376 resultados para Vacina


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Objetiva-se analisar a prática do enfermeiro em sala de vacina, mediante o modelo de vigilância à saúde como referência. Trata-se da análise crítica reflexiva realizada através de observação, durante as práticas como docentes, em Unidades Básicas de Saúde. Percebeu-se que o enfermeiro responsável pela sala de vacinação desenvolve pouca atividade fixa específica, indo à sala para resolver algumas dificuldades ou na ausência de funcionários. O perfil epidemiológico e o modelo de vigilância à saúde são pouco usados, sinalizado pelo comportamento indiferente dos usuários. As atividades de vacinação devem ser desenvolvidas por uma equipe de enfermagem com participação do enfermeiro, a fim de oferecer um serviço de qualidade e atender a demanda individual e coletiva

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No presente trabalho procede-se a uma descrição sobre os aspetos considerados mais relevantes relativos à vida e à obra do extraordinário cientista e humanista do século XIX – Louis Pasteur. Contextualiza-se, também, em vários pontos, a sua obra com a de outros cientistas da época, enquadrando os trabalhos por si realizados em descobertas anteriores. Abordam-se os magníficos estudos feitos no âmbito da cristalografia (que muito contribuíram para a moderna estereoquímica) e da fermentação, como um mecanismo utilizado por certos microrganismos para produzir energia na ausência de oxigénio, facto totalmente inédito na época. Explica-se como Pasteur, de uma forma inteligentíssima, conseguiu pôr fim à velha teoria da geração espontânea. Refere-se como surgiu a genial ideia da pasteurização, termo em homenagem ao grande sábio, que veio a modificar toda a indústria do vinho, da cerveja e de tantos outros alimentos, estabelecendo a importância da microbiologia na indústria alimentar. Abordam-se os estudos realizados por Pasteur sobre doenças infeciosas (a pebrina, a cólera das galinhas, o carbúnculo e a raiva), incluindo os espetaculares procedimentos que conduziram à elaboração das primeiras vacinas que ensinaram aos cientistas mais novos a fabricar outras, salvando-se tantas vidas.

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Ao longo dos últimos tempos, a Mycobacterium tuberculosis tem sido alvo de estudos mais aprofundados, visto ser um dos agentes infeciosos que mais pessoas infeta em todo mundo, quer sob a forma ativa, quer sob a forma latente. Assim sendo, têm sido desenvolvidas várias estratégias para o seu controlo e tratamento, que se mostram bastante promissoras. Atualmente existe ainda uma preocupação especial relativamente ao aparecimento de resistências ao bacilo de Kock. Desta forma, são importantes algumas medidas que promovam a diminuição destes casos de resistência, nomeadamente o supervisionamento por um profissional de saúde, como garantia que o tratamento medicamentoso é feito de forma completa e correta. Apesar de tudo, os últimos desenvolvimentos no controlo e tratamento da tuberculose apresentam algumas falhas, desde a falta de eficácia até ao aparecimento de efeitos adversos indesejados, o que alarga ainda mais o período que leva até que um novo tratamento e/ou vacina possam ser inseridos no sistema de saúde. Este trabalho tem como objetivo a revisão do estado atual dos desenvolvimentos em torno do tratamento e controlo da tuberculose nomeadamente da forma resistente, assim como o seu atual impacto na sociedade.

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Este estudo pretende divulgar a análise preliminar dos dados da atividade gripal em Portugal na época de 2015/2016 (setembro de 2015 a junho de 2016). Segundo o Programa Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG) a atividade gripal foi considerada de baixa intensidade, tendo ocorrido o período epidémico entre as semanas 1/2016 e 9/2016. O valor máximo de incidência foi observado na semana 3/2016 (59,4 casos por 100 000 habitantes). O vírus da gripe foi detetado em 40,7% (449/1.104) dos casos de síndroma gripal (SG) estudados. O vírus da gripe do subtipo A(H1)pdm09 foi detetado em 90,4% (406/449) dos casos de gripe. O vírus A(H1)pdm09 foi o mais frequente em todos os grupos etários, sendo a percentagem mais elevada no grupo etário 65 ou mais anos (97,4%). O vírus da gripe do tipo B (linhagem Victoria) foi detetado com maior frequência nas crianças entre os 5 e os 14 anos de idade (14,3%). Todos os vírus da gripe A(H1)pdm09 isolados e caraterizados antigenicamente foram semelhantes à estirpe vacinal A/California/7/2009, contemplada na vacina antigripal do Hemisfério Norte 2015/2016. Os vírus da gripe do tipo B (linhagem Victoria) caraterizados foram antigénicamente diferentes da estirpe contemplada na vacina antigripal do Hemisfério Norte 2015-2016. Foi detetado em circulação o vírus do subtipo A(H3), semelhante à estirpe selecionada para a composição da vacina antigripal da época de 2016/2017 (A/Hong Kong/4801/2014). Os vírus da gripe A(H1)pdm09 que predominaram em circulação em Portugal durante a época de 2015/2016 foram antigenicamente semelhantes à estirpe que integrou a vacina antigripal para o mesmo inverno.

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Dando continuidade à monitorização da cobertura da vacina antigripal sazonal (VAGS), o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do Departamento de Epidemiologia, estudou a taxa de cobertura da VAGS na época 2015/2016. Este estudo teve como objetivos estimar a taxa de cobertura da vacina antigripal da população portuguesa residente no continente na época gripal de 2015/2016, nos grupos de risco, e por NUTS II, bem como caracterizar a prática da VAGS. O estudo epidemiológico, transversal, consistiu num inquérito realizado por entrevista telefónica e por via web à amostra de famílias ECOS (Em Casa Observamos Saúde), realizado entre março e maio de 2016 (1005 Unidades de Alojamento). A cobertura bruta da população pela VAGS foi 16,2% (IC95%: 13,5% a 19,5%) e 50,1% (IC95%: 42,1% a 58,1%) na população com 65 ou mais anos de idade. Comparativamente à época anterior, 2014/2015, os valores obtidos verificam-se semelhantes (17,1% na população geral e 50,9% na população com 65 ou mais anos). A vacinação antigripal sazonal decorreu, principalmente, nos Centros de Saúde do Serviço Nacional de Saúde (60,4%) seguido pela farmácia (30,6%). A amostra ECOS tem vindo a revelar-se, ao longo dos últimos anos, uma forma adequada de monitorização da cobertura da VAGS na população portuguesa, capaz de detetar alterações nas tendências de vacinação relacionadas com a implementação de medidas de Saúde Pública, entre as quais a gratuitidade da vacina para os idosos.

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Observa-se na prática das unidades de saúde, ainda hoje, o pouco conhecimento das mães sobre o processo de vacinação e pouco envolvimento do enfermeiro nesse processo, principalmente na área de educação em saúde. O objetivo é identificar as ações de enfermagem na sala de vacina e descrever o conhecimento das mães/cuidadores acerca da vacinação infantil. Estudo exploratório-descritivo com abordagem quantitativa. A população foi composta por 43 mães e/ou cuidadores e 10 profissionais de enfermagem. Ocorreu em duas Unidades de Saúde da Família, na Zona Oeste de Natal/RN, em novembro e dezembro/2008. A maioria das mães (88,4%) conhece a importância de vacinar a crianças, embora não saibam quais as vacinas estão sendo dadas e para quais doenças são destinadas. A maioria dos profissionais prioriza mais a técnica do que a atividade educativa. Percebe-se, portanto, que há lacunas no saber das mães/cuidadores e nas ações de enfermagem que visem um trabalho promocional na sala de vacinação

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Objetiva-se analisar a prática do enfermeiro em sala de vacina, mediante o modelo de vigilância à saúde como referência. Trata-se da análise crítica reflexiva realizada através de observação, durante as práticas como docentes, em Unidades Básicas de Saúde. Percebeu-se que o enfermeiro responsável pela sala de vacinação desenvolve pouca atividade fixa específica, indo à sala para resolver algumas dificuldades ou na ausência de funcionários. O perfil epidemiológico e o modelo de vigilância à saúde são pouco usados, sinalizado pelo comportamento indiferente dos usuários. As atividades de vacinação devem ser desenvolvidas por uma equipe de enfermagem com participação do enfermeiro, a fim de oferecer um serviço de qualidade e atender a demanda individual e coletiva

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O Cancro do Colo do Útero (CCU) é uma das principais causas de morte por neoplasia nas mulheres, em todo o mundo. A principal etiologia do CCU é a infeção persistente pelas estirpes oncogénicas do Vírus do Papiloma Humano (HPV) (Ferreira, 2013). Esta temática é de grande interesse para a Saúde Pública por se tratar de uma infeção que na maioria dos casos se apresenta de forma assintomática, afetando ambos os sexos (Leite, Lisboa, & Azevedo, 2011). O presente trabalho tem como objetivos avaliar os conhecimentos dos alunos do Ensino Secundário do Agrupamento de escolas Emidio Garcia, em Bragança, sobre o HPV e CCU e conhecer os dados referentes à cobertura vacinal da população do Concelho de Bragança, relativamente à vacina do HPV no ano de 2014. O estudo efetuado é de tipologia observacional-descritivo e correlacional, de paradigma quantitativo através de um processo sistemático de recolha de dados, num plano transversal. Numa amostra de 196 alunos do ensino secundário do Agrupamento de escolas Emídio Garcia em Bragança, com base num erro amostral de 5%, com um nível de confiança de fidelidade de 95%, classificada como amostra não probabilística, acidental/ocasional. O instrumento de recolha de dados utilizado foi um questionário da autoria de Diana Ramada e Rui Medeiros, validado e devidamente autorizado. As principais conclusões do estudo relativamente aos conhecimentos sobre esta temática por parte dos alunos, revelam que o maior conhecimento reside nos mais jovens com idades compreendidas entre os 15 e 16 anos em relação aos alunos de 18 e 19 anos. São alunos que estão bem informados no que diz respeito às manifestações e aos fatores de risco da infeção por HPV, conscientes de que afeta tanto o sexo feminino com o masculino e que os indivíduos do sexo masculino podem ser portadores assintomáticos. Reconhecem que a infeção pelo vírus do HPV é curável e que a persistência desta infeção pode provocar CCU. Existe uma lacuna relativamente ao HPV ser o agente mais comum das IST, em que 93,4% dos inquiridos respondeu ser o HIV. Revelam desconhecimento relativamente à localização e modos de transmissão deste vírus. Manifestaram interesse por adquirir e aprofundar conhecimentos, assinalando a escola e os profissionais de saúde como centro de informação. Existe, no entanto, um aspeto positivo a concluir, ao se verificar que a vacinação tem uma grande adesão e que é cumprido o esperado pelo Plano Nacional de Vacinação, diminuindo o risco de infeção por HPV e em consequência reduzindo a incidência do CCU, por infeção persistente de HPV.

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The EuroEVA study aimed to estimate the 2015-16 end of season influenza vaccine effectiveness for all population and for the influenza vaccination target group. The presented results resulted from implementation of the study during 2015/2016 season.

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This report was prepared as part of the Project “Monitoring Influenza vaccine effectiveness during influenza seasons and pandemics in the European Union” and describes the results obtained in Portugal under the Protocol Agreement celebrated between EpiConcept SARL, Paris and National Health Institute Dr. Ricardo Jorge, Lisbon. Data and activities related to the individuals 65 years and more were funded by European Union’s Horizon 2020 research and innovation programme under grant agreement no 634446.

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O vírus da gripe é uma das maiores causas de morbilidade e mortalidade em todo o mundo, afetando um elevado número de indivíduos em cada ano. Em Portugal a vigilância epidemiológica da gripe é assegurada pelo Programa Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG), através da integração da informação das componentes clínica e virológica, gerando informação detalhada relativamente à atividade gripal. A componente clínica é suportada pela Rede Médicos-Sentinela e tem um papel especialmente relevante por possibilitar o cálculo de taxas de incidência permitindo descrever a intensidade e evolução da epidemia de gripe. A componente virológica tem por base o diagnóstico laboratorial do vírus da gripe e tem como objetivos a deteção e caraterização dos vírus da gripe em circulação. Para o estudo mais completo da etiologia da síndrome gripal foi efectuado o diagnóstico diferencial de outros vírus respiratórios: vírus sincicial respiratório tipo A (RSV A) e B (RSV B), o rhinovírus humano (hRV), o vírus parainfluenza humano tipo 1 (PIV1), 2 (PIV2) e 3 (PIV3), o coronavírus humano (hCoV), o adenovírus (AdV) e o metapneumovirus humano (hMPV). Desde 2009 a vigilância da gripe conta também com a Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe que atualmente é constituída por 15 hospitais onde se realiza o diagnóstico laboratorial da gripe. A informação obtida nesta Rede Laboratorial adiciona ao PNVG dados relativos a casos de doença respiratória mais severa com necessidade de internamento. Em 2011/2012, foi lançado um estudo piloto para vigiar os casos graves de gripe admitidos em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) que deu origem à atual Rede de vigilância da gripe em UCI constituída em 2015/2016 por 31 UCI (324 camas). Esta componente tem como objetivo a monitorização de novos casos de gripe confirmados laboratorialmente e admitidos em UCI, permitindo a avaliação da gravidade da doença associada à infeção pelo vírus da gripe. O Sistema da Vigilância Diária da Mortalidade constitui uma componente do PNVG que permite monitorizar a mortalidade semanal por “todas as causas” durante a época de gripe. É um sistema de vigilância epidemiológica que pretende detetar e estimar de forma rápida os impactos de eventos ambientais ou epidémicos relacionados com excessos de mortalidade. A notificação de casos de Síndrome Gripal (SG) e a colheita de amostras biológicas foi realizada em diferentes redes participantes do PNVG: Rede de Médicos-Sentinela, Rede de Serviços de Urgência/Obstetrícia, médicos do Projeto EuroEVA, Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe e Rede vigilância da gripe em UCI. Na época de vigilância da gripe de 2015/2016 foram notificados 1.273 casos de SG, 87% dos quais acompanhados de um exsudado da nasofaringe para diagnóstico laboratorial. No inverno de 2015/2016 observou-se uma atividade gripal de baixa intensidade. O período epidémico ocorreu entre a semana 53/2015 e a semana 8/2016 e o valor mais elevado da taxa de incidência semanal de SG (72,0/100000) foi observado na semana 53/2015. De acordo com os casos notificados à Rede Médicos-Sentinela, o grupo etário dos 15 aos 64 anos foi o que apresentou uma incidência cumulativa mais elevada. O vírus da gripe foi detetado em 41,0% dos exsudados da nasofaringe recebidos tendo sido detetados outros vírus respiratórios em 24% destes. O vírus da gripe A(H1)pdm09 foi o predominantemente detetado em 90,4% dos casos de gripe. Foram também detetados outros vírus da gripe, o vírus B - linhagem Victoria (8%), o vírus A(H3) (1,3%) e o vírus B- linhagem Yamagata (0,5%). A análise antigénica dos vírus da gripe A(H1)pdm09 mostrou a sua semelhança com a estirpe vacinal 2015/2016 (A/California/7/2009), a maioria dos vírus pertencem ao novo grupo genético 6B.1, que foi o predominantemente detetado em circulação na Europa. Os vírus do tipo B apesar de detetados em número bastante mais reduzido comparativamente com o subtipo A(H1)pdm09, foram na sua maioria da linhagem Victoria que antigenicamente se distinguem da estirpe vacinal de 2015/2016 (B/Phuket/3073/2013). Esta situação foi igualmente verificada nos restantes países da Europa, Estados Unidos da América e Canadá. Os vírus do subtipo A(H3) assemelham-se antigenicamente à estirpe selecionada para a vacina de 2016/2017 (A/Hong Kong/4801/2014). Geneticamente a maioria dos vírus caraterizados pertencem ao grupo 3C.2a, e são semelhantes à estirpe vacinal para a época de 2016/2017. A avaliação da resistência aos antivirais inibidores da neuraminidase, não revelou a circulação de estirpes com diminuição da suscetibilidade aos inibidores da neuraminidase (oseltamivir e zanamivir). A situação verificada em Portugal é semelhante à observada a nível europeu. A percentagem mais elevada de casos de gripe foi verificada nos indivíduos com idade inferior a 45 anos. A febre, as cefaleias, o mal-estar geral, as mialgias, a tosse e os calafrios mostraram apresentar uma forte associação à confirmação laboratorial de um caso de gripe. Foi nos doentes com imunodeficiência congénita ou adquirida que a proporção de casos de gripe foi mais elevada, seguidos dos doentes com diabetes e obesidade. A percentagem total de casos de gripe em mulheres grávidas foi semelhante à observada nas mulheres em idade fértil não grávidas. No entanto, o vírus da gripe do tipo A(H1)pdm09 foi detetado em maior proporção nas mulheres grávidas quando comparado as mulheres não grávidas. A vacina como a principal forma de prevenção da gripe é especialmente recomendada em indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos, grávidas e profissionais de saúde. A vacinação antigripal foi referida em 13% dos casos notificados. A deteção do vírus da gripe ocorreu em 25% dos casos vacinados e sujeitos a diagnóstico laboratorial estando essencialmente associados ao vírus da gripe A(H1)pdm09, o predominante na época de 2015/2016. Esta situação foi mais frequentemente verificada em indivíduos com idade compreendida entre os 15 e 45 anos. A confirmação de gripe em indivíduos vacinados poderá estar relacionada com uma moderada efetividade da vacina antigripal na população em geral. A informação relativa à terapêutica antiviral foi indicada em 67% casos de SG notificados, proporção superior ao verificado em anos anteriores. Os antivirais foram prescritos a um número reduzido de doentes (9,0%) dos quais 45.0% referiam pelo menos a presença de uma doença crónica ou gravidez. O antiviral mais prescrito foi o oseltamivir. A pesquisa de outros vírus respiratórios nos casos de SG negativos para o vírus da gripe, veio revelar a circulação e o envolvimento de outros agentes virais respiratórios em casos de SG. Os vírus respiratórios foram detetados durante todo o período de vigilância da gripe, entre a semana 40/2015 e a semana 20/2016. O hRV, o hCoV e o RSV foram os agentes mais frequentemente detetados, para além do vírus da gripe, estando o RSV essencialmente associado a crianças com idade inferior a 4 anos de idade e o hRV e o hCoV aos adultos e população mais idosa (≥ 65 anos). A Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe, efetuou o diagnóstico da gripe em 7443 casos de infeção respiratória sendo o vírus da gripe detetado em 1458 destes casos. Em 71% dos casos de gripe foi detetado o vírus da gripe A(H1)pdm09. Os vírus da gripe do tipo A(H3) foram detetados esporadicamente e em número muito reduzido (2%), e em 11% o vírus da gripe A (não subtipado). O vírus da gripe do tipo B foi detetado em 16% dos casos. A frequência de cada tipo e subtipo do vírus da gripe identificados na Rede Hospitalar assemelha-se ao observado nos cuidados de saúde primários (Rede Médicos-Sentinela e Serviços de Urgência). Foi nos indivíduos adultos, entre os 45-64 anos, que o vírus A(H1)pdm09 representou uma maior proporção dos casos de gripe incluindo igualmente a maior proporção de doentes que necessitaram de internamento hospitalar em unidades de cuidados intensivos. O vírus da gripe do tipo B esteve associado a casos de gripe confirmados nas crianças entre os 5 e 14 anos. Outros vírus respiratórios foram igualmente detetados sendo o RSV e os picornavírus (hRV, hEV e picornavírus) os mais frequentes e em co circulação com o vírus da gripe. Durante a época de vigilância da gripe, 2015/2016, não se observaram excessos de mortalidade semanais. Nas UCI verificou-se uma franca dominância do vírus da gripe A(H1)pdm09 (90%) e a circulação simultânea do vírus da gripe B (3%). A taxa de admissão em UCI oscilou entre 5,8% e 4,7% entre as semanas 53 e 12 tendo o valor máximo sido registado na semana 8 de 2016 (8,1%). Cerca de metade dos doentes tinha entre 45 e 64 anos. Os mais idosos (65+ anos) foram apenas 20% dos casos, o que não será de estranhar, considerando que o vírus da gripe A(H1)pdm09 circulou como vírus dominante. Aproximadamente 70% dos doentes tinham doença crónica subjacente, tendo a obesidade sido a mais frequente (37%). Comparativamente com a pandemia, em que circulou também o A(H1)pdm09, a obesidade, em 2015/2016, foi cerca de 4 vezes mais frequente (9,8%). Apenas 8% dos doentes tinha feito a vacina contra a gripe sazonal, apesar de mais de 70% ter doença crónica subjacente e de haver recomendações da DGS nesse sentido. A taxa de letalidade foi estimada em 29,3%, mais elevada do que na época anterior (23,7%). Cerca de 80% dos óbitos ocorreram em indivíduos com doença crónica subjacente que poderá ter agravado o quadro e contribuído para o óbito. Salienta-se a ausência de dados históricos publicados sobre letalidade em UCI, para comparação. Note-se que esta estimativa se refere a óbitos ocorridos apenas durante a hospitalização na UCI e que poderão ter ocorrido mais óbitos após a alta da UCI para outros serviços/enfermarias. Este sistema de vigilância da gripe sazonal em UCI poderá ser aperfeiçoado nas próximas épocas reduzindo a subnotificação e melhorando o preenchimento dos campos necessários ao estudo da doença. A época de vigilância da gripe 2015/2016 foi em muitas caraterísticas comparável ao descrito na maioria dos países europeus. A situação em Portugal destacou-se pela baixa intensidade da atividade gripal, pelo predomínio do vírus da gripe do subtipo A(H1)pdm09 acompanhada pela deteção de vírus do tipo B (linhagem Victoria) essencialmente no final da época gripal. A mortalidade por todas as causas durante a epidemia da gripe manteve-se dentro do esperado, não tendo sido observados excessos de mortalidade. Os vírus da gripe do subtipo predominante na época 2015/2016, A(H1)pdm09, revelaram-se antigénicamente semelhantes à estirpe vacinal. Os vírus da gripe do tipo B detetados distinguem-se da estirpe vacinal de 2015/2016. Este facto conduziu à atualização da composição da vacina antigripal para a época 2016/2017. A monitorização contínua da epidemia da gripe a nível nacional e mundial permite a cada inverno avaliar o impacto da gripe na saúde da população, monitorizar a evolução dos vírus da gripe e atuar de forma a prevenir e implementar medidas eficazes de tratamento da doença, especialmente quando esta se apresenta acompanhada de complicações graves.

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Leptospirosis is a worldwide zoonosis of considerable medical and economical importance that affects humans in both urban and rural contexts, as well as domestic animals and wild fauna. Leptospira interrogans is the causative agent and is transmitted to humans by indirect contact with contaminated soil or water. The clinical syndromes include sub clinical infection, self-limited anicteric febrile illness, and severe and potentially fatal illness, known as Weil´s syndrome. In developed countries, leptospirosis is related to occupational or recreational activities while in developing countries, outbreaks occur during floods. In those regions, traditional strategies to prevent the transmission are difficulties to be implemented because of costs and lack of community acceptance. In addition, no efficient vaccine is available for human use. Several studies have suggested that chemoprophylaxis with doxycycline pre and post-exposure may be effective to prevent leptospirosis. Leptospirosis has been reported in rural areas of the State of Rio Grande do Norte, Brazil since 1985 in rice farmers who present the anicteric illness. The disease cause great social and economics impact. The study was conducted in São Miguel where an epidemic of leptospirosis in rice farmers was reported. The main objective was to determine the efficacy of doxycycline in preventing Leptospira exposure. A taxa de soroprevalência de leptospirose na população estudada antes e após a colheita foi de 14,2% (n=22) e de 16.6% (n=27) respectivamente. Anti-Leptospira serology was determined for 61 subjects in two instances, pre and post-exposure to potential contaminated water. There was an increased risk of 29.0 per cent in acquiring infection for individuals that did not use doxycycline. In addition, an increased risk of 30.0 % observed in farmers who did not use protection when exposed to Leptospira. The adhesion to preventive chemoprophylaxis was 55.7%. Therefore doxycycline, under specific circunstances appears to be an effective alternative to protect against leptosprirosis infection. A large sample composed of individuals to adhere to preventive therapy is needed to define time, dosage and length of use of doxycycline in this area

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Tese de Doutoramento em Ciências Veterinárias na especialidade de Sanidade Animal

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Enterotoxemia in sheep and in goats is caused by the effects of the epsilon toxin of C/ostridium perfringens type D, being considered the main infectious cause of mortality in those animal species. The main prophylactic measures include adequate nutritional management and vaccination of ali animais using vaccines of high immunogenic power. Six commercial vaccines containing in its formulation the epsilon toxoid of C. perfringens type D were sorogically evaluated. Eighty four female goat kids, whose mothers had no previous vaccination history against clostridioses were used. They were divided into six groups of 14 animais each. The animais of the control group didn't receive any vaccine dose and the animais from the groups 1 to 5 received two vaccine doses, The first vaccine dose was applied at 45 days of life (day zero) and the second dose at 75 days (30 days after the first dose). Blood samples were collected from the goat kids at the days zero, 30, 60, 90, 120 and 150 after the beginning of the experiment, in order to evaluate the immunologic response. The Indirect ELlSA technique was used for the quantification of the antibodies against epsilon toxin in the samples of blood serum of the animais. In day zero, no animal presented titre considered protector. The largest number of animais considered protected was found at day 60, in response to the two initial doses of the vaccine (days O and 30, first and second doses, respectively). Only tive animaIs which received the vaccine 1 and one animal which received the vaccine 3 stayed wilh titres of antibodies considered up to 150 days after the first vaccine dose. Based on the results, it was concluded lhat the evaluated vaccines showed small amount of epsilon toxoid in the commercial formulations, a crucial fact for lhe low efficiency of. the vaccines. For commercial reasons, the vaccines against the clostridioses present versatile formulations, with several toxoid types, used for various animal species, which certainly contributed to reduce their effectiveness in preventing the iIInesses caused by the clostridia or their toxins.

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Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Patologia Molecular, 2015.