27 resultados para Souza, Márcio, 1946- . A resistível ascensão do Boto Tucuxi - Crítica e interpretação
em Universidade Metodista de São Paulo
PALANQUE DE PAPEL: O DISCURSO POLTICO DOS JORNAIS EVANGLICOS BRASILEIROS NO PERODO DA REPBLICA VELHA
Resumo:
O protestantismo brasileiro, desde as suas origens na segunda metade do sculo XIX, identificado pela leitura e pela palavra. Esta pesquisa ocupa-se desse universo, especificamente da palavra impressa, tal como se encontra nos jornais das diversas denominaes protestantes. Os jornais denominacionais so um meio de comunicao importante tanto como suporte de ideologias como tambm para sua derrubada. Dessa forma, este trabalho toma como objeto de estudo o discurso sobre temas polticos e sociais presentes nos editoriais e textos impressos nas pginas de jornais evanglicos brasileiros com relao aos acontecimentos que marcaram a passagem do sistema monrquico ao sistema republicano de governo no Brasil. Assim, as fontes primrias utilizadas so os jornais protestantes do final do sculo XIX e incio do XX, a saber: Imprensa Evanglica, O Estandarte, O Jornal Batista e o Expositor Cristo, respectivamente: presbiteriano, batista e metodista. A questo formulada se expressa nos seguintes termos: Em que medida os evanglicos, por meio do discurso impresso em seus jornais, expressaram a sua posio poltica? A fundamentao terica utilizada vale-se do conceito de atos retricos, formulado por de Tereza Halliday, aplicando-o na compreenso do discurso dos missionrios, dos pastores e das igrejas. Segundo essa teoria, a palavra ou o discurso so sempre utilizados para acusar ou defender, criticar ou enaltecer, explicar, propor ou justificar realidades conhecidas, isto porque somos seres retricos, usamos a linguagem como instrumento de mudana ou reforo de percepes, sentimentos, valores, posicionamentos e aes. Entendendo que a transio da Monarquia para a Repblica no Brasil gerou conflitos, a pesquisa vai procurar, por meio do instrumental da anlise de discurso, perceber em que medida a imprensa protestante retratou aqueles acontecimentos. Para tanto, tomando-se as fontes primrias, realizou-se leitura e seleo de textos de acordo com a pertinncia ao objetivo proposto. Este material foi organizado e submetido anlise de discurso a partir de categorias a priori. Analisado como fenmeno relativo ao campo das Cincias Sociais, observarmos o discurso impresso dos protestantes, suas ideologias de sustentao, seu imaginrio e suas representaes da sociedade brasileira e evanglica.(AU)
PALANQUE DE PAPEL: O DISCURSO POLTICO DOS JORNAIS EVANGLICOS BRASILEIROS NO PERODO DA REPBLICA VELHA
Resumo:
O protestantismo brasileiro, desde as suas origens na segunda metade do sculo XIX, identificado pela leitura e pela palavra. Esta pesquisa ocupa-se desse universo, especificamente da palavra impressa, tal como se encontra nos jornais das diversas denominaes protestantes. Os jornais denominacionais so um meio de comunicao importante tanto como suporte de ideologias como tambm para sua derrubada. Dessa forma, este trabalho toma como objeto de estudo o discurso sobre temas polticos e sociais presentes nos editoriais e textos impressos nas pginas de jornais evanglicos brasileiros com relao aos acontecimentos que marcaram a passagem do sistema monrquico ao sistema republicano de governo no Brasil. Assim, as fontes primrias utilizadas so os jornais protestantes do final do sculo XIX e incio do XX, a saber: Imprensa Evanglica, O Estandarte, O Jornal Batista e o Expositor Cristo, respectivamente: presbiteriano, batista e metodista. A questo formulada se expressa nos seguintes termos: Em que medida os evanglicos, por meio do discurso impresso em seus jornais, expressaram a sua posio poltica? A fundamentao terica utilizada vale-se do conceito de atos retricos, formulado por de Tereza Halliday, aplicando-o na compreenso do discurso dos missionrios, dos pastores e das igrejas. Segundo essa teoria, a palavra ou o discurso so sempre utilizados para acusar ou defender, criticar ou enaltecer, explicar, propor ou justificar realidades conhecidas, isto porque somos seres retricos, usamos a linguagem como instrumento de mudana ou reforo de percepes, sentimentos, valores, posicionamentos e aes. Entendendo que a transio da Monarquia para a Repblica no Brasil gerou conflitos, a pesquisa vai procurar, por meio do instrumental da anlise de discurso, perceber em que medida a imprensa protestante retratou aqueles acontecimentos. Para tanto, tomando-se as fontes primrias, realizou-se leitura e seleo de textos de acordo com a pertinncia ao objetivo proposto. Este material foi organizado e submetido anlise de discurso a partir de categorias a priori. Analisado como fenmeno relativo ao campo das Cincias Sociais, observarmos o discurso impresso dos protestantes, suas ideologias de sustentao, seu imaginrio e suas representaes da sociedade brasileira e evanglica.(AU)
PALANQUE DE PAPEL: O DISCURSO POLTICO DOS JORNAIS EVANGLICOS BRASILEIROS NO PERODO DA REPBLICA VELHA
Resumo:
O protestantismo brasileiro, desde as suas origens na segunda metade do sculo XIX, identificado pela leitura e pela palavra. Esta pesquisa ocupa-se desse universo, especificamente da palavra impressa, tal como se encontra nos jornais das diversas denominaes protestantes. Os jornais denominacionais so um meio de comunicao importante tanto como suporte de ideologias como tambm para sua derrubada. Dessa forma, este trabalho toma como objeto de estudo o discurso sobre temas polticos e sociais presentes nos editoriais e textos impressos nas pginas de jornais evanglicos brasileiros com relao aos acontecimentos que marcaram a passagem do sistema monrquico ao sistema republicano de governo no Brasil. Assim, as fontes primrias utilizadas so os jornais protestantes do final do sculo XIX e incio do XX, a saber: Imprensa Evanglica, O Estandarte, O Jornal Batista e o Expositor Cristo, respectivamente: presbiteriano, batista e metodista. A questo formulada se expressa nos seguintes termos: Em que medida os evanglicos, por meio do discurso impresso em seus jornais, expressaram a sua posio poltica? A fundamentao terica utilizada vale-se do conceito de atos retricos, formulado por de Tereza Halliday, aplicando-o na compreenso do discurso dos missionrios, dos pastores e das igrejas. Segundo essa teoria, a palavra ou o discurso so sempre utilizados para acusar ou defender, criticar ou enaltecer, explicar, propor ou justificar realidades conhecidas, isto porque somos seres retricos, usamos a linguagem como instrumento de mudana ou reforo de percepes, sentimentos, valores, posicionamentos e aes. Entendendo que a transio da Monarquia para a Repblica no Brasil gerou conflitos, a pesquisa vai procurar, por meio do instrumental da anlise de discurso, perceber em que medida a imprensa protestante retratou aqueles acontecimentos. Para tanto, tomando-se as fontes primrias, realizou-se leitura e seleo de textos de acordo com a pertinncia ao objetivo proposto. Este material foi organizado e submetido anlise de discurso a partir de categorias a priori. Analisado como fenmeno relativo ao campo das Cincias Sociais, observarmos o discurso impresso dos protestantes, suas ideologias de sustentao, seu imaginrio e suas representaes da sociedade brasileira e evanglica.(AU)
Resumo:
Esta dissertao um estudo sobre o fenmeno da profecia e da glossolalia no cristianismo primitivo a partir da Primeira Carta aos Corntios. O movimento cristo emergiu como uma seita judaica, mas amadureceu em um contexto greco-romano, sendo profundamente alterado pela cultura e tradies ocidentais. Por um lado, sofreu as influncias das tradies israelitas antigas e do Judasmo do perodo do Segundo Templo, sendo herdeiro tanto das diversas manifestaes revelatrias extticas, apocalpticas, escatolgicas e sapienciais, quanto da inteligibilidade e da autoridade como critrios de verificao da profecia. Por outro, sofreu as influncias das tradies greco-romanas, embora em menor grau, visto que, no que diz respeito ao conceito e atuao do profeta e funo social da profecia, h diferenas fundamentais em relao ao mundo helenstico. Tais divergncias explicam, em parte, o conflito entre a compreenso de Paulo acerca da profecia e da glossolalia e a compreenso de certos grupos dentro da comunidade de Corinto que acentuavam a importncia do xtase como manifestao revelatria e, conseqentemente, de um status privilegiado. De acordo com 1Cor 14,1-19, o critrio distintivo para Paulo a edificao da assemblia . No se trata propriamente da superioridade de um dom sobre o outro, mas da sua utilidade no contexto cltico. Quem fala em lnguas ora a Deus e edifica a si mesmo, mas aquele que profetiza edifica, exorta e consola a assemblia. Neste sentido, prefervel profetizar a falar em lnguas, a menos que sejam interpretadas. Do ponto de vista da Antropologia, a glossolalia considerada, segundo alguns pesquisadores, um substrato de um estado alterado de conscincia, observado principalmente nas mulheres, o que sugere uma presena significativa das mesmas na composio da comunidade de Corinto, inclusive nas posies de liderana. Do ponto de vista dos estudos sociolgicos, os fenmenos extticos manifestam-se sobretudo em grupos marginalizados, dotando-os de um poder mstico que os fortalece em perodos de acentuada dilacerao do tecido social.(AU)
Resumo:
Esta dissertao um estudo sobre o fenmeno da profecia e da glossolalia no cristianismo primitivo a partir da Primeira Carta aos Corntios. O movimento cristo emergiu como uma seita judaica, mas amadureceu em um contexto greco-romano, sendo profundamente alterado pela cultura e tradies ocidentais. Por um lado, sofreu as influncias das tradies israelitas antigas e do Judasmo do perodo do Segundo Templo, sendo herdeiro tanto das diversas manifestaes revelatrias extticas, apocalpticas, escatolgicas e sapienciais, quanto da inteligibilidade e da autoridade como critrios de verificao da profecia. Por outro, sofreu as influncias das tradies greco-romanas, embora em menor grau, visto que, no que diz respeito ao conceito e atuao do profeta e funo social da profecia, h diferenas fundamentais em relao ao mundo helenstico. Tais divergncias explicam, em parte, o conflito entre a compreenso de Paulo acerca da profecia e da glossolalia e a compreenso de certos grupos dentro da comunidade de Corinto que acentuavam a importncia do xtase como manifestao revelatria e, conseqentemente, de um status privilegiado. De acordo com 1Cor 14,1-19, o critrio distintivo para Paulo a edificao da assemblia . No se trata propriamente da superioridade de um dom sobre o outro, mas da sua utilidade no contexto cltico. Quem fala em lnguas ora a Deus e edifica a si mesmo, mas aquele que profetiza edifica, exorta e consola a assemblia. Neste sentido, prefervel profetizar a falar em lnguas, a menos que sejam interpretadas. Do ponto de vista da Antropologia, a glossolalia considerada, segundo alguns pesquisadores, um substrato de um estado alterado de conscincia, observado principalmente nas mulheres, o que sugere uma presena significativa das mesmas na composio da comunidade de Corinto, inclusive nas posies de liderana. Do ponto de vista dos estudos sociolgicos, os fenmenos extticos manifestam-se sobretudo em grupos marginalizados, dotando-os de um poder mstico que os fortalece em perodos de acentuada dilacerao do tecido social.(AU)
Resumo:
Esta pesquisa prope um estudo do Evangelho produzido pela comunidade de Mateus, mais especificamente, o trabalho consiste em demonstrar a possibilidade de leitura desse evangelho a partir de implicaes econmicas no seio da comunidade que o produziu. Entendemos o Evangelho de Mateus como um dos diversos movimentos judaicos do perodo ps-destruio do templo em 70 d.C.. Por causa desse contexto percebemos que o Evangelho de Mateus, debate com uma realidade de disputas religiosas desse perodo. importante frisar que essas questes possuem vertentes e no terminam no mbito religioso. As disputas religiosas conseqentemente tm relaes com todas as dimenses da vida, entre elas a econmica. Mateus resignifica para seu grupo a questo das posses, das riquezas, em virtude de uma realidade de crise econmica. E em meio a essa crise o Evangelho de Mateus, a partir de um trabalho redacional, d novos significados vida de f da comunidade luz das histrias de Jesus recebidas das fontes Marcos e Lucas. Este estudo justifica-se pela lacuna existente no material produzido sobre o Evangelho de Mateus, uma vez que o que produzido a respeito dessas narrativas quase sempre se preocupa em analisar o conflito entre a comunidade de Mateus e os Fariseus somente no campo religioso deixando de lado as demais possibilidades, entre elas as relaes econmicas.(AU)
Resumo:
Esta pesquisa prope um estudo do Evangelho produzido pela comunidade de Mateus, mais especificamente, o trabalho consiste em demonstrar a possibilidade de leitura desse evangelho a partir de implicaes econmicas no seio da comunidade que o produziu. Entendemos o Evangelho de Mateus como um dos diversos movimentos judaicos do perodo ps-destruio do templo em 70 d.C.. Por causa desse contexto percebemos que o Evangelho de Mateus, debate com uma realidade de disputas religiosas desse perodo. importante frisar que essas questes possuem vertentes e no terminam no mbito religioso. As disputas religiosas conseqentemente tm relaes com todas as dimenses da vida, entre elas a econmica. Mateus resignifica para seu grupo a questo das posses, das riquezas, em virtude de uma realidade de crise econmica. E em meio a essa crise o Evangelho de Mateus, a partir de um trabalho redacional, d novos significados vida de f da comunidade luz das histrias de Jesus recebidas das fontes Marcos e Lucas. Este estudo justifica-se pela lacuna existente no material produzido sobre o Evangelho de Mateus, uma vez que o que produzido a respeito dessas narrativas quase sempre se preocupa em analisar o conflito entre a comunidade de Mateus e os Fariseus somente no campo religioso deixando de lado as demais possibilidades, entre elas as relaes econmicas.(AU)
Resumo:
Joo de Patmos, atravs de elementos literrios e dramticos e da estrutura cnica e litrgica, criou no Apocalipse um universo simblico especfico. As imagens deste universo so protagonizadas tanto por seres divinos como tambm por pessoas humanas que se encontram exaltadas entre os seres celestiais, cantando e louvando a Deus. Durante o processo da composio, o autor da obra se inspirou na tradio apocalptica e escatolgica das tradies visionrias merkavah presentes em Ezequiel, Daniel e 1 Enoque, e fez uma leitura prpria destas tradies que obedece aos seus prprios objetivos literrios e s necessidades dos leitores / ouvintes do escrito. Os seres celestiais e humanos destacados nas imagens, e a presena de vrias confluncias de tradies merkavah indicam que o Apocalipse se insere numa vertente da literatura apocalptica contempornea do escrito. notvel que, tanto na apocalptica, em Qumran, na literatura hekhalot como no Apocalipse, h indcios de uma intensa experincia exttica de grupos de culto celestial. O cenrio de vises prioritariamente litrgico, dentro de um templo celestial. As imagens geradas pela leitura das experincias msticas de Ezequiel, 1 Enoque e outros escritos msticos eram contempladas e enriquecidas pelas experincias de viagens celestiais de grupos profticos durante cultos terrestres. Nas experincias msticas registradas nos fragmentos analisados do Apocalipse de Joo podem ser percebidas certas feies dos viajantes celestiais. Nos seus discursos sobre a viso do mundo que contemplam e definem, eles revelam suas crenas, desafios e expectativas, a sua auto-compreenso religiosa. Alm da identidade dos protagonistas dos cultos celestiais percebe-se tambm o carter e a funo altamente criadores do fenmeno exttico em geral, como tambm, em particular, no Apocalipse de Joo. O escrito revela e promove uma estrutura do mundo divino-humano completo e perfeito que est num movimento contnuo, um mundo que, com toda a simbologia inerente, expressa a idia de criar, recriar e governar o universo inteiro. Os seres humanos participam ativamente deste universo e cooperam com a funo reconstituinte dele. Essa cooperao na reconstituio do mundo tem um carter presente e atual, embora a plenitude desta reconstituio esteja reservada para o futuro.
Resumo:
Esta dissertao um estudo sobre o fenmeno da profecia e da glossolalia no cristianismo primitivo a partir da Primeira Carta aos Corntios. O movimento cristo emergiu como uma seita judaica, mas amadureceu em um contexto greco-romano, sendo profundamente alterado pela cultura e tradies ocidentais. Por um lado, sofreu as influncias das tradies israelitas antigas e do Judasmo do perodo do Segundo Templo, sendo herdeiro tanto das diversas manifestaes revelatrias extticas, apocalpticas, escatolgicas e sapienciais, quanto da inteligibilidade e da autoridade como critrios de verificao da profecia. Por outro, sofreu as influncias das tradies greco-romanas, embora em menor grau, visto que, no que diz respeito ao conceito e atuao do profeta e funo social da profecia, h diferenas fundamentais em relao ao mundo helenstico. Tais divergncias explicam, em parte, o conflito entre a compreenso de Paulo acerca da profecia e da glossolalia e a compreenso de certos grupos dentro da comunidade de Corinto que acentuavam a importncia do xtase como manifestao revelatria e, conseqentemente, de um status privilegiado. De acordo com 1Cor 14,1-19, o critrio distintivo para Paulo a edificao da assemblia . No se trata propriamente da superioridade de um dom sobre o outro, mas da sua utilidade no contexto cltico. Quem fala em lnguas ora a Deus e edifica a si mesmo, mas aquele que profetiza edifica, exorta e consola a assemblia. Neste sentido, prefervel profetizar a falar em lnguas, a menos que sejam interpretadas. Do ponto de vista da Antropologia, a glossolalia considerada, segundo alguns pesquisadores, um substrato de um estado alterado de conscincia, observado principalmente nas mulheres, o que sugere uma presena significativa das mesmas na composio da comunidade de Corinto, inclusive nas posies de liderana. Do ponto de vista dos estudos sociolgicos, os fenmenos extticos manifestam-se sobretudo em grupos marginalizados, dotando-os de um poder mstico que os fortalece em perodos de acentuada dilacerao do tecido social.(AU)
Resumo:
Esta pesquisa prope um estudo do Evangelho produzido pela comunidade de Mateus, mais especificamente, o trabalho consiste em demonstrar a possibilidade de leitura desse evangelho a partir de implicaes econmicas no seio da comunidade que o produziu. Entendemos o Evangelho de Mateus como um dos diversos movimentos judaicos do perodo ps-destruio do templo em 70 d.C.. Por causa desse contexto percebemos que o Evangelho de Mateus, debate com uma realidade de disputas religiosas desse perodo. importante frisar que essas questes possuem vertentes e no terminam no mbito religioso. As disputas religiosas conseqentemente tm relaes com todas as dimenses da vida, entre elas a econmica. Mateus resignifica para seu grupo a questo das posses, das riquezas, em virtude de uma realidade de crise econmica. E em meio a essa crise o Evangelho de Mateus, a partir de um trabalho redacional, d novos significados vida de f da comunidade luz das histrias de Jesus recebidas das fontes Marcos e Lucas. Este estudo justifica-se pela lacuna existente no material produzido sobre o Evangelho de Mateus, uma vez que o que produzido a respeito dessas narrativas quase sempre se preocupa em analisar o conflito entre a comunidade de Mateus e os Fariseus somente no campo religioso deixando de lado as demais possibilidades, entre elas as relaes econmicas.(AU)
Resumo:
Essa pesquisa objetiva a anlise da relao entre religio e poltica, em perspectiva de gnero considerando a atuao de parlamentares evanglicos/as na 54 Legislatura (de 2011 a 2014) e a forma de interveno desses atores no espao poltico brasileiro quanto promulgao de leis e ao desenvolvimento de polticas pblicas que contemplem, dentre outras, a regulamentao do aborto, a criminalizao da homofobia, a unio estvel entre pessoas do mesmo sexo e os desafios oriundos dessa posio para o Estado Brasileiro que se posiciona como laico. Ora, se laico remete ideia de neutralidade estatal em matria religiosa, legislar legitimado por determinados princpios fundamentados em doutrinas religiosas, pode sugerir a supresso da liberdade e da igualdade, o no reconhecimento da diversidade e da pluralidade e a ausncia de limites entre os interesses pblicos / coletivos e privados / particulares. Os procedimentos metodolgicos para o desenvolvimento dessa pesquisa fundamentam-se na anlise e interpretao bibliogrfica visando estabelecer a relao entre religio e poltica, a conceituao, qualificao e tipificao do fenmeno da laicidade; levantamento documental; anlise dos discursos de parlamentares evanglicos/as divulgados pela mdia, proferidos no plenrio e adotados para embasar projetos de leis; pesquisa qualitativa com a realizao de entrevistas e observaes das posturas pblicas adotadas pelos/as parlamentares integrantes da Frente Parlamentar Evanglica - FPE. Porquanto, os postulados das Cincias da Religio devidamente correlacionados com a interpretao do conjunto de dados obtidos no campo de pesquisa podem identificar o lugar do religioso na sociedade de forma interativa com as interfaces da laicidade visando aprofundar a compreenso sobre a democracia, sobre o lugar da religio nas sociedades contemporneas e sobre os direitos difusos, coletivos e individuais das pessoas.
Resumo:
A pesquisa considera a difuso de celulares e smartphones e as consequncias deste fato em possibilidades para o ensino-aprendizagem. Aparatos de comunicao sempre estiveram ligados ao processo de ensino-aprendizagem. Entretanto, com o desenvolvimento mais intenso, nas ltimas dcadas, das Tecnologias de Informao e Comunicao (TIC), essa relao vem ganhando novos contornos. Surge a Internet, a evoluo das mquinas computacionais e, recentemente, a exploso dos dispositivos mveis, fornecendo novos produtos e servios convergentes. Nesse contexto, celulares e smartphones tem sido utilizados e recomendados para apoio e complemento do processo de ensino-aprendizagem: a chamada Aprendizagem Mvel. Esse ramo cresce devido rpida expanso e barateamento dessas tecnologias na sociedade. Para verificar cientificamente essa relao foi realizada uma pesquisa de natureza qualitativa, do tipo exploratria, com dois projetos de Aprendizagem Mvel em andamento no Brasil, o Palma Programa de Alfabetizao na Lngua Materna e o Escola Com Celular ECC. Assim, a partir dos dados provenientes da pesquisa, identificamos alguns aspectos relacionados ao uso de celulares e smartphones para o processo de ensino-aprendizagem que contribuem na compreenso desse campo ainda em construo no Brasil. O uso desses dispositivos como suporte para processos de ensino-aprendizagem nos projetos estudados delineado pelos aspectos tecnologia, dispositivo, pblico e contexto e novas tecnologias e Aprendizagem Mvel. O aspecto dispositivo desdobra-se em dimenses como disseminao, multifuncionalidade e acessibilidade que embasam os projetos, ainda favorece caractersticas apontadas como importantes para o processo de ensino-aprendizagem na atualidade, como mobilidade e portabilidade. Os projetos pesquisados demonstram potencial e metodologia adequada aos contextos para os quais foram criados e aplicados. Entretanto, a pesquisa indicou que ao mesmo tempo em que celulares e smartphones representam o pice da convergncia tecnolgica e so considerados extremamente populares e acessveis na sociedade contempornea, com possibilidades concretas como nos projetos estudados, no conseguiram conquistar uma posio slida como suporte para o ensino-aprendizagem. Tal indicao se deve, de acordo com o corpus, carncia de alguns fatores, como: fomento, as prticas se mostram extremamente dependentes da iniciativa pblica ou privada para sua extenso e continuidade; sensibilizao para o uso de tecnologias disponveis, no consideram o aparelho dos prprios alunos e um planejamento que inclua, capacite e incentive o uso desses dispositivos. Alm disso, a pesquisa tambm destaca a necessidade de uma viso crtica do uso e papel da tecnologia nesses processos.
Resumo:
O tema viagem celestial , bem familiar ao mundo mediterrneo antigo fundamenta-se na crena de que o visionrio pode cruzar a fronteira entre a humanidade e a divindade, uma caracterstica constante na literatura apocalptica. O misticismo judaico antigo era visto como uma importante dimenso dessa tradio, razo pela qual os msticos usaram o termo apocalipse para descrever a revelao de suas experincias. A ascenso de Paulo ao cu, recontada em 2 Cor 12,1-10, o nico relato de primeira mo e a melhor evidncia para a prtica exttica de viagem celestial no judasmo do primeiro sculo. De grande interesse nos estudos do Novo Testamento o texto tem sido abordado em forma temtica que se estende desde o reconhecimento do apstolo como agradvel divindade o que lhe rendeu tal feito herico a uma experincia de punio pelos guardies dos portes celestiais por no ter sido encontrado nele mrito para aproximar-se do lugar da presena de Deus. Por muito tempo os estudos que predominavam na academia eram os de aspectos teolgicos da passagem, tais como o espinho na carne , a misso apostlica , os oponentes de Paulo , entre outros. A linguagem da passagem revela pontos importantes no considerados de forma conjunta para uma interpretao coerente do texto. O uso por parte do apstolo de expresses do crculo mstico-apocalptico judaico, tais como foi arrebatado , Terceiro Cu , ouviu palavras inefveis e um espinho na carne precisa ser investigado para a compreenso do que Paulo tinha em mente ao utilizar tais terminologias. Outro problema a omisso do enfoque experimental descrito na passagem. O apstolo revela que vivenciou tal experincia recontada em 2 Cor 12,1-10. Ao relatar o desconhecimento do status do seu corpo durante a ascenso ele evidencia sinais do estado alterado de conscincia, aspecto no considerado nas anlises tradicionais do texto. Esses problemas que so abordados nesta tese tomam como instrumentos da anlise a Histria da Religio e o da Neuroteologia. Modelos foram construdos tentando demonstrar uma correlao entre a atividade cerebral e a experincia mstica. H que se destacar, nesse sentido, que o surgimento da neuroteologia ou neurologia espiritual constitui-se em um avano na rea da experincia religiosa. Pontos de difcil interpretao no texto paulino foram elucidados dentro dessa perspectiva. A proposta deste trabalho, portanto, foi construir um quadro contextual em que a experincia exttica de Paulo pudesse ser analisada. O estudo possibilitou inferir que a abordagem interdisciplinar permite alcanar um cenrio mais apropriado para a compreenso e interpretao do referido texto.
Resumo:
Esta dissertao tem por objeto analisar os textos do livro do Apocalipse captulos 4 e 5. As fontes de pesquisa pertencem s tradies do Misticismo Judaico. Esta linha, hoje ecoa em estudos do misticismo apocalptico e do xtase visionrio relativo ao contexto do judasmo e cristianismo primitivos, em autores tais como: Christopher Rowland, Alan Segal, C. R. A. Morray-Jones e John Ashton, John Collins, Adella Collins, Jonas Machado, Paulo A. S. Nogueira, Carol Newsom, David E. Aune, Philip Alexander, Crispin H.T. Fletcher-Louis, Florentino Garca Martnez dentre outros; sendo que, estes autores se alinham aos resultados das pesquisas iniciais de Gershom Scholem sobre o Misticismo Judaico, e aos desenvolvimentos mais recentes neste mbito. Nogueira1 menciona que foi Scholem quem realmente usou este misticismo para produzir a chave das histrias de ascenso celestial presentes nos apocalipses dos ltimos dois sculos a.C. e dos primeiros dois sculos d.C. Foi Scholem, na verdade, quem iniciou a discusso acadmica dos msticos judaicos em seu livro Major Trends in Jewish Myticism - Principais Tendncias no Misticismo Judaico em 1941. Corroborando com a tradio destes estudos se encontram as descobertas dos manuscritos de Qumran, como a dos Cnticos do Sacrifcio Sabtico, uma composio de treze cnticos, tambm chamada de liturgia anglica, e que tem contribudo para o desenvolvimento das pesquisas, bem como sustentado os argumentos de Scholem. Dentre os manuscritos de Qumran h um fragmento de hinos denominado 4Q405, que trouxe ao conhecimento a terminologia Merkavh, em que anjos louvam a imagem do Trono da Carruagem citado no primeiro captulo do livro de Ezequiel. Identificou-se nestes o sincretismo da comunidade de Qumran acerca do canto dos anjos com outras ideias sobre os deveres dos mesmos, sendo uma caracterstica comum s tradies da Ma asseh Merkavh - (Trabalhos do Divino Trono/Carruagem). 1 NOGUEIRA, Sebastiana M. Silva. 2 Corntios 12 e o Misticismo Judaico (Os Quatro que Entraram no Pardes). Oracula, 2012 p.04. Assim, a pesquisa segue os pressupostos de Rowland2, de que os textos do Apocalipse 4 e 5 possuem em sua narrativa uma semelhana bsica com a liturgia descrita nas tradies do misticismo apocalptico do judasmo no I sculo, bem como em textos de Qumran, principalmente no fragmento 4Q405. Conforme Nogueira3 Ezequiel captulo 1 considerado chave desta tradio mstica do judasmo, sendo, tambm um elemento central do Apocalipse de Joo, o principal visionrio do cristianismo. Assim, a pesquisa inclui a aproximao dos textos considerados fundantes, sendo: (Isaas 6; Ezequiel 1; Daniel 7; I Enoque 14), junto aos textos de Qumran, como o complexo dos 13 Cnticos Sbaticos relacionados ao culto no santurio celestial. A apocalptica pode ser assim compreendida como um tipo de literatura mstica, cujas imagens se conjecturam nos escritos que, por meio da ascenso do visionrio aos cus e a contemplao do trono de Deus, descortinam uma determinada tradio do judasmo antigo. Desta forma podemos tambm interpretar os captulos 4 e 5 do Apocalipse como texto mstico, de contedos similares aos dos textos apocalpticos judaicos, e talvez at com um tipo de experincia religiosa anloga.
Resumo:
Esta tese um estudo do conceito de transformao mstico-apocalptica na perspectiva da experincia religiosa e que tem como objeto o caso paulino. As pesquisas sobre Paulo Apstolo geralmente acompanham a abordagem tradicional que o v como pensador e telogo. Mas, em sintonia com algumas obras do passado e especialmente as mais recentes sobre Paulo em relao apocalptica e misticismo judaicos, esta tese desenvolve uma anlise na perspectiva da experincia religiosa. Considerando a tradio de ascenso visionria como quadro de plausibilidade, apresentada uma anlise dos relatos de ascenso da literatura judaica antiga, com destaque para Moiss, aqui comparado com a recepo paulina do Moiss transformado em 2 Corntios. O resultado da pesquisa foi que a literatura judaica antiga testemunha um padro de transformao prolptica em ascenso celestial que fazia parte das crenas e prticas religiosas. A linguagem usada por Paulo em 2 Corntios, notoriamente no captulo 3, demonstra que ele estava envolvido em tais crenas e prticas, ainda que com conotaes prprias. O Moiss transformado de face gloriosa de xodo 34, que foi recebido pelas tradies judaicas como um viajante celestial, o que era corrente nos tempos paulinos, o foco de Paulo em 2 Corntios 3. Para Paulo, sua condio superior de Moiss porque ele tem acesso livre e permane nte gloria de Deus, acesso esse estendido a seus correligionrios e que resulta em processo de transformao prolptica. Tambm porque seu evangelho uma revelao cristolgica divina ltima superior ao que foi revelado a Moiss no Sinai. Este acesso livre e permanente que inclui esta transformao antecipada se d em termos de cultos extticos de natureza visionria.(AU)