4 resultados para Prova de esforço
em Universidade Técnica de Lisboa
Resumo:
Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária
Resumo:
O presente relatório diz respeito às atividades realizadas no âmbito de um estágio no Health Club Virgin Active Oeiras (VAO), com incidência sobre a importância da avaliação da aptidão física aos utentes. Este estágio decorreu ao longo do 2º ano de Mestrado em Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana. Para além de uma descrição e reflexão sobre os métodos e procedimentos adotados no decorrer do estágio, este relatório tem como objetivo principal explorar questões relacionadas com a metodologia de avaliação física aos utentes neste clube de saúde, com vista à sua otimização. Perante isto, foram estudados os meios disponíveis para a operacionalização de um protocolo de avaliação que englobasse todas as componentes da aptidão física segundo as recomendações atuais, incluindo a vertente cardiorrespiratória que não era usualmente avaliada no clube. De forma a atingir os objetivos pretendidos, o processo de sensibilização da direção do Clube foi realizado através da avaliação da aptidão cardiorrespiratória a 100 utentes iniciantes. Esta abordagem mostrou que 47% dos utentes iniciantes possuía uma aptidão cardiorrespiratória abaixo do razoável. Uma vez que esta análise era limitada, tendo em conta a elevada população que frequenta o clube, foram ainda abordados 150 utentes não iniciantes, através de uma campanha denominada “coração saudável”, na qual constou incluiu um “vale” para a realização de uma avaliação da aptidão cardiorrespiratória e um questionário. Este questionário refletiu que aproximadamente 70% dos utentes nunca tinha sido sujeito a uma prova de esforço já tendo frequentado outros clubes de saúde. Outras abordagens aos utentes foram realizadas durante este processo, nomeadamente, a promoção de atividades de cariz cardiorrespiratório e a disponibilização e instrução quanto ao uso do cardio-frequêncimetro. Este relatório refletiu a necessidade de um clube de saúde diferenciar-se não só pelas infraestruturas e atividades oferecidas, mas também pela informação e educação dos utentes relativamente à aptidão física relacionada com a saúde e ao impacto do exercício físico na qualidade de vida de quem o pratica.
Resumo:
O objetivo do presente estudo foi verificar se existe variação dos parâmetros que caraterizam a atividade motora de jogadores de futebol em treino, obtidos através do Viper Software STATSports, ao longo de vários microciclos (MCs) integrando o período preparatório (PP) e o início do período competitivo (PC), assim como, averiguar a associação existente entre a variação destes parâmetros, MC a MC, e a Perceção Subjetiva do Esforço Sessão (PSE-sessão) respetiva, e verificar, ainda, se existe correlação entre estes parâmetros e a PSE, em cada MC do período considerado. A amostra do estudo foi constituída por 13 jogadores (idade: 25 ± 1,78 anos) de futebol do sexo masculino a competir no escalão de Séniores da Associação Futebol de Setúbal. A recolha de dados ocorreu durante o PP (4 semanas) e o PC (4 semanas). Os jogadores incluídos no estudo cumpriram o único critério definido: a realização total das sessões de treino previstas. Os instrumentos utilizados durante o processo foram o sistema Viper (Viper Software v.1.2, STATSports), integrando um GPS 10 Hz, acelerómetro 100 Hz, cardiofrequencímetro e a escala de PSE adaptada por Foster. Verificou-se elevada variabilidade no comportamento dos parâmetros no PP, mas não nos 3 últimos MCs já integrados no PC. Verificamos forte associação entre os parâmetros Distância Explosiva (r=0,762), Nº Esforços de Elevada Carga Metabólica (r=0,714), Nº Acelerações (r=0,714), Nº Desacelerações (r=0,762) e a PSE-sessão (p˂0,05). O parâmetro com maior potencial preditor de elevados valores da PSE-sessão é a Distância Explosiva (p˂0,001). Por fim, não encontramos uma associação regular entre os parâmetros e a PSE-sessão em cada MC. Os valores de PSE-sessão apresentados durante o estudo são semelhantes a valores apresentados em outros estudos no futebol profissional. Conclui-se que no PP ocorreu a variabilidade de todos os parâmetros e estabilização no PC da Distância Total, Distância de Elevada Carga Metabólica, Distâcia Explosiva, Nº Esforços de Elevada Carga Metabólica e PSE-sessão. A PSE-sessão depende dos parâmetros Distância Explosiva, Nº Esforços de Elevada Carga Metabólica, Nº Acelerações e Nº Desacelerações, i.e., as ações de elevada exigência metabólica e neuromuscular explicam a relação existente entre os parâmetros de carga e a PSE-sessão como indicador global de carga interna. A utilização do sistema Viper possibilita a recolha de parâmetros que descrevem as exigências fisícas a que os jogadores estão sujeitos e fornece informação fundamental para o planeamento do treino em conjunto com a recolha sistemática da PSE-sessão.
Resumo:
Introdução: No atletismo existe uma prevalência de lesões e sintomas de sobrecarga, havendo a possibilidade de monitorizar o início e a evolução das mesmas. Objetivos: Traduzir, validar e aplicar o Oslo Sports Trauma Research Center Overuse Injury Questionnaire (OSTRC-O) a atletas de atletismo. Metodologia: O questionário OSTRC-O foi traduzido para português e aplicado por e-mail semanalmente (durante 7 semanas) a um grupo de atletas (n=23), verificando em que medida o esforço/sobrecarga a que estão sujeitos em duas regiões anatómicas específicas (anca e coxa) poderá afectar o seu rendimento e/ou mesmo ser alvo de lesão desportiva. Resultados/Discussão: A prevalência média de lesões de sobrecarga para todos os atletas, em qualquer área anatómica foi de 44,0% (95% IC 35-53). A prevalência média de lesões de sobrecarga substanciais, problemas que causam moderada/severa redução no volume de treino ou performance desportiva ou, completa incapacidade de participar em treino ou competição foi de 13,7% (95% IC 7-19). Não obstante os sintomas de sobrecarga serem prevalentes nas duas áreas, a prevalência semanal de problemas de sobrecarga foi maior na coxa (40%) do que na anca (15%) Conclusões: O OSTRC-O permitirá basear-nos na limitação da funcionalidade e não no tempo de paragem dos atletas, oferecendo a possibilidade de um controlo semanal mais real. Neste estudo sobre atletismo a prevalência média semanal de lesões de sobrecarga na coxa (40%) foi maior do que a prevalência semanal de lesões de sobrecarga na anca (15%).