364 resultados para Surdos Educação - Brasil Teses


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A orientao pedaggica como campo de atuao profissional no contexto brasileiro se constitui como um processo cuja concepo, de alguma forma, confunde-se com a estruturao e consolidao do sistema educacional no Brasil. possvel encontrar, desde a educação jesutica, a presena de um conjunto de aes administrativo-pedaggicas que indicam a necessidade de procedimentos articulados e distribudos entre os diferentes nveis das hierarquias institucionais, sem os quais os propsitos organizacionais no seriam atingidos (FRANCA, 1952; AZEVEDO, 1976; CHAGAS, 1970; PRZYBYLSKI, 1982; 1985; SPERB, 1976). Diante desse cenrio, questionam-se, no contexto atual, as funes e atribuies do orientador pedaggico. Assim, o presente estudo, utilizando-se de pesquisa descritiva-documental, investiga os elementos que caracterizam a orientao pedaggica nos pareceres e resolues emanados pelos Conselhos de Educação. Busca-se, tambm, mapear os processos de definio das atribuies que compem as funes orientadoras do ensino e revelar indicadores a partir dos quais se possa pensar a atuao e a formao dos orientadores. A anlise de Pareceres e Resolues permite perceber que as reas explicitadas compem a totalidade da escola para a organizao efetiva do funcionamento pedaggico, no sentido de cumprir normas e manter a coerncia entre os princpios e as finalidades da educação. Tambm revela o modo pelo qual a orientao pedaggica se insere no contexto da gesto democrtica e da docncia.

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Em constantes situaes de recomeo na Educação Fsica e no Esporte, homens e mulheres se destacam buscando superar problemas e empreendem esforos no sentido de transformar para melhor a rea e torn-la mais organizada. Assim, este trabalho que tem como tema o empreendedorismo na Educação Fsica e no Esporte levanta a seguinte questo: a figura do empreendedor na Educação Fsica e no Esporte brasileiros configura-se como elemento central em importncia na gesto e na produo e gesto de conhecimentos nestas reas? O conceito de empreendedorismo traduzido a partir de diferentes dimenses por autores da rea de administrao/gesto (DRUCKER, 1987; OLIVEIRA, 1995; DORNELAS, 2005; CHIAVENATO, 2005, SARKAR, 2008). J as aes empreendedoras nas reas de Educação Fsica e do Esporte sero constitudas a partir de diferentes fontes, dentre elas Rodrigues (2007); jornais, documentos. Foram selecionados por meio de pesquisa exploratria junto a historiadores: Inezil Penna Marinho, Aloyr Queiroz de Arajo e Manoel Jos Gomes Tubino, Arnaldo Guinle, Joo Havelange, Carlos Arthur Nuzman. Conclui-se que a figura do empreendedor na Educação Fsica e no Esporte brasileiros configura-se como elemento central na gesto e tem carter individual. Este vis de interpretao confirma a tese de um tipo ideal (WEBER, 1997) de empreendedor e inovador da Educação Fsica e Esporte que implica numa caracterizao tipolgica de lder sonhador de grandes causas e realizaes em suas reas de interesse profissional e individual. Ao final admite-se que a gesto do Esporte deve ter suas razes mais no Esporte do que na gesto.

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Esta tese de Doutorado foi defendida sob o formato de artigos, cada um aborda uma das etapas metodolgicas e os respectivos resultados da pesquisa. No incio de cada seo o leitor encontrar um resumo especfico de cada artigo. O primeiro artigo, intitulado Educação Fsica: dilemas da disciplina no espao escolar analisa cinco dissertaes de mestrado que tomam como objeto a educação fsica escolar e seus dilemas no territrio contestado do currculo. O dilema central que a educação fsica representada como um tempo e espao escolar associado ao universo do lazer (removi essa vrgula) numa instituio que valoriza disciplinas consideradas teis no mercado de trabalho. Segundo artigo, intitulado Colgio Pedro II, as reformas educacionais e o currculo da disciplina Educação Fsica: dos anos 80 do sculo XX primeira dcada do sculo XXI historicizou o currculo da disciplina Educação Fsica do Colgio Pedro II, com base nos documentos curriculares produzidos nesta instituio. Conclumos que a indefinio de contedo e a falta de um currculo prescritivo distanciaram o ensino de Educação Fsica da unificao de procedimentos de ensino e avaliao nas Unidades de Ensino, perpetuando os modos de fazer e no os de saber.

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O estudo partiu do dilogo entre as polticas pblicas de meio ambiente e o referencial terico crtico da educação e da justia ambiental. Ancorada na filosofia da prxis, uma categoria central do materialismo-histrico, busca ir alm dos aspectos tericos. A pesquisa tem o objetivo de contribuir para o entendimento e melhoria dos processos complexos e contraditrios de implementao da educação ambiental como condicionante de licena de operao e produo da indstria de petrleo e gs no Brasil. Tais projetos mitigatrios so conduzidos e monitorados pelo rgo ambiental, mas devem ser implementados e executados pelos prprios empreendedores que causam os impactos socioambientais nas localidades. Em contrapartida, projetos de educação ambiental crtica e participativa, desenvolvidos compulsoriamente no licenciamento offshore, esto voltados para os grupos socioambientais impactados. Preconizam o fortalecimento e a integrao desses grupos diante do Estado e do prprio empresariado e devem estimular participao em processos decisrios da gesto ambiental local. A tese a ser demonstrada a de que, neste campo de disputas pelo uso e gesto do territrio, os PEAs em sua prxis educativa e enquanto poltica pblica no mbito do licenciamento, constitui-se em um instrumento em potencial na construo de cidadania poltica. Na busca por investigar a efetividade desses PEAs, implementados na maior bacia petrolfera do pas, a bacia de campos, a pesquisa faz primeiramente um estudo documental e posteriormente um estudo emprico com os atores sociais participantes dos projetos. A pesquisa documental revelou que existiam cinco PEAs desenvolvidos entre os anos de 2010 e 2012: o Projeto Plen e o NEA-BC (Petrobras); o PEA ObservAo (PetroRio, antiga HRT); o PEA FOCO (Statoil) e o QUIPEA (Shell). A pesquisa emprica foi feita nos municpios de So Francisco de Itabapoana, So Joo da Barra, Armao dos Bzios e Cabo frio, contemplados com 80% dos projetos desenvolvidos na regio e percorreu 17 localidades dos municpios e foram realizadas 52 entrevistas. Esta etapa da pesquisa traz as motivaes acerca dos projetos, opinies sobre o processo formativo, as transformaes prticas vividas pelos atores a partir das vivncias nos projetos e aspectos da participao desses atores sociais dentro e fora dos PEAs. 70% dos entrevistados trazem as crenas nos projetos devido s: propostas, objetivos e metodologias (discusses participativas, encontros de comunidades) e equipe de executores (com os quais os atores tm uma relao de afeto e admirao); 28% abarcam as descrenas: lentido e subjetividade dos resultados; o no entendimento acerca da origem dos projetos (mitigatrios, compesatrios, etc); conflito nas relaes entre os quilombolas e os empresrios; gastos com os projetos e no com a comunidade. Outras categorias surgem: remunerao/contratao; Obteno de uma sede para o projeto; a excelncia no processo formativo (onde alguns mtodos devem ser repensados); a interao e a articulao entre os projetos. O estudo tambm revelou que os participantes passaram a participar de instncias da gesto pblica de seus territrios. As questes so apontadas para que esses projetos possam ser aperfeioados, mesmo diante de todas as contradies, tenses e conflitos que isso impe em uma sociedade desigual, reduzindo a natureza, a mercadoria e a relaes precificadas.

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Realizo uma investigao acerca da educação no contexto histrico das polticas pblicas. Meu objeto de estudo a relao entre trabalho e educação da Escola Tcnica Estadual Ferreira Viana (ETEFV), uma instituio de ensino pblico da atual rede FAETEC. Tornam-se parte do problema desta pesquisa, as ideologias difundidas pela classe dominante para a produo e reproduo da estrutura social regida pelo modo de produo capitalista. So exemplos disto, o carter moralizante do trabalho, que fundamenta a formao profissional, por meio de ao direta da administrao pblica em Decretos, leis, e outros mecanismos de legislao que se interpem historicamente na relao entre trabalho e educação no perodo que compreende o desenvolvimento da pedagogia leiga no Brasil tendo como categorizao as importantes concepes da filosofia da educação que orientaram as principais tendncias pedaggicas desde a fundao da escola em 1888 at 1933. Empreendo assim, metodologicamente, uma pesquisa documental no Centro de Memrias da dita instituio, a fim de obter dados e trabalhar com fontes primrias na investigao. Este estudo , tambm, de carter terico e tem, como suportes, tanto o trabalho crtico com fontes primrias, quanto leitura de referencial terico especfico, coletado em fontes secundrias. O estudo tem trazido novas indagaes, discusses e reflexes sobre a concepo dialtica da educação e pode contribuir na construo de maiores conhecimentos acerca da concepo de trabalho e educação no Brasil

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Paralelamente s mudanas ocasionadas pelas tecnologias da informao e comunicao (TIC), no contexto da sociedade e organizaes o treinamento como processo para preparar o trabalhador para atividades imediatas cedeu lugar educação continuada, que visa a formao do indivduo numa perspectiva mais abrangente, preparando-o para lidar com as constantes alteraes sociais e com o mundo a sua volta. Na sociedade em rede introduz-se um novo conceito de espao: o ciberespao. Nesse contexto, no h barreiras fsicas propagao de acontecimentos, notcias, costumes e hbitos. Com o propsito de interconectar pessoas, ideias e experincias, o Sesc implementou o sistema de videoconferncia para difundir saberes a seus funcionrios, geograficamente dispersos por todo o Brasil. Porm a prtica mostrou-nos que a procura por inovaes no processo de ensino e aprendizagem deve ser constante. Nessa busca da formao humana mais completa, refletiu-se acerca da potencialidade das TIC para pensar-se em um processo de formao continuada que promova: o fazer junto, a troca de conhecimentos e ideias, reconhecer a riqueza proveniente da diversidade de saberes e prticas, aes que fomentem o dilogo, o pensamento crtico e a vontade em aprender mais. Em suma: valorizar a inteligncia coletiva por meio da colaborao. Para chegar-se s respostas percorreu-se um caminho que envolveu estudo de referenciais bibliogrficos, a realizao de um curso por videoconferncia e proposio da experincia no ambiente virtual que serviu como objeto de estudo, definio e aplicao das tcnicas de coleta de dados quantitativas e qualitativas cuja averiguao dos resultados permitiu-nos elucidaes capazes de responder a hiptese formulada na pesquisa, pois resultados apontaram que criar situaes nas quais possam ser compartilhadas as prticas profissionais e experincias de vida so determinantes para a aprendizagem em processos de formao continuada e, no contexto pesquisado, a videoconferncia, facilitada por docentes de destaque em suas reas de atuao, por acontecer de forma sncrona e ser a mdia de EaD que mais se aproxima do ensino presencial, mostrou-se com potencial para compartilhar com os participantes, principalmente, contedos oficiais, provenientes de pesquisas e referenciais bibliogrficos e o ambiente virtual de aprendizagem, em complementao s sesses de videoconferncia, como espao para viabilizar encontros, compartilhar saberes, experincias e ideias, promovendo um debate acerca da prtica cotidiana, tendo como ponto de partida questes norteadoras com os contedos apresentados nas aulas proferidas por videoconferncia, ou seja, um espao propcio para compartilhar e refletir a prxis a partir da teoria e da prtica.

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A pesquisa buscou apresentar elementos para a compreenso das proximidades entre a poltica pblica de educação em tempo integral do governo federal o Programa Mais Educação (PME) e os sentidos para educação defendidos pela mobilizao de um segmento do empresariado brasileiro, o movimento Todos Pela Educação, que assume um determinado projeto de sociedade. Nesta pesquisa, o movimento Todos Pela Educação configurado como uma rede de polticas (BALL, 2001; 2005; 2010) que, ao promover aes educacionais e se articular a atores governamentais, tem influenciado os rumos do ensino pblico nacional e inserido valores caractersticos da lgica de mercado como gerencialismo e performatividade. A teoria do discurso de Ernesto Laclau (2011, 2013) viabilizou a anlise da dinmica das articulaes polticas no intuito de estabelecer hegemonias no campo da educação. Experincias de educação no pas associaram a ampliao da jornada escolar promoo de uma educação integral que, no Brasil, teve grande influncia do movimento escolanovista. Associando a qualidade da educação aos nveis de ndice de Desenvolvimento da Educação Bsica (IDEB) alcanados pelas escolas, o PME anuncia promover uma educação integral que se mostrou preenchida pelos sentidos defendidos pelo TPE como: a defesa por uma Base Curricular Comum, associao entre o setor pblico e o privado para a promoo de aes educativas e ampliao do tempo escolar como maior exposio situaes de aprendizagem de contedos. A partir de uma experincia premiada e reconhecida nacionalmente pela promoo de uma educação integral, investiguei os sentidos de educação integral assumidos pelos Programas Bairro-Escola, Mais Educação e Escola Viva desenvolvidos em Nova Iguau. O trabalho conclui que o modelo de educação em tempo integral implementado no municpio no favorece a democratizao do ensino uma vez que no se estende a todos os alunos da rede e oferece condies desiguais para realizao entre as escolas. Alm disso, priorizando atividades de reforo escolar, o atendimento das atividades de contraturno est voltado s turmas que sero avaliadas na avaliao nacional Prova Brasil, o que configura a valorizao da aprendizagem de contedo e aumento de IDEB em detrimento de experincias significativas e ampliadas na educação dos alunos. Nos moldes que se implementa, a realizao de atividades a partir da ampliao do tempo escolar embaraa a rotina escolar por no contar com as condies adequadas para sua realizao.

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O presente trabalho acadmico aborda a situao e a relao da mulher no mercado de trabalho. Propomo-nos perceber como funciona a dinmica do mundo do trabalho e que impacto traz nas relaes sociais do indivduo e na identidade de um pas. A questo fundamental deste estudo, se a desigualdade de oportunidades afecta diferentemente em relao ao gnero e como vivida essa situao em cada um dos pases estudados: Portugal e Brasil. Centramo-nos especificamente, nos seguintes objectivos: identificar os agentes que determinam a existncia da discriminao sexual no mercado de trabalho, reforar a importncia de combater situaes discriminatrias para o desenvolvimento de sociedades benficas, justas e equitativas e finalmente promover o intercmbio de conhecimentos entre Portugal e Brasil. Com este trabalho de pesquisa terico-histrica e emprica, conclumos que a desigualdade de oportunidades existe em ambos os pases participantes. Deriva primordialmente, de factores econmicos, histricos e culturais ainda enraizados nas sociedades actuais. Nitidamente a mulher, ainda hoje, vtima de uma entrada e presena no mercado de trabalho mais difcil e precria comparativamente ao homem.

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Os efeitos txicos do metil-mercrio (MeHg) em seres humanos vm sendo amplamente discutidos, a partir de episdios de contaminao devida a ingesto frequente de peixe contaminado, em Minamata, no Japo, ou ao consumo de po preparado com cereais tratados com fungicidas a base de metil-mercrio, no Iraque, indicando que o metil mercrio pode afetar o sistema nervoso central. A populao ribeirinha na regio do Pantanal, Brasil, dependente do peixe, como principal fonte de alimentos e protenas. Naquela regio, o resultado de dcadas de minerao de ouro, em pequena escala, foi a contaminao de muitos sistemas aquticos com mercrio. Consequentemente, muitas espcies de peixes possuem nveis de MeHg relativamente altos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o nvel de exposio ao MeHg entre a populao ribeirinha do Pantanal. No primeiro artigo, apresentam-se os resultados da validao do mtodo recordatrio de 24 horas auto-referido, utilizando-se, como padro-ouro, o mtodo da pesagem, tendo-se verificado que h aproximadamente um erro de 30% ao estimar a quantidade de peixe consumido por aquela populao. Um erro deste pode ser importante em se tratando do consumo de peixes carnvoros, os quais apresentam altos teores de mercrio. No segundo artigo, ao analisar a associao entre o status neurocognitivo e a concentrao de mercrio no cabelo da populao acima, os resultados indicaram que adultos expostos ao metil-mercrio, atravs do consumo de peixe, podem ter dficits importantes nas medidas do desempenho neurocomportamental, sem alteraes detectveis no humor ou afetividade. Os efeitos mais importantes do mercrio, entre os indivduos analisados, foram detectados nos testes de velocidade e destreza da coordenao motora fina, na inibio da resposta na busca visual, e em tarefas de ateno. No terceiro artigo, considerando-se as associaes observadas na concentrao de mercrio no cabelo com alguns desfechos dos testes neuro-psicolgicos aplicados, calculou-se a dose-marcadora (BMD) e o limite inferior do intervalo de confiana do BMD (BMDL). Os resultados da dose marcadora e da dose de referncia provisria so concordantes com os resultados estimados pelas agncias de sade internacionais.

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O presente estudo avaliou os padres de consumo alimentar entre adultos brasileiros e a sua associao com o ndice de Massa Corporal (IMC). Em 1996/1997, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), coletou dados antropomtricos, de consumo alimentar e socioeconmicos de 9351 indivduos entre 20 e 60 anos, moradores das reas urbanas e rurais das regies Nordeste e Sudeste do Brasil. Atravs da anlise de componentes principais foram identificados os padres de consumo alimentar. A associao entre os padres de consumo alimentar e o IMC foi avaliado atravs de regresso linear. A prevalncia de obesidade (IMC >= 30 kg/rn2) foi de 2,7% entre homens moradores das reas rurais e em torno de 8,0% para os moradores da rea urbana, em ambas as regies. Entre as mulheres, esta prevalncia na rea rural foi de 6,5% no Nordeste, 14,3% no Sudeste e em torno de 12% nas reas urbanas. A prevalncia de sobrepeso (IMC>= 25 kg/m2) na rea rural foi, aproximadamente, 20,0%para o sexo masculino e 24,0% para o sexo feminino, ficando ao redor de 30% nas reas urbanas. Identificou-se trs padres de consumo: o padro 1 (misto), com o consumo de quase todos os alimentos, o padro 2, um padro a base de arroz, farinha e feijo, composio caracterstica da dieta tradicional do brasileiro, e o padro 3, onde poucos alimentos explicaram a variao de consumo, contudo, estes alimentos variaram nas quatro reas. Ajustando-se para idade, renda, escolaridade e atividade fsica, o padro misto associou-se positivamente com o IMC (p<0,003), exceto no Sudeste rural (p=016). A dieta tradicional no Sudeste rural (p=0,007) e o padro 3, composto por tubrculos, farinha e carne, no Nordeste urbano (p=O,0004), associaram-se negativamente com o IMC. Concluiu-se que o padro misto se associou positivamente ao IMC, sugerindo que o consumo calrico total, mais do que o padro da dieta, explicaria o aumento da obesidade observado no Brasil.

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Este estudo tem por objetivo contribuir para a compreenso da poltica nacional de informao em sade no Brasil, analisando-a a luz do referencial terico da prpria evoluo da informao como objeto de conhecimento cientfico. Procura-se mostrar em que medida as distintas fases do desenvolvimento cientfico no campo da informao repercutiram no grau de compreenso, assimilao e gesto da informao como recurso estratgico para a ao poltica e social. O estudo identifica dois grandes blocos idnticos da Cincia da Informao, o primeiro privilegia os aspectos tcnicos e tecnolgicos da gesto da informao e o segundo evidencia o contexto poltico. Sem desconsiderar os aspectos tcnicos, adota-se como referencial a corrente que considera tal recurso como eminentemente poltico, para analisar a trajetria da poltica de gesto da informao desde a criao do Ministrio da Sade, em 1953. Acompanha-se a evoluo dessa poltica, identificando-se os elementos polticos, institucionais e sociais envolvidos nesse processo, procurando-se destacar a forma como a informao foi percebida ou conceituada; os modelos de gesto adotados; os principais projetos e aes, e o grau de insero dos distintos atores envolvidos. Com o intuito de identificar as distintas fases e fatores envolvidos na implantao de iniciativas na rea foi utilizado, como estudo de caso, o processo de formulao e implementao da Rede Nacional de Informaes em Sade (RNIS, iniciado em 1996 e ainda em curso). A RNIS era a iniciativa mais recente no campo da informao em sade com abrangncia nacional contemplando as trs esferas de governo. Alm disso, por estar em fase inicial, foi possvel o acompanhamento e a anlise de todo o processo que envolveu sua elaborao e implantao. As concluses destacam as principais caractersticas da poltica de informao em sade e de sua evoluo, considerando-se o desenvolvimento do conhecimento cientfico alcanado na rea. Observou-se que a incorporao desse conhecimento esteve fortemente condicionada pelos distintos contextos polticos e institucionais nos quais se desenvolveu a poltica nacional de informao em sade, que se mantm como essencialmente federal, com participao recente e pontual de estados e municpios, em sua formulao. No plano operacional, tem prevalecido a adoo de referenciais tcnicos e tecnolgicos, embora, em anos mais recentes, tenha sido incorporado no plano discursivo, um enfoque mais politizado. O quadro referencial adotado apia a anlise das tendncias e perspectivas para a gesto da informao em sade no Brasil.

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A questo nutricional tem sido objeto de interesse da sade pblica, no s em nosso pas, como tambm em outros, independentemente dos diferentes nveis de desenvolvimento. O sobrepeso e a obesidade so considerados agravos nutricionais importantes, cuja frequncia vem aumentando entre adolescentes, acarretando consequncias negativas, imediatas ou futuras, para a sade. Este estudo pretende descrever a prevalncia de sobrepeso e obesidade em adolescentes, segundo o sexo, nas regies Nordeste e Sudeste do Brasil, e investigar a sua reao com fatores socioeconmicos e com a prtica de atividade fsica. A investigao tem como base os dados da Pesquisa sobre Padres de Vida (PPV) do IBGE, realizada entre maro de 1995 e maro de 1997, nas duas regies. Dadas as peculiaridades de crescimento e desenvolvimento durante essa fase da vida, somados a ausncia de dados sobre maturao sexual, optou-se por incluir os dados de adolescentes de 15 a 19 anos de idade. A amostra contou com os dados de 1027 adolescentes da Regio Nordeste e 854 da Regio Sudeste com amplo predomnio numrico nas reas urbanas em ambas regies.O termo sobrepeso/obesidade foi utilizada para caracterizar os adolescentes que se encontravam com valores de ndice de Massa Corporal (IMC) iguais ou acima do percentil 85, de acordo com o sexo e a idade, da distribuio de IMC da populao norte americana (WHO, 1995). A anlise estatstica considerou os fatores de expanso e o desenho da amostra. A prevalncia de sobrepeso/obesidade foi de 8,45% IC 95% 6,51-10,90) na Regio Nordeste, contra 11,53% (IC 95% 8,90- 14,81) na Regio Sudeste. No Nordeste, observou-se maior risco de sobrepeso/obesidade para adolescentes do sexo feminino (razo de prevalncia: RP meninas/meninos=3,00; IC 95% 1,73-5,22), situao que se manteve entre os residentes da rea urbana (RPr3,21; IC 95% 1,72-5,99) e os da rea rural (RP=2,27; IC 95% 0,68-7,60). Na Regio Sudeste, o risco de sobrepeso/obesidade foi maior entre os meninos (RP meninas/meninos=0,58; IC 95% 0,37-0,92). Ao se estratificarem os dados por situao de moradia, os residentes da rea urbana desta regio mantiveram essa diminuio entre meninas (RPO,51; IC 95% 0,31-0,85), porm na rea rural houve aumento de risco entre as meninas (RP=1 86; IC 95% 0,83-4,16). A renda per capita domiciliar mensal s associou ao risco de sobrepeso/obesidade, em ambas as regies, apenas entre as meninos de maior renda per capita domiciliar mensal, quando comparados aos de renda inferior (Regio Nordeste: OR bruto=9,64; IC 95% 3,17-29,35 e CR ajustado=10,13; IC 95% 2,83-36,27 e, na Regio Sudeste: OR bruto13; IC 95% 1,50-17,48 e OR ajustado=8,70; IC 95% 1,17-32,34). Embora tenha sido observada grande frequncia de sedentarismo entre as meninas, a realizao de atividade fsica no se associou a prevalncia do sobrepeso/obesidade em nenhuma das regies estudadas. Os resultados apontam para a necessidade de medidas do controle dessas condies, visando a preveno de doenas crnicas, bem como da conduo de estudos que aprofundem as questes associadas ao risco de sobrepeso/obesidade entre os adolescentes de diferentes regies do pas.

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Este trabalho pretende discutir o ensino-aprendizagem da relao mdico-paciente no momento em que esta apresentada ao estudante de Medicina, no terceiro ano do curso, evidenciando o pensamento e a ao desses estudantes. Pretendeu-se abordar, a partir da, alguns aspectos educacionais e comportamentais do encontro do estudante com o paciente, utilizando como metodologia de trabalho a observao participante nas aulas das disciplinas de Psicologia Mdica e Propedutica Mdica (ou Semiologia), da Faculdade de Cincias Mdicas (FCM) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), durante o primeiro semestre de 2000. Procedeu-se tambm a aplicao, anlise e discusso de um questionrio que, com questes fechadas e abertas, foi respondido por 100% dos estudantes do terceiro ano mdico, a partir do que pensavam sobre sua relao com o paciente, com o professor e com o aprendizado da Semiologia.

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Esta tese tem como objeto a regulao poltica da sexualidade no mbito da famlia por saberes e instituies mdicas brasileiras (1838-1940). Orienta-se pelo interesse em analisar continuidades e descontinuidades na construo de objetos, estratgias e tticas polticas direcionados para a regulao higinica e eugnica do casamento e da sexualidade infantil. De inspirao foucaultiana, inscreve-se no campo da histria dos saberes e est subsidiada por um conjunto heterogneo de documentos (teses, artigos de peridicos, livros, anais etc.) circunscritos, majoritariamente, ao campo da medicina. Analisa a constituio de uma defesa higinica dos casamentos no pensamento mdico novecentista, voltada para remanejamentos das figuras de esposa e marido na nova configurao de famlia que comeava a se esboar no Brasil, contrastando-a com a regulao catlica da moral sexual colonial. Em seguida, descreve a visibilidade higinica que a medicina dar a infncia no sculo XIX, problematizando especificamente o interesse pelo tema da masturbao, que articula simultaneamente a famlia, centrada na figura da me, e a escola na convocao de zelar pela criana. Partindo das contradies sociais que se apresentaram na construo do projeto liberal nacional a partir da dcada de 1870, discute a apropriao do discurso da degenerescncia pelo saber mdico-psiquitrico brasileiro, que propiciou uma leitura da brasilidade marcada pelo excesso sexual e pela condio degenerada da miscigenao, a fim de pensar as condies de possibilidade para a emergncia do projeto de eugenia matrimonial institucionalizado nas primeiras dcadas do sculo XX e toma como tticas a campanha pela compulsoriedade do exame pr-nupcial, o combate aos casamentos consanguneos, o controle do contgio venreo e o aconselhamento sexual dos casais. Analisa a campanha de educação sexual, cuja pretenso de instituir uma sciencia sexual no Brasil, de legitimidade controversa, tinha como horizonte viabilizar uma profilaxia sexual que mitigasse a produo da criminalidade, das perverses sexuais e das doenas nervosas, bem como os desajustes familiares, a partir da fabricao de um novo objeto, qual seja, a sexualidade infantil, no qual incidir uma nova pedagogia. Nesse particular, aponta particularidades discursivas da difuso das idias freudianas entre higienistas brasileiros. Finalmente, sinaliza a constituio da higiene mental da criana como um novo domnio para a psiquiatria brasileira, que tomou a intensa circulao afetiva intrafamiliar como ponto de ancoragem para um projeto de normalizao social, ainda centrado na eugenia, mas j atravessado por uma psicologia da adaptao.

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O Brasil um dos maiores consumidores per capita de acar e estudos tm mostrado um papel especfico do consumo excessivo de acar no ganho de peso. Com o aumento do ganho de peso observado em vrios pases, e tambm no Brasil, importante testar quais mensagens, estratgias e propostas de interveno seriam eficazes na preveno dessa epidemia. Os dados reportados so referentes a um ensaio randomizado por conglomerado, controlado, conduzido em 20 escolas municipais na cidade metropolitana de Niteri no Estado de Rio de Janeiro, de maro a dezembro de 2007, que testou a eficcia de orientaes para merendeiras objetivando reduzir a disponibilidade de acar e de alimentos fontes de acar na alimentao escolar e no consumo delas. A interveno consistiu em um programa de educação nutricional nas escolas usando mensagens, atividades e material educativo que encorajassem a reduo da adio de acar na alimentao escolar pelas merendeiras e no consumo delas. A reduo da disponibilidade per capita de acar pelas escolas foi analisada atravs de planilhas com dados da utilizao dos itens do estoque. O consumo individual das merendeiras foi avaliado atravs de questionrio de freqncia de consumo alimentar. As medidas antropomtricas e bioqumicas foram realizadas de acordo com tcnicas padronizadas. As escolas de interveno apresentaram maior reduo da disponibilidade per capita de acar quando comparadas s escolas controle (-6,0 kg vs. 3,4 kg), mas sem diferena estatisticamente significante. Houve reduo no consumo de doces e bebidas aucaradas nas merendeiras dos dois grupos, mas o consumo de acar no apresentou diferenas estatisticamente significativas entre eles. Houve reduo do consumo de energia total nos dois grupos, mas sem diferena entre eles, e sem modificao dos percentuais de adequao dos macronutrientes em relao ao consumo de energia. Ao final do estudo somente as merendeiras do grupo de interveno conseguiram manter a perda de peso, porm sem diferena estatisticamente significante. A estratgia de reduo da disponibilidade e do consumo de acar por merendeiras de escolas pblicas no atingiu o principal objetivo de reduo de adio de acar. Uma anlise secundria dos dados avaliou a associao entre a auto-percepo da sade e da qualidade da alimentao com o excesso de peso e concentrao elevada de colesterol srico das merendeiras na linha de base. As perguntas de auto-percepo foram coletadas por entrevista. Dentre as que consideraram a sua alimentao como saudvel, 40% apresentavam colesterol elevado e 61% apresentavam excesso de peso vs. 68% e 74%, respectivamente, para as que consideraram a sua alimentao como no-saudvel. Dentre as que consideraram a sua sade como boa, 41% apresentavam colesterol elevado e 59% apresentavam excesso de peso vs. 71% e 81%, respectivamente, para as que consideraram a sua sade como ruim. A maioria das mulheres que relatou ter alimentao saudvel apresentou maior frequncia de consumo de frutas, verduras e legumes, feijo, leite e derivados e menor freqncia de consumo de refrigerante. Conclui-se que perguntas nicas e simples como as utilizadas para a auto-avaliao da sade podem tambm ter importncia na avaliao da alimentao.