133 resultados para Metodologia de Projeto
Resumo:
Este estudo traz uma reflexo sobre os desafios de educao permanente dos Agentes comunitrios de Sade inseridos no projeto Telessade/Rio de Janeiro. Temos como objetivo geral discutir o processo de educao permanente desses colaboradores inseridos no Projeto Telessade, Ncleo Rio de Janeiro, ressaltando os usos reais e potenciais das ferramentas da educao distncia, na perspectiva da educao crtica. Os objetivos especficos so: descrever o perfil demogrfico de utilizao de ferramentas de educao permanente a distncia de Agente comunitrio de sade (ACS) do Estado do Rio de Janeiro inseridos no Telessade RJ, segundo as regies administrativas do Rio de Janeiro; descrever e analisar a participao dos ACS no Telessade RJ durante o ano de 2009 nas atividades de teleconferncias; discutir, com base na participao dos ACS no Telessade RJ, o papel da mediao da internet e das ferramentas do Telessade RJ no seu trabalho, na perspectiva pedaggica crtica. A metodologia utilizada quali-quantitativa, no intuito de descrever, quantificar e classificar os dados em relao aos ACS que esto inseridos no Telessade. A coleta de dados se deu a partir de um relatrio das oficinas presenciais e da anlise de 100 formulrios preenchidos pelos ACS nos workshops realizados nas regies administrativas do Rio de Janeiro e no registro de teleconferncias. Resultados: o relatrio das oficinas nos mostrou que os ACS vem no Telessade no s um espao para troca de experincias, mas tambm para a educao permanente em servio. Foi evidenciando na anlise dos formulrios, que a faixa etria na amostra de 100 dos ACS de 23 a 38 anos com 59 ACS. Alm disso, observou-se que os ACS utilizam a internet diariamente, com predominncia do vinculo empregatcio por CLT, acessam SIAB e DATASUS com frequncia, realizam trabalho multidisciplinar com mdicos e enfermeiros, propem temas para capacitaes pelo Telessade, em relao assistncia s teleconferncias de 555 ACS no ano de 2009. Conclumos que a insero do ACS no Telessade, com vistas educao permanente, uma real possibilidade e o estudo nos mostrou que eles vem esta proposta do Ministrio da Sade como inovadora e vivel.
Resumo:
As prticas de cuidado em fisioterapia, em muitas situaes, resgatam a funo do fisioterapeuta de executor de tcnicas que lhe era atribuda nos primrdios da profisso. Ao exercer essa funo meramente tcnica, muitas vezes deixando-se substituir pelo equipamento nas suas aes, o profissional compromete o estabelecimento do vnculo terapeuta-paciente, contribuindo para o esvaziamento do encontro em sade. Nessas situaes, predomina o xito tcnico (a eficincia na realizao do procedimento) sobre o sucesso prtico (os benefcios trazidos para vida das pessoas). Para que o sucesso prtico seja atingido, fundamental que haja o questionamento sobre o que sonham as pessoas, profissionais e pacientes, para as suas vidas e para a sade, quais so suas perspectivas e projetos de vida, seus projetos de felicidade. Nesse sentido, imprescindvel considerar, tambm, os projetos de felicidade dos profissionais da sade enquanto sujeitos desse encontro. Afinal, a partir deles que o profissional elabora o seu projeto de cuidado para cada paciente. Assim, esse trabalho buscou compreender os elementos que configuram a construo de projetos de cuidado em fisioterapia a partir da reflexo dos prprios fisioterapeutas. Para tanto, utilizou-se a metodologia qualitativa de pesquisa por meio de entrevistas semi-estruturadas para que fossem produzidas narrativas da histria de vida do trabalho. Os discursos foram analisados integralmente e a categorizao foi feita em trs sub-temas: exerccio profissional, relao com os pacientes e reflexes. Foi possvel perceber que muitos dos arranjos de trabalho estabelecidos visam coibir o vnculo profissional-paciente, transformando-o em valor de troca e mercantilizando a relao teraputica. Expropriada do vnculo, a prtica se resume realizao de procedimentos independentes de sua finalidade, minando as possibilidades de sucesso prtico. Nesse caso, no a tecnologia que gera o afastamento e a mecanizao, mas so as estratgias de mercantilizao do cuidado fisioterpico. Essa situao s pode ocorrer por um processo de subordinao do profissional e seu saber, o que est fortemente associado a condies de trabalho exploratrias. Podemos dizer que a mercantilizao do cuidado facilita a restrio sobre as condies de trabalho e tambm fruto dela. O problema que essa restrio vista pelos profissionais como no definitiva, mas como um caminho para se alcanar reconhecimento na busca pelo exerccio liberal da fisioterapia. A inteno desse estudo no foi traar um plano normativo de conduta para a profisso, mas imaginamos que o equacionamento dessas questes passa necessariamente pelo reconhecimento, pelas inquietaes e indignaes com o problema. O que se espera, portanto, facilitar esse processo de desconforto por meio da proximidade dessas questes trazidas pelas narrativas.
Resumo:
A escassez de gua um dos maiores desafios do nosso sculo. Parece mentira, uma vez que do planeta so ocupados por gua. Essa abundncia aparente leva-nos a considerar a gua como um elemento barato, farto e inesgotvel. Contudo, desse total, 97,5% so de gua salgada, restando 2,5% de gua doce, dos quais 1,75% formam geleiras, sendo, portanto, inacessveis. E o pior: a explorao irracional da gua doce armazenada nos lenis subterrneos, rios e lagos est ameaando a magra fatia de 0,75% da gua que pode ser usada pelo homem. Se a escassez e a poluio j so problemas concretos em muitos pases, os quais j instituram um efetivo gerenciamento de seus recursos hdricos, no Brasil a preocupao de cientistas e ambientalistas nem sempre levada a srio. Afinal, temos mais de 12% da gua potvel do globo. No entanto, esta riqueza extremamente mal distribuda: cerca de 80% esto na regio amaznica; os 20% restantes distribuem-se desigualmente pelo pas, atendendo a 95% da populao. Cada vez que chove, milhes de litros de gua, que normalmente deveram se infiltrar no solo correm pelos telhados e pelo asfalto at acabar em um rio poludo, sem nenhuma possibilidade de uso. E essa gua pode e deve ser aproveitada, tanto para evitar enchentes quanto para economizar recursos hdricos e financeiros. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi o de estruturar um projeto de um sistema de coleta e aproveitamento da gua de chuva, para fins no potveis, para uma edificao a ser construda nas instalaes de uma indstria de reparo e construo naval. Para tanto, foi apresentada uma metodologia cuja tecnologia para captao e aproveitamento da gua de chuva baseou-se num levantamento bibliogrfico e foi validada atravs da aplicao em um estudo de caso. Espera-se que este trabalho seja o ponto de partida para muitos outros dentro da indstria, procurando incentivar o aproveitamento da gua de chuva para consumo no potvel e criando assim uma conscincia ecolgica em todos os nveis da empresa, contribuindo dessa forma para a sustentabilidade.
Resumo:
Estudo de natureza qualitativa que teve como objetivo analisar as prticas de Educao em Sade desenvolvidas com gestantes atendidas pela Estratgia de Sade da Famlia no municpio de Quissam no Rio de Janeiro. Para a coleta de dados foi utilizada a tcnica do grupo focal, sendo realizados trs grupos em unidades com elevadas taxas de cesrea, a fim de refletir sobre a relao entre a participao nas atividades e a escolha pelo tipo de parto. Os sujeitos do estudo foram 18 mulheres que tiveram seus filhos no ano de 2008 e que participaram de qualquer atividade educativa desenvolvida pelas unidades. A anlise de dados foi orientada pela anlise de contedo de Bardin e das falas das mulheres emergiram 03 categorias e uma subcategoria. A investigao apontou que a participao nas prticas educativas ajuda nas escolhas durante a gestao, pois as mulheres sentem-se mais seguras e preparadas para o parto e o ps-parto. Contudo, a escolha pelo tipo de parto ainda determinada pelos profissionais. O estudo indica que h uma disputa entre o projeto de assistncia obsttrica delineado pela mulher e o projeto do profissional, de modo que a indicao mdica continua a prevalecer. Apesar dos esforos dos profissionais da Estratgia de Sade da Famlia do municpio investigado, as prticas educativas realizadas com as gestantes, ainda precisam ser desenvolvidas a fim de possuir um cunho emancipatrio, na superao de uma prtica transmissora de modo a empoderar a mulher para a sustentao de suas decises. Observa-se que as atividades so orientadas por um planejamento, entretanto, a avaliao das aes no acontecem, de modo que se faz necessria a reflexo dos profissionais acerca das formas de avaliao das prticas desenvolvidas. A pesquisa recomenda a criao de comits de avaliao das indicaes de cesrea; o investimento na formao permanente dos profissionais, sobretudo em Educao e Sade; e a reavaliao da metodologia de desenvolvimento dessas atividades com o intuito de se pensar em estratgias que possam envolver as mulheres na construo das prticas educativas, no sentido de empoder-las para a tomada de deciso e para a defesa de seu projeto de parto.
A construo do conhecimento acerca do fenmeno das drogas: desafios no ensino crtico e problematizador
Resumo:
O objeto deste estudo foi a percepo dos discentes acerca do processo de ensinagem desenvolvido na abordagem do fenmeno das drogas. Os objetivos foram: 1) Descrever o processo de ensinagem desenvolvido na abordagem do fenmeno das drogas de acordo com a percepo dos discentes; 2) Analisar a construo do conhecimento dos discentes em relao ao fenmeno das drogas a partir das estratgias de ensinagem desenvolvidas; 3) Discutir os nexos entre a abordagem do fenmeno das drogas e a construo do conhecimento na perspectiva discente. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados de dezembro/2008 a janeiro/2009, na Faculdade de Enfermagem da UERJ, utilizando-se trs grupos focais, constitudos por 19 acadmicos dos trs ltimos semestres do curso. O projeto foi aprovado pela Comisso de tica em Pesquisa da UERJ conforme protocolo n 029.3.2008 e os participantes assinaram Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram tratados por anlise de contedo segundo Bardin, tendo sido selecionadas 142 Unidades de Registro. Estas foram agrupadas em doze unidades de significao, com suas respectivas quantificaes. Em conseqncia formaram-se trs categorias: Construindo conhecimento acerca do fenmeno das drogas; A conduo docente na construo do conhecimento; O processo de ensinagem na percepo discente. Como o processo de ensinagem consiste em uma prtica social que envolve o objeto de estudo, o docente e o discente, a primeira categoria engloba os assuntos pertinentes ao objeto abordado, a segunda se refere ao trabalho docente e a terceira ao discente, complementando as trs interfaces do processo de construo do conhecimento. Os resultados evidenciaram que a instituio de ensino desempenha um papel fundamental no meio acadmico ao utilizarem a metodologia crtica e problematizadora na abordagem do fenmeno das drogas, entretanto, h lacunas a serem preenchidas na construo do conhecimento sobre drogas.
Resumo:
O comportamento de fases para sistemas binrios com um hidrocarboneto leve e um pesado muito importante tanto para o projeto real de um processo quanto para o desenvolvimento de modelos tericos. Para atender a crescente demanda por informao experimental de equilbrio de fases a altas presses, o objetivo deste estudo obter uma metodologia que substitua parcialmente ou maximize a pouca informao experimental disponvel. Para isto prope-se a modelagem do equilbrio de fases em misturas de hidrocarboneto leve com um pesado, sem o conhecimento da estrutura molecular do pesado, inferindo-se os parmetros do modelo a partir da modelagem de dados de ponto de bolha obtidos na literatura. Esta metodologia implica no s na descrio do equilbrio de fases de um sistema como na estimao das propriedades crticas do pesado, de difcil obteno devido ao craqueamento destes a altas temperaturas. Neste contexto, este estudo apresenta uma estratgia que estima indiretamente as propriedades crticas dos compostos pesados. Para isto, foram correlacionados dados experimentais de ponto de bolha de misturas binrias contendo um hidrocarboneto leve e um pesado, usando-se dois modelos: o de Peng-Robinson e o TPT1M (Teoria da Polimerizao Termodinmica de primeira ordem de Wertheim modificada). Os parmetros ajustados com o modelo de Peng-Robinson correspondem diretamente s propriedades crticas do composto pesado, enquanto os ajustados com o modelo TPT1M foram usados para obt-las. Esta estratgia fornece parmetros dependentes do modelo, porm permite o clculo de outras propriedades termodinmicas, como a extrapolao da temperatura dos dados estudados. Alm disso, acredita-se que a correlao dos parmetros obtidos com as propriedades crticas disponveis ajudar na caracterizao de fraes pesadas de composio desconhecida
Resumo:
As anlises de erros so conduzidas antes de qualquer projeto a ser desenvolvido. A necessidade do conhecimento do comportamento do erro numrico em malhas estruturadas e no-estruturadas surge com o aumento do uso destas malhas nos mtodos de discretizao. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi criar uma metodologia para analisar os erros de discretizao gerados atravs do truncamento na Srie de Taylor, aplicados s equaes de Poisson e de Adveco-Difuso estacionrias uni e bidimensionais, utilizando-se o Mtodo de Volumes Finitos em malhas do tipo Voronoi. A escolha dessas equaes se d devido a sua grande utilizao em testes de novos modelos matemticos e funo de interpolao. Foram usados os esquemas Central Difference Scheme (CDS) e Upwind Difference Scheme(UDS) nos termos advectivos. Verificou-se a influncia do tipo de condio de contorno e a posio do ponto gerador do volume na soluo numrica. Os resultados analticos foram confrontados com resultados experimentais para dois tipos de malhas de Voronoi, uma malha cartesiana e outra triangular comprovando a influncia da forma do volume finito na soluo numrica obtida. Foi percebido no estudo que a discretizao usando o esquema CDS tem erros menores do que a discretizao usando o esquema UDS conforme literatura. Tambm se percebe a diferena nos erros em volumes vizinhos nas malhas triangulares o que faz com que no se tenha uma uniformidade nos grficos dos erros estudados. Percebeu-se que as malhas cartesianas com n no centride do volume tem menor erro de discretizao do que malhas triangulares. Mas o uso deste tipo de malha depende da geometria do problema estudado
Resumo:
O estudo que se segue uma proposta de reflexo sobre a programao de sade para a populao usuria do SUS, em especial a assistncia oncolgica, as sucessivas estratgias poltico-administrativas e medidas de solues a serem ofertadas populao portadora de cncer. Percebe-se o desequilbrio entre a operacionalidade real e a operacionalidade suposta ideal, para dar conta dos casos novos de cncer (CNC)/ano, a ateno sade concentrada nos grandes centros urbanos, reflexo de um estmulo a investimentos em sade direcionados aos centros urbanos, localidades de maior crescimento econmico e social. Objetivando o balano de uma experincia de programao a partir das necessidades, tomamos como norte o Projeto Expande, para a anlise da real assistncia em oncologia no pas, que se traduz no conjunto: oferta de servio necessidade de tratamento especfico para a populao demanda, identificando dficit e necessidade. Nesse sentido, com base na programao e nas informaes de produtividade SUS/Brasil, disponveis no INCA , optamos por acompanhar os dados referentes ao ano 2008, quantificados e analisados, tendo como ponto de partida a estimativa de CNC/ano 2008, parmetros assistenciais estimativa de necessidade mxima). Este estudo, com esse modelo, objetivou levantar subsdios que supostamente contribuam para o aprimoramento da Poltica de Ateno ao Cncer, em especial uma Poltica de Expanso Oncolgica para o pas.
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Este trabalho visa realizar os primeiros passos de um projeto mais longo, cujo objetivo determinar o sentido daquilo que entendemos como pergunta pelo sentido do ser; junto a isso, se tem aqui igualmente o propsito de pensar a metodologia que acaso venha a ser adequada, isto , o tratamento especfico que possa alguma vez dar a tal questionamento um desenvolvimento legtimo. O caminho por ns adotado partir de Kant por motivos estratgicos, principalmente pela razo de encontrarmos a uma tese declarada sobre ser, que lhe concede um sentido unitrio: ao coment-la, reconstruindo-a por meio da apresentao de alguns de seus momentos, estaremos nos utilizando da mesma para apontar aquilo que acreditamos constituir uma corrupo de sentido nas suas prprias bases, permitindo compreender as dificuldades lanadas pela questo que, assim nos parece, so as mesmas que terminam por gerar as confuses que perfazem a prpria histria da metafsica. Isto significa que nossa discusso do caso kantiano - embora vise diretamente a filosofia crtica e todo projeto de uma teoria das faculdades - dever cunhar resultados mais amplos, j mesmo porque, a partir dela, viremos mesmo a afirmar a total inadequao de uma abordagem do sentido do ser sob o ponto de vista do comportamento terico. Por oposio a ele, procuraremos demonstrar que ser s pode ser abordado no interior de um campo de sentido que se apresente como o que chamaremos de atividade descritiva ou, poderamos igualmente dizer, uma atividade de mostrao. Este ltimo ponto, conclusivo somente quanto parte do caminho que nosso projeto mais geral nos exige percorrer, ser explicitado com a ajuda de alguns dos conceitos apresentados por Husserl em suas Investigaes Lgicas.
Resumo:
Face crescente procura por outras modalidades teraputicas que abordam o ser humano de forma holstica e a introduo das mesmas no SUS, torna-se muito importante a avaliao da efetividade e segurana dessas formas de cuidado. A Homeopatia faz parte deste conjunto de teraputicas e, para sua avaliao, pode existir a necessidade de se valer de mltiplos instrumentos para abarcar os vrios aspectos de uma resposta integral ao tratamento. Este trabalho teve como objetivo identificar e elaborar categorias de anlises e instrumentos que permitam avaliar e mensurar a efetividade deste tratamento, bem como test-los, considerando-se as caractersticas desta racionalidade. Foram levantados, na literatura nacional e internacional, trabalhos sobre efetividade do tratamento homeoptico, em busca da definio do estado da arte mas tambm dos principais problemas, limitaes e possibilidades dessas avaliaes tendo em vista seu resultado integral. Finda esta etapa, a pesquisa destinou-se a elaborao, proposio e testagem de uma metodologia considerada mais adequada a avaliar o tratamento homeoptico nesta perspectiva. Um estudo observacional foi realizado em servio pblico homeoptico no municpio de Juiz de Fora, com tratamento individualizado, no qual foi utilizada uma estratgia de avaliao composta por trs componentes: (1) avaliao de qualidade de vida pelo instrumento SF-36; (2) anlises em busca de objetivar e quantificar queixas clnicas e outros atributos de natureza subjetiva (sensao de bem-estar, sono, estado cognitivo e memria, vida sexual, sensao de felicidade) por meio da utilizao de uma escala visual analgica (EVA), na mensurao da intensidade e de opes fechadas, a exemplo do SF-36, na estimativa da frequncia desses aspectos e (3) entrevistas qualitativas por intermdio de questionrio semiestruturado, com a finalidade de abordar questes relacionadas a biopatografia e mudana da atitude vital (como pacientes enfrentam os problemas do cotidiano, fatores deflagradores das queixas, como se sentem e como reagem, alm de indagar seus projetos de vida e felicidade). A aplicao do questionrio SF-36 apresentou algumas dificuldades de compreenso pelos participantes, talvez devido baixa escolaridade dos entrevistados, mas mostrou-se til pesquisa, embora demonstre limitaes na avaliao do aspecto integral do resultado da teraputica analisada. O acompanhamento das queixas clnicas, sensao de bem-estar, sono e estado cognitivo e memria foram captados e mensurados de forma satisfatria tanto pela EVA (intensidade dos sintomas) quanto pelas respostas fechadas para medir a frequncia. Situaes como as avaliaes da biopatografia e da sexualidade foram insuficientes para serem adequadamente avaliadas pelo pesquisador e o paciente somente. A participao do mdico assistente poderia contribuir nestes casos. Questes mais abrangentes na avaliao da mudana na atitude vital, como reao diante de fatores desequilibrantes e projeto de vida e felicidade, necessitam de metodologia qualitativa at que se possa avanar nas pesquisas espera de solues futuras. A combinao dessas estratgias em estudos controlados, randomizados, com amostras de magnitude satisfatria, preferencialmente em rede e que explicitem as condies nas quais o atendimento homeoptico ocorreu e como se chegou a cada prescrio, podem ter utilidade para a avaliao da efetividade da dimenso integral do tratamento homeoptico.
Resumo:
O clculo de disperso de plumas uma ferramenta empregada para se estimar o alcance dos poluentes emitidos por uma chamin nas suas redondezas. empregada nos pases desenvolvidos h alguns anos e recentemente vem sendo exigida pelas agncias ambientais brasileiras como um dos requisitos para concesso das licenas de operao. Baseia-se em um clculo gaussiano, onde os dados de entrada so as taxas de emisso, os dados fsicos da chamin, dados meteorolgicos e topogrficos. Como uma tcnica recente no Brasil, este trabalho se prope a fazer uma descrio da metodologia e suas etapas, indicando quais so os dados mais relevantes e quais simplificaes podem ser feitas. O estudo de caso foi realizado nas instalaes das Indstrias Nucleares do Brasil (INB). Os resultados indicaram que a influncia de edificaes adjacentes fonte emissora um dos parmetros mais importantes, seguido da influncia do relevo da regio. Foi tambm realizada uma comparao entre os dois softwares comerciais existentes, o ISCST3, de maior complexidade, e o SCREEN mais simplificado, e indicou que o SCREEN pode ser usado como uma ferramenta de avaliao inicial, quando todos os dados de entrada necessrios para se usar o ISCST3 no esto disponveis
Resumo:
A gerao de energia a partir do biogs do lixo em aterros sanitrios uma maneira de produzir energia eltrica renovvel e limpa, reduzindo os impactos globais provocados pela queima dos resduos slidos urbanos. A contribuio ambiental mais relevante a reduo de emisses dos gases de efeito estufa (GEE), por meio da converso do metano em dixido de carbono, visto que o metano possui um potencial de aquecimento global cerca de 21 vezes maior, quando comparado ao dixido de carbono (atravs da combusto do mesmo). De acordo com o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), os pases ricos podem comprar crditos de carbono (CERs) dos pases em desenvolvimento (que possuam projetos sustentveis) para cumprir suas metas ambientais. O objetivo transformar um passivo ambiental (destinao final dos resduos slidos urbanos) em um recurso energtico, alm do estudo da alternativa de obteno de recursos financeiros atravs dos CERs. So analisadas as tecnologias de converso energtica (tecnologia de gs de lixo, incinerao, entre outras), com a seleo da melhor alternativa para a gerao de energia atravs do biogs de lixo em aterros sanitrios. A metodologia utilizada a recomendada pela Agncia de Proteo Ambiental dos Estados Unidos - USEPA (2005). Sero apresentadas outras duas metodologias de clculo da gerao de metano: a do Banco Mundial e a do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanas Climticas). So apresentados estudos comparativos demonstrando quando as turbinas a gs, motores de combusto interna (ciclos Otto ou Diesel) ou outras tecnologias de converso energtica sero viveis na rea tcnica e econmica para implantao de Unidades Termoeltricas a biogs. No caso do Aterro de Gramacho, o projeto vivel com a utilizao de motores a combusto interna e a obteno de receitas com a venda da produo de energia e crditos de carbono. Por fim, ser apresentada a alternativa do uso do biogs como substituto do gs natural para fins energticos ou outros fins industriais.
Resumo:
O presente trabalho destina-se a analisar as relaes diplomticas entre o Brasil e Portugal sobre a questo da independncia da frica lusfona. At 1961, verifica-se a manuteno de uma relao privilegiada com a ptria lusitana, traduzida no incondicional apoio brasileiro prestado aos assuntos do interesse de Portugal que se colocavam nos foros internacionais, como por exemplo, a questo da descolonizao africana, no mbito da ONU.A Poltica Externa Independente, projeto formulado em 1961 pelo ento Presidente Jnio Quadros e seu Chanceler, Afonso Arinos de Melo Franco, visava a renovao da ao externa do pas. O anticolonialismo e a defesa da autodeterminao dos povos faziam parte das formulaes da PEI, que, entretanto, acabou encontrando grandes dificuldades para manter a coerncia no posicionamento brasileiro na ONU, diante do processo de descolonizao dos territrios portugueses na frica. Portugal manteve, durante todo o perodo analisado (1958-1964), uma forte estratgia de defesa da manuteno de seus territrios ultramarinos. O Brasil, por sua vez, encontrou, principalmente no nvel interno, os maiores obstculos para manter uma conduta assertiva na matria colonial. A leitura das fontes primrias, bem como dos livros escritos pelos Chanceleres da PEI, constituiu importante metodologia para a comprovao de que houve contradies e abstenes por parte do Brasil, sobre a questo colonial portuguesa, entre 1961-1964, na ONU. E que a falta de unidade de posicionamento externada nas Assemblias refletia principalmente os embates internos, que provocaram as grandes oscilaes demonstradas pela nossa Delegao nas mais importantes votaes sobre a questo.
Resumo:
No atual contexto ambiental grande a demanda por informaes consistentes que subsidiem o planejamento territorial, permitindo realizar avaliaes ambientais e desta forma, subsidiar os setores pblico e privado. Essa demanda pode ser satisfeita com a integrao de informaes em um sistema, com propriedades e funes de processamento, possibilitando sua utilizao em ambiente integrado. Assim, nesta dissertao proposta uma metodologia para a avaliao ambiental de bacias hidrogrficas que atua desde a escolha de indicadores e definio dos pesos de sua contribuio, at a execuo de avaliaes e espacializao de resultados em ambiente SIG. Esta metodologia composta por duas fases distintas: avaliao da vulnerabilidade ambiental da bacia hidrogrfica a partir do uso de sistemas de suporte deciso espacial, e, avaliao da sustentabilidade da bacia atravs do clculo do indicador Pegada Ecolgica. Na primeira fase so adotados sistemas de suporte deciso, bases de conhecimento, SIG e uma ferramenta que integra estes resultados permitindo a gerao de avaliaes, anlises e/ou cenrios prospectivos. Na segunda fase, a sustentabilidade da bacia retratada a partir do clculo da pegada ecolgica que consiste na contabilizao da rea que uma populao necessita para produzir os recursos consumidos e absorver os resduos gerados. A comparao entre reas mais vulnerveis e menos sustentveis, pode nortear projetos de recuperao e conservao ambiental.
Resumo:
A ipseidade na tica argumentativa de Paul Ricoeur a referncia bsica da hermenutica do si ao qual sempre retorna. Ela estabelece a constante mediao reflexiva em oposio pretensa posio imediata do sujeito. A mesmidade do si tem como contrapartida o outro. Na comparao, a mesmidade sinnimo de identidade-idem em oposio ipseidade-ipse que inclui a alteridade. Esta incluso questiona a capacidade do si construtivo da tica e, portanto, responsvel jurdica e moralmente nas vrias injunes do outro. O projeto tico de Ricoeur compreensvel a partir e dentro de sua peculiar metodologia que ele denomina de dialtica entre a tica teleolgica e a moral deontolgica. Esta dialtica se fundamenta na trade do desejo, do dever e da sabedoria prtica em recproca atividade, privilegiando a dimenso teleolgica do desejo da vida boa com o outro e para o outro em instituies justas. A tica argumentativa tem a funo de dar contedo as duas dialticas pela incluso do outro no si mesmo sem o qual a reflexo sobre a ipseidade perderia o sentido. A sabedoria prtica da tica e do julgamento moral em situao inclui a discusso porque o conflito insupervel e determina o argumento para o consenso eventual. Nossa tese a afirmao da capacidade do si mesmo atuar aes construtivas. Alm da critica ideologia e utopia, Ricoeur fundamenta a dialtica entre o princpio-esperana e o princpio de responsabilidade mediante a via utpica do futuro e a via realista da preocupao com o presente diante dos casos inditos em que a vida e o ecossistema se associam. A imputao pessoal e coletiva desde o passado, no presente para o futuro devida responsabilidade. A ipseidade constri o futuro no presente atravs de decises ticas.