8 resultados para João Paulo II
em Instituto Politécnico de Viseu
Resumo:
Atualmente o álbum narrativo tem sido alvo de atenção crescente na literatura de especialidade, sendo realçada a sua mais-valia em contextos educativos diversificados, mormente na Educação Pré-Escolar, favorecendo o prazer de ler, aspetos bem vincados nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (OCEPE, 2016). No entendimento de que as práticas de leitura das crianças em contexto educativo se podem entrelaçar, de forma benéfica, com práticas educativas em contexto familiar, este estudo centra-se na exploração didática de álbuns narrativos, envolvendo a família. Procura-se, assim, responder à seguinte questão de investigação: «Qual o contributo da exploração didática regular de álbuns, envolvendo a família, no que respeita ao desenvolvimento do gosto pela leitura das crianças, no âmbito da Educação Pré-Escolar?». Face à questão colocada, estabelecemos os seguintes objetivos de investigação: i) compreender se o envolvimento da família em atividades de leitura pode motivar as crianças para a mesma; ii) analisar de que modo a exploração didática de álbuns narrativos, no jardim de infância, pode contribuir para motivar as crianças para a leitura; iii) promover momentos lúdicos de contacto com álbuns.
Resumo:
Editorial de um número especial da revista Millenium que integra treze artigos que resultaram das comunicações apresentadas na II Jornada Internacional de Estudos sobre o Espaço Literário (JOEEL) que decorreu na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu nos dias 25, 26 e 27 de setembro de 2014.
Resumo:
A relação entre Literatura e Língua tem vindo a ser reconstruída nos diferentes documentos reguladores da ação docente. Esta alteração, impulsionada pelo documento Metas Curriculares de Português (MCP) para o Ensino Básico, influenciou os manuais escolares entretanto reformulados e avaliados. Neste artigo discutimos: (1) o impacto do domínio da Educação Literária (EL) definido pelas MCP na organização de onze manuais de Português do 1.º, 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico (CEB), de seis editoras diferentes; (2) as repercussões da aplicação do corpus literário na operacionalização dos domínios da Oralidade, Leitura, Escrita e Gramática. Nesta análise, confrontamos manuais adaptados e não adaptados às MCP, o que nos permite concluir que o domínio da EL tem pouco impacto na macroestrutura dos manuais, mas repercussões significativas nos cenários didáticos associados à exploração dos outros domínios, devido ao corpus literário prescrito, motivando reflexões sobre o papel do texto literário num manual de Português.
Resumo:
As orientações programáticas de Português para o Ensino Básico têm sublinhado a importância do trabalho explícito sobre a oralidade e, consequentemente, sobre a sua avaliação, indo ao encontro do destaque que é dado à capacidade do bom uso da palavra na sociedade atual. Por sua vez, os manuais escolares, ao fazerem a transposição das orientações programáticas, acabam também por poder influenciar a prática pedagógica. A oralidade é, muitas vezes, entendida exclusivamente como realização informal, fruto de uma atividade inteiramente espontânea, automática e inconsciente, em vez de ser entendida como o resultado de um esforço de planificação deliberado, estruturado e consciente. Apesar de a aquisição da oralidade decorrer da capacidade biológica para a linguagem, a consciência das propriedades deste sistema não existe da mesma forma no falante, exigindo o seu ensino explícito. Espera-se, assim, que, na Escola, seja estabelecida uma relação com a língua, norteada pelo rigor em todos os momentos do processo de ensino e de aprendizagem, contribuindo decisivamente para aumentar o capital linguístico dos alunos. Os manuais escolares são objetos complexos que desempenham funções muito diversas, estando constantemente sob apertado escrutínio. Agregam um vasto conjunto de materiais, em vários suportes, que são também usados pelos professores como guias para a estruturação da aula. Partindo deste enquadramento, pretende-se, com este trabalho, apresentar uma reflexão sobre a abordagem à oralidade nos manuais escolares de Português do Ensino Básico, tendo como base um relatório sobre as repercussões das “Metas Curriculares de Português” na sua organização, complementado com as conclusões de outro estudo centrado nesta problemática. Os resultados deste trabalho mostram que as alterações programáticas não conduzem a mudanças significativas nos manuais quanto à abordagem da oralidade, nomeadamente no que diz respeito à dimensão processual da mesma. Por outro lado, verifica-se que o trabalho proposto no âmbito da leitura e da escrita prevalece sobre as atividades ao nível da oralidade.
Resumo:
O manual escolar tem sobrevivido ao longo dos tempos como artefacto curricular central, independentemente das diferenças políticas, culturais e de ritmos de mudança, bem como de todas as polémicas a ele associadas. Situado, muitas vezes, entre dois planos separados - por um lado, o plano “da conceção, desenho e autorização, nas mãos do perito que domina e concebe o discurso e o regula politicamente” (Bonafé, 2011, p. 89) e, por outro lado, o plano “da aplicação que fica nas mãos do professor, leigo que atua numa posição passiva de recetor dependente daquela em que o discurso o coloca” (Bonafé, 2011, p. 89) – é visto como “uma forma de saber, de circulação legítima do saber e de acesso ao saber” (Bonafé, 2011, p. 16). Considerando que, em Portugal, o processo de elaboração, adoção e utilização deste recurso didático, estabelecido pela lei n.º 47/2006, de 28 de agosto, visa, entre outros aspetos, garantir a sua conformidade com os programas e orientações curriculares, pretendemos, com este trabalho, analisar e discutir as alterações dos manuais escolares causadas pelas mudanças ao nível das orientações programáticas. Foi feita uma análise de conteúdo de onze manuais de Português do ensino básico, publicados por seis editoras diferentes, tendo em conta as seguintes categorias: estrutura global do manual escolar; descritores de desempenho que o manual escolar operacionaliza; e textos destinados a promover a educação literária incluídos no manual escolar. Os resultados da análise indicam que, apesar do ritmo acelerado de mudança da sociedade atual, as orientações programáticas, determinadas politicamente, são o principal fator que influencia as alterações nos manuais escolares de Português e que a informação sobre as práticas está pouco presente neste processo.
Resumo:
Children live at a time when the rapid turnover of information and the ongoing changes in the technological, social, cultural, political and economic spheres make it more difficult for teachers to prepare lessons that enhance students’ interest and motivation. There is so much to be learnt outside of the classroom’s four walls that traditional methods of teaching may not be the most effective way to teach today’s learners. When it comes to classes of Portuguese language, teachers are faced with the challenge of teaching culture, literature, grammar and skills such as reading, writing and speaking in a way that involves students as active participants, that is, in a way that engages while also instructing. It means that several strategies need to be adopted, from games to the use of new technologies or, among others, an interdisciplinary approach with maths, (social) sciences and arts, for instance. In an attempt to motivate gifted and talented children that were attending elementary school in a small town near Viseu, in Portugal, The School of Education of the Polytechnic Institute of Viseu was asked to be part of a project in 2013, in a collaborative partnership that proved successful and that was re-enacted in 2015. It is in light of the above that, in this paper, we aim to: a) describe the support that the School of Education provided to these participants, children who were between six and fourteen, by presenting Portuguese language activities that intended to stimulate creative thinking and artistic production; and b) discuss the results of the project, by analysing the students’ productions across verbal and visual modes (ie. script writing and dubbing an excerpt of an animation film, interviews, news reports, drawings, the creation and recitation of poems…). Future activities are on the table, meaning that the School of Education’s commitment to feeding the students’ creativity has shown promising results. Creativity in Portuguese classes is not a guarantee of success but it certainly is food for thought.
Resumo:
De tradição oral e de origem remota, os provérbios circunscrevem a realidade cultural dos seus criadores e utilizadores. A sua riqueza reside, por um lado, na mensagem sintética e por isso, também, pragmática, ao ser utilizada como âncora em contextos específicos; reside, por outro lado, na construção de metáforas conceptuais, tradutoras de verdades e generalizações sedimentadas na observação empírica. É nestas que a língua portuguesa (LP) germina a dimensão cultural e permite a exploração de mundividências partilhadas, transparentes, translúcidas ou opacas. O trabalho que propomos apresentar descreve um conjunto de atividades realizadas com alunos do 5.o ao 8.o ano de escolaridade, no âmbito de um programa desenvolvido por um agrupamento de escolas da região de Viseu e uma instituição de ensino superior durante o ano letivo de 2013-2014. As atividades que propusemos implicaram considerar a LP a partir de diferentes prismas, perspetivando-a não só como código verbal, como herança cultural, mas também como espaço de criação e criatividade. Assim, a sedimentação de significados que foram construindo a LP é apresentada aos alunos como enigma a desvelar. Neste sentido, propomos a) analisar a representação gráfica de provérbios feita por alunos do ensino básico; b) refletir sobre a influência da LP na formação de provérbios em países de expressão portuguesa. A sua interpretação é padronizada, mas permeável a ambiguidades. Neste caso, e a partir da comparação de um exercício de equivalência entre provérbios representados pela variedade do português, revelamos a seleção dos alunos.
Resumo:
Numa época pautada por desafios comunicacionais de elevada exigência, as práticas de leitura e de escrita assumem particular relevância. Os futuros profissionais da Educação Social, dado o pendor educacional e comunicacional de que se revestirá a sua atividade, terão de ler e escrever de forma proficiente. Deste modo, o propósito deste estudo é identificar e compreender os principais aspetos que caracterizam as representações dos estudantes futuros profissionais da Educação Social sobre a importância da leitura e da escrita, relativamente ao seu futuro labor. Considerou-se adequada uma abordagem de natureza qualitativa, tendo como referencial metodológico o estudo de caso. Participaram 105 estudantes do 1.º ano do curso de Educação Social, inscritos na unidade curricular de Técnicas de Produção de Texto, no 1.º semestre de 2014/2015 e de 2015/2016. Foram analisadas 210 reflexões individuais realizadas no início e no final da unidade curricular. Concluiu-se que os estudantes atribuíam considerável relevância à leitura e à escrita para o seu futuro profissional, tendo sido possível compreender que as suas representações se caracterizavam por alguma diversidade, destacando-se o «desenvolvimento profissional», a «comunicação interpessoal» e o «desenvolvimento de técnicas de produção de texto». Inferiu-se igualmente a necessidade de realizar mais estudos que possibilitem aprofundar o conhecimento sobre a relevância da leitura e da escrita para os futuros profissionais da Educação Social, de modo a que a formação destes estudantes se possa adequar aos desafios crescentes que os aguardam.