56 resultados para PERFIL PROFISSIONAL DO PROFESSOR
Resumo:
A idéia de voltar a estudar, buscando uma escolarização considerada como perdida, ganha sentido quando se apresenta não apenas como uma forma reparadora para aqueles que não tiveram acesso a escola na idade certa, mas também como uma necessidade de inserção ao espaço contemporâneo do trabalho e da sociedade, vinculado a um grau mais elevado de escolarização que estimule o prosseguimento dos estudos na busca de ascensão social e profissional. Essa verificação mostra-se contrária a muitos estudos já apresentados, pois normalmente vemos a Educação de Jovens e Adultos como um bálsamo que suprirá todos os problemas sociais e econômicos de uma clientela desfavorecida e insegura de sua capacidade de aprendizagem e com históricos frustrantes de escolarização. Este trabalho objetiva apresentar uma pesquisa empírica sobre a trajetória escolar de 88 alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do ensino fundamental II (5ª a 8ª série) e do ensino médio, realizada em uma escola da periferia da cidade de São Bernardo do Campo, no estado de São Paulo, mostrando as relações existentes entre o fracasso e o sucesso que a volta à escola pode propiciar, assim como a análise dos ascendentes e descendentes em relação à escolarização e a escolha profissional. A pesquisa apresenta-se dividida em duas partes, sendo a primeira constituída de informações sobre os alunos, seus pais, filhos e irmãos e a segunda compreendida por duas partes, em que se vêem quantitativamente os motivos do abandono e do retorno à escola e por textos descritivos (redações) dos alunos pesquisados, seus desejos e aspirações, frustrações e sonhos, propondo análises sobre a escolarização e a continuidade de estudos e a necessidade desse retorno à escola. O corpo teórico desta pesquisa foi norteado pelos estudos sobre alfabetização e escolarização de jovens e adultos, sobre as políticas públicas e os movimentos de educação popular, assim como pelas leis que regem essa modalidade de ensino e suas aplicabilidades. Como instrumentos metodológicos, foram utilizados técnicas de análise das leis vigentes, questionários e redações dos alunos. A apresentação e interpretação dos dados coletados sugerem a viabilidade da trajetória escolar dos alunos.(AU)
Resumo:
Este estudo teve por objetivo analisar como o ser-professor se narra e interpretase como sujeito na profissão, tendo em vista compreender de que maneira esse profissional constrói a identidade pessoal/profissional, sendo capaz de afirmar-se ou negar-se como sujeito dentro do sistema-escola? Trata-se de uma pesquisa realizada com educadores de 1º e 2º ano do ciclo I e II do Ensino Fundamental da Rede Pública de São Bernardo do Campo e Mestrandos em Educação. Optou-se por entrevistar seis educadores, de diferentes áreas de ensino, tornando-os autores desta pesquisa. A abordagem metodológica de cunho qualitativo foi utilizadas priorizando a narrativa dos educadores. Para esta metodologia recorreu-se às contribuições de Maria Isabel Cunha; Lüdke; André; Connelly e Clandini que explicitam sobre a importância de trabalhar com essa metodologia na perspectiva de interpretar e compreender a construção da identidade docente, sobretudo, na linha Formação de Educadores. A temática formação docente e construção da identidade foi trazida à luz dos estudos de Pimenta; Brzezinski; Freire; Vianna; Lane; Sung; Nóvoa; Ciampa, entre outros. No âmbito da análise, foram priorizadas algumas categorias ao longo desta temática: razões que levaram à escolha da profissão; percepções que o professor tem de sujeito na profissão; condições de ser e estar na profissão ; sistema e construção da identidade: condições de se sujeitar para se auto-afirmar como sujeito profissional. No trato destas categorias e, ao longo desta pesquisa, foram consideradas as percepções dos professores, como sendo elementos valiosos para identificar da construção de identidade docente. Estas considerações fundam-se no aporte teórico-metodológico que apresentam grandes contribuições referentes à temática. A partir daí, são estabelecidas relações entre Psicologia Social e Sociologia que possibilitam identificar nas narrativas dos educadores uma insatisfação perante o sistema. Alguns professores partem do próprio sentimento ao narrar todo desconforto que as instituições propiciam-lhes; outros enfatizam de modo objetivo seu cotidiano, contornando e explicitando diferenças na condição de ser estar na profissão .
Resumo:
Este estudo teve por objetivo analisar como o ser-professor se narra e interpretase como sujeito na profissão, tendo em vista compreender de que maneira esse profissional constrói a identidade pessoal/profissional, sendo capaz de afirmar-se ou negar-se como sujeito dentro do sistema-escola? Trata-se de uma pesquisa realizada com educadores de 1º e 2º ano do ciclo I e II do Ensino Fundamental da Rede Pública de São Bernardo do Campo e Mestrandos em Educação. Optou-se por entrevistar seis educadores, de diferentes áreas de ensino, tornando-os autores desta pesquisa. A abordagem metodológica de cunho qualitativo foi utilizadas priorizando a narrativa dos educadores. Para esta metodologia recorreu-se às contribuições de Maria Isabel Cunha; Lüdke; André; Connelly e Clandini que explicitam sobre a importância de trabalhar com essa metodologia na perspectiva de interpretar e compreender a construção da identidade docente, sobretudo, na linha Formação de Educadores. A temática formação docente e construção da identidade foi trazida à luz dos estudos de Pimenta; Brzezinski; Freire; Vianna; Lane; Sung; Nóvoa; Ciampa, entre outros. No âmbito da análise, foram priorizadas algumas categorias ao longo desta temática: razões que levaram à escolha da profissão; percepções que o professor tem de sujeito na profissão; condições de ser e estar na profissão ; sistema e construção da identidade: condições de se sujeitar para se auto-afirmar como sujeito profissional. No trato destas categorias e, ao longo desta pesquisa, foram consideradas as percepções dos professores, como sendo elementos valiosos para identificar da construção de identidade docente. Estas considerações fundam-se no aporte teórico-metodológico que apresentam grandes contribuições referentes à temática. A partir daí, são estabelecidas relações entre Psicologia Social e Sociologia que possibilitam identificar nas narrativas dos educadores uma insatisfação perante o sistema. Alguns professores partem do próprio sentimento ao narrar todo desconforto que as instituições propiciam-lhes; outros enfatizam de modo objetivo seu cotidiano, contornando e explicitando diferenças na condição de ser estar na profissão .
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A aprendizagem formal e tradicional tem dado lugar a um cenário desafiador no qual educador e educando não comungam do mesmo espaço físico. A Educação a Distância (EAD), ainda é vista como uma solução que agrega cada vez mais alunos de diferentes idades que desejam uma graduação de ensino superior ou a continuidade dela. A pesquisa com o título: “O estudante da EAD (educação a distância): um estudo de perfil e interação geracional” propõe conhecer as características do perfil atual do estudante da EAD, abordando o diálogo entre as gerações no ambiente social escolar. O enfoque da pesquisa é qualitativa, exploratória e descritiva com dados que foram coletados através de entrevista com 08 alunos das gerações X e Y para assim entender se este perfil tem sido renovado com alunos mais jovens, do que a faixa etária de 25 a 45 anos. O resultado demonstra que alunos na faixa de 17 a 24 anos a cada ano aumentam 1% das matrículas. Já a faixa de 25 a 45 anos prevalece com 70% das matrículas. Portanto, este resultado revela que o perfil do aluno EAD ainda é o do jovem adulto, para adulto mais experiente, que busca a graduação com o propósito de progressão no ambiente profissional. As duas gerações citadas geração X e geração Y, mesmo em contextos históricos diferenciados de valores, crenças e comportamentos participam atualmente de uma transformação social que contempla os meios de produção do trabalho, a formação educacional e as relações sociais. O diálogo intergeracional direciona a um aprendizado compartilhado, participativo na troca de experiências mutuas. Para a geração X o jovem atual não é mais nomeado como o que precisa escutar e aprender, mas tem muito a partilhar, principalmente diante da facilidade com os meios tecnológicos. E para a geração Y, na partilha não há barreiras de idade, mas a segurança de interagir e se comunicar diante da troca de experiências
Resumo:
Tendo em vista a atual crise das licenciaturas, especialmente em termos da pouca atratividade que a formação para a docência vem apresentando em nosso contexto educacional e, considerando, ainda, as críticas sobre a fragilidade da formação inicial de professores ocorrer na modalidade a distância (no caso, o curso de Pedagogia), o PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência surge como uma política de incentivo e valorização do magistério com o propósito de contribuir para uma formação mais sólida e articulada em termos da relação teoria-prática, especialmente pela proximidade que favorece aos alunos bolsistas, com o cotidiano escolar – este é o foco desta investigação que teve por objetivos: refletir sobre o histórico da formação docente em interface com a desvalorização do magistério que, consequentemente, levou à crise das licenciaturas e, a partir disso, analisar a proposição do PIBID como uma política pública para o enfrentamento desta crise; analisar as representações de bolsistas do PIBID, de um curso de Pedagogia a distância, sobre a experiência que estão tendo, e se ela contribui, no caso dos licenciandos, para o fortalecimento da escolha pela carreira docente; verificar as contribuições do programa para a formação dos licenciandos, dos supervisores (professores das escolas públicas parceiras) e do coordenador de área e se este oportuniza uma complementação na preparação para o exercício da docência. A pesquisa realizou uma revisão da literatura sobre a crise das licenciaturas e o contexto do aparecimento do PIBID, bem como sobre a formação de professores ocorrer na modalidade a distância, tendo como referencial teórico autores como Libâneo (1998), Gatti e Barreto (2009), Bahia e Duran (2011), Scheibe (2006), Sommer (2010), FCC (2009), Tardif (2005). Realizou, também, uma pesquisa de campo que teve como sujeitos sete bolsistas do PIBID de um curso de Pedagogia a distância (de uma instituição de ensino superior, particular, de São Paulo), sendo: quatro licenciandas, duas supervisoras e uma coordenadora de área do subprojeto. Foram aplicados dois instrumentos para a coleta de dados: um questionário para o delineamento do perfil dos sujeitos e a realização de entrevistas de aprofundamento. As reflexões realizadas a partir da revisão da literatura e das análises dos dados coletados junto aos sujeitos indicam que: em relação à proposição da formação inicial de professores a distância, esta denota maiores críticas, diferentemente da formação continuada de professores a distância, que apresenta uma maior aceitabilidade; em relação ao PIBID, os estudos vêm apontando a positividade das diversas experiências que vêm se desenvolvendo no território nacional e que denotam um trabalho articulado entre teoria e prática, bem como no resgate da identidade docente, com uma ênfase na valorização, inserção e permanência dos licenciandos nos seus cursos; as representações dos sujeitos investigados sobre a experiência que estão tendo com o PIBID apontam para: o reconhecimento de que o Programa garante, efetivamente, a reflexão e vivência entre a teoria e prática; a contribuição para a aquisição de maior segurança na relação com os alunos das escolas parceiras e também no desenvolvimento das atividades práticas; a certeza e/ou convicção de que realmente querem ser professoras
Resumo:
Esta dissertação apresenta dois projetos que apontam possibilidades de se construir novos conhecimentos com práticas viáveis e significativas para os alunos de Administração de Empresas do ensino superior. O objetivo é fomentar a discussão sobre o papel do docente e a formação dos professores no ensino superior com qualidade, através dos estudos em uma Faculdade da Zona Leste da cidade de São Paulo. Este trabalho aponta que o bacharelado em Administração pode ir para além de meros conteúdos técnicos a serem humanizados a partir da utilização de recursos didáticos inovadores. A análise dos projetos permite concluir que ações educativas diferenciadas, inspiradas na teoria freiriana, apresentaram-se como forma de enfrentamento às dificuldades nas relações entre ensino e aprendizagem. Com a aplicação dos referidos projetos, as possíveis dificuldades de aprendizagem foram transformadas em oportunidades, e hoje são contribuições à qualidade educativa.
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O tema desta dissertação é a Avaliação Institucional da Educação Básica. Para tal, faz-se a análise do processo de avaliação, com ênfase no instrumento utilizado pelas Escolas Adventistas de nível básico do estado de São Paulo, considerando que a educação adventista se tornou uma parte consistente dentro da estrutura da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Procurou-se, neste trabalho, como objetivo geral, compreender como se configura a prática da avaliação institucional das escolas da Rede Adventista de Educação. O método da investigação incluiu análise bibliográfica dos principais teóricos da área de políticas públicas e do sistema privado bem como da avaliação institucional, seguido de exame documental do instrumento utilizado no processo de avaliação institucional. O estudo resgata a contextualização histórica do desenvolvimento da escola privada, destacando aspectos relevantes de sua relação com o Estado. Também apresenta brevemente a história da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) nos Estados Unidos (EUA) e no Brasil, de modo a situar o surgimento do sistema educacional adventista, bem como a sua filosofia de ensino, buscando conhecer as origens desse grupo religioso que há mais de um século atua no cenário educacional brasileiro. Em seguida, aborda aspectos da Avaliação Institucional. Finalmente, apresenta-se uma síntese do processo e uma descrição analítica do instrumento de avaliação institucional das escolas de nível básico da Educação Adventista. Na conclusão do trabalho, não se encontraram indícios de que o conceito adventista de avaliação educacional seja diferente do das abordagens tradicionais. Entretanto, na concepção adventista de avaliação, existe mais fortemente a preocupação de se manter um processo de avaliação contínuo e sistemático.
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As condições inadequadas vivenciadas nas organizações afligem não só os trabalhadores da iniciativa privada, pois são igualmente encontradas no segmento estatal, contrariando a expectativa de que o aparato governamental eliminaria as condições insalubres e criaria outras melhores nas quais prevalecesse à promoção de saúde. Diante desse panorama questionou-se porque, uma vez que, pelo menos do ponto de vista da sociedade leiga, esses servidores estão submetidos a condições privilegiadas de trabalho. O presente estudo objetivou identificar e descrever possíveis relações entre o clima organizacional e o burnout em servidores públicos de uma instituição federal de ensino. Objetivou-se ainda descrever o clima organizacional predominante. A pesquisa realizada teve cunho quantitativo, tipo estudo de caso e exploratória. A coleta de dados deu-se por meio das escalas ECO (escala de clima organizacional), ECB (escala de caracterização do burnout) e um questionário sociodemográfico, todos os instrumentos autoaplicáveis eletronicamente disponíveis à instituição. Participaram do estudo 201 servidores públicos federais, com idade média de 37 anos, majoritariamente de nível superior e casados. Os resultados revelaram que cerca de um quarto dos participantes raramente experimentaram burnout, no entanto outra quarta parte deles frequentemente experimentaram altos níveis de burnout, resultado bastante expressivo. Os servidores perceberam clima organizacional mediano, destacando-se a boa coesão entre os colegas de trabalho e a percepção de baixa recompensa. Merece destaque a grande dispersão entre as percepções de clima, o que permite inferir haver subclimas não identificados nesta investigação, possivelmente ocasionados por uma força de clima fraca e pela participação dos servidores de unidades de ensino geograficamente distintas, geridas por gestores locais com relativa autonomia. Os resultados dos cálculos de correlação revelaram que, quanto menos os participantes percebem apoio da chefia e da organização, coesão entre colegas, e mais controle/pressão, mais exaustos se sentem, mais desumanizam as pessoas com quem tratam e mais se decepcionam no trabalho e vice-versa. Conforto físico menor está associado a maior desumanização e a mais decepção no trabalho e vice-versa; e que controle/pressão, relaciona-se positiva e fracamente com desumanização e vice-versa. Desta forma, a hipótese de que existe associação entre burnout e clima organizacional foi confirmada. Os resultados também revelaram que os servidores com burnout, perceberam pior clima organizacional que os seus pares sem burnout, confirmando a segunda hipótese. Esses servidores também se mostraram neutros quanto à percepção de apoio da chefia e conforto físico; não percebem controle pressão, nem recompensa; todavia percebem coesão entre os colegas. Esses resultados sugerem que os participantes têm se apoiado nessas relações para suportar a indiferença e ausência de estímulos experimentados no trabalho. Os resultados obtidos nesse estudo permitiram concluir que o clima organizacional é fraco, provavelmente influenciado por uma cultura organizacional fraca, explicando a heterogeneidade da percepção do clima organizacional pelos servidores. Além disso, embora haja burnout entre poucos participantes, há que se atentar que cerca de um quarto deles, encontra-se acometido desta síndrome e isto poderá contagiar os demais.
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Os Cursos Superiores de Tecnologia são um tipo específico de graduação (tecnólogo), com características próprias, entre as quais, a focalização na especialização dos seus currículos e duração mais curta objetivando uma formação mais rápida. A graduação tecnológica vem sendo amplamente difundida no país desde a segunda metade da década de 1990, após a promulgação da lei no 9.394/96 LDB, e por uma série de decretos, portarias e pareceres do MEC/CNE. Entre as principais metas e objetivos do PNE para a educação superior, se destacam: diversificação do sistema superior de ensino para atender clientelas com demandas específicas de formação; articulação entre currículo e mercado de trabalho; financiamento e gestão; criação de políticas de acesso à educação superior que facilitem o ingresso de alunos provenientes de grupos de maior vulnerabilidade educacional; crescimento da oferta de educação superior para a faixa etária de 18 a 24 anos. O presente estudo tem por objetivo refletir e debater a contribuição dos CSTs na educação profissional do trabalhador brasileiro dentro das perspectivas do PNE. O estudo se fundamenta no método qualitativo, com base numa pesquisa exploratória e descritiva, caracterizada como estudo de caso único, através da pesquisa de campo realizada com alunos em formação e com egressos do Curso de Eletrônica Industrial da Faculdade de Tecnologia Senai Anchieta, na cidade de São Paulo. Para alcançar seus objetivos, o estudo foi dividido em duas etapas: a primeira faz uma análise das variáveis que caracterizam o perfil do aluno em formação buscando identificar sua percepção quanto à escolha pelo CST, conhecimento sobre essa modalidade de ensino e as expectativas futuras da profissão. Na segunda parte, o estudo faz uma análise da percepção do egresso acerca das habilidades e competências adquiridas durante a formação, o grau de satisfação com salário e plano de carreira, e a aceitação profissional do tecnólogo pelo mercado de trabalho. No estudo realizado com alunos em formação constatou-se que os índices de evasão escolar das primeiras turmas do curso foram elevados, sendo apontadas como principais causas as dificuldades de conciliação entre o horário de estudo com a do trabalho e as dificuldades econômicas familiares. O perfil do aluno em formação na IES em estudo é majoritariamente da faixa etária entre 18 e 24 anos; do gênero masculino; egresso do ensino médio feito em escola pública; morador em bairro periférico e natural de cidade da RMSP; o próprio aluno é responsável pelo pagamento das mensalidades; não houve interferência de terceiros na sua escolha pelo CST; tem percepção favorável quanto à empregabilidade futura como tecnólogo. A pesquisa com egressos apontou que os mesmos tem percepção favorável quanto à formação profissional recebida, exceto o fato de não terem atendido disciplinas que desenvolvessem competências gerenciais e de negócios; quanto à empregabilidade e perspectivas de carreira mostraram preocupação na valorização profissional do tecnólogo pelo mercado de trabalho; declararam estar insatisfeitos quanto ao salário recebido; quanto à educação continuada reconheceram ser esse o processo que os manterão atualizados profissionalmente. Como conclusão da pesquisa, há recomendação para estudos futuros na sondagem de outras possíveis causas da evasão escolar com alunos dos cursos com outros eixos temáticos e de IES públicas. Igualmente, aponta-se para a necessidade da proposta curricular da IES em estudo oferecer, além das disciplinas técnicas, outras que desenvolvam competências e habilidade em gestão de pessoas e negócios.
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A região do Grande ABC é caracterizada por ser local que retrata, de forma singular, os conflitos, as mudanças e o impacto da globalização no País e no mundo. Diferentes setores, articulados, construíram o Planejamento Regional para a região, que se deparava com a flexibilização, o desemprego estrutural e a diminuição nos postos de trabalho das grandes montadoras, de indústrias de autopeças, entre outras, e descobriu caminhos de enfrentamento para o processo que avassalou o Brasil e o mundo. Isso exigiu a profissionalização de quem ocupava a função de Secretário, para atender ao perfil das multinacionais. A partir daí, o Secretariado Executivo vem se consolidando como uma profissão de caráter inteligente e intelectual, considerado como analítico-simbólico. O Secretário rompeu com seu antigo perfil, enfrentando a concorrência de profissionais de outras áreas, e desempenha hoje um papel de assessoria adjunta, gerenciando processos e facilitando tomadas de decisão. É um profissional de formação intelectual diferenciada, com competências técnicas, comportamentais e estratégicas. Assim, esta pesquisa teve como objetivo analisar o processo de construção da identidade do ser profissional Secretário na região do Grande ABC; levantar os espaços ocupados por esse profissional, através de mapeamento dos postos que ocupa, e construir uma linha do tempo dessa profissão na região. Para atender aos objetivos, foi utilizada pesquisa documental, a construção de uma linha do tempo e a história oral temática, procedendo-se à coleta e à análise dos dados de sete profissionais Secretários atuantes na região do Grande ABC. O diálogo interdisciplinar entre teoria e os discursos evidenciou que ainda existe um estereótipo cultural quanto à profissão nas organizações, mas há um respeito, ainda que velado, dos superiores e colegas, conquistado por sua persistência e profissionalização. Os resultados demonstram que a identidade do ser profissional Secretário é construída em suas experiências vividas no passado e no presente, o que lhe proporciona um esboço de valores individuais e profissionais que são revistos nas diversas organizações em que atuam ou atuaram e dentro do contexto regional estudado, gerando variações em suas identidades.(AU)
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O final do século XX e o início século XXI foram conceituados como a era do conhecimento e da informação . As pessoas buscam constantemente aperfeiçoar-se no âmbito pessoal, profissional e em sua rede de relacionamentos com o propósito de atingirem suas metas. A concorrência e a competitividade fazem o indivíduo motivar-se para se tornar mais habilitado e superar suas limitações, oferecendo às organizações um profissional eficiente, flexível e dinâmico. Os cursos de aperfeiçoamento profissional surgem como uma resposta a esta demanda social e profissional, possibilitando o aprendizado contínuo, acessível e qualificado. O Brasil possui instituições habilitadas a fornecer este tipo de treinamento e aperfeiçoamento. Algumas delas estão inseridas no Sistema S, pertencentes ao Terceiro Setor. Esses cursos, apesar de atenderem plenamente a demanda existente, não possuem um perfil ideal de profissional já mapeado e construído para facilitar a gestão e o atendimento da sua clientela. Objetiva-se através deste estudo criar uma ferramenta que possibilite aos gestores das instituições oferecedoras de cursos de treinamento e aperfeiçoamento profissional, mapear e construir um perfil de docência ideal. Para criação de tal perfil serão entrevistados docentes, coordenadores e técnicos de uma das instituições que fazem parte do Sistema S, o SENAC-SP, em duas unidades Osasco e Santo André. Espera-se com este estudo, que tal ferramenta seja criada e torne-se uma facilitadora para o gestor (que trabalhe com oferta dos cursos de aperfeiçoamento profissional), cuja principal atividade, em tais organizações, é selecionar e contratar profissionais aptos a ministrarem estes cursos, além de zelar permanentemente por seu aperfeiçoamento profissional.(AU)
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Este trabalho tem como principal objetivo responder a seguinte questão: Em que medida projetos como o Programa Escola da Família- PEF, contribuem para a democratização do espaço escolar? Para isso buscaremos compreender como funciona o Programa Escola da Família PEF, implantado por iniciativa da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo SEE, desde o ano de 2003, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura UNESCO até o ano de 2006 e sob responsabilidade, desde então, do Fundo para o Desenvolvimento da Educação FDE. Este estudo será desenvolvido com os seguintes procedimentos metodológicos : a partir de um olhar autobiográfico considerando minha atuação como educador profissional desde o ano de 2007. Análise bibliográfica, análise documental e empírica sobre o PEF; a partir de dados de observações participativa; de documentos sobre o Programa e da análise de entrevistas com dois expoentes da Academia, o Professor Dr. Décio Azevedo Marques de Saes e o Professor Dr. Paolo Nosella. Os entrevistados foram escolhidos por sua filiação teórica na expectativa de que as mesmas se manifestassem nas respostas obtidas, oferecendo assim oportunidade de cotejar pontos de vista fundamentados em referenciais teóricos diferentes.
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O presente estudo realiza uma análise sobre as funções de trabalho do Professor Coordenador Pedagógico da Rede Pública Estadual de Ensino, considerando os desafios e as contribuições da ação coordenadora e, principalmente, como esse profissional do ensino articula a formação continuada dos docentes e a sua própria formação como educador. As questões norteadoras da pesquisa são: 1. De que forma o Professor Coordenador Pedagógico consegue dar conta da formação dos docentes, durante as reuniões de HTPC Horário de Trabalho Pedagógico e Coletivo? 2.Como consegue cuidar de sua própria formação continuada, diante dos inúmeros entraves e obstáculos, das múltiplas resistências, dos conflitos, das emergências, dos imediatismos e da sobrecarga de trabalho, tendo em vista as relações interpessoais no seio da Escola? O trabalho analisa os pontos comuns e os diferenciais da ação coordenadora e a forma como ela interfere na construção de um ensino de melhor qualidade, bem como o papel do Professor Coordenador Pedagógico como mediador e articulador desse processo. Os referenciais teóricos que fundamentam esta pesquisa encontram-se no legado de Paulo Freire (1982a/1982b/1983/1991/1997/2000), com a reintegração das dimensões do homem que o fazem humano, pessoal e social, o compromisso do profissional com a Sociedade, a formação continuada; a conscientização e a mudança necessária em Educação; e de outros autores que tratam das temáticas que envolvem a Coordenação Pedagógica, formação de docentes, HTPC e relações interpessoais, como: Placco (2008), Vasconcellos (2010ª/2010b/2010c), Bruno (2008), Libâneo (1993), Rios (2001), Thurler (2002), Sergiovanni (1976), Teixeira (1977), Perrenoud (1999)/ Perrenoud et al. (2002), Nidelcoff (1983), Araújo(2002), entre outros. A pesquisa de campo, de cunho qualitativo e que pretende contribuir para o debate das questões da Educação Pública, foi realizada com Professores Coordenadores Pedagógicos de escolas estaduais da Diretoria de Ensino de Miracatu, região do Vale do Ribeira/SP, especificamente no município de Itariri, com a aplicação de questionário e realização de entrevistas de aprofundamento e os resultados apontam para o fato de que o Professor Coordenador Pedagógico consegue (ou não) exercer as atribuições que lhe são conferidas conforme forem as relações interpessoais estabelecidas no cotidiano escolar.
Resumo:
As linguagens artísticas são de grande importância para o desenvolvimento pleno de todo ser humano. No ensino básico, as crianças estão em processo de desenvolvimento da intelectualidade e da criatividade no assim chamado período de alfabetização. Neste sentido, esta pesquisa tem como objetivo investigar como o ensino de Arte está inserido neste processo, nas séries iniciais no ensino fundamental em uma escola estadual do município de Diadema (SP), onde há a atuação direta do professor especialista em artes nas séries iniciais da educação básica. O quadro teórico transcorre pela importância de uma arte humanizadora e abordagem triangular em Ana Mae Barbosa (1999) e da experiência estética em Vygotsky (2010) e Dewey (2010) no desenvolvimento da criança durante o processo de alfabetização. O diálogo com os autores perpassa uma reflexão sobre as expectativas que o docente tem das práticas pedagógicas e de sua possível inter-relação com as necessidades de aprendizagem dos alunos entendidas em um sentido que não separa o desenvolvimento cognitivo do desenvolvimento artístico. Para efetuar este trabalho, utilizou-se a metodologia de pesquisa qualitativa fazendo uso de entrevistas com quatro professoras alfabetizadoras e quatro professoras de Arte, questionário de perfil, 08 questões semidiretivas para cada professora. Para aprofundamento fez-se uso de Grupo Focal. As conclusões indicam que a falta de apoio da família, a diversidade de informações que o aluno adquire fora do ambiente escolar, as diferentes fases de aprendizagem dos alunos na mesma classe e a falta de material e espaço físico para o ensino de Arte, ainda faz parte dos desafios da profissão de professor no que diz respeito ás dificuldades encontradas para efetuar sua prática. Ainda há a necessidade de entrosamento entre os profissionais e os conteúdos no caminho das fronteiras entre arte educação e alfabetização, como por exemplo, idéia de que o professor alfabetizador faz de si de forma negativa, como o rigoroso, da aula chata e de que professor e aula de arte são libertadores , ou a aula da folga dos conteúdos mais sérios ainda é pulsante na representação de alguns professores de alfabetização. A falta de atualização dos professores de Arte, a não abertura para articular com suas próprias linguagens ainda são questões a refletir no que diz respeito à formação deste profissional, bem como as tensões sobre as relações no ambiente pedagógico em face às variadas mudanças que ocorrem na trajetória da educação.
Resumo:
Segundo dados do INEP (2007) temos cerca de 8.866 cursos de lato sensu no Brasil e, consequentemente, o número de docentes que atuam no ensino superior se torna um crescente, se observarmos os dados do Censo da Educação Superior de 2010, onde foi registrado 345.335 vínculos de funções docentes em exercício nas instituições de educação superior. Baseados nestes dados surgem as seguintes questões: quais são os saberes e as práticas pedagógicas destes docentes diante do ensino no lato sensu? Como os professores que atuam neste segmento, se constituem docentes, tendo em vista que nem sempre a sua formação é pedagógica? A formação para a atuação nesta modalidade é prevista no Artigo 66 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que afirma que a preparação para o exercício no magistério superior se fará em nível de pós-graduação, prioritariamente em Programas de Mestrado e/ou Doutorado e sabemos que não há, especificamente, uma indicação de formação pedagógica para a docência. Assim, a investigação sobre as questões acima anunciadas se realizou por meio de uma pesquisa sobre a trajetória formativa e profissional de docentes que atuam no lato sensu, para identificarmos se a falta de formação pedagógica influencia/influenciou seus saberes e práticas docentes, como construíram sua identidade de professor ao longo de sua carreira, e sobre qual a real motivação para tornar-se professor. Os sujeitos da pesquisa são quatro professores que atuam em uma Instituição particular em São Paulo/Capital. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas para a coleta de dados e organização de categorias de análises por meio da metodologia de análise de conteúdo. Esta pesquisa teve também uma contextualização histórica sobre a legislação do lato sensu e uma discussão teórica sobre saberes e práticas docentes direcionadas para o ensino superior. A análise dos dados confirmou a hipótese de que os professores que atuam no lato sensu resgatam seus saberes e práticas de experiências vivenciadas quando eram alunos, tomando como modelo referências que tiveram ao longo de sua trajetória formativa e profissional. Foi constatado que na maioria das vezes, o professor só procura a formação pedagógica após já estar inserido no contexto da atuação no lato sensu, dependendo quase que exclusivamente, de uma busca por iniciativa própria, uma vez que a legislação não pré-determina qual o perfil deste professor para atuação no lato sensu. Constituem-se docentes de maneira gradual e a formação pedagógica é mais uma possibilidade para a atuação, uma vez que em primeiro lugar vem a experiência da prática profissional de sua área de formação de origem.