108 resultados para Centro de Estudos Supletivos de Niterói
Resumo:
The links between gender, sex and sexuality and their relevance are theoretically and politically problematic (Richardson, 2007). One of the difficulties in understanding their interconnections is that these terms are often used differently and ambiguously by different authors (and even by the same authors). This article reports the results of an analysis of the articles published in open access communication journals with known impact factor, edited in Portugal and published between 2005 and 2012. The diverse conceptualisations of those three basic concepts and of their (inter)relationships within communication research are identified. The complexity and the intricate (and often implicit) nature of both the meanings of these categories and their relationships underlie and justify our attention and further research. What the findings suggest about the current communication research into gender issues published in the two journals surveyed is that the ‘Gender differences discourse’ (Sunderland, 2004) is the most pervasive discourse (also) in academic practice. Additionally, they show that gender and sex are mainly taken for a fact, not a question that is worth being studied. The editors of these journals, as well as the scholars submitting manuscripts, need to be more aware of the traditional nature of the theoretical and methodological choices that they make regarding gender- and sex-related issues, as well as of the relative lack of attention to sexuality as a research subject.
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[Excerto] INTRODUÇÃO: Falar dos tempos alimentares é ter em consideração as diferentes dimensões do tempo em relação à alimentação. Apesar do ato alimentar ser uma necessidade vital porque, sem nutrientes o organismo não sobrevive, cadenciado por tempos biológicos, é também um ato social e simbólico dado que, envolve uma multiplicidade de condicionantes unidas por complexas interações que influenciam as diferentes fases do sistema alimentar e as diferentes dimensões do tempo, tempo cósmico, tempo ecológico, tempos histórico e social, tempo tecnológico e tempo criativo dos sujeitos entre outros. No ato alimentar, "o homem biológico e o homem social ou cultural estão ligados e reciprocamente implicados" (Contreras, 1993: 12). De facto, quando um indivíduo se alimenta no tempo e com o tempo desencadeia uma multiplicidade de aspetos que remete para diferentes dimensões do fenómeno alimentar interligadas tais como a biológica, a ecológica, a tecnológica, a económica, a política, a histórica, a social, a cultural, a nutricional-dietética, a gustativa, a identidade, a sociabilidade e a saúde. (...)
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[Excerto] Hoje, como antes, a nossa vida é marcada por mudanças de luminosidade onde a luz tem o poder de marcar o ambiente físico e psicológico por onde passamos. Como refere Rudolf Arnheim (1997), em Arte e percepção visual, a luz é muito mais do que a causa física do que vemos, ou o pré--requisito prático para a maioria das nossas atividades. Psicologicamente, é uma das experiências humanas mais fundamentais e poderosas que existem; é a contraparte visual do calor e interpreta para os olhos o ciclo vital das horas e das estações, isto é, a passagem do tempo. Por este motivo, a luz foi venerada e celebrada em tantas civilizações antigas, e, embora desprovida do seu caráter sobrenatural, a luz não tem nos tempos modernos menor importância do que no passado. No paradigma da ciência moderna, reafirma-se a antiga convicção de que a luz é a fonte principal da vida terrestre e tudo o que existe no universo é condicionado pela sua presença(...).
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[Excerto] O simbolismo da luz e das trevas, da visão e da cegueira datam, provavelmente, de época tão antiga quanto a própria história da Humanidade. Metaforicamente, a luz personifica o bem, como as trevas personificam o mal. Este dualismo de forças antagónicas em luta percorre mitos e crenças de muitos lugares e de muitos tempos. É que, como alerta Arnheim (1997), na perceção, a obscuridade não é vista como uma ausência de luz mas como um princípio tão ativo quanto a própria luz. O dia e a noite personificam, visualmente, o conflito entre o bem e o mal, uma tradução possível dos dilemas da condição humana (...).
Resumo:
A divulgação da espiritualidade através dos movimentos sociais da Nova Era está a desencadear a transformação dialética do indivíduo num sentido profundo de união com o cosmos. Com o desenvolvimento tecnológico, a internet revolucionou o modo de disseminação da informação ao facultar livremente o acesso a conteúdos sobre a filosofia oriental na base destes movimentos. No contexto de rutura com o modelo cultural judaico-cristão, os indivíduos reconheceram nestas filosofias os modos de sentir para os quais, até então, não tinham obtido qualquer esclarecimento. Paralelamente, assiste-se à modificação do paradigma cultural regido pelas religiões tradicionais para a emergência do paradigma ecológico centrado na ética e na espiritualidade. Atualmente, em Portugal, o fenómeno social tem evidenciado ruturas nas práticas culturais dos indivíduos. A cultura da Nova Era exalta o rompimento com os modelos tradicionais e exalta a luz como signo e símbolo de uma nova era cultural. O clima ideológico criado pelos iluministas e potenciado pela Revolução Francesa parece estar a (re)emergir na cultura ocidental, em plena pós-modernidade, à luz de ideais reconfiguradas na espiritualidade, na noção de unidade, de religação com o cosmos, dos quais falam diversos autores como Boff, Giddens entre outros. A ideia da espiritualidade, da transcendência humana, do domínio interestelar do qual falam os movimentos espirituais da Nova Era está presente em diversos domínios da cultura pós-moderna. A ideia de luz surge como signo, sentido e simbologia principal, é a palavra mais amplamente difundida na cultura New Age. É deste modo que, por exemplo, a cocriação preenche o signo da luz repleto de sentidos, como ideia de exaltação da busca por uma espiritualidade simbolicamente individual e que se (re)cocria socialmente sob o signo principal da luz. O significado de luz e de espiritualidade do qual falam os movimentos espiritualistas tem merecido amplo destaque na publicidade, reproduzindo os sentidos de luminosidade que difundem os movimentos da Nova Era. Frequentemente, encontram-se inúmeras destas referências simbólicas em produtos e subprodutos culturais que nos circundam. Em certa medida, o individualismo reinventa-se através da espiritualidade dos tempos deste novo século. Ou seja, revela-se na espiritualidade voltada para si próprio, na busca do seu “eu” interno, na procura da essência de si mesmo.
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Este artigo faz uma breve contextualização de caráter historicista acerca da disseminação de conhecimento científico através dos instrumentos e aparelhos de visão. Localizamos o nascimento da ciência moderna no século XVII, época da Revolução Científica e do Iluminismo, responsáveis pela rutura com os paradigmas sociais, filosóficos, artísticos e científicos vigentes na época. No que diz respeito aos paradigmas científicos, tudo se funda numa nova atitude racionalista perante os fenómenos, acompanhada de uma metodologia e sistematização dos processos. Esta atitude passa sobretudo por um apuramento das técnicas de observação, beneficiadas pelos instrumentos, simultaneamente ferramentas e emblemas do ofício científico. Instrumentos de visão tal como o microscópio, o telescópio e os aparelhos fotográficos, que permitiram captar o infinitamente pequeno e o infinitamente grande, retratar o real e mais tarde estudar, documentar e reproduzir os fenómenos, exponenciando a disseminação do conhecimento científico, definindo também a ciência e as suas práticas.
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Com a passagem do cinema mudo para o cinema sonoro, a associação entre imagem e som tornou-se cada vez mais vulgar e complexa ao mesmo tempo. Decorrendo da revolução elétrica dos suportes de comunicação, os média audiovisuais pressupõem o convívio de elementos visuais e elementos acústicos, numa simbiose que se revelou fundamental para a produção de sentido na era moderna. No entanto, assentes na produção de imagem por via da luz, estes meios de comunicação multimodais parecem ter conduzido a um exacerbamento do olhar que, com frequência, sobrepõe o ver ao ouvir. É hoje comum a descrição da contemporaneidade pela sua imersão numa cultura essencialmente visual. A introdução dos computadores nas nossas rotinas diárias mudou definitivamente a relação que mantemos com as representações imagéticas ao ponto de tudo se querer convertido em imagem ou produzido à imagem de imagens. Focado na relação entre a atra ção visual e a distração acústica, este artigo procura sustentar, do ponto de vista teórico, a ideia de que o regime de hipervisibilidade pós-tecnológico em que nos inscrevemos está a promover uma sociedade dura de ouvido.
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A contemporaneidade pode ser entendida enquanto jogo de escondidas entre visibilidades e invisibilidades sociais. Ou seja, por vezes a sociedade deu-se a ver e descobriu-se (emitiu luz sobre si); outras vezes ocultou-se e encobriu-se (omitiu luz na sua direção). Em particular no que concerne algumas das manifestações dos diversos poderes na vida quotidiana. Este processo ocorreu em planos articulados entre si: através das visões do mundo, no nível macrossocial das estruturas; por meio das visualidades sociais, no interior do nível microssocial onde os atores sociais agem em copresença; e pela intermediação das visibilidades sociais, no seio ao nível mediador da sociedade (Andrade, 1995; 1997a). Tais emissões ou omissões de luminosidades sociais mostraram-se diferentes em períodos diacrónicos diversos, como a pré-modernidade, a modernidade e a pós-modernidade. Ora, a meu ver, estas idades do social, contrariamente ao que é defendido por algumas perspetivas filosóficas recentes, não constituem mais do que casos particulares de outras figuras da epocalidade humana mais abrangentes, como as omnimodernidades, as plurimodernidades e as intermodernidades. A seguir, procuraremos esclarecer os conceitos aqui anunciados e enunciados, simultaneamente à pesquisa de uma história e tipologia das figuras de luminosidade, que incluem tanto luzes quanto contra-luzes sociais.
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Com este breve estudo tentaremos mostrar como a leitura que fazemos da luz visível e invisível não depende apenas da capacidade dos dispositivos técnico-científicos de captar mais além e melhor a luz que nos chega de longe, mas depende também da consciência que fazemos de nós mesmos, enquanto habitantes de um determinado lugar e de um determinado tempo, com determinadas coordenadas em relação ao mundo.
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Sempre que as pessoas precisaram de produzir algo demasiado complexo para uma tarefa individual, criaram organizações. E o ato de organizar (inicialmente em clãs, famílias ou estruturas feudais) exigiu, desde logo, a comunicação entre as pessoas. Contudo, a modernização da sociedade (inicialmente através do aparecimento da agricultura, depois do comércio e, mais tarde, da indústria) deu origem a organizações mais complexas e trouxe necessidades comunicativas mais exigentes. Como resultado, e já em finais do século XIX, surgiram as primeiras formas de profissionalização da comunicação através da criação de gabinetes especializados, de funções de gestor da comunicação e do desenvolvimento de atividades de comunicação organizadas (como a assessoria de imprensa ou a publicidade).
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Este relatório inscreve-‐se no projecto COMPOLIS – Comunicação e Envolvimento Político com Questões Ambientais, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia com a referência EXPL/IVC-COM/1717/2012. O projecto foi desenvolvido entre 1 de Julho de 2013 e 31 de Dezembro de 2014, tendo sido Anabela Carvalho, membro do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho, a investigadora responsável. O relatório dá conta de conclusões de membros da equipa do projecto, que as apresentam a tal título, e não em nome da Universidade do Minho. Um dos objetivos do projecto COMPOLIS era analisar as experiências e percepções dos cidadãos sobre processos de participação pública relacionados com questões ambientais. Um dos casos estudados foi o do processo de consulta pública relativo ao projecto de instalação de uma linha de transporte de energia elétrica de muita alta tensão entre Vila do Conde e a Rede Elétrica de Espanha, a 400Kv, cujo traçado previsto atravessa freguesias dos distritos de Viana do Castelo, Braga e Porto.
Resumo:
No âmbito do projeto de investigação “COMPOLIS – Comunicação e Envolvimento Político com Questões Ambientais”, que decorreu entre agosto de 2013 e dezembro de 2014, procurou-se compreender a relação entre as práticas de comunicação e o envolvimento com questões ambientais. Especificamente, analisou-se a forma como as alterações climáticas e outros problemas ambientais são tratados e debatidos nos documentos políticos oficiais, nos media, nos movimentos sociais e também pelos próprios cidadãos. No presente relatório focar-nos-emos na tarefa 3 do projeto, que se centrou no estudo do envolvimento no Movimento de Transição em Portugal. De forma geral, o Movimento de Transição visa capacitar as comunidades para lidar com as alterações climáticas e o pico do petróleo, através da diminuição do uso de combustíveis fósseis e da construção de resiliência ecológica nas comunidades (Hopkins, 20081). O Movimento de Transição surgiu em 2006, em Totnes, no Reino Unido, e desde então tem vindo a expandir-se internacionalmente. A rede internacional denominada de Transition Network (TN) (www.transitionnetwork.org) reportava a existência de 1196 Iniciativas de Transição (ITs), a novembro de 2014. Em Portugal, o Movimento começou a dar os primeiros passos em 2010, e à semelhança do panorama internacional, tem tido um crescimento significativo em termos de número de ITs. A primeira IT surgiu no distrito do Porto, em Paredes, e foi registada na TN em Abril de 2010. Em Maio de 2015, o número de Iniciativas inscritas na TN era de 22 (TN, 2015).
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É largamente consensual que os media desempenham um papel relevante na formação de conceitos, imagens e crenças que os cidadãos usam para interpretar o mundo em que vivem. Contudo, há uma forte controvérsia quanto à melhor abordagem para assegurar as funções positivas (independentemente da forma como são definidas) do seu desempenho e para reduzir as consequências sociais negativas das suas ações e omissões dos meios de comunicação. Embora de formas diversas, espera-se que as entidades reguladoras dos media concorram para a qualificação dos sistemas mediáticos e, consequentemente, contribuam para o incremento das responsabilidades sociais dos meios de comunicação públicos e privados. A relação entre progresso social e a regulação mediática é tão relevante que académicos especializados em desenvolvimento internacional, consideram o estudo da regulação dos media um indicador válido do desenvolvimento nacional. Uma vez que os media são efetivamente um pilar fundamental dos regimes democráticos, devem ser monitorizados e responsabilizados. Nas sociedades democráticas avançadas, os estados estabelecem normalmente uma (ou mais) entidade(s) de regulação mediática nacional e Portugal não é exceção. Se a regulação dos media é financiada com dinheiros públicos, estas entidades devem desenvolver um trabalho de alto nível e contribuir de forma efetiva para a qualificação global dos sistema mediáticos.
Resumo:
desenvolveram um papel relevante na história da vida social do século XIX em diante, constituíam objectivos do projecto os seguintes propósitos: 1) estudar a construção do imaginário popular; 2) construir o enquadramento de uma espécie de sócio-semiótica da imagem; 3) perceber como é que a tecnologia determina a nossa experiência do mundo e constrói a nossa identidade; 4) contribuir para uma teoria da imagem e do imaginário, criando um quadro teórico no campo das artes visuais; 5) estudar a história dos postais ilustrados e a sua importância como original meio de publicidade; 6) fazer o retrato sociológico das representações identitárias dos povos em diferentes regiões de Portugal Continental; 7) construir (eventualmente em parceria com a Biblioteca Nacional), uma base de dados que permita servir a memória deste meio de comunicação e disponibilizá-la para consulta on-line em site a criar na Internet; 8) promover o interesse pelas diferentes regiões do país, no que concerne à identidade etnográfica e à divulgação turística associada às imagens dos postais ilustrados.
Resumo:
In more scientific terms, NET Station contributed to: - discuss in theoretical terms the role radio still play in contemporary societies; - examine how audiences are using sound resources on the Web; - draw up a new theoretical framework for the study of the reconfiguration of radio language on the Internet;acknowledge that people are not abandoning radio as a medium; the survey applied by the team demonstrated that there is a complementariness between traditional radio and radio on the Internet; - understand that people expect more interactivity, more opportunities to participate in content production and more diversity of contents. These results were shared with editors responsible for Portuguese radio and might influence the offer made available by these radio corporations from now on; - demonstrate that the Internet is underexplored in terms of sound and acoustic communication; - promote the production of new sound narratives to be available on the Internet;