152 resultados para Representações sociais

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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Considerando-se que a famlia vivencia e partilha junto com o doente todos os sentimentos, emoes e angstias que envolve o diagnstico e o tratamento do cncer, o presente estudo teve como objetivos descrever as dimenses das representações sociais acerca do cncer para familiares do cliente oncolgico em tratamento quimioterpico ambulatorial em uma unidade de referncia para o seu tratamento; analisar a representao social do cncer elaborada por familiares do cliente oncolgico em tratamento quimioterpico ambulatorial; e discutir as contribuies do enfermeiro junto famlia do cliente oncolgico em tratamento quimioterpico ambulatorial a partir da construo representacional do cncer para os sujeitos do estudo. De carter qualitativo, o caminho metodolgico foi construdo com base na Teoria das Representações Sociais. Os sujeitos foram 30 familiares que estavam acompanhando o doente durante o tratamento quimioterpico. Os dados foram coletados a partir da realizao de entrevistas semi-estruturadas e analisados atravs da anlise de contedo de Bardin (1979), sistematizada por Oliveira (2008), com o auxlio do software QRS Nvivo 2.0. Da anlise dos dados emergiram seis categorias que compem o campo representacional e se expressa atravs das dimenses representacionais concretizadas nas seguintes categorias: sentimentos compartilhados por familiares de clientes oncolgicos em tratamento quimioterpico, que mostra que, ao se depararem com a doena e sua dura realidade, os familiares so acometidos por diversos tipos de sentimentos; imagens, metforas e conceitos no existir da famlia que enfrenta a doena, onde os familiares revelaram que o cncer percebido, entre outras coisas, como um monstro que invade a vida das pessoas e dela passa a tomar conta e a domin-la; preconceitos e estigmas na vivncia do cncer, que revelou que ainda hoje existem representações e estigmas presentes na sociedade e em suas construes culturais acerca do cncer; diferentes prticas desenvolvidas no contexto da doena e do processo de adoecimento pelo cncer, que evidenciou as diferentes prticas presentes no discurso dos sujeitos, quais sejam, a de religiosidade no contexto do cncer, a de enfrentamento da doena, a de comunicao-ocultamento e de atitudes da famlia ao estar no mundo frente ao cncer; o processo de ancoragem e o conhecimento adquirido aps a experincia do cncer, onde surgiram os conhecimentos que os sujeitos adquiriram acerca do cncer e alguns elementos do processo de ancoragem do cncer; as vivncias do enfermeiro que trabalha em oncologia e suas contribuies junto famlia que alerta os enfermeiros para a necessidade de intervenes efetivas direcionadas assistncia integral do indivduo, levando em considerao a importncia da famlia. Conclui-se que ao se descobrir acompanhando um familiar que tem cncer, a famlia passa a viver um outro mundo, no qual a possibilidade de morte se mostra de forma inevitvel e iminente. Diante disso, a famlia passa a valorizar no apenas o cuidado dispensado ao doente, mas tambm anseia por uma ateno profissional que contemple seu existir e seu modo de viver.

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A presena de pacientes crnicos em instituies psiquitricas tem se constitudo como um desafio humano, poltico e programtico para esta rea assistencial. Frente a isto, definiu-se como objetivo geral deste estudo analisar a reconstruo scio-cognitiva do profissional de sade mental acerca do paciente psiquitrico crnico, contextualizando com a sua permanncia institucional e o processo assistencial. Como objetivos especficos, descrever os contedos e a estrutura das representações sociais do paciente psiquitrico crnico para os profissionais; identificar a existncia de contedos implcitos nas formaes discursivas dos profissionais de sade referentes ao paciente crnico institucionalizado; e analisar a perspectiva assistencial implementada na ateno a esses indivduos no contexto institucional a partir das representações sociais do paciente crnico. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida com o aporte terico-metodolgico da Teoria das Representações Sociais em sua abordagem estrutural, em dois hospitais colnias localizados na cidade do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados atravs de evocaes livres em dois momentos. No primeiro, com 159 profissionais e no segundo utilizou-se a tcnica de substituio com 151 profissionais. Os dados gerados foram analisados pelo software EVOC 2003 e organizados pelo quadro de quatro casas. Utilizou-se, ainda, a anlise de similitude. Quanto representao do paciente psiquitrico, a mesma foi organizada ao redor das dimenses assistencial-institucional (cuidado), imagtica (louco) e afetividade positiva (ateno), que se desdobram nos demais quadrantes, com destaque para a primeira e a segunda. A anlise de similitude revelou que o lxico cuidado, obteve o maior nmero de ligaes. Quanto representao do paciente crnico em contexto normativo, a dimenso assistencial-institucional mostrou-se fortemente presente (cuidado, pacincia e dependente), seguida da imagtica (abandonado) e da de necessidade (carncia). No entanto, na anlise de similitude, a afetividade positiva (amor) mostra-se central com maior nmero de ligaes de lxicos. Em contextos contra-normativos, a representao revelou-se negativa (louco, no e medo). A anlise de similitude demonstrou uma representao estruturada atravs de uma imagem e de uma afetividade negativas. Conclui-se que os avanos na rea de sade mental, nos ltimos 30 anos, no foram capazes de realizar mudanas representacionais sob fenmenos que ancoram em imagens produzidas desde os primrdios da humanidade. Ressalta-se a possvel existncia de uma zona muda acerca do paciente psiquitrico crnico.

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O presente estudo teve como objetivo descrever o contedo das representações sociais acerca da Aids para os usurios soropositivos em acompanhamento ambulatorial da rede pblica de sade e analisar a interface das representações sociais da Aids com o cotidiano dos indivduos que vivem com o HIV, especialmente no que concerne sua organizao e ao processo de adeso ao tratamento. Trata-se de um estudo exploratrio-descritivo, pautado na abordagem qualitativa e orientado pela Teoria das Representações Sociais. Os sujeitos consistiram em 30 usurios em acompanhamento ambulatorial de um Hospital Pblico Municipal localizado na cidade do Rio de Janeiro referenciado para clientes soropositivos ao HIV/Aids. Os dados foram coletados por meio de entrevista e analisados atravs da anlise de contedo. Como resultados, emergiram 6 categorias, quais sejam: Elementos de memria da Ancoragem da Aids na sociedade e o seu processo de transformao, onde foi explicitada a ancoragem da Aids no outro, na frica, no macaco, no homossexual e uma nova ancoragem apresentada consiste na cronicidade do diabetes, deixando a sndrome de ser sinnimo de morte; Transmisso e Preveno da Aids segundo as pessoas que convivem com a sndrome, na qual os sujeitos apresentaram quase todas as formas cientificamente comprovadas quanto aos meios de transmisso do vrus HIV; O cotidiano dos indivduos soropositivos permeado pelo processo de vulnerabilidade ao HIV, no mbito do qual entende-se que o reconhecimento do risco individual frente epidemia ir influenciar, sobretudo, as prticas e os comportamentos das pessoas; Discriminao e ocultamento no conviver com o HIV, onde se apresenta como estratgias de sobrevivncia social o ocultamento do estado de soropositividade ao HIV. Assim, podem continuar a vida como pessoas consideradas normais, sem serem acusadas e discriminadas, sejam no mbito familiar, social ou no trabalho; alm disso, os sujeitos do estudo declararam que eram preconceituosos antes do diagnstico; o processo de adeso ao tratamento na cotidianidade de indivduos soropositivos, observando-se, nesta categoria, que um dos grandes motivadores da adeso ao tratamento consiste no fato dos usurios acreditarem no resultado positivo da teraputica; o enfrentamento cotidiano experinciado pelos sujeitos que convivem com o HIV, onde a forma como os sujeitos organizam o seu cotidiano para enfrentar e conviver com o HIV reflete diretamente em suas atitudes e em suas prticas, tanto no processo da adeso, como nas relaes sociais (o outro) e, principalmente, na relao individual (o eu). Conclui-se que a representao social da Aids apresenta-se multifacetada e dependente do contexto histrico e social no qual o indivduo est inserido, seus valores, cultura, nvel de informao e conhecimento.

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O presente estudo tem como objetivo apreender e analisar as representações sociais do tratamento do HIV/AIDS para enfermeiros atuantes em um hospital de referncia, localizado do municpio do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, que utilizou como referencial terico-metodolgico a teoria das representações sociais. Os sujeitos do estudo foram 20 enfermeiros que atuam em um hospital pblico universitrio da cidade do Rio de Janeiro. A coleta de dados deu-se por meio de entrevista semi-estruturada. Para anlise dos depoimentos obtidos atravs das entrevistas utilizou-se a tcnica de anlise de contedo temtica, proposta por Bardin (1977). Aps a anlise, emergiram nove categorias: O tratamento medicamentoso e os determinantes de sua adeso; O tratamento clnico e fsico; Aes psico-espirituais enquanto parte do tratamento; A abordagem teraputica social na busca da qualidade de vida; Aes educativas preventivas e teraputicas; A dinmica familiar envolvida no tratamento; O cuidado psicossocial no diagnstico e suas repercusses; O relacionamento interpessoal como parte do tratamento; Sentimentos do profissional que cuida. A representao social do tratamento prestado ao portador do HIV/AIDS, identificada no presente estudo, foi construda a partir das novas necessidades apresentadas por estes pacientes, diante do carter de cronicidade do HIV/AIDS. Observa-se que as representações sociais apreendidas apontam para uma concepo de tratamento dentro de uma perspectiva holstica, e no apenas focada na doena e no corpo, apontando para o tratamento enquanto atendimento das necessidades humanas essenciais e no apenas garantia de sobrevivncia.

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Este estudo tem como temtica a espiritualidade de pessoas que vivem com HIV/Aids e como objetivo geral analisar as expresses da espiritualidade de pessoas que vivem com HIV/Aids no contexto das construes representacionais acerca da prpria sndrome, com vistas proposio de uma reflexo acerca do cuidado de enfermagem como uma tecnologia que pode estimular esta dimenso humana. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratria, baseada nas abordagens processual e estrutural da Teoria das Representações Sociais. Quanto metodologia, possui duas etapas: na primeira, participaram 30 pessoas com HIV/Aids em atendimento ambulatorial de um Hospital Municipal do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados atravs de entrevistas semi-estruturadas e analisados atravs da anlise de contedo de Bardin. Na segunda, participaram 100 pessoas atendidas no hospital supracitado. Os dados foram coletados atravs da tcnica de evocaes livres e analisados a partir do software EVOC. A partir da anlise das entrevistas, emergiram cinco categorias denominadas: do sofrimento dificuldade de encontrar sentido diante do diagnstico; dando a volta por cima: o encontro de sentidos; da dificuldade de adeso ao tratamento esperana de cura; os relacionamentos como forma de expresso da espiritualidade; e a presena da religiosidade no viver com HIV/Aids. Percebe-se que a descoberta diagnstica marcada por intenso e inevitvel sofrimento, relacionado principalmente representao social da Aids ligada morte e discriminao. Por outro lado, aps o impacto do diagnstico positivo, os participantes encontram um sentido para a vida, passando a ressignific-la. A dificuldade de adeso vista como uma vivncia prejudicada da espiritualidade. Ressalta-se a esperana na cura, divina ou no-divina e h expresses de espiritualidade nos relacionamentos consigo mesmo, com o outro e com o divino. A religiosidade tambm se faz presente no viver com HIV/Aids principalmente para explicar a origem da Aids no mundo. Quanto estrutura representacional da Aids, foram analisadas, comparativamente, as evocaes do grupo geral, e as relacionadas ao sexo e religio dos participantes. O possvel ncleo central do grupo geral composto pelas palavras medo, morte, tristeza e vida, elementos afetivos que tambm foram identificados nas entrevistas. A estrutura representacional do sexo feminino se sobrepe a do grupo geral, diferindo-se da dos homens, que assume um carter mais racional. Conclui-se que o sofrimento relacionado ao impacto do diagnstico pode levar dificuldade de encontrar sentido para a vida e, portanto, de vivenciar a espiritualidade. Ainda assim, esta dificuldade passa a ser substituda, com o tempo, por um encontro de sentido para se viver, levando a uma ressignificao da vida. A estrutura representacional permitiu a visualizao de como os elementos relacionados espiritualidade se organizam. Observa-se um processo de transformao das representações sociais da sndrome, que coincide com a presena da espiritualidade. Destaca-se o papel do enfermeiro na promoo do cuidado espiritual pessoa com HIV/Aids.

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Vulnerabilidade e empoderamento apresentam-se como elementos presentes na vida profissional e pessoal dos enfermeiros. Delimitou-se como objeto de estudo as representações sociais elaboradas por enfermeiros que cuidam de pacientes com HIV/Aids acerca de sua vulnerabilidade no contexto do cuidar em enfermagem. O objetivo geral foi analisar as representações sociais construdas por enfermeiros acerca de sua vulnerabilidade no contexto do cuidado que exercem. Trata-se de pesquisa qualitativa, descritiva e exploratria, orientada pelo referencial terico-metodolgico das Representações Sociais em sua abordagem processual. Participaram do estudo trinta enfermeiros de um hospital pblico municipal do Rio de Janeiro. Como tcnicas de coleta de dados foram utilizados o questionrio sociodemogrfico e a entrevista semiestruturada em profundidade. Como tcnica de anlise de dados adotou-se a anlise de contedo temtico-categorial proposta por Bardin, sistematizada por Oliveira e operacionalizada pelo software QSR NVivo 9.0. Entre os sujeitos, h predomnio do gnero feminino, da faixa etria de 41 a 45 anos, da realizao de ps-graduao lato sensu e de tempo de atuao mnimo de 16 anos em HIV/Aids. Sete categorias emergiram na segmentao do material discursivo: 1) O acesso a informaes, a formao profissional e o desenvolvimento da naturalizao da aids atravs da experincia: elementos de vulnerabilidade e de empoderamento; 2) A instituio hospitalar e sua infraestrutura como polo de vulnerabilidade e de empoderamento nas construes simblicas de enfermeiros que cuidam de pacientes com HIV/Aids; 3) Entre o risco e a preveno: a vulnerabilidade e o empoderamento no contexto dos acidentes ocupacionais biolgicos e as prticas preventivas adotadas por enfermeiros frente ao HIV/Aids no cotidiano hospitalar; 4) Relaes interpessoais entre enfermeiro e paciente soropositivo para o HIV enquanto mediadoras da vulnerabilidade e do empoderamento de ambos; 5) As limitaes psquicas enfrentadas por enfermeiros no vivenciar do trabalho junto a portadores do HIV/Aids; 6) A busca pela espiritualidade e pela religiosidade como bases de apoio para a vida profissional contextualizada na aids; e 7) O HIV e a aids no contexto de diferentes modalidades de relacionamento: a presena do risco como elemento organizador da discursividade. Na vida profissional, as representações sociais da vulnerabilidade so compostas pela fragilidade, pelo risco e pela dificuldade. O empoderamento, por sua vez, emerge sustentado por um tripformado pela proteo, suporte e satisfao como elementosdo bem-estar. Na vida pessoal, o risco possui centralidade nas representações. J o empoderamento se mostra oriundo do bem-estar e da proteo. Conclui-se que a reconstruo sociocognitiva da vulnerabilidade e do empoderamento permitiu o acesso ao arsenal simblico do qual o grupo dispe para a superao do que o ameaa. Vulnerabilidade e empoderamento so, portanto, diversificados e mutveis em suas bases e produtos e, em movimentos de balano e contrabalano, corporificam a dade vulnerabilidade-empoderamento.

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A qualidade de vida no trabalho uma questo relevante para diversos campos de conhecimento e interveno, a saber: sade do trabalhador, sade pblica, previdncia, segurana no trabalho, processos organizacionais, gesto de pessoas, entre outros. A qualidade de vida no trabalho influencia as atitudes e comportamentos dos trabalhadores frente ao mercado de trabalho e ante as empresas das quais fazem parte. A presente pesquisa possui um carter descritivo e comparativo, tendo como objetivo geral a anlise das representações sociais da qualidade de vida no trabalho construdas por trabalhadores das cidades de Juiz de Fora/MG e de Cataguases/MG, relacionando-as aos diferentes contextos e condies de trabalho e de vida cotidiana de tais trabalhadores. Para isso, foram formulados os seguintes objetivos especficos: descrever e analisar a representao social da qualidade vida; descrever e analisar a representao social da qualidade vida no trabalho; investigar a existncia de um entrelaamento entre as representações sociais da qualidade de vida e da qualidade de vida no trabalho; comparar as representações sociais da qualidade de vida no trabalho entre segmentos amostrais definidos por diferentes variveis sociodemogrficas (sexo, faixa etria, tipo de vnculo, segmento de atuao, escolaridade). A fundamentao terica do estudo consistiu na perspectiva psicossocial das representações sociais, com nfase sobre a sua abordagem estrutural. Para a coleta de dados foi construdo um questionrio com questes fechadas e abertas, ao qual foram associadas tcnicas de pesquisa especficas da abordagem estrutural das representações sociais, a saber: evocaes livres aos termos indutores qualidade de vida e qualidade de vida no trabalho e um questionrio de caracterizao. Participaram da pesquisa 309 trabalhadores, sendo 232 (75% da amostra) de Juiz de Fora/MG e 77 (25% da amostra) da cidade de Cataguases/MG, pertencentes a diferentes organizaes. Os resultados revelam que as cognies constituintes do ncleo central da representao social da qualidade de vida foram sade, trabalho-emprego e bem-estar e a primeira periferia foi formada pelos elementos: lazer, educao, famlia, boa vida financeira e moradia. J a representao social da qualidade de vida no trabalho foi formada pelos elementos centrais: salrio, condies de trabalho, respeito e bom ambiente de trabalho. Por outro lado, a primeira periferia foi composta pelos seguintes elementos: reconhecimento e desempenho-eficincia. Verificou-se um forte entrelaamento entre tais representações mediante a centralidade da categoria trabalho no ncleo central da Representao Social da qualidade de vida. As comparaes das representações sociais da qualidade de vida no trabalho entre os segmentos amostrais revelaram diferenas significativas. Somente homens e mulheres demonstraram uma mesma representao. Em relao ao carter regionalizado da pesquisa, constatou-se que Juiz de Fora e Cataquases so cidades amplamente reconhecidas pela boa qualidade de vida que oferecem. Principalmente Juiz de Fora, em funo das suas caractersticas provincianas mescladas com a agitao urbana e com a sua estrutura que tambm se assemelha s grandes capitais. Tais cidades, entretanto, foram criticadas em relao qualidade das oportunidades profissionais que oferecem e que geram a evaso dos trabalhadores mais qualificados para os grandes centros.

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Este estudo objetiva analisar as representações sociais da aids produzidas por enfermeiras atuantes em dois nveis distintos de ateno aos sujeitos que vivem com HIV/Aids e suas implicaes para o cuidado desenvolvido por esse grupo profissional. Trata-se de um estudo exploratrio-descritivo, pautado na abordagem qualitativa, orientado pela Teoria das Representações Sociais, em sua abordagem processual. Os sujeitos do estudo foram enfermeiras, atuantes em instituies pblicas de sade da cidade do Rio de Janeiro, sendo 10 da rede hospitalar e 9 da rede bsica. A coleta de dados deu-se por meio de um roteiro de entrevista semi-estruturada e um questionrio de caracterizao. Para a anlise dos dados foi utilizada a tcnica de anlise lexical, realizada pelo software Alceste 4.10. Na anlise do grupo total de sujeitos foram definidas seis categorias: "Memrias scio profissionais de enfermeiras sobre o HIV/Aids", abordando os atores sociais atingidos pela aids no passado e na atualidade, as memrias das enfermeiras sobre aids e os esteretipos presentes em cada perodo; "O cuidado relacionado autoproteo ao HIV/Aids", referindo-se as medidas de proteo ao HIV/Aids adotadas pelas enfermeiras tanto em suas vidas profissionais quanto pessoais; "Dimenses prticas do atendimento e do cuidado", destacando elementos do cotidiano assistencial, com nfase nas diferentes formas de compreenso do cuidado; "As famlias atingidas pela aids", com contedos relativos s vivncias das enfermeiras em situaes da aids no contexto familiar; "As polticas pblicas e instituicionais e a aids", relativa as percepes das enfermeiras sobre as polticas de sade; "O tratamento medicamentoso do HIV/Aids", com contedos relativos s dificuldades percebidas para a adeso ao tratamento medicamentoso por parte dos sujeitos com HIV/Aids. A anlise cruzada da varivel nvel de ateno permitiu observar que a representao da aids no grupo de enfermeiras da rede hospitalar encontra-se ancorada em elementos negativos relativos ao passado, embora apontem tambm para novos elementos representacionais no presente; enquanto as enfermeiras de rede bsica representam a aids a partir de elementos relativos prtica assistencial cotidiana. A representao da aids para o grupo de enfermeiras estudado abarca elementos tais como: sentimento de insegurana em relao ao prprio parceiro, devido a situaes que vivenciam, imagem dos sujeitos que vivem com HIV/Aids em transio devido s mudanas ocorridas no perfil epidemiolgico; atitudes distintas no campo profissional, relacionadas s formas de contgio e persistncia de identificao dos sujeitos que vivem com HIV/Aids como vtimas ou culpados. Apesar de afirmarem inexistir diferenas no cuidado de enfermagem s pessoas que vivem com o HIV/Aids quando comparado ao cuidado aos sujeitos com outras patologias, enfatizam a necessidade de maior cautela devido ao risco de contgio em relao aos primeiros, caracterizando uma contradio no discurso. Conclui-se que existem diferenas nas representações sociais das enfermeiras de acordo com o nvel de ateno no qual atuam e que h repercusses singulares na forma que o cuidado de enfermagem desenvolvido, a partir dessas representações.

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A presente dissertao teve como objetivo investigar as representações sociais do trabalho em equipe na Marinha do Brasil. A fundamentao terica do trabalho foi proporcionada pela perspectiva psicossocial das representações sociais de S. Moscovici, com nfase sobre a abordagem estrutural complementar devida a J-C. Abric. Quanto parte emprica, aplicou-se numa etapa exploratria a tcnica do grupo focal. Numa etapa seguinte, aplicou-se conjuntamente um questionrio com perguntas abertas e fechadas e uma tcnica de evocao livre a cento e trinta e nove militares, pertencentes aos crculos de Suboficiais e Sargentos, de Oficiais Intermedirios e Subalternos e de Oficiais Superiores, oriundos da Fora de Superfcie e da Fora de Submarinos. Os resultados revelaram a presena de diferentes representações sociais do trabalho em equipe entre Oficiais e Praas, e tambm entre as Foras Operativas pesquisadas. Foi evidenciado que, pelo fato da liderana ser o contedo central das representações sociais de equipe na MB, existe uma resistncia por parte de todos os grupos pesquisados em formar equipes mais autnomas, apesar de as condutas de lideranas estarem voltadas para o incentivo de opinies e valorizao das participaes dos integrantes da equipe.

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O estudo teve por objetivo identificar e analisar as memrias e representações sociais acerca do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) construdas por seus docentes, servidores tcnico-administrativos e alunos. Os pressupostos tericos sobre os quais a pesquisa se assenta esto centrados em um dilogo entre aqueles da teoria das representações sociais e os que presidem os estudos da memria social numa perspectiva psicossocial. As representações sociais so exploradas tomando-se como principais autores de referncia Moscovici (1978, 2003) e Abric (1998, 2000, 2003), enquanto a memria tratada em seu aspecto coletivo/social, recorrendo-se a autores como Halbwachs (1994, 2004), Barlett (1995) e S (2005, 2007). Para a coleta dos dados foram utilizadas as tcnicas de evocaes livres e de entrevistas semi-estruturadas. Participaram das evocaes 260 sujeitos, sendo 100 docentes, 60 tcnico-administrativos e 100 discentes. Desse total, foram selecionados 58 sujeitos para participarem das entrevistas. O material coletado por meio das evocaes foi processado pelo software EVOC (2003) e o referente s entrevistas pelo software ALCESTE. Os resultados revelaram que a memria socialmente construda acerca do IFMT quando ainda era Escola Tcnica Federal (ETFMT) tende nitidamente para o plo positivo de avaliao e as representações que consubstanciam essa memria tm relao com a qualidade da educao ali ofertada. Foi tambm possvel evidenciar diferenas entre as representações construdas pelos trs grupos de sujeitos. De outra parte, os resultados referentes s representações sociais contemporneas, que tm como objeto o IFMT e o imediatamente anterior Centro Federal de Educao Tecnolgica (CEFETMT), revelam a presena de elementos de avaliao negativa em sua composio. A formao profissional ainda vista como positiva e de qualidade pelo grupo de alunos, mas esse mesmo elemento, qualidade, perde a centralidade nas representações dos docentes e dos tcnico-administrativos. De modo geral, os resultados apontam para representações sociais dspares entre os trs grupos. A negatividade identificada na estrutura representacional do IFMT no presente parece estar associada s transformaes pelas quais a instituio passou ao longo das ltimas dcadas, devido s polticas pblicas impostas pelo governo para as instituies que compem a rede federal de educao profissional. Com base nesses resultados, chegou-se concluso quanto existncia de memrias e representações distintas entre os docentes, discentes e tcnico-administrativos acerca do passado e do presente da instituio.

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A efervescncia cultural e poltica dos anos 20 contribuiu para o surgimento do romance nordestino de 30. Nesse momento, o engajamento do intelectual era uma necessidade e as produes artsticas foram mediadas por influncias polticas de esquerda ou de direita. Com isso, as obras literrias ganharam um tom de denncia, expondo nossos problemas sociais. O intelectual brasileiro se viu entre dvidas e tenses e destacamos, na primeira parte desse trabalho, as posturas dos seguintes escritores: Jos Amrico de Almeida (1887-1980), Rachel de Queiroz (1910-2003), Jorge Amado (1912-2001), Jos Lins do Rego (1901-1957) e Graciliano Ramos (1892-1953). Na segunda parte, tomamos as obras do escritor paraibano, Jos Lins do Rego, para analisar o posicionamento desse intelectual frente as questes de sua poca. Com base nas discusses que o escritor pe em relevo em seus romances, identificamos a abordagem da relao entre intelectual e operrio, os limites da figurao do outro o negro e a mulher pobre , a continuidade e a ampliao da escravido no sculo XX. Cotejando as respostas de Jos Lins com as dos demais romancistas nordestinos de 30, verificamos como se estabeleceu o dilogo entre esses escritores e quais so os limites de seus posicionamentos

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O presente estudo tem como objetivo analisar os contedos das memrias sociais, construdas por profissionais de sade, acerca da epidemia do HIV/Aids no Brasil, desde o seu surgimento at os dias atuais. Trata-se de um estudo exploratrio-descritivo, pautado na abordagem qualitativa, orientado pela Teoria das Representações Sociais, em interseo com as Memrias Sociais. Os sujeitos do estudo foram 23 profissionais de sade graduados de servios ambulatoriais e/ou da ateno bsica, atuantes em 18 instituies pblicas de sade da cidade do Rio de Janeiro que possuem o Programa Nacional de DST/Aids. A coleta de dados deu-se por meio de um roteiro de entrevista semiestruturada e um questionrio de caracterizao scio profissional. Para a anlise dos dados foi utilizada a tcnica de anlise lexical, realizada pelo software ALCESTE 4.10. Na anlise do grupo total de sujeitos foram definidas trs categorias denominadas: As primeiras dcadas da epidemia: a formao da representao social do HIV/Aids e das memrias, abordando a formao das representações e os elementos de memria nas dcadas de 80 e 90; As prticas multiprofissionais e o atendimento pessoa com HIV/Aids nos dias atuais, abordando a cotidianidade e as representações acerca do HIV/Aids na atualidade e Formas de transmisso e precauo pessoal e profissional, abordando a precauo pessoal e profissional implicada na preveno, enquanto contedo atemporal e transversal aos perodos analisados. A anlise dos dados revelou que os profissionais de sade delimitaram as memrias acerca da Aids no inicio da epidemia, associadas ao homossexualidade e morte, tendo as mesmas se estruturado atravs da difuso dos conhecimentos estabelecidos na poca pela mdia e pelo aparecimento dos primeiros casos assistidos pelos profissionais, que determinaram um cenrio de esteretipos atrelados ao HIV e Aids. A dcada de 90 foi relembrada como aquela de uma nova esperana com a insero dos antirretrovirais e o estabelecimento de protocolos de acompanhamento determinando o incio de uma mudana da representao. Na atualidade, as representações reconstroem a dinmica estabelecida pelo Programa de Aids e Hepatites Virais enfatizando o papel das equipes multiprofissionais, a interdisciplinaridade, o tratamento e as prticas de cuidado. Observa-se a insero de uma nova dinmica relacionada diminuio da importncia da morte e da homossexualidade na centralidade da representao e a insero de outros elementos relacionados ao Programa de Aids e Hepatites Virais estabelecido. Conclui-se que as memrias e representações sociais acerca do HIV/Aids e das pessoas acometidas foram construdas com base nas prticas de sade estabelecidas pelos profissionais e, ainda, apoiadas nas caractersticas dos pacientes com Aids em cada perodo, conforme representadas.

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A presente pesquisa que ora se apresenta trata das representações sociais da comunidade cabo-verdiana residente no Rio de Janeiro sobre diversos objetos que esto implicados no processo de construo de suas identidades, no entrecruzamento das culturas e identidades cabo-verdianas e brasileiras. Nesse sentido, realizou-se um estudo comparativo entre trs grupos de cabo-verdianos residentes no Rio de Janeiro. As entrevistas realizadas com 20 estudantes, 20 imigrantes e 10 brasileiros filhos de cabo-verdianos residentes no Brasil permitiram identificar contedos mais especficos, diversificados e detalhados das representações formadas por eles acerca do Brasil e do povo brasileiro, bem como das suas prprias relaes com os pases de origem e de acolhimento, bem como com os seus respectivos povos, o que, em ltima anlise, consubstancia as identidades sociais prprias que tero reconstrudo durante a sua permanncia aqum do ou melhor, de parte do Oceano Atlntico. A teoria das Representações Sociais, desenvolvida por Serge Moscovici (1961) se constituiu em uma valiosa sustentao terica para o presente estudo. Por meio da pesquisa comparativa das representações sociais dos distintos grupos de cabo-verdianos no Rio de Janeiro acerca de variados aspectos dos seus contextos scio-culturais de origem e de acolhimento, foi possvel compreender o complexo processo de construo, reconstruo e atualizao das suas respectivas identidades. isso que se acredita ter aqui demonstrado no que se refere s trajetrias dos estudantes e imigrantes cabo-verdianos, bem como s histrias de vida dos filhos destes, no Brasil e, em especial, no Rio de Janeiro. nessa perspectiva que os cabo-verdianos no Rio de Janeiro tomados tanto como sujeitos quanto como objetos de representao, na presente pesquisa tm construdo um conhecimento ao mesmo tempo, prtico e reflexivo da sua insero nos contextos brasileiro e carioca, atravs do contato face a face com a sociedade receptora e, no caso de dois desses grupos (estudantes e imigrantes), a partir das representações que j haviam elaborado no pas de origem, sob a influncia dos meios de comunicao de massa. Assim, com base na hibridizao cultural e identitria dos cabo-verdianos, procurou-se compreender de forma mais ampla e circunstanciada o processo de (re) construo das identidades dos estudantes, imigrantes e dos descendentes destes no Rio de Janeiro. Tais mudanas mostraram-se mais visveis nos convvios sociais em que os grupos cabo-verdianos participam em diferentes espaos sociais desta cidade, nas prprias residncias, nas sedes de associaes, as quais participam, no s cabo-verdianos, mas, tambm, alguns brasileiros e outros africanos. Nestes convvios, notam-se diferenas de relacionamento entre eles, estruturam-se em pequenos grupos, ocorrendo uma intensificao das aproximaes identitrias e representacionais. As mudanas que foram observadas superficialmente entre os estudantes so, por conseguinte, mais intensas entre os cabo-verdianos imigrantes, em virtude do maior tempo e freqncia cotidiana da comunicao e da troca de experincias com mais variados estratos da populao brasileira, o que se aproxima a uma autntica fuso cultural. No obstante, constatou-se que, nesse processo, a comunidade imigrante perdeu alguns elementos importantes da cultura cabo-verdiana, o principal dos quais foi a lngua crioula. A perda do crioulo representa uma descontinuidade na reproduo da identidade cabo-verdiana pelos imigrantes no Brasil. Nesse sentido, os brasileiros filhos de pais cabo-verdianos no tiveram acesso a esse poderoso instrumento de comunicao e de preservao da cultura cabo-verdiana. Esses cabo-verdianos imigrantes consideram-se bem sucedidos e avaliam positivamente a sua trajetria de vida enquanto imigrantes no Brasil. De igual modo, os estudantes se consideram realizados, devido oportunidade de estudar no Brasil, o que representa a concretizao de um desejo coletivo, uma vez que a instruo escolar amplamente valorizada no pas de origem.

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Este estudo teve como objetivo analisar, descrever e comparar as representações sociais sobre o sistema de cotas para negros e alunos de escola pblica elaboradas por estudantes universitrios da UERJ, considerando a possvel ocorrncia de posies contranormativas na expresso dessas representações. Os estudantes participantes eram de cursos mais e menos competitivos, ingressantes e concluintes. A metodologia foi orientada pela abordagem estrutural da teoria das representações sociais. Aplicou-se a tcnica das evocaes livres, tendo como termos indutores cotas para negros na universidade e cotas para alunos de escola pblica. Os sujeitos foram 240 estudantes, divididos igualmente por dois entrevistadores, um negro e outro branco. A partir das evocaes produzidas, os dados foram analisados por meio da construo de um quadro de quatro casas, com o auxlio do software Evoc 2003. Os resultados mostram que os estudantes tm uma atitude estruturada em torno da dimenso normativa da representao, abrangendo os aspectos desfavorveis ao sistema de cotas para negros, com os elementos racismo e preconceito como possvel ncleo central. Em relao s cotas para alunos de escola pblica, apresenta os elementos justo e qualidade ensino ruim, como possveis constituintes do ncleo central. A representao foi mais consensual nesse tipo de cota, apontando para a importncia da melhoria da qualidade do ensino pblico. Na avaliao dos diversos tipos de cotas, ocorreram diferenas nos posicionamentos diante dos aplicadores. Frente ao aplicador branco, trs tipos de cotas no foram rejeitadas, as cotas para indgenas, escola pblica e portadores de necessidades especiais (PNE). Entretanto, frente ao aplicador negro, observa-se que as cotas para indgenas e PNE se transformaram radicalmente. No caso das cotas para indgenas, esta atitude se justificaria pela impossibilidade de se recusar as cotas para negros e aceitar as outras modalidades de cotas com critrios raciais.

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No presente estudo utiliza-se a Teoria das Representações Sociais, iniciada por Serge Moscovici, ao publicar a obra La Psychanalyse son image et son public em 1961. Para o autor, as representações sociais so originadas a partir das definies de linguagem e comunicao configurando-se em uma conexo de idias, metforas e imagens mentais em constante dinmica, sendo sustentadas pela comunicao. Essa perspectiva terica se prope a entender como os indivduos e grupos sociais compreendem o mundo, sua realidade e as circunstncias nas quais se comunicam, compartilham idias, aes, crenas, ideologias e interagem entre si e com os outros. Este estudo tem como objetivo compreender como os indivduos constroem e reconstroem os conceitos e as prticas de sade, as relaes estabelecidas entre sade e doena e como caracterizam as prticas tradicionais de sade existentes na comunidade negra de Itamatatiua - Maranho. No que se refere metodologia utilizou-se os principos da etnometodologia aliados etnografia, com o intuito de perceber os modos de dizer e fazer sade na comunidade. Mediante pesquisa de campo verificou-se que os itamatatiuenses vivem um momento de transio social, poltica e econmica que vem se repercutindo nas prticas de sade. A manuteno e utilizao de praticas tradicionais de sade, que envolvem chs, ervas de giraus, emplasto, garrafadas, benzimentos e curandeirismo continua a ser observada, coexistindo com as prticas institucionais do Programa de Sade da Famlia. As construes simblicas em torno da sade estabelecem relaes complexas em uma rede que envolve o momento de transmisso oral; a promessa de sade e a f em Santa Teresa; questes territriais que se traduzem em ttulo de cidadania quilombola e melhoria de qualidade de vida; cultura da cermica como base econmica; transio alimentar com a entrada no mercado de consumo dos alimentos industrializados; modo de vida, na maior parte das vezes, harmonioso; relaes conflituosas entre os mltiplos saberes em interao, que envolve o conhecimento reificado institucionalizado e o conhecimento popular. Conclu-se que atravs da oralidade as experincias prticas de sade das geraes antepassadas se consolidaram e hoje se colocam em paralelo as prticas institucionalizadas governamentais e privadas, constituindo um conjunto de representações caractersticas dessa comunidade.