3 resultados para parentais

em Universidade Técnica de Lisboa


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Artigo 1: As pessoas com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) têm dificuldades sociais que impactam o desenvolvimento do comportamento lúdico (Naber et al., 2008). Os profissionais atentam pouco ao papel dos irmãos na família mas esta realidade pode influenciar a relação fraterna e carece de investigação. Este estudo analisou as percepções de 11 irmãos (5-12 anos) com desenvolvimento típico de pessoas com PEA (≥3 anos) sobre a interacção lúdica e identificou as suas necessidades a respeito da mesma. Foram conduzidas duas entrevistas: a Entrevista da Percepção dos Irmãos Acerca da Interacção Lúdica (EPI) junto dos irmãos para obter as percepções e a Entrevista para Recolha de Dados dos Participantes (ERDP) junto de uma figura parental para recolher dados sociodemográficos; os instrumentos foram elaborados pela equipa de investigação e submetidos a um estudo-piloto e validação por peritagem. Os dados sociodemográficos foram tratados no SPSS® 22 e as percepções foram submetidas a análise de conteúdo no MAXqda® 10 e sujeitas a validação. Os resultados obtidos indicam que as percepções sobre a interacção lúdica são predominantemente positivas e parecem conduzir ao interesse em aprender para satisfazer as necessidades existentes. As expectativas dos irmãos e a funcionalidade da comunicação constituem factores emergentes, bem como a ligação entre figuras e conteúdos de interesse na aprendizagem. Artigo 2: A relação fraterna exerce influência no sistema familiar e por isso deve ser feito um investimento no seu estudo. Entre pessoas com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) e os seus irmãos com desenvolvimento típico a interacção social pode apresentar desafios acrescidos e causar impacto na interacção lúdica. Este trabalho objectivou comparar as percepções de 11 irmãos e pais de pessoas com PEA (≥3 anos) acerca da interacção lúdica e eventuais necessidades para a melhorar, procurando diferenças e explorando factores emergentes. Foram elaboradas três entrevistas semi-estruturadas, testadas num estudo-piloto e submetidas à validação por expertise. Os irmãos responderam a uma entrevista de 31 questões referente às suas percepções acerca de tópicos relevantes na literatura. Os pais participaram numa entrevista com 35 questões com o mesmo objectivo e uma entrevista de 39 questões para recolher dados sociodemográficos. Os dados sociodemográficos foram analisados descritivamente e as percepções foram submetidas a análise de conteúdo. Os resultados foram interpretados em função da convergência e divergência dos relatos dos dois grupos de participantes e reforçam que existe uma tendência de divergência nas percepções dos dois grupos. As diferenças encontradas entre os grupos apontam para vários aspectos que devem ser tidos em conta na intervenção psicomotora junto das famílias de pessoas com PEA.

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O presente conjunto de investigações pretendeu estudar o envolvimento parental na competição desportiva de crianças e jovens. Baseado no modelo do envolvimento parental no desporto (Teques & Serpa, 2009), o estudo permitiu concretizar dois objectivos fundamentais. Primeiro, desenvolver um conjunto de escalas válidas e fidedignas para aceder aos constructos incluídos no modelo teórico. Segundo, testar as hipóteses fundamentadas na estrutura conceptual do modelo com o propósito de compreender (1) a razão porque os pais se envolvem no desporto dos filhos, (2) quais os comportamentos utilizados pelos pais durante o envolvimento, e (3) como é que o envolvimento influencia o contexto de realização do jovem atleta. No total, participaram voluntariamente 1620 pais e 1665 jovens atletas de vários desportos individuais e coletivos, com idades compreendidas entre os 9 e os 18 anos. A prossecução dos objectivos teve por base uma série de três estudos independentes. Os resultados do primeiro estudo sugerem que as crenças do papel parental, a auto-eficácia, a perceção das invocações oriundas do treinador e do jovem atleta, o tempo e energia disponíveis, e os conhecimentos e competências relacionam-se com as atividades de envolvimento dos pais. No segundo estudo, os resultados demonstraram que as perceções dos comportamentos parentais de encorajamento, reforço, instrução, e modelagem medeiam a relação entre os comportamentos reportados pelos pais e as variáveis psicológicas de auto-eficácia, auto-eficácia social, motivação intrínseca, e estratégias de autorregulação dos jovens. Os resultados do terceiro estudo indicam que as perceções dos comportamentos dos pais relacionam-se com a realização desportiva através dos efeitos de mediação da auto-eficácia, autoeficácia social e das estratégias de autorregulação. Implicações para a intervenção, limitações e direções futuras para a investigação são também discutidas.

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Os conhecimentos parentais sobre o desenvolvimento da criança na primeira infância são como a literatura mostra, fundamentais no modo como os pais interagem e atuam com os seus filhos, ou seja, nas práticas educativas parentais, sendo determinantes no comportamento e desenvolvimento futuro dos seus filhos. Muito pouco se tem investido neste tema, ao nível nacional, embora o mesmo não se verifique ao nível internacional. Neste sentido, parece especialmente interessante explorar esta dimensão em pais de crianças portuguesas com um instrumento também pouco conhecido na realidade portuguesa. O presente estudo tem como objetivo caraterizar os conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil de um grupo de mães de crianças do pré-escolar, que frequentavam jardins-de-infância na margem sul do Tejo. Para tal pudemos contar com a colaboração de 110 mães de crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 7 anos que acederam em participar, preenchendo um questionário com 58 itens, adaptado do “Knowledge of Infant Development Inventory - Preeschoolers” (KIDI-P); (MacPhee, 1981). Os dados obtidos através do KIDI-P, foram cruzados com diversas variáveis sociodemográficas, tendo-se verificado alguns resultados, significativos, nomeadamente no que se refere ao nível de instrução, de situação profissional e nível de rendimento familiar. O nível de instrução, apresenta uma correlação significativa com os conhecimentos maternais, sendo que quanto mais baixo, menor o número de respostas corretas. As mães empregadas conseguem dar um maior número de respostas corretas, demonstrando assim mais conhecimento sobre o desenvolvimento da criança, do que as que estão desempregadas, assim aquelas com nível baixo de rendimento familiar apresentam mais respostas erradas do que as que têm rendimento familiar mais elevado. Podemos assim concluir que algumas variáveis sociodemográficas estão relacionadas com o conhecimento das mães sobre o desenvolvimento da criança, confirmando vários dos estudos científicos realizados ao nível internacional.