180 resultados para GASTROENTEROLOGIA


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A Doença Celíaca (DC) é uma doença autoimune que afeta o intestino delgado de indivíduos geneticamente susceptíveis após contato com o glúten. Diversos estudos têm relatado aumento da prevalência ao longo dos anos. Objetivo: Determinar a prevalência de DC em pacientes adultos sem diarreia encaminhados à Disciplina de Gastroenterologia do HUPE da UERJ para serem submetidos a Endoscopia Digestiva Alta (EDA).Comparar os resultados do histopatológico das biópsias duodenais com os resultados sorológicos, utilizando o anticorpo antitransglutaminase tecidual IgA (ATGt IgA). Métodos: Pacientes que foram encaminhados ao nosso serviço para serem submetidos a EDA entre Julho de 2008 e Julho de 2010, com idade entre 18 e 85 anos foram aceitos no estudo. Critérios de exclusão foram cirrose, neoplasias do trato gastrointestinal, HIV, uso de imunossupressores e anticoagulantes, diarreia, hemorragia digestiva e DC. Coleta de sangue para pesquisa do anticorpo ATGt IgA (utilizando KIT ORGENTEC - Alemanha), avaliação endoscópica e exame histopatológico das biópsias de segunda porção duodenal foram feitos para cada paciente. Biópsias foram avaliadas de acordo com o critério de Marsh modificado. Resultados: Trezentos e noventa e nove pacientes consecutivos (112 homens, 287 mulheres), média de idade 49,616,4 anos, variando de 18-85 anos, sem diarreia, foram prospectivamente aceitos. Os sintomas clínicos mais prevalentes foram dor abdominal em 99,5%, pirose em 41,1%, plenitude pós prandial em 30,6%, náuseas e vômitos em 21,3%. Os achados endoscópicos foram: normais em 41,6%, lesões pépticas (esofagite, gastrite, duodenite e úlceras) em 41,6%, hérnia hiatal em 5,5%, pólipos gástricos em 3%, neoplasias em 1,3% e miscelânea em 7%. DC foi endoscopicamente diagnosticada em 13 pacientes (3,3%) com mucosa duodenal exibindo serrilhamento das pregas em 8 (2%), diminuição do pregueado em 2 (0,5%) e mucosa exibindo padrão nodular e mosaico em 3 (0,75%). Os achados histopatológicos de duodeno foram normais em 96,7%, duodenites inespecíficas em 2,7% e 3 pacientes (0,75%) confirmaram DC pelos critérios de Marsh modificado (IIIa, IIIb e IIIc). O anticorpo ATGt IgA foi positivo (>10 U/ml) em 1,3% (5/399). Conclusão: Este estudo mostrou que a prevalência de DC em pacientes dispépticos sem diarreia atendidos na Disciplina de Gastroenterologia e Endoscopia do HUPE/UERJ foi de 0,75% (1:133). A acurácia diagnóstica do anticorpo ATGt IgA é boa para pacientes com Marsh III e achados endoscópicos sugestivos. Nenhum dos pacientes tinha alterações Marsh I ou II. A EDA se mostrou um excelente método de triagem para definir os pacientes com graus mais acentuados de atrofia e que se beneficiariam de biópsia e sorologia para confirmação diagnóstica. Os resultados obtidos neste trabalho não justificam uma triagem rotineira de DC.

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OBJETIVO: Comparar dois períodos em relação ao atendimento de constipação crônica - Tempo A (1992 a 1995) e Tempo B (2002 a 2005), avaliando o número de consultas por problemas gastrintestinais; o número e a porcentagem de consultas de crianças com constipação crônica; e o número de atendimentos de crianças com constipação crônica por período de atendimento. MÉTODOS: No Tempo A, 359 pacientes foram atendidos em um período de quatro horas por semana. No Tempo B, 624 pacientes foram atendidos em três períodos de quatro horas, totalizando 12 horas por semana. RESULTADOS: Houve aumento no número absoluto de pacientes, no número de consultas por problemas gastrintestinais (2,8 vezes) e no número de consultas por constipação crônica (2,6 vezes) no Tempo B, em relação ao Tempo A. Houve manutenção na proporção de consultas por constipação crônica: média de 35,6% no Tempo A e 34,6% no Tempo B. Ocorreu aumento no número de períodos de atendimento no Tempo B (2,9 vezes maior), com igual número de consultas por período de atendimento (média de 17,4 no Tempo A e 16,6 no Tempo B) e de consultas por constipação crônica por período de atendimento (média de 6,1 no Tempo A e 5,5 no Tempo B). CONCLUSÕES: O aumento no número absoluto, e não na proporção de atendimentos por constipação crônica, pode ter ocorrido pela manutenção da prevalência populacional deste distúrbio, gerando demanda contida de encaminhamento pelo pediatra generalista. O despreparo do pediatra generalista para o atendimento deste problema poderia levar a um aumento no número de encaminhamentos aos pediatras especialistas.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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In order to better understand the natural history of chronic functional constipation, a questionnaire was applied to 163 children and infants, before beginning standardized treatment. Median age (range) at start was 3 mo(0-108 mo) but age at arrival at the Pediatric Gastroenterology Unit was 53 mo(2-146 mo). In 62.4% of the cases symptoms began before or up to 3 mo after cow's milk introduction and rarely around (-/+ 6 mo) toilet training. Possible complications appeared progressively, often at preschool or school age or as the first noticeable manifestation: recurrent abdominal pain (61.1%), fecal soiling (45.4%), fecal blood (35%), enuresis (23.3%), vomiting (19%), urinary infection (17.9%), urinary retention (8.6%). Abdominal distension was rarely detected on physical examination and was usually discrete. In conclusion, children attended in Botucatu begin their constipation at an early age, frequently associated with weaning,and important complications may ensue along years. This evolution should be avoided by prevention and early treatment of constipation.

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Mode of access: Internet.

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Mammalian gastrointestinal tract and liver are self-renewing organs that are able to sustain themselves due to stem cells present in their tissues. In constant, inflammation-related epithelial damage, vigorous activation of stem cells may lead to their uncontrolled proliferation, and further, to cancer. GATA-4, GATA-5, and GATA-6 regulate cell proliferation and differentiation in many mammalian organs. Lack of GATA-4 or GATA-6 leads to defective endodermal development and cell differentiation. GATA-4 and GATA-5 are considered the ones with tumor suppressive functions, whereas GATA-6 is more related to tumor promotion. In the digestive system their roles in inflammation and tumor-related molecular pathways remain unclear. In this study, we examined the GATA-related molecular pathways involved in normal tissue organization and renewal and in inflammation-related epithelial repair in the gastrointestinal tract and liver. The overall purpose of this study was to elucidate the relation of GATA factors to gastrointestinal and hepatic disease pathology and to evaluate their possible clinical significance in tumor biology. The results indicated distinct expression patterns for GATA-4, GATA-5, and GATA-6 in the human and murine gastrointestinal tract and liver, and their involvement in the regulation of intestine-specific genes. GATA-5 was confined to the intestines of suckling mice, suggesting an association with postnatal enzymatic changes. GATA-4 was upregulated in bowel inflammation concomitantly with TGF-β signaling. In gastrointestinal tumors, GATA-4 was restricted to benign neoplasias of the stomach, while GATA-6 was detected especially at the invasive edges of malignant tumors throughout the gut. In the liver, GATA-4 was upregulated in pediatric tumors along with erythropoietin (Epo), which was detected also in the sera of tumor patients. Furthermore, GATA-4 was enhanced in areas of vigorous hepatic regeneration in patients with tyrosinemia type I. These results suggest a central role for GATA-4 in pediatric tumor biology of the liver. To conclude, GATA-4, GATA-5, and GATA-6 are associated with normal gastrointestinal and hepatic development and regeneration. The appearance of GATA-4 along with TGF-β-signaling in the inflammatory bowel suggests a protective role in the response to inflammation-related epithelial destruction. However, in extremely malignant pediatric liver tumors, GATA-4 function is unlikely to be tumor-suppressing, probably due to the nature of the very primitive multipotent tumor cells. GATA-4, along with its possible downstream factor Epo, could be utilized as novel hepatic tumor markers to supplement the present diagnostics. They could also serve a function in future biological therapies for aggressive pediatric tumors.

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Primary biliary cirrhosis (PBC) is caused by an autoimmune inflammation of the small bile ducts. It results to destruction of bile ducts, accumulation of the bile in the liver, and cirrhosis. The prevalence and incidence of PBC is increasing in the Western world. The prevalence is highest in the USA (402 per million) and incidence in Scotland (49/million/year). Our aim was to assess the epidemiology of PBC in Finland. Patients for the epidemiological study were searched from the hospital discharge records from year 1988 to 1999.The prevalence rose from 103 to 180/million from 1988 to 1999, an annual increase of 5.1%. The incidence rose from 12 to 17 /million/year, an annual increase of 3.5%. The age at death increased markedly from 65 to 76 years. The risk of liver related deaths diminished over time. The treatment of PBC is based on Ursodeoxycholic acid (UDCA). During 20 years 50% of patients end up with cirrhosis. Our treatment option was to combine budesonide, a potent corticosteroid with a high first pass metabolism in the liver, to UDCA and evaluate the liver effects and systemic effects such as bone mass density (BMD) changes. Our aim was to find out if combination of laboratory tests would serve as a surrogate marker for PBC and help reducing the need for liver biopsy. Non-cirrhotic PBC patients were randomized to receive budesonide 6 mg/day combined to UDCA 15 mg /kg/day or UDCA alone for three years. The combination therapy with UDCA and budesonide was effective: stage improved 22%, fibrosis 25%, and inflammation 32%. In the UDCA group the changes were: 20% deterioriation in stage and 70% in fibrosis, but a 10% improvement in inflammation. BMD in femoral neck decreased by 3.6% in the combination group and by 1.9% in the UDCA group. The reductions in lumbar spine were 2.8% and 0.7%. Pharmacokinetics did not differ between the stages of PBC. HA, PIIINP, bile acids, and AST were significantly different within stages I-III and could differentiate the mild fibrosis (F0F1) from the moderate (F2F3). The combination of these individual markers (PBC-score) further improved the accuracy. The area under the ROC of the PBC score, using a cut of value 66, had a sensitivity of 81.4% and a specificity of 65.2% to classify the stage of PBC. The prevalence of PBC in Finland increases, which results from increasing incidence and improved survival. The combination of budesonide and UDCA improves liver histology compared to UDCA alone in non-cirrhotic stages of PBC. The treatment may reduce BMD. Hyaluronic acid, PIIINP, AST, and bile acids may serve as tools to monitor the treatment response in the early stages of PBC. The budesonide and UDCA combination therapy is an option for those patients who do not receive full response from UDCA and are still at the non-cirrhotic stage of PBC.

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Matrix metalloproteinases (MMPs) represent a family of 23 metalloendopeptidases, collectively capable of degrading all components of the extracellular matrix. MMPs have been implicated in several inflammatory processes such as arthritis, atherosclerosis, and even carcinomas. They are also involved in several beneficial activities such as epithelial repair. MMPs are inhibited by endogenous tissue inhibitors of matrix metalloproteinases (TIMP). In this study, MMPs were investigated in intestinal mucosa of inflammatory bowel diseases (IBD), chronic intestinal disorders. The main focus was to characterize mucosal inflammation in the intestine, but also cutaneous pyoderma gangrenosum (PG), to assess similarites with IBD inflammation. MMPs and TIMPs were mainly examined in colonic mucosa, in adult Crohn s disease (CD), and paediatric CD, ulcerative colitis (UC), and indeterminate colitis (IC). Ileal pouch mucosa of proctocolectomized paediatric onset IBD patients was also investigated to characterize pouch mucosa. The focus was on finding specific MMPs that could act as markers to differentiate between different IBD disorders, and MMPs that could be implied as markers for tissue injury, potentially serving as targets for MMP-inhibitors. All examinations were performed using immunohistochemistry. The results show that immunosuppressive agents decrease stromal expression of MMP-9 and -26 that could serve as specific targets for MMP-inhibitors in treating CD. In paediatric colonic inflammation, MMP-10 and TIMP-3 present as molecular markers for IBD inflammation, and MMP-7 for CD. MMP expression in the the pouch mucosa could not be classified as strictly IBD- or non-IBD-like. For the first time, this study describes the expression of MMP-3, -7, -9, -12, and TIMP-2 and -3 in pouch mucosa. The MMP profile in PG bears resemblance to both intestinal IBD inflammation and cutaneous inflammation. Based on the results, MMPs and their inhibitors emerge as promising tools in the differential diagnosis of IBD and characterization of the disease subtype, although further research is necessary. Furthermore, the expression of several MMPs in pouch has been described for the first time. While further research is warranted, the findings contribute to a better understanding of events occurring in IBD mucosa, as well as pyoderma gangrenosum.

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Objective: Glucocorticoid therapy is used worldwide to treat various inflammatory and immune conditions, including inflammatory bowel disease (IBD). In IBD, 80% of the patients obtain a positive response to the therapy; however the development of glucocorticoid-related side-effects is common. Our aim was therefore to study the possibility of optimizing glucocorticoid therapy in children and adolescents with IBD by measuring circulating glucocorticoid bioactivity (GBA) and serum glucocorticoid-responsive biomarkers in patients receiving steroid treatment for active disease. Methods: A total of sixty-nine paediatric IBD patients from the Paediatric Outpatient Clinics of the University Hospitals of Helsinki and Tampere participated in the studies. Control patients included 101 non-IBD patients and 41 disease controls in remission. In patients with active disease, blood samples were withdrawn before the glucocorticoid therapy was started, at 2-4 weeks after the initiation of the steroid and at 1-month intervals thereafter. Clinical response to glucocorticoid treatment and the development of steroid adverse events was carefully registered. GBA was analyzed with a COS-1 cell bioassay. The measured glucocorticoid therapy-responsive biomarkers included adipocyte-derived adiponectin and leptin, bone turnover-related collagen markers amino-terminal type I procollagen propeptide (PINP) and carboxyterminal telopeptide of type I collagen (ICTP) as well as insulin-like growth factor 1 (IGF-1) and sex hormone-binding globulin (SHBG), and inflammatory marker high-sensitivity C-reactive protein (hs-CRP). Results: The most promising marker for glucocorticoid sensitivity was serum adiponectin that associated with steroid therapy–related adverse events. Serum leptin indicated a similar trend. In contrast, circulating GBA rose in all subjects receiving glucocorticoid treatment but did not associate with the clinical response to steroids or with glucocorticoid therapy-related side-effects. Of notice, young patients (<10 years) showed similar GBA levels than older patients, despite receiving higher weight-adjusted doses of glucocorticoid. Markers of bone formation were lower in children with active IBD than in the control patients, probably reflecting the suppressive effect of the active inflammation. The onset of the glucocorticoid therapy further suppressed bone turnover. Inflammatory marker hs-CRP decreased readily after the initiation of the steroid, however the decrease did not associate with the clinical response to glucocorticoids. Conclusions: This is the first study to show that adipocyte-derived adiponectin associates with steroid therapy-induced side-effects. Further studies are needed, but it is possible that the adiponectin measurement could aid the recognition of glucocorticoid-sensitive patients in the future. GBA and the other markers reflecting glucocorticoid activity in different tissues changed during the treatment, however their change did not correlate with the therapeutic response to steroids or with the development of glucocorticoid-related side effects and therefore cannot guide the therapy in these patients. Studies such as as the present one that combine clinical data with newly developed biomolecular technology are needed to step-by-step build a general picture of the glucocorticoid actions in different tissues.

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A doença Inflamatória Intestinal (DII) é uma desordem caracterizada pela inflamação crônica do trato gastrointestinal. Os dois principais tipos de DII são a Retocolite Ulcerativa (RCU) e a Doença de Crohn (DC) e ambas cursam com importantes alterações no estado nutricional (EN). O objetivo deste estudo foi identificar as diferenças na composição corporal entre pacientes com DC, RCU e indivíduos saudáveis, além de comparar o estado nutricional dos três grupos de pacientes, ajustando para fatores que podem interferir no EN, como o uso atual de corticosteróides, a atividade física, a atividade de doença, a idade e o sexo. Foi realizado um estudo transversal que incluiu 101 pacientes com DII (50 com DC e 51 com RCU) e 35 indivíduos saudáveis, selecionados no Ambulatório do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Foram colhidas informações sócio-demográficas e pessoais, tais como: prática de atividade física, tabagismo, doenças pregressas e procedimentos cirúrgicos prévios. Outras informações necessárias à pesquisa foram coletadas em prontuário médico. A avaliação antropométrica foi realizada por meio das seguintes medidas: peso corporal; altura; circunferências do braço, da cintura (CC) e do quadril; dobras cutâneas do tríceps, subescápula, supra-ilíaca e da coxa; e circunferência muscular do braço (CMB). A análise da composição corporal foi realizada por meio da bioimpedância elétrica (BIA), utilizando-se o aparelho Biodynamics modelo 450. As variáveis laboratoriais analisadas foram: glicose, hemograma completo, perfil lipídico, proteínas totais, albumina, globulina, velocidade de hemossedimentação e proteína C reativa. O peso, o índice de massa corporal, a CC e o percentual de gordura corporal calculado a partir da aferição das dobras cutâneas, foram menores nos pacientes com DC, quando comparados aos indivíduos saudáveis e/ou aos pacientes com RCU. A CMB foi menor nos pacientes com DC e RCU quando comparados aos indivíduos saudáveis, porém sem apresentar diferenças entre os dois grupos de pacientes. Por BIA, verificou-se que os pacientes com DC apresentaram valores de massa magra, massa celular corpórea, massa extracelular, água corporal total e água extracelular menores quando comparados aos indivíduos saudáveis. Os níveis séricos de colesterol total, proteínas totais e albumina, e a contagem total de hemácias foram menores nos indivíduos com DC quando comparados aos indivíduos do grupo controle e/ou aos indivíduos do grupo da RCU. Os pacientes com RCU exibem composição corporal semelhante à da população saudável. Em contraposição, os pacientes com DC apresentam EN amplamente comprometido com depleção de gordura corporal e massa magra em relação aos demais indivíduos

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Estudos recentes têm avaliado a presença de polimorfismos do gene multidroga resistente 1 (MDR1), que codifica o transportador de membrana de efluxo chamado de P-glicoproteína, seu potencial papel na suscetibilidade das doenças inflamatórias intestinais (DII) e suas possíveis correlações com aspectos clínicos das DII. Dados conflitantes podem resultar da análise genética de populações distintas. Investigamos se os polimorfismos do gene MDR1 estão associados com as DII em população do sudeste do Brasil e suas possíveis correlações com fenótipos, atividade de doença, resposta ao tratamento e efeitos colaterais. Como métodos, a presente pesquisa trabalhou com 146 pacientes com Doença de Crohn (DC) e 90 com Retocolite Ulcerativa Idiopática (RCUI), que foram recrutados através de critérios diagnósticos estabelecidos. Os polimorfismos do MDR1 mais comumente descritos na literatura, C1236T, G2677T e C3435T, foram avaliados por PCR. As frequências genotípicas de pacientes com RCUI e DC foram analisadas na população de estudo. Associações de genótipo-fenótipo com características clínicas foram estabelecidas e riscos estimados para as mutações foram calculados. Nenhuma diferença significativa foi observada nas freqüências genotípicas para os polimorfismos G2677T/A e C3435T do MDR1 na DC ou na RCUI. O polimorfismo C1236T foi significativamente mais comum na DC do que na RCUI (p = 0,036). Na RCUI foram encontrados mais homens nos polimorfismos C1236T e G2677T no grupo de heterozigotos. Foram encontradas associações significativas entre o polimorfismo C3435T do gene MDR1 em pacientes com fenótipo estenosante na DC (OR: 3,16, p = 0,036), em oposição ao comportamento penetrante (OR: 0,31, p = 0,076). Na DC, associações positivas também foram encontradas entre o polimorfismo C3435T, à atividade moderada/severa da doença (OR: 3,54, p = 0,046), e à resistência / refratariedade ao corticosteróide (OR: 3,29, p = 0,043) nos homozigotos polimórficos. Nenhuma associação significativa foi encontrada entre os polimorfismos do MDR1 e categorias fenotípicas, atividade de doença ou resposta ao tratamento da RCUI. Em conclusão, os resultados do presente estudo sugerem que os polimorfismos do gene MDR1 poderiam estar implicados na susceptibilidade a DC e no seu fenótipo estenosante, como também estarem associados com uma resposta inadequada ao tratamento em um grupo de pacientes com DC. A forte relação com a DC suporta a existência de papéis adicionais para o MDR1 em mecanismos específicos subjacentes na patogênese da DC, como o controle da microbiota intestinal, mediação e regulação da fibrose. Além disso, compreender os efeitos de vários fármacos associados a estas variantes do MDR1 pode contribuir para a prescrição personalizada de regimes terapêuticos.

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A azatioprina e a 6 mercaptopurina (6-MCP) são drogas muito utilizada no tratamento das doenças inflamatórias intestinais (DII), porém estão associadas a vários efeitos colaterais. A determinação prévia do genótipo da tiopurina metiltransferase (TPMT) pode identificar pacientes de maior risco de toxicidade a droga. Os objetivos deste estudo foram avaliar a prevalência dos polimorfismos do gene da TPMT em pacientes com DII acompanhados no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) da UERJ, comparando com a prevalência em outras populações e correlacionar a presença desses polimorfismos com a toxicidade às drogas. Foram avaliados 146 pacientes com doença de Crohn (DC) e 73 com retocolite ulcerativa idiopática (RCUI). A pesquisa dos principais genótipos da TPMT (*2, *3, *3C) foi realizada por técnicas de PCR (alelo específico e RFLP). Os achados clínicos foram correlacionados com a genotipagem e avaliados por análises multivariadas. Dentre os pacientes que estavam em uso de azatioprina, 14 apresentaram pancreatite ou elevação de enzimas pancreáticas, 6 apresentaram hepatoxicidade e 2 evoluíram com neutropenia. Os polimorfismos do gene da TPMT foram observados em 37 dos 219 pacientes (8 foram heterozigotos para o genótipo *2, 11 heterozigotos para *3A e 18 foram heterozigotos para o polimorfismo *3C). Não foi observado nenhum homozigoto polimórfico. Uma correlação positiva foi observada entre a elevação de enzimas pancreáticas e os genótipos *2 e *3C. A prevalência dos polimorfismos neste estudo (16,89%) foi maior que a descrita para população caucasiana e em outros estudos brasileiros. Apesar do predomínio do genótipo *3C, não houve ocorrência exclusiva de um polimorfismo, conforme observado em outras populações. A população brasileira devido à sua miscigenação têm características genotípicas próprias diferentes do outros países do mundo. Dois polimorfismos da TPMT (*2 e *3C) estiveram associados à toxicidade ao uso da azatioprina em pacientes com DII no sudeste do Brasil. O teste genético pode auxiliar na escolha da melhor droga e na dose ideal para os pacientes portadores de DII antes do início do tratamento.

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A fibrose hepática é o aspecto mais relevante e o mais importante determinante de morbimortalidade na hepatite C crônica (HCC). Historicamente, a biópsia hepática é o método de referência para avaliação da fibrose causada pela HCC, apesar de apresentar limitações. O estudo de marcadores não invasivos, que possam obviar a necessidade da biópsia, é uma área de constante interesse na hepatologia. Idealmente, a avaliação da fibrose hepática deveria ser acurada, simples, prontamente disponível, de baixo custo e informar sobre o prognóstico da patologia. Os marcadores não invasivos mais estudados são a elastografia hepática transitória (EHT) e os laboratoriais. A EHT já foi extensamente validada na HCC e está inserida na rotina de avaliação destes pacientes. Dentre os laboratoriais, existem diversos testes em continua experimentação e, até o momento, nenhum foi integrado à prática clínica no Brasil, embora já aplicados rotineiramente em outros países. O Enhanced Liver Fibrosis (ELF), um teste que dosa no soro ácido hialurônico, pró-peptídeo amino-terminal do colágeno tipo III e inibidor tissular da metaloproteinase 1, tem se mostrado bastante eficaz na detecção de fibrose hepática significativa e de cirrose na HCC. Neste estudo o ELF teve o seu desempenho avaliado em relação a biópsia hepática e demonstrou apresentar boa acurácia na detecção tanto de fibrose significativa quanto de cirrose. Na comparação com a EHT apresentou acurácia semelhante para estes mesmos desfechos, com significância estatística. No entanto, foi observada uma superestimação da fibrose com a utilização dos pontos de corte propostos pelo fabricante. Este achado está em acordo com a literatura, onde não há consenso sobre o melhor ponto de corte a ser empregado na prática clínica. Com a ampliação da casuística foi possível propor novos pontos de corte, através da análise clássica, com a biópsia hepática como padrão ouro. O resultado obtido vai ao encontro do observado por outros autores. Em seguida, os novos pontos de corte do ELF foram reavaliados sem que a biópsia hepática fosse a referência, através da análise de classes latentes. Mais uma vez o ELF apresentou bom desempenho, inclusive com melhora de suas sensibilidade e especificidade em comparação com a análise clássica, onde a biópsia hepática é a referência. Assim sendo, é possível concluir que o ELF é um bom marcador não invasivo de fibrose hepática. No entanto, para detecção de fibrose significativa e cirrose, deve ser considerada a aplicação na prática clínica dos novos pontos de corte aqui propostos.