficos e feministas, e apenas “muito marginalmente” têm-se interessado pela literatura e pelos estudos literários (Aguiar e Silva, 2008). Mas são precisamente esses domínios, investidos pela ‘Social Science’, e não pelas ‘Arts’, que se constituem como pedra de toque da modernidade. E é neles que se joga, hoje, em grande medida, a ideia que temos do humano. A interrogação que hoje é feita, tanto sobre o humano como sobre a modernidade, tem como pano de fundo a translação tecnológica da cultura, da palavra para a imagem (Martins, 2011a). A minha proposta tem em atenção esse debate, sublinhando entretanto o compromisso que os Estudos Culturais têm com atual e o contemporâneo, o que também quer dizer, com o presente e o quotidiano.
Resumo:
Dissertação de mestrado em Comunicação, Arte e Cultura
Resumo:
Dissertação de mestrado em Educação Especial (área de especialização em Dificuldades de Aprendizagem Específicas)
Resumo:
Dissertação de mestrado em Estudos Interculturais Português/Chinês: Tradução, Formação e Comunicação Empresarial
Resumo:
Enquanto objetivação estética de reflexões e indagações identitárias, aos diferentes níveis individual, social, político ou cultural, o retrato constitui-se como género artístico conhecedor de um notável florescimento no mundo ocidental a partir da Renascença, coincidindo com a aquisição de uma importante autoconsciência sócio-profissional por parte dos artistas e com a possibilidade do acesso à autoridade e à exemplaridade da imagem por parte de camadas cada vez mais amplas da população. Concebível segundo tipologias diversas e assumindo funções díspares, o retrato revelou-se surpreendentemente transversal a múltiplas linguagens artísticas, desde a pintura e a escultura à medalhística, às artes decorativas, à fotografia ou às mais recentes produções digitais e intermediais, estendendo-se ainda, enquanto categoria genológica, à literatura onde toma expressão nas descrições de figura – particularmente no que toca uma longa tradição de representação poético-retórica da beleza feminina – ou se avizinha das escritas intimistas e (auto)biográficas com as quais se delineiam fronteiras nem sempre rigorosamente nítidas. É nosso propósito recensear alguns dos mais relevantes estudos teóricos desenvolvidos em Portugal em torno da arte do retrato de acordo com uma perspetiva desejavelmente abrangente, atenta a contribuições teórico-críticas em torno do retrato nas artes plásticas e também do retrato literário e poético. Para o efeito, ensaiaremos alguns comentários preliminares sobre oscilações na concetualização do que possa ser um ‘retrato’ e correlatas vacilações nas respetivas propostas definidoras.
Resumo:
Coleção Hespérides. Literatura n.º 28