6 resultados para Text and reading literature

em Universidade Metodista de São Paulo


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No romance O Idiota, Dostoiévski cria, por meio do príncipe Míchkin, uma personagem com as características do Cristo. Sabe-se que a Bíblia, principalmente o Novo Testamento, acompanhou o escritor desde sua infância até o momento de sua morte. O primeiro capítulo, dedicado ao referencial teórico da pesquisa, lida com o universo da linguagem. Tanto o texto literário quanto a literatura bíblica procedem do mito. Neste sen-tido, religião e literatura se tocam e se aproximam. O segundo capítulo foi escrito na intenção de mostrar como o Cristo e os Evangelhos são temas, motivos e imagens recorrentes na obra de Dostoiévski. A literatura bíblica está presente, com mais ou menos intensidade, em diversas das principais obras do escritor russo e não somente em O Idiota. A hipótese de que Dostoiévski cria um Cristo e um Evangelho por meio de O Idiota é demonstrada na análise do romance, no terceiro capítulo. A tese proposta é: Dostoiévski desenvolve um evangelho literário, por meio de Míchkin, misto de um Cristo russo, ao mesmo tempo divino e humano, mas também idiota e quixotesco. Na dinâmica intertextual entre os Evangelhos bíblicos e O Idiota, entre Cristo e Míchkin, a literatura e o sagrado se revelam, como uma presença divina. Nas cenas e na estruturação do enredo que compõe o romance, Cristo se manifesta nas ações de Míchkin, na luz, na beleza, mas também na tragicidade de uma trajetória deslocada e antinômica. O amor e a compaixão ganham forma e vida na presen-ça do príncipe, vazio de si, servo de todos.

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Esta tese se insere dentro da leitura bíblica latino-americana trazendo, nessa ótica, a riqueza e o desafio do que significa ler a Bíblia a partir de um contexto de opressão como é o nosso continente. Nos servimos do roteiro das ciências bíblicas e dos métodos exegéticos modernos. É uma pesquisa bibliográfica onde, eventualmente, consideramos o nível experiêncial, por exemplo quando trabalhamos o tema do derramamento do Espírito nos pentecostais chilenos. Esse capítulo, IV, segue o roteiro da hipótese central de nossa tese na medida que firmamos o princípio de que os pentecostais fazem parte do amplo e diverso grupo dos enfraquecidos como produto de um sistema excludente, baseado na exploração social. Numa situação de crise, o anúncio do derramamento do Espírito é um sinal de salvação, de perspectivas futuras, de conservação e prolongação da vida. Esta tese relê o tema do derramamento do Espírito, a partir de Jl 3,1-5. O tema é analisado num contexto social concreto, onde os enfraquecidos recebem o Espírito do Senhor. O eixo que nos permite fazer esta leitura encontra sua referencial nas pessoas setores sociais - mencionadas como beneficiadas diretas da ação do Espírito. São pessoas que representam setores diferentes; jovens, escravos e escravas, formam o grupo que sustenta e faz funcionar o sistema imperial persa grego - baseado na exploração e mão de obra barata. Eles, juntamente com os idosos que não produzem mais, são a base de sustentação da pirâmide social. Como demostraremos no decorrer da tese, nossa hipótese somente é possível se duas conjunturas se cruzam. Para isso, em num primeiro momento, localizamos e demostramos que o livro de Joel deve ser situado no contexto da literatura apocalíptica (nascimento). Em seguida, demonstramos que o livro de Joel, como produto literário final, deve ser localizado no contexto histórico do pós-exílio, isto é, no tempo dos impérios persa e grego. A confirmação destes dois aspectos desenvolvidos nos capítulos I e II, nos permitem, na análise literária, capítulo III, aprofundar, mediante a análise exegética, e confirmar a nossa hipótese central. Com estes três capítulos demostramos que o derramamento do Espírito do Senhor tem como destinatários preferenciais, senão exclusivos, os setores enfraquecidos pela política social, econômica e religiosa dos impérios persa e grego. Com estes três capítulos desenvolvidos, no quarto capítulo analisamos uma experiência concreta, de um setor majoritariamente pobre que tem se apropriado do texto de Jl 3,1-5, e encontrado nele uma alternativa social, política e religiosa para se manter fiel ao Senhor e por quase um século recria e revive a experiência do derramamento do Espírito. Os velhos, os jovens, os escravos e as escravas, formam o setor dos enfraquecidos. É o setor que nada espera, e que nada terá da parte dos impérios e que, como os pentecostais, pela sua situação de enfraquecimento, acredita que somente uma intervenção externa pode mudar o seu futuro, pode trazer de volta a esperança. Essa intervenção externa começa a ser possível pelo derramamento do Espírito e se concretiza na chegada do dia de Javé, que será grande e terrível, onde o sol e a lua se unem para indicar o monte de Sião e a cidade de Jerusalém como lugar de adoração, refúgio e salvação. Esta perspectiva da ação do Espírito é possível somente no período do pós-exílio. Nesse tempo o Espírito adquire uma dimensão ampla e inclusiva agindo sobre diversos setores sociais, independe de serem ou não judeus.(AU)

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O objetivo dessa tese é aprofundar, a partir do discurso pós-colonial, uma crise na perspectiva teológica da libertação. Esta promoveu, na década de 1970, uma reviravolta nos estudos teológicos no terceiro mundo. Para tanto, leremos um conto de Gabriel García Márquez chamado “El ahogado más hermosodel mundo” (1968) analizando e avaliando as estratégias políticas e culturais ali inscritas. Para levar a frente tal avaliação é preciso ampliar o escopo de uma visão que divide o mundo em secular/religioso, ou em ideias/práticas religiosas e não religiosas, para dar passo a uma visão unificada que compreende a mundanalidade, tanto do que é catalogado como ‘religioso’ quanto do que se pretende ‘não religioso’. A teologia/ciências da religião, como discurso científico sobre a economia das trocas que lidam com visões, compreensões e práticas de mundo marcadas pelo reconhecimento do mistério que lhes é inerente, possuem um papel fundamental na compreensão, explicitação, articulação e disponibilização de tais forças culturais. A percepção de existirem elementos no conto que se relacionam com os símbolos sobre Jesus/Cristo nos ofereceu um vetor de análise; entretanto, não nos deixamos limitar pelos grilhões disciplinares que essa simbologia implica. Ao mesmo tempo, esse vínculo, compreendido desde a relação imperial/colonial inerente aos discursos e imagens sobre Jesus-Cristo, embora sem centralizar a análise, não poderia ficar intocado. Partimos para a construção de uma estrutura teórica que explicitasse os valores, gestos, e horizontes mundanos do conto, cristológicos e não-cristológicos, contribuindo assim para uma desestabilização dos quadros tradicionais a partir dos quais se concebem a teologia e as ciências da religião, a obra de García Márquez como literatura, e a geografia imperial/colonial que postula o realismo ficcional de territórios como “América Latina”. Abrimos, assim, um espaço de significação que lê o conto como uma “não-cristologia”, deslocando o aprisionamento disciplinar e classificatório dos elementos envolvidos na análise. O discurso crítico de Edward Said, Homi Bhabha e GayatriSpivak soma-se à prática teórica de teólogas críticas feministas da Ásia, da África e da América Latina para formular o cenário político emancipatório que denominaremos teologia crítica secular.

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A presente pesquisa busca avaliar exegeticamente o texto que se encontra na Bíblia, especificamente no livro de Números capítulos 22-24 que relata sobre um personagem conhecido como Balaão. A pesquisa tem também como objeto o estudo sobre o panteão de divindades relatado no mesmo texto, assim como também o estudo dos textos descobertos em Deir Alla, na Jordânia, que apresentam um personagem designado como Balaão, possivelmente o mesmo personagem de Nm 22-24. A motivação que levou ao desenvolvimento dessa pesquisa foi o fato de se ter deparado com os conceitos dos diversos nomes divinos exibidos no texto, além da questão do profetismo fora de Israel, assim como as possibilidades hermenêuticas que se abrem para a leitura desse texto bíblico. O conceito geral sempre foi o de que Israel era a única nação onde existiam “verdadeiros” profetas e uma adoração a um único Deus, o “monoteísmo”. O que despertou interesse foi perceber, especialmente por meio da leitura dos livros bíblicos, que o profetismo não se restringiu somente a Israel. Ele antecede à formação do antigo Israel e já existia no âmbito das terras do antigo Oriente Médio, e que Israel ainda demorou muito tempo para ser monoteísta. Quem é esse Balaão, filho de Beor? Estudaremos sobre sua pessoa e sua missão. Examinaremos os textos de Deir Alla sobre Balaão e sua natureza de personagem mediador entre o divino e o humano. Esse personagem é apresentado como um grande profeta e que era famoso como intérprete de presságios divinos. Analisaremos a importante questão sobre o panteão de deuses que são apresentados na narrativa de Balaão nomeados como: El, Elyon Elohim e Shaddai, além de Yahweh. Entendemos, a princípio, que o texto possui uma conexão com a sociedade na qual foi criado e usando da metodologia exegética, faremos uma análise da narrativa em questão, buscando compreender o sentido do texto, dentro de seu cenário histórico e social. Cenário este, que nos apresentou esse profeta, não israelita, que profere bênçãos dos deuses sobre Israel e que, além disso, pronuncia maldições sobre os inimigos desse mesmo Israel. Percebemos que, parte do texto pesquisado é apresentado sob a ótica de Israel sobre as outras nações. A pesquisa defende, portanto, que o texto de Nm 22-24, além de nos apresentar um profeta fora de Israel igual aos profetas da Bíblia, defende que, o panteão de divindades também era adorado por Israel e que tais nomes são epítetos de uma mesma divindade, no caso YHWH. Defende, também, um delineamento de um projeto de domínio político e militar de Israel sobre as nações circunvizinhas.

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A pesquisa tem por objetivo trabalhar o evento da Revolta de Jeú, em conjunto com a Estela de Dã, tendo como ponto de partida para tal, a exegese da perícope de 2 Reis 10-28,36. A história Deuteronomista apresenta o ato da Revolta de Jeú como sendo um feito demasiadamente importante, na restauração do culto a Javé em Israel, a partir de um contexto onde o culto a outras divindades, em Israel Norte, estava em pleno curso. No entanto, a partir da análise conjunta da Estela de Dã, que tem como provável autor o rei Hazael de Damasco, somos desafiados a ler esta história pelas entrelinhas não contempladas pelo texto, que apontam para uma participação ativa de Hazael, nos desfechos referentes a Revolta de Jeú, como sendo o responsável direto que proporcionou a subida de Jeú ao trono em Israel, clarificando desta forma este importante período na história Bíblica. Para tal análise, observar-se-á três distintos tópicos, ligados diretamente ao tema proposto: (1) A Revolta de Jeú e a Redação Deuteronomista, a partir do estudo exegético da perícope de 2 Reis 10,28-36, onde estão descritas informações pontuais sobre período em que Jeú reinou em Israel; (2) Jeú e a Estela de Dã, a partir da apresentação e análise do conteúdo da Estela de Dã, tratando diretamente dos desdobramentos da guerra em Ramote de Gileade, de onde se dá o ponto de partida à Revolta de Jeú; e por fim (3) O Império da Síria, onde a partir da continuidade da análise do conteúdo da Estela de Dã, demonstraremos a significância deste reino, além de apontamentos diretamente ligados ao reinado de Hazael, personagem mui relevante no evento da Revolta de Jeú.

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Esta tese se insere dentro da leitura bíblica latino-americana trazendo, nessa ótica, a riqueza e o desafio do que significa ler a Bíblia a partir de um contexto de opressão como é o nosso continente. Nos servimos do roteiro das ciências bíblicas e dos métodos exegéticos modernos. É uma pesquisa bibliográfica onde, eventualmente, consideramos o nível experiêncial, por exemplo quando trabalhamos o tema do derramamento do Espírito nos pentecostais chilenos. Esse capítulo, IV, segue o roteiro da hipótese central de nossa tese na medida que firmamos o princípio de que os pentecostais fazem parte do amplo e diverso grupo dos enfraquecidos como produto de um sistema excludente, baseado na exploração social. Numa situação de crise, o anúncio do derramamento do Espírito é um sinal de salvação, de perspectivas futuras, de conservação e prolongação da vida. Esta tese relê o tema do derramamento do Espírito, a partir de Jl 3,1-5. O tema é analisado num contexto social concreto, onde os enfraquecidos recebem o Espírito do Senhor. O eixo que nos permite fazer esta leitura encontra sua referencial nas pessoas setores sociais - mencionadas como beneficiadas diretas da ação do Espírito. São pessoas que representam setores diferentes; jovens, escravos e escravas, formam o grupo que sustenta e faz funcionar o sistema imperial persa grego - baseado na exploração e mão de obra barata. Eles, juntamente com os idosos que não produzem mais, são a base de sustentação da pirâmide social. Como demostraremos no decorrer da tese, nossa hipótese somente é possível se duas conjunturas se cruzam. Para isso, em num primeiro momento, localizamos e demostramos que o livro de Joel deve ser situado no contexto da literatura apocalíptica (nascimento). Em seguida, demonstramos que o livro de Joel, como produto literário final, deve ser localizado no contexto histórico do pós-exílio, isto é, no tempo dos impérios persa e grego. A confirmação destes dois aspectos desenvolvidos nos capítulos I e II, nos permitem, na análise literária, capítulo III, aprofundar, mediante a análise exegética, e confirmar a nossa hipótese central. Com estes três capítulos demostramos que o derramamento do Espírito do Senhor tem como destinatários preferenciais, senão exclusivos, os setores enfraquecidos pela política social, econômica e religiosa dos impérios persa e grego. Com estes três capítulos desenvolvidos, no quarto capítulo analisamos uma experiência concreta, de um setor majoritariamente pobre que tem se apropriado do texto de Jl 3,1-5, e encontrado nele uma alternativa social, política e religiosa para se manter fiel ao Senhor e por quase um século recria e revive a experiência do derramamento do Espírito. Os velhos, os jovens, os escravos e as escravas, formam o setor dos enfraquecidos. É o setor que nada espera, e que nada terá da parte dos impérios e que, como os pentecostais, pela sua situação de enfraquecimento, acredita que somente uma intervenção externa pode mudar o seu futuro, pode trazer de volta a esperança. Essa intervenção externa começa a ser possível pelo derramamento do Espírito e se concretiza na chegada do dia de Javé, que será grande e terrível, onde o sol e a lua se unem para indicar o monte de Sião e a cidade de Jerusalém como lugar de adoração, refúgio e salvação. Esta perspectiva da ação do Espírito é possível somente no período do pós-exílio. Nesse tempo o Espírito adquire uma dimensão ampla e inclusiva agindo sobre diversos setores sociais, independe de serem ou não judeus.(AU)