82 resultados para Mulheres - Condições sociais


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O presente trabalho acadmico aborda a situao e a relao da mulher no mercado de trabalho. Propomo-nos perceber como funciona a dinmica do mundo do trabalho e que impacto traz nas relaes sociais do indivduo e na identidade de um pas. A questo fundamental deste estudo, se a desigualdade de oportunidades afecta diferentemente em relao ao gnero e como vivida essa situao em cada um dos pases estudados: Portugal e Brasil. Centramo-nos especificamente, nos seguintes objectivos: identificar os agentes que determinam a existncia da discriminao sexual no mercado de trabalho, reforar a importncia de combater situaes discriminatrias para o desenvolvimento de sociedades benficas, justas e equitativas e finalmente promover o intercmbio de conhecimentos entre Portugal e Brasil. Com este trabalho de pesquisa terico-histrica e emprica, conclumos que a desigualdade de oportunidades existe em ambos os pases participantes. Deriva primordialmente, de factores econmicos, histricos e culturais ainda enraizados nas sociedades actuais. Nitidamente a mulher, ainda hoje, vtima de uma entrada e presena no mercado de trabalho mais difcil e precria comparativamente ao homem.

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Proposta de leitura de fragmentos de versos integrantes da potica de Florbela Espanca e de textos da filosofia de Simone de Beauvoir, notadamente contidos na sua obra magna O Segundo Sexo, numa anlise contrastiva do percurso intelectual de ambas as escritoras, no que diz respeito dominao masculina e resistncia das mulheres por intermdio do exerccio escritural. O presente trabalho prope uma anlise incisiva dos trabalhos das autoras citadas, fazendo uma correlao entre vida e obra de ambas, at chegar a questo da dominao masculina. Tendo como objetivo principal chamar a ateno para os pontos chaves que as autoras acentuavam em suas obras e que serviram de fora poderosa para a ruptura dos laos patriarcais. Aqui representa-se e confronta-se a viso masculina, a qual a sociedade estava to acostumada (principalmente diante do fato que toda literatura era composta por homens), com obras de mulheres que dentro de uma mundo estritamente masculino, deram seu grito de liberdade atravs de seus escritos. Logo, a dissertao aqui apresentada tem por objetivo demonstrar a inovao literria e tambm social, que Simone de Beauvoir e Florbela Espanca trouxeram, no momento em que decidiram constituir-se no mais apenas como mulheres, mas como escritoras, conscientes e responsveis por suas decises e por aquilo que escreviam

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A dissertao visa analisar a condio feminina no Rio de Janeiro do sculo XIX a partir de documentos judiciais de divrcio, investigando as experincias que as mulheres oitocentistas experimentaram quando demandavam ou eram demandadas na justia. A documentao permite demonstrar o modo como elas vivenciaram as dificuldades sociais provenientes de sua condio jurdica e como estavam inseridas nos espaos institucionalizados de poder. Atravs das falas das prprias mulheres observamos como a Igreja e o Estado utilizaram-se da famlia e do matrimnio como instrumentos de manuteno da dominao sobre o universo feminino. A escolha do Rio de Janeiro como recorte geogrfico deu-se em funo da importncia econmica, poltica e social que, como capital, a cidade assumiu no sculo XIX. O recorte temporal 1832 a 1889 tomou por parmetros o surgimento de duas normas legais que vo trazer modificaes significativas para a organizao da Justia do Imprio e para o tema especfico do divrcio.

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Atravs da viso multidimensional que a Literatura proporciona, acredita-se que a voz de Simone de Beauvoir desperta o pensamento crtico dos leitores sobre a condio da mulher, na segunda metade do sculo XX. A anlise se situa entre os odores que exalam do estudo de Walter Benjamin sobre o conceito de reflexo dos primeiros romnticos alemes e os sabores dos desencobrimentos presentes em A Mulher Desiludida, narrativa ficcional de Simone de Beauvoir. O que a literatura?, ingrediente adicionado por Jean-Paul Sartre, traz consistncia ao texto que, em sua finalizao, apimentado pela Teoria Esttica, de Theodor Adorno. O autor do Magnum opus a Dialtica do esclarecimento demonstra ainda a necessidade de se acrescentar o gosto que incomoda para que saibamos apreciar o alimento que nos oferecido. Todo o banquete servido sobre a base fundadora do feminismo: O Segundo Sexo. Agucem todos os sentidos, a iguaria ser servida

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Investiga-se, neste trabalho, a partir de uma anlise de gnero, os discursos dos movimentos esprita e anarquista acerca das mulheres, no perodo de 1889 a 1922, no Rio de Janeiro, especificamente no que se refere a uma possvel relao entre eles. No perodo de anlise, ambos os movimentos encontravam-se em constituio no Brasil, lutando por legitimao e reconhecimento social, sendo seus seguidores perseguidos, presos e patologizados por seus discursos questionadores da ordem vigente. Entretanto, mais que seu sucesso ou no na transformao social, o que aqui se prope uma investigao acerca das formas pelas quais esses movimentos podem ter se relacionado e seus discursos, especialmente no caso da mulher, podem t-los aproximado. Ou seja, questionar a oposio religio e poltica, e inserir uma anlise de gnero em campos nos quais essa ferramenta , ainda, raramente utilizada. Investigar como se apresentavam as questes de gnero nas prticas desses movimentos, tentando resgatar os fios que compem a trama histrica dos mesmos, procurando entender a legitimao do espiritismo brasileiro no circuito religioso e a desqualificao do anarquismo no circuito dos movimentos polticos. As razes que justificam a escolha do espiritismo e do anarquismo para este trabalho devem-se, sobretudo, a uma singularidade: ambos apresentavam discursos sobre a mulher destoantes dos hegemnicos. Em seus pressupostos, encontra-se uma postura diferenciada em relao mulher, na qual a ideia da igualdade entre os sexos assume um papel relevante, no seguindo a tendncia de atribuir s mulheres um lugar de submisso e silncio. Espritas e anarquistas se posicionaram contrrios aos discursos que tentavam manter a legitimidade da submisso da mulher ao homem. Contudo, verifica-se que, no Brasil, tanto o espiritismo quanto o anarquismo construram discursos prprios ao contexto brasileiro, indo ao encontro dos pressupostos hegemnicos naquele perodo, sobretudo, acerca da mulher e das relaes de gnero. Atravs de uma anlise da histria dos movimentos esprita e anarquista, notadamente, de sua chegada e difuso no campo social brasileiro, constata-se que a historiografia produziu um discurso que legitimou a excluso das mulheres desses movimentos naquele momento, produzindo uma trama ainda bastante marcada pelo silenciamento das prticas femininas. A perspectiva terico-metodolgica deste trabalho se insere no campo da historiografia, mais especificamente da nova histria: histria cultural, histria das mulheres e das relaes de gnero, com ateno s produes da historiografia contempornea sobre o perodo e as implicaes de suas anlises para as concluses difundidas sobre a ausncia feminina nesses movimentos.

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Este trabalho visa compreender os elementos materiais e simblicos que atravessam a trajetria de vida e fundamentam o interesse de jovens mulheres residentes na localidade da Candelria no Complexo da Mangueira no Rio de Janeiro em manter uma relao amorosa com traficantes de drogas. Objetiva - se com o estudo em questo: investigar a trajetria de vida das jovens que tm envolvimento amoroso com jovens rapazes que optaram por trabalhar no trfico de drogas, buscando conhecer os motivos que as levam a estes relacionamentos; aprofundar o conhecimento sobre a realidade familiar, comunitria e social das jovens, enquanto fatores importantes para se compreender a opo de relacionamento amoroso com os rapazes do trfico; Investigar se a partir do incio das prticas e relaes amorosas com jovens do trfico so produzidos pontos de inflexo significativos nas trajetrias de vida das jovens estudadas, bem como o sentido e a direo desta inflexo (maior ou menor vulnerabilidade social). A anlise e compreenso dos dados foram construdas a partir dos pressupostos tericos e metodolgicos da Produo dos Sentidos dentro do paradigma construcionista que situa o estudo a partir da anlise das prticas discursivas. Os resultados obtidos revelam que os relacionamentos se formalizam pela presena do traficante e minimamente mais duas mulheres: a Fiel + A Outra e tantas outras qualificadas como O Lanchinho da Madrugada. As motivaes para a efetivao dos citados relacionamentos passam por vrias determinaes: seduo, fama, status, aquisio de bens materiais entre outros elementos marcam os mesmos. Estas passam a experimentar novas formas de sociabilidade: a fora policial, territrios ocupados por outras faces criminosas so elementos que contribuem para maior grau de vulnerabilidade social.

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A presente tese analisa as representaes atuais nos discursos de mulheres negras das camadas pobres urbanas do Rio de Janeiro, assim como suas relaes sociais entre o gnero masculino e feminino na atualidade. Focaliza esta discusso de gnero, em torno de temas como: famlia, relaes de trabalho, participao social, emancipao da mulher e direitos. A partir de pesquisa emprica de histrias de vida buscamos analisar, comparativamente, as expectativas, os esteretipos, os problemas e as conquistas das mulheres de diferentes geraes. Verifica o que elas relatam ter mudado ou que permaneceu imutvel na relao entre mulheres e homens: diferenas e semelhanas, conflitos e contradies e os seus anseios sociais presentes nas suas histrias e memria. Busca compreender como as mulheres negras esto lidando com as rpidas mudanas que afetam os papis de gnero, analisando como se d a convivncia entre arqutipos considerados tradicionais e os modernos modelos de masculinidade e feminilidade. Destas diferenas trata esta tese. Especificamente, das relaes sociais da mulher negra na religio, no trabalho, na famlia e na poltica, espaos que delimitado e que nos propomos debater. Quando as mulheres tm voz? uma provocao para refletir sobre o tema a partir da memria de trs mulheres nascidas entre a dcada de vinte e trinta que conquistaram espaos expressivos apesar das dificuldades postas s mulheres desta poca. nossa pergunta atribudo um significado de poder de participao e expresso que dialoga com mulheres no anonimato sem voz, que esto trabalhando para garantir a sobrevivncia, so moradoras das periferias ou morros, estudantes de escolas pblicas e mulheres donas-de-casa, mas que querem ter voz. A temtica da mulher negra nos remete ao artifcio da colonizao, ao processo de dominao e sujeio, memria de culto, a deuses, aos antepassados, cultura, histria de vencedores e vencidos. As histrias das mulheres negras trazem em si a extenso da colonizao. A memria individual existe sempre a partir de uma memria coletiva e a origem de vrias idias, reflexes, sentimentos e paixes que atribumos a ns so, na verdade, inspiradas pelo grupo.

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O tema das mulheres e sua relao com a guerra e a poltica comeou a ser investigado na Colmbia durante a ltima dcada. Com o objetivo de colaborar para a compreenso deste fenmeno mais especificamente, a participao de mulheres em grupos guerrilheiros , nesta dissertao se busca analisar a trajetria de vida de cinco mulheres que ingressaram no Exrcito de Liberao Nacional entre os anos de 1980 e 1990. As categorias centrais manejadas neste trabalho foram: trajetrias de vida, gnero e conflito armado, concepes desenvolvidas com base nos postulados tericos de Joan Scott e Pierre Bourdieu. Metodologicamente foram utilizadas ferramentas da histria oral na abordagem dos relatos de histrias de vida com o fim de traar pontes entre o sujeito, as condições sociais e a estrutura. Da mesma forma, realizou-se uma anlise do Exrcito de Liberao Nacional como um campo social a partir do qual se pode abordar as relaes entre homens e mulheres em temas como sexualidade, maternidade, relaes de casais e referentes identitrios. Enquanto se avanou em direo a uma aproximao histria dessas cinco mulheres dentro do grupo guerrilheiro, surgiram novas perguntas relacionadas com a trajetria poltica de cada uma delas no mbito da vida civil.

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O estudo teve o objetivo de identificar os contextos de vulnerabilidade e autonomia de mulheres vivendo com HIV/Aids antes e depois do diagnstico. Essas mulheres so participantes do Grupo Parceiras da Vida, atendidas pelo Ncleo de Epidemiologia e pelo Servio Social do Hospital Universitrio Pedro Ernesto/UERJ. O referido grupo tem como proposta oferecer suporte e informao alm de estimular o exerccio da autonomia feminina. Nossa anlise teve como referncia os Direitos Humanos, entendendo que as desigualdades de gnero, propiciam uma srie de violaes de direitos das mulheres, que nos permitem refletir acerca dos processos de vulnerabilidade e autonomia vivenciados pelas mesmas. Foi utilizada a metodologia qualitativa, atravs do uso da histria de vida de mulheres vivendo com HIV/Aids, bem como a observao participante das atividades do grupo de mulheres. Sendo assim, foram abordados os eixos temticos da seguinte forma: Percepo social da doena na tica de Gnero; Acesso e Poltica de Assistncia as Pessoas vivendo com HIV/Aids e a Dinmica de rede scio familiar: o grupo Parceiras da Vida. Identificamos que as inseres de classe, etnia, escolaridade, associados as particularidades do processo histrico vivido pelas mulheres, podem definir maiores ou menores magnitudes de situaes de vulnerabilidade e autonomia. Constatamos, ainda, que o grupo Parceiras da Vida referenciado enquanto grupo de apoio, bem como contribui para o fortalecimento e para a construo de sujeitos mais autnomos no processo de adoecimento pelo vrus HIV/Aids.

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A Ateno Primria Sade - APS reconhecida como o nvel fundamental e porta de entrada do sistema de ateno sade, sendo o lugar adequado onde pode ser atendida e resolvida a maior parte dos problemas de sade. considerada pela OMS como a principal proposta de modelo assistencial. Essa importncia da APS leva a necessidade de pesquisas avaliativas dos seus resultados para adequao e melhoria de polticas e planos de ao delineados em relao mesma. Pesquisas internacionais e nacionais so realizadas, nas quais indicadores relativos s atividades hospitalares esto sendo empregados com o objetivo de medir resultados como efetividade e acesso da APS. Um desses indicadores, desenvolvido por John Billings da Universidade de Nova York, na dcada de 90, consiste nas condições pelas quais as internaes hospitalares por Condições Sensveis Ateno Ambulatorial (CSAA) deveriam ser evitadas caso os servios da APS fossem efetivos e acessveis. Utilizando-se o SIH-AIH/2008 e a lista brasileira de Internaes por Condições Sensveis a Ateno Primria, publicada em 2008, a proposta do presente trabalho a de estudar os cuidados primrios sade baseando-se nas ICSAA, na rea urbana da cidade de Juiz de Fora-MG. Buscou-se responder sobre os efeitos que ocorrem nessas internaes a partir das caractersticas individuais dos pacientes, das caractersticas das Unidades Bsicas de Sade-UBS (infraestrutura, produo e modelos assistenciais) e das condições scio-econmicas/ambientais das reas cobertas por UAPS e descobertas (sem UAPS), com a utilizao de modelos multinveis logsticos com intercepto aleatrio. Buscou-se conhecer, tambm, a distribuio espacial das taxas padronizadas por idade das ICSAA nessas reas e suas associaes com as variveis contextuais, utilizando-se ferramentas da anlise espacial. Os resultados do presente trabalho mostraram que a porcentagem de internaes por CSAA, foi de 4,1%. Os modelos assistenciais ESF e o Modelo Tradicional, base da organizao da ateno primria no Brasil, no apresentaram no municpio, impacto significativo nas ICSAA, somente na forma de reas descobertas tendo como referncia as reas cobertas. Tambm no foram significativas as variveis de infraestrutura e produo das UAPS. Os efeitos individuais (idade e sexo) nas ICSAA foram significativos, apresentando probabilidades de significncia menores que 1%, o mesmo acontecendo com o ndice de Desenvolvimento Social-IDS, que contempla as condições sociais, econmicas e ambientais das reas analisadas. A distribuio espacial das taxas padronizadas por idade apresentou padro aleatrio e os testes dos Multiplicadores de Lagrange no foram significativos indicando o modelo de regresso clssico (MQO) como adequado para explicar as taxas em funo das variveis contextuais. Para a anlise conjunta das reas cobertas e descobertas foram fatores de risco: a varivel econmica (% dos domiclios com renda at 2 SM), reas descobertas tendo como referncia as reas cobertas e a regio nordeste do municpio. Para as reas cobertas as variveis de produo das UAPS, econmica e a regio nordeste apresentaram como fator de risco para as taxas de internao por CSAA.

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Dar nitidez aos sentimentos e razes que emergem das experincias dos vestibulandos de Vitria-ES, entre 2009-2010, e que os movem em direo a seus projetos profissionais objetivo deste trabalho. A noo de projeto aqui utilizada (VELHO, 1999) afasta-se da clssica compreenso liberal do ser humano, autnomo, livre e nico, responsvel por seus sucessos e fracassos, subjacente a estudos sobre escolha profissional. A ideia proposta que campo de experincias dos sujeitos marca seus projetos profissionais, mas que suas condutas deliberadas, no necessariamente racionais, expem certas expectativas de vida, quaisquer que sejam as posies sociais desses sujeitos. Para o exame dessas expectativas, esses sujeitos foram vistos em suas relaes sociais - nas intersees de classes, gnero, de cor da pele, de geraes, etc. Reconheceu-se, ainda, que razes e sentimentos (WILLIAMS, 1969), tambm forjam projetos profissionais de sujeitos sob diversas condições sociais e apesar delas. Por considerar que esses projetos portam manifestaes humanas, nem sempre perceptveis e tantas vezes encobertas, a metfora do rizoma (DELEUZE; GUATTARI, 2004), foi de utilidade metodolgica. Alguns indcios (GINZBURG, 2007), sugeriram caminhos de pesquisa e alguns dos significados aos sujeitos para que esses projetos pudessem ser detectados. A perspectiva da longa durao histrica e dos tempos mltiplos presidiu o exame de trajetrias selecionadas de um conjunto de sujeitos pesquisados entre os anos 2009-2010, o que favoreceu a percepo de continuidades histricas, mas tambm a ocorrncia de mudanas de certas tendncias sociais. Dois cursos de pr-vestibular, um pblico e um privado, em Vitria, ES, nessa conjuntura, mostraram um pouco da pluralidade de expectativas de diferentes jovens - pobres, de classes mdia e alta, homens e mulheres, brancos, negros e pardos, mais novos e mais velhos em relao ao ensino superior presente em seus projetos profissionais. Razes e sentimentos que os movem e que se movem, nem sempre examinados em estudos sobre a matria, foram expostos. Contribuies de Elias (1990), de R. Williams (1969), de Bourdieu (2003, 2009), de E. P. Thompson (2002), de Lwy (1990), entre outros, apoiaram evidncias de que as relaes indivduo e sociedade, sempre plurais e complexas, expressam apenas partes de seus sentidos civilizadores. Para reduzir incertezas, recorreu-se a dados macrossociais e microssociais (REVEL, 1998). Entrevistas com tais jovens e coordenadores de seus cursos, observaes advindas de dinmica de grupo e, tambm, exame de publicaes oficiais, de peridicos de divulgao de matria sobre vestibular, entre 2009-2010, situaram um trato de escalas analticas de difcil exerccio. Para alm das relaes de classes, gnero, cor da pele, gerao etc., pode-se concluir que esses sujeitos, por razes e sentimentos variados, com seus projetos profissionais, tanto se deslocam de suas posies sociais de origem como as mantm, mas todos, em suas novas experincias e de diferentes modos, tambm se preparam para atuar sobre os sentidos civilizadores de seu tempo.

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O objetivo deste trabalho analisar como as relaes lsbicas so retratadas nas obras Loving Her e The Color Purple. Ao analisar as relaes entre homens/mulheres e mulheres/mulheres, este estudo tambm rev e critica o golpe triplo sofrido por lsbicas negras, por serem, ao mesmo tempo, mulheres, afro-americanas e homossexuais. Utilizando fatos histricos para situar as obras em um contexto social, alm da teoria do lesbian continuum afim de atestar a riqueza e diversidade do lao afetivo entre mulheres, este trabalho vem por desmistificar as noes simplistas em relao literatura lsbica Afro-Americana, afugentando a sombra que pairava sobre o tabu e elevando a mulher negra, lsbica ou no, a seu lugar de direito na sociedade

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O presente estudo teve como objetivo geral apresentar a vivncia e a experincia das mulheres negras do candombl, no intuito de promover uma pesquisa que contemplasse a cultura, as questes do gnero feminino e a negritude no Brasil. Para tanto, trouxemos para o interior desta pesquisa o cotidiano de um grupo de mulheres que vivenciam uma determinada religiosidade e que por ela (re) significam seus papis sociais inspiradas pelos mitos femininos da cultura iorub. Valendo ainda destacar que temos tambm como objetivos contextualizar historicamente as condições polticas, sociais e educacionais das mulheres negras brasileiras; apresentar as principais caractersticas dos ritos do candombl e seus espaos de poder e da participao feminina neste espao analisando a influencia dos esteretipos impostos as mulheres negras. Consideramos que a famlia, a escola, o mercado de trabalho e a comunidade religiosa contriburam para a (re) construo de minha identidade pessoal e profissional, servi como o sujeito deste estudo na condio de mulher negra e pertencente ao candombl. O estudo autobiogrfico foi utilizado de maneira a tencionar o registro pessoal que est relacionado condio subjetiva de fazer (re) memorar os fatos do passado, refletidos no presente/futuro. Relaciono a memria como um significativo exerccio cujo carter reflete nas lembranas das mulheres negras, um caminho extenso de superao de obstculos e desafios enfrentados.

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Trata-se de pesquisa descritiva com abordagem qualitativa cujo objeto o processo de interao da mulher com as caractersticas do relacionamento estvel, a partir dos significados por ela atribudos no contexto da aids. Os objetivos so: identificar os significados das caractersticas de relacionamento estvel para as mulheres; Descrever o processo de interao social da mulher em relacionamento estvel no contexto da aids, a partir dos significados por ela atribudos; Analisar e interpretar o processo de interao social feminina com base nos princpios do interacionismo Simblico e elaborar um modelo terico explicativo do processo de interao social da mulher em relacionamento estvel no contexto da epidemia da aids. O estudo foi realizado no Municpio do Rio de Janeiro, em lugares de grande circulao de pessoas. A escolha deste cenrio se deu em funo do local ser rico na diversidade de mulheres, de diferentes raas, condições socioeconmicas, idades, religies e comportamentos, que frequentaram e transitaram por estes espaos durante os meses de novembro de 2011 a maro de 2012. Para responder os objetivos foram formados quatro grupos amostrais com mulheres que se auto-declaram em um relacionamento estvel, com idade acima de 18 anos, sem predeterminao de ocupao e raa. Foram atendidas todas as exigncias preconizadas na Resoluo 196/1996 do Conselho Nacional de Sade. As entrevistas foram gravadas em aparelho de mp4, seu contedo foi transcrito o mais rpido possvel para anlise concomitante dos dados. O processo de coleta e anlise dos dados foi guiado pela amostragem terica, que consiste em definir quais dados coletar e onde localiz-los. Este um dos elementos essenciais do processo de construo da teoria. O processo de anlise foi baseado nos pressupostos terico-metodolgicos do Interacionismo Simblico e da Grounded Theory. Os dados foram organizados em 3 categorias e mostraram que as mulheres valorizam e idealizam as caractersticas do relacionamento estvel pautadas pelo amor romntico. A aids incluiu novas concepes de insegurana/ desconfiana/ dvida, porm demonstra ser um objeto social de pouca influncia para tomada de deciso para autoproteo contra a aids. Para as mulheres, a lgica de preveno ainda se d na crena nos valores inerentes ao relacionamento estvel e com cuidados de sade. Assim, a mulher decide no se proteger contra aids devido s construes culturais de gnero e aos aspectos afetivos do relacionamento.

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O presente trabalho tem como objeto de estudo homens e mulheres negros que estavam inseridos nos estratos mdio e alto da sociedade fluminense. O interesse que fundamenta a pesquisa compreender a trajetria social destas pessoas. Entender os caminhos que possibilitaram que elas estivessem presentes em nveis sociais pouco acessveis para a populao brasileira em geral, e para a populao preta e parda, em especial, um dos elementos centrais na perspectiva de mapear esta populao e os mecanismos sociais que possibilitaram romper com a histrica sobreposio entre cor e estrato social, caracterstica duradoura que as transformaes sociais e econmicas no foram capazes de alterar plenamente. Focado na compreenso das trajetrias neste grupo, compreendendo a origem de sua famlia e o percurso feito para a insero em uma posio de classe privilegiada ou reproduo desta posio herdada, o presente trabalho reconstri, atravs de entrevistas, a trajetria dessas pessoas, d acesso tambm ao conjunto das limitaes que, eventualmente, possam ter se colocado frente a eles. Ou, quando possvel, destaca os elementos importantes de uma configurao social que possibilitou esta insero privilegiada.