886 resultados para Doença periodontal Tratamento


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A difteria uma sndrome toxmica causada pelo Corynebacterium diphtheriae. Embora programas de imunizao mantenham a doença sob controle em pases desenvolvidos, a difteria ainda permanece endmica em diversas partes do mundo, especialmente em indivduos parcialmente imunizados para toxina diftrica. Junto a isso, nos ltimos 20 anos, tem-se observado a ocorrncia crescente de quadros de infeces sistmicas causados por cepas atoxinognicas. A penicilina e eritromicina so as principais drogas de escolha no tratamento destas infeces, entretanto, a escassez de trabalhos reavaliando a terapia de escolha e a influncia dos antibiticos no processo de interao bacteriana com clulas epiteliais humanas so escassos, logo compreendem aspectos que justificam o presente estudo. O objetivo principal deste projeto consiste na anlise da influncia do pr-tratamento de clulas epiteliais Hep-2 com os antimicrobianos penicilina e eritromicina na colonizao e viabilidade intracelular de amostras de C. diphtheriae. As monocamadas foram submetidas ao tratamento prvio com doses sricas teraputicas de penicilina (5g mL1) e eritromicina (1,92 g mL1) por 24 horas e os antibiticos foram removidos por lavagens com PBS antes da interao com a suspenso bacteriana (MOI de 107). Trs horas aps a infeco, o padro de aderncia foi investigado como tambm, realizada a anlise das bactrias viveis associadas e internalizadas nas monocamadas. O pr-tratamento com penicilina induziu a formao de perfil de aderncia difuso (AD) pelas amostras estudadas. Microorganismos que normalmente apresentam padro de aderncia localizado (AL) passaram a expressar perfil (AD) aps pr-tratamento das camadas com ambos antimicrobianos. A expresso do tipo agregativo (AA) no foi influenciada pela presena de eritromicina. A penicilina e a eritromicina reduziram o nmero de bactrias viveis associadas s clulas HEp-2 na maioria das oportunidades. Entretanto, a penicilina interferiu em maior magnitude nesse processo. As trs amostras invasoras de C. diphtheriae (HC01, HC04 e BR5015), apresentaram maior capacidade de sobrevivncia no compartimento intracelular, independente do pr-tratamento. A expresso dos perfis de aderncia assim como a capacidade de sobrevivncia no compartimento intracelular frente aos antimicrobianos testados mostraram-se independentes da produo de toxina e dos percentuais de associao com as clulas HEp-2. Foi observada uma maior eficincia da eritromicina na eliminao de bactrias viveis internalizadas reforando a utilizao clnica da eritromicina tanto no tratamento de pacientes quanto na erradicao do estado de portador. Novos estudos sero desenvolvidos para investigar alteraes na expresso de fatores de virulncia por amostras de C. diphtheriae na interao com clulas HEp-2 pr-tratadas com antimicrobianos e a influncia sobre a evoluo clnica das infeces por corinebactrias

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A hansenase, uma doença conhecida por suas leses de pele anestsicas, a principal causa de neuropatia perifrica nos pases endmicos. Os episdios reacionais so classicamente conhecidos por promover piora da funo nervosa atravs das chamadas neurites que variam de quadros exuberantes a assintomticos. Estas caractersticas da neuropatia tornam o diagnstico precoce excepcionalmente desafiador assim como a necessidade de se intervir para se prevenir leses permanentes nos nervos. Este estudo clnico, prospectivo, foi realizado selecionando-se pacientes com hansenase, independente da forma clnica, no Ambulatrio Souza Araujo, Fiocruz, Rio de Janeiro, que apresentavam episdios reacionais. O objetivo foi estudar o perfil neurolgico clnico, eletroneurofisiolgico e por imagem do nervo antes e aps o tratamento das reaes. Foram avaliados vinte e cinco pacientes levando-se em conta: exame neurolgico, avaliao fisioterpica, estudo de conduo nervosa, avaliao de espessura e ecogenicidade nervosa pelo mtodo ultrassonogrfico, fluxometria por laser Doppler e teste quantitativo da sensibilidade durante e um ano aps o tratamento da reao. Estes pacientes foram divididos em trs grupos: oito pacientes com neurite aguda, nove pacientes com neurite silenciosa e oito pacientes com reao cutnea sem neurite. Nos pacientes com episdios reacionais, observou-se predomnio do sexo masculino (60%), do grupo multibacilar (80%) e da forma clnica borderline-lepromatosa (36%). A neurite isolada foi o tipo de reao mais frequente, seguida de neurite associada reao do tipo1, seguida da neurite associada reao do tipo 2. O nervo motor mais acometido por neurite foi o fibular seguido pelo ulnar, enquanto o nervo sensitivo mais acometido foi o sural. O padro eletroneuromiogrfico caracterstico dos episdios reacionais foi a mononeurite mltipla. A ultrassonografia, a fluxometria por laser Doppler e o teste quantitativo de sensibilidade, associados clnica e ao estudo da conduo nervosa, foram tidos como exames teis para avaliao inicial e para acompanhar o tratamento dos episdios reacionais. Aps o tratamento, foi constatada melhora nos parmetros referentes funo motora, mas o mesmo no ocorreu para sensibilidade. Com esse estudo, observa-se a necessidade de acompanhamento multidiciplinar com exames especializados para os pacientes com hansenase a fim de diagnstico de reao e tratamento precoce evitando sequelas neurolgicas.

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Esse estudo buscou investigar o papel do estresse oxidativo e nitrosativo no enfisema pulmonar induzido por elastase. Foram utilizados camundongos machos C57BL/6 submetidos a dois modelos de induo do enfisema por elastase pancretica suna (PPE): intratraqueal (i.t.) e intranasal (i.n.). No modelo intratraqueal a PPE foi instilada nas doses de 0,05 U ou 0,5 U/camundongo para avaliao temporal do enfisema 7, 14 e 21 dias aps instilao de PPE. Em outra etapa, o papel da iNOS foi avaliado atravs da sua inibio farmacolgica por aminoguanidina (AMG) 1% na gua de beber ou pela sua excluso gentica em camundongos deficientes em iNOS que tiveram o enfisema induzido por 0,5 U PPE i.t. aps 21 dias. No modelo intranasal a dose de PPE foi 3 U/camundongo para avaliao temporal do enfisema (1, 7, 14 e 21 dias aps PPE). O papel do estresse oxidativo e nitrosativo foi avaliado com diferentes tratamentos antioxidantes na gua de beber: tempol, apocinina+alopurinol, n-acetilcistena, vitamina C+E, e aminoguanidina durante os 21 dias de induo do enfisema. Os grupos controles foram submetidos instilao de salina. Lavado broncoalveolar, imunoensaios, anlises bioqumicas de estresse oxidativo e ensaios morfomtricos foram realizados nos pulmes dos animais. O enfisema foi histologicamente alcanado em 21 dias aps 0,5 U PPE i.t., evidenciado pelo aumento do dimetro alveolar mdio Lm e da densidade de volume dos espaos alveolares - Vvair em comparao ao grupo controle. TNF-α foi aumentado em 7 e 14 dias aps 0,5 U PPE comparados ao controle, concomitante com a reduo de IL-10 nos mesmos perodos, comparados ao controle. O estresse oxidativo foi observado na fase inicial do enfisema, com aumento dos nveis de nitrito, TBARS e superxido dismutase no grupo 7 dias aps 0,5 U PPE (i.t.) quando comparados ao controle ao passo que no modelo intranasal as alteraes tpicas do estresse foram vistas no grupo 1 dia aps 3 U de PPE. Atividade da glutationa peroxidase foi aumentada em todos os grupos PPE (i.t.). A exposio 0,5 U PPE induziu o aumento da iNOS, eNOS e nitrotirosina, sendo revertido no grupo PPE+AMG. Os animais tratados com AMG 1% e os deficientes em iNOS tiveram o enfisema atenuado histologicamente, mantendo o Lm e o Vvair semelhantes ao grupo controle. Os grupos tratados com n-acetilcistena e aminoguanidina no modelo i.n. tiveram reduo do Lm quando comparados ao grupo PPE. Esses resultados sugerem que as vias de estresse oxidativo e nitrosativo so disparadas pela produo de xido ntrico via iNOS no enfisema pulmonar. A modulao da iNOS parece uma estratgia promissora no estabelecimento do enfisema pulmonar

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A doença pulmonar obstruo crnica (DPOC) caracterizada pela limitao de fluxo parcialmente reversvel, classificada por nveis de obstruo ps-broncodilatador. H vrias evidncias de que o FEV1 sozinho no capaz de mostrar a broncodilatao de pacientes com DPOC, mesmo naqueles que apresentam melhora clnica. A tcnica de oscilaes foradas (TOF) tem mostrado alta sensibilidade na deteco precoce de alteraes mecnicas na DPOC, contudo o efeito broncodilatador na impedncia respiratria de pacientes com DPOC ainda no est esclarecido. Objetiva avaliar a utilidade da TOF nos diferentes estgios de obstruo das vias areas; (2) avaliar a resposta da impedncia respiratria ao salbutamol em indivduos saudveis ao exame espiromtrico e pacientes com DPOC em diferentes graus de gravidade. Foram avaliados 25 indivduos saudveis sem histria de tabagismo, 24 tabagistas e 151 pacientes com DPOC classificados em graus I, II, III e IV. Todos os sujeitos foram avaliados pela TOF seguida da espirometria, antes e aps o uso do salbutamol spray. As curvas de resistncia e reatncia demonstraram alterao em todos os estgios de obstruo das vias areas aps o uso do salbutamol. O grupo de risco apresentou alteraes mecnicas semelhantes ao grupo leve (p=ns). Os parmetros R0, Rm, Csr,din e Z4Hz apresentam desempenho diagnstico adequado (AUC > 0,85) em todos os estgios de gravidade da doença. Todos os parmetros de TOF e espirometria apresentaram diminuio aps uso do salbutamol. Os indivduos saudveis apresentaram uma pequena diminuio comparada aos subgrupos de DPOC. A variao em termos absolutos da &#916;Z4Hz e das derivadas da resistncia, &#916;R0, &#916;Rm, &#916;S, apresentaram variao significativa (p<0,0001, p<0,003; p<0,04; p<0,0002, respectivamente) com o aumento da obstruo brnquica. Nas derivadas da reatncia o &#916;Xm aumentou com a gravidade da doença (p<0,0002). Por outro lado, a &#916;Crs,dyn no demonstrou diferena significativa com a gravidade da DPOC. Em termos percentuais os parmetros da TOF apresentaram variao expressiva em &#916;Rm% (p<0,02), &#916;S% (p<0,02) e &#916;Xm% (p<0,004) com o aumento da obstruo nas vias areas. Por outro lado, &#916;R0%, &#916;Crs,dyn% e &#916;Z4Hz% no variaram entre os estgios da DPOC. A associao entre a broncodilatao nas vias areas e a impedncia pulmonar foi fraca entre &#916;Xm vs &#916;FVC (r=0,32, p<0,0001) e &#916;Z4Hz% vs &#916;FEV1% vs &#916;FVC% (r=0.28, p<0,0005; r=0,29, p<0,0003, respectivamente). A TOF til na avaliao das alteraes mecnicas nos diferentes nveis de obstruo das vias areas na DPOC. Demonstramos o benefcio da medicao broncodilatadora, quantificando a melhora da ventilao atravs da TOF. A impedncia respiratria diminui em todos os estgios da DPOC, o estgio leve melhorou tanto quanto o estgio muito grave. Isto sugere que a medida da impedncia pulmonar no dependente do volume como ocorre na espirometria e que a broncodilatao ocorre em todas as fases da progresso da DPOC.

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A malria uma doença infecciosa causada por protozorios do gnero Plasmodium, transmitidos ao homem, principalmente, atravs da picada do mosquito infectado. O tratamento realizado por meio do uso de drogas, como a cloroquina, uma vez que no h vacina eficiente contra a doença. Porm, a resistncia dos parasitos aos medicamentos tem levado busca por novas substncias com atividade antimalrica, inclusive de origem vegetal. Nesse contexto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a atividade antimalrica de extratos metanlicos de Norantea brasiliensis cultivada sob condies in vivo e in vitro, espcie nativa ocorrente em restingas, com potencial medicinal j comprovado para vrias atividades. Foram desenvolvidos protocolos de calognese e cultura de razes da espcie visando definio de um sistema de produo de metablitos. Para a cultura in vitro, explantes foram inoculados em meio lquido e slido contendo diferentes fitorreguladores e concentraes. A partir da cultura de tecidos, foram testados extratos do material produzido biotecnologicamente para comparao com o material botnico cultivado no campo. Os testes sobre o potencial antimalrico foram realizados in vivo, utilizando-se camundongos infectados pelo Plasmodium berghei ANKA, e in vitro utilizando o Plasmodium falciparum. Em seguida foram administrados a cloroquina e os extratos vegetais. A parasitemia foi observada seguindo os protocolos j estabelecidos pelo Laboratrio de Imunofarmacologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Resultados mostraram que explantes foliares e caulinares de plantas germinadas in vitro, inoculados em meio slido B5 suplementado com 2,0 mg.mL-1 de ANA, so as melhores fontes para a produo de razes, apresentando maiores valores de peso fresco e peso seco, mostrando-se um sistema promissor para a produo in vitro de metablitos da espcie. A avaliao da atividade antimalrica in vivo revelou seu potencial a partir de extrato de razes de planta cultivada in vivo, na concentrao de 50 mg/kg apresentando reduo significativa da parasitemia quando comparada com o controle no tratado. Paralelamente, nos testes in vitro a concentrao de 100 &#956;g/kg do extrato de razes de planta cultivada in vivo apresentou diferena significativa quando comparada com as outras concentraes testadas e o controle negativo. Alm disso, h uma tendncia de aumento do efeito inibitrio conforme o aumento da concentrao do extrato. Os resultados indicam o potencial de atividade antimalrica em razes de N. brasiliensis, sendo este estudo o primeiro realizado para a espcie

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A doença de Parkinson (DP) a desordem neurodegenerativa motora mais frequente, com uma prevalncia de, aproximadamente, 1% entre indivduos com mais de 60 anos de idade, aumentando para 4 a 5% entre os indivduos com idade superior a 85 anos. Esta condio caracterizada pela perda seletiva dos neurnios dopaminrgicos da substncia negra e pela presena de incluses proticas ricas em &#945;-sinuclena nos neurnios sobreviventes. Pouco se sabe sobre a etiologia e a patognese da DP. A maioria dos casos aparece esporadicamente, podendo estar associados a diversos fatores de risco ambientais e genticos. Na ltima dcada, estudos de ligao identificaram 15 loci cromossmicos (PARK1 a PARK15) relacionados DP e, nestes, um novo gene, ATP13A2, tem sido associado a casos de DP de incio precoce. Esse gene est situado no 1p36 e codifica a protena ATPase tipo-P da subfamlia P5, de localizao lisossmica, que expressa em diversos tecidos, principalmente no crebro. Mutaes em ATP13A2 levam formao de protenas truncadas que ficam retidas no reticulo endoplasmtico e posteriormente so degradadas pelo proteossomo, podendo causar a disfuno proteossmica, decorrente da sobrecarga gerada pela protena mutante, ou causar a disfuno lisossmica, ambas gerando agregao txica. Este trabalho tem como objetivo realizar a anlise molecular do gene ATP13A2 em uma amostra de 116 pacientes brasileiros com DP, de manifestao precoce (<50 anos), de forma a avaliar se mutaes neste gene representam um fator de risco para a DP. O DNA foi extrado a partir de leuccitos do sangue perifrico ou de saliva e a anlise molecular dos xons 2, 3, 12, 13, 14, 15, 16, 26 e 27, bem como, dos limites ntronxons foi realizada por sequenciamento automtico dos produtos da PCR. Identificamos oito variantes de sequncia: quatro variantes intrnicas (uma no ntron 2, uma no ntron 13 e duas no ntron 27) e quatro variantes silenciosas (uma no xon 3, 16, 26 e 27). Com base em dados da literatura e atravs de anlises in silico e comparao com amostras controle, classificamos a alterao intrnica c.3084- 3C>T, e as alteraes silenciosas c.2970G>A e c.3192C>T como no patognicas; as alteraes intrnicas c.106-30G>T, c.1306+42_1306+43 insC e c.3083+24C>T, e as alteraes silenciosas c.132A>G e c.1610G>T foram classificadas como provavelmente no patognicas. Nosso achados corroboram queles encontrados em outras populaes e indicam que mutaes no gene ATP13A2 no so uma causa comum de DP na amostra de pacientes brasileiros analisados. No entanto, se faz necessrio estender nossas anlises para outras regies gnicas, a fim de determinar o real papel deste gene na etiologia da DP em nossa populao.

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Leishmanioses so um grupo de doenças com um largo espectro de manifestaes clnicas, as quais variam desde leses cutneas at o envolvimento visceral severo, podendo levar ao bito. A leishmaniose , ainda hoje, uma doença negligenciada, estando entre os agravos prioritrios do programa de pesquisa sobre doenças da pobreza da Organizao Mundial da Sade (OMS). Alm de no haver vacinas disponveis, a terapia baseada em medicamentos injetveis que causam srios efeitos colaterais, tornando o tratamento invivel para muitos pases endmicos. Drogas derivadas de metal representam um novo arsenal teraputico antimicrobiano e anti-cncer. Os inibidores de peptidase/agentes quelantes tais como 1,10-fenantrolina e seus derivados, no estado livre de metal ou como ligantes com metais de transio, interferem com a funo de vrios sistemas biolgicos. Em trabalhos anteriores, nosso grupo descreveu que o parasito L. braziliensis produziu molculas gp63 sensveis a 1,10-fenantrolina. No presente trabalho, demonstramos a distribuio celular da molcula gp63 em uma cepa virulenta de L. braziliensis por meio de anlises bioqumicas e imuno-histoqumica. Depois disso, relatamos os efeitos inibitrios de trs compostos derivados da 1,10-fenantrolina, 1,10-fenantrolina-5,6-diona (phendio), [Cu(phendio)2] e [Ag(phendio)2], nas atividades metalopeptidases celulares e extracelulares produzidas por promastigotas de L. braziliensis, bem como as suas aes sobre a viabilidade do parasita e na interao com as clulas de macrfagos murinos. As molculas gp63 foram detectadas em compartimentos de parasitos, incluindo membrana citoplasmatica e bolsa flagelar. O tratamento de promastigotas de L. braziliensis durante 1 hora com 1,10-fenantrolina e seus derivados resultou numa inibio significativa da viabilidade celular e mostrou um mecanismo de ao irreversvel. Estes inibidores de metalopeptidases induziram apoptose em promastigotas de L. braziliensis, demonstrada atravs da marcao com anexina/iodeto de propdio e ensaio TUNEL. O pr-tratamento de promastigotas com os inibidores de metalopeptidases induziram uma diminuio na expresso de molculas de superfcie gp63, assim como uma reduo significativa no ndice de associao com macrfagos. Em paralelo, macrfagos infectados com L. braziliensis e tratados com 1,10-fenantrolina e seus derivados promoveram uma potente reduo sobre o nmero de amastigotas intracelulares. O tratamento de macrfagos com 1,10-fenantrolina e seus derivados no induziram o aumento de xido ntrico. A ao combinatria sobre a capacidade de crescimento entre os compostos derivados da 1,10-fenantrolina e Glucantime, quando ambos foram utilizados em concentraces sub-inibidoras, tambm foi observada. In vivo os compostos derivados da 1,10-fenantrolina e seus drivados foram capazes de controlar o tamanho das leses a partir da terceira semana de tratamento em relao ao controle no tratado em hamsters infectados quando administrado por via intraperitoneal. Os animais tratados com os compostos apresentaram maior resposta intradrmica (DTH) aos antgenos de L. braziliensis. Coletivamente, a 1,10-fenantrolina e seus derivados metlicos apresentam uma nova perspectiva de estudos para o desenvolvimento de novos frmacos anti-L. braziliensis

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A disfuno ertil (DE) tem alta prevalncia entre hipertensos e tem sido considerada marcador precoce de risco cardiovascular. A presena e gravidade da DE bem como a resposta clnica aos inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5) parecem depender da biodisponibilidade do xido ntrico (NO) endotelial e da extenso da doença aterosclertica. O objetivo deste estudo foi avaliar a resposta clnica da vardenafila usada em dois regimes teraputicos em hipertensos com DE vasculognica e sem doença cardiovascular maior, correlacionando a gravidade da DE e a eficcia da vardenafila com dados antropomtricos, laboratoriais, escore de risco cardiovascular e parmetros vasculares funcionais e estruturais. A resposta clnica vardenafila nos dois regimes foi avaliada conforme o percentual de respostas positivas questo 3 do Perfil do Encontro Sexual (PES3). Os parmetros vasculares considerados foram a espessura mdio-intimal (EMI) da cartida comum, a dilatao mediada pelo fluxo (DMF) da artria braquial e a dilatao nitrato-mediada (DNM). Foram includos 100 homens hipertensos com idade entre 50 e 70 anos, sendo 74 portadores de DE vasculognica e 26 com funo ertil normal que serviram de grupo controle. Nos pacientes com DE, o ndice de massa corporal, relao cintura-quadril, EMI da cartida, nveis sricos de triglicerdeos, colesterol total e LDL foram significativamente maiores que no grupo controle. Aps o uso de vardenafila on demand (fase 1), os pacientes com mais de 50% de respostas positivas ao PES3 ou 50% de respostas afirmativas e um incremento de 6 pontos ou mais em relao ao ndice Internacional de Funo Ertil (IIEF-FE) basal e/ou resposta positiva a Questo de Avaliao Global (QAG), foram considerados respondedores. O escore do IIEF-FE basal se correlacionou negativamente com a EMI da cartida (r=-0,48, P<0,001) e com o escore de Framingham (r= -0,41, P<0,001) no grupo com DE. Houve forte correlao positiva entre a resposta clnica vardenafila com a DMF (r= 0,70, P<0,001), que no se observou entre o sub-grupo de diabticos. Os 35 pacientes considerados no-respondedores na fase 1 foram randomizados e, em desenho duplo-cego, receberam vardenafila ou placebo diariamente durante cinco semanas, podendo usar 10 mg de vardenafila uma hora antes da atividade sexual (fase2). Houve resposta clnica positiva em 38,8% dos que receberam a vardenafila na fase 2 e esta resposta se correlacionou com a frequncia sexual (r= 0,68, P<0,01) e com o escore de Framingham (r= -0,65, P<0,01), com a EMI da cartida (r= -0,61, P=0,01) e com o LDL-colesterol (r= -0,64, P<0,01). A vardenafila foi bem tolerada em ambos os regimes teraputicos. Conclumos que nessa amostra de hipertensos, a gravidade da DE foi relacionada a parmetros vasculares estruturais (EMI), enquanto a resposta clnica vardenafila on demand foi mais diretamente dependente da funo vascular momentnea (DMF). Houve benefcio na utilizao de vardenafila diariamente com o objetivo de resgatar a eficcia do inibidor quanto melhora do desempenho sexual. A falta de eficcia clnica ao inibidor da PDE5 em ambos os regimes teraputicos pode servir como marcador clnico que identifica homens hipertensos com um risco cardiovascular aumentado.

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Aspergillus fumigatus o principal agente etiolgico da aspergilose invasiva, infeco fngica oportunista com altas taxas de mortalidade afetando, principalmente, pacientes com neutropenia profunda e prolongada. Durante o processo de invaso e disseminao caractersticas desta infeco sistmica, os condios do fungo inalados e no eliminados pelas clulas do sistema imune inato diferenciam-se em hifas que, por sua vez, so angioinvasivas. Pouco se conhece sobre as molculas da parede celular envolvidas na patognese do A. fumigatus e/ou secretadas por este patgeno. Neste contexto, este trabalho procura ampliar o entendimento desta doença atravs do estudo de protenas diferencialmente expressas na superfcie de A. fumigatus durante a morfognese. Foi utilizada uma abordagem protemica e foram estudados extratos de superfcie de clulas de A. fumigatus em diferentes estgios durante o processo de filamentao. Estas clulas foram denominadas, de acordo com o tempo de cultivo e a morfologia, como: TG6h (tubo germinativo), H12h ou H72h (hifas). As protenas de superfcie celular foram extradas, a partir de clulas intactas, por tratamento brando com o agente redutor DTT (ditiotreitol). Observou-se que o perfil funcional das protenas expressas por H12h e H72h foi similar, com exceo de protenas relacionadas resposta ao estresse, enquanto o perfil para TG6h apresentou diferenas significativas para vrios grupos funcionais de protenas quando comparado s hifas. Desta forma, foram realizados experimentos de protemica diferencial entre tubo germinativo (TG6h) e a hifa madura (H72h), pela tcnica de DIGE (differential gel electrophoresis). Os resultados revelaram que entre as protenas diferencialmente expressas, aquelas relacionadas s vias de biossntese e outras denominadas multifuncionais encontraram-se superexpressas em TG6h. Em relao s protenas de resposta a estresse, observou-se que algumas HSPs eram mais expressas neste morfotipo, enquanto a MnSOD, relativa resposta ao estresse oxidativo, era mais abundante na hifa. Com exceo da PhiA, integrante da parede celular, as protenas identificadas como diferencialmente expressas na superfcie do A. fumigatus no possuem sinal para secreo identificvel, enquadrando-se nas protenas atpicas de superfcie. Foi verificada a integridade da membrana celular aps tratamento com DTT, bem como a marcao por biotina das protenas extradas, o que comprovou sua localizao superficial na clula fngica. Hipteses de que estas protenas sejam endereadas parede celular por via secretria alternativa sustentam estes dados. Estas evidncias foram confirmadas pelo fato de no terem sido encontradas as mesmas protenas da superfcie na anlise do secretoma do A. fumigatus. Alm disso, todas as protenas caracterizadas no secretoma apresentavam sinal de secreo determinado pelo FunSecKB (www.proteomics.ysu.edu/secretomes/fungi.php). A anlise do secretoma foi realizada utilizando-se a cepa selvagem AF293 e a mutante &#8710;prtT, mutante para um fator de transcrio que atua na regulao da secreo de proteases. Os resultados revelam a ALP1 como expressa na cepa selvagem, assim como outras proteases importantes para virulncia e desenvolvimento da clula fngica, estando suprimidas quando o gene prtT foi deletado.

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O nmero de pacientes com doença renal crnica est aumentando, em todo o mundo, em escala alarmante. Como resultado, observamos um elevado quantitativo de indivduos que dependem do acesso e do tratamento dialtico para garantir sobrevida e qualidade de vida. Esse cuidado, entretanto, apresenta significativos problemas em diversas localidades do pas. Ainda que uma estrutura adequada seja condio necessria, mas no suficiente, para um cuidado de qualidade, pode-se supor que aumente a probabilidade da assistncia prestada ter um potencial de promover resultados em sade mais positivos. Este estudo, descritivo e de carter normativo, objetivou mapear os servios de terapia dialtica existentes no municpio de Volta Redonda que oferecem procedimentos para o SUS e examinar sua conformidade com os padres mnimos presentes nas diversas resolues e demais legislaes a respeito, focando em aspectos da estrutura e processo. Para tal, utilizou-se de trs estratgias complementares: (a) busca de dados secundrios presentes nas bases de dados nacionais e municipais; (b) entrevistas com os responsveis tcnicos pelas duas unidades existentes no municpio, com o responsvel pela Superintendncia de Controle, Avaliao e Auditoria da SMS/VR e pela Vigilncia Sanitria Estadual, e (c) exame das cpias dos relatrios de vistoria sanitria realizada nos servios nos anos de 2010 e 2011. Os resultados so apresentados em seis categorias: (1) conhecimento sobre o processo de admisso e preparo dos pacientes para entrada em Terapia Renal Substitutiva; (2) conformidade dos servios de dilise existentes em Volta Redonda s exigncias legais, desdobrando em estrutura fsica, parque de equipamentos, modalidades de dilise oferecida, controle e qualidade da gua utilizada na dilise, atividades de controle de infeces e de proteo sade dos trabalhadores; (3) fluxo de encaminhamento dos pacientes em tratamento dialtico para transplante; (4) monitoramento dos indicadores de avaliao peridica dos servios de Dilise; (5) produo assistencial desses servios; e, por fim,(6) aes de controle e avaliao desenvolvidas junto s Unidades de Terapia Renal Substitutiva. O estudo permitiu identificar que, em diversos aspectos, os servios de dilise de Volta Redonda esto fora de conformidade s exigncias legais expressas nas diversas portarias e resolues que tratam da estrutura e condies de funcionamento dos servios de terapia renal substitutiva. Isso grave e pode estar significando que os pacientes que se utilizam destes servios possam, de alguma maneira, estar recebendo um cuidado longe do adequado. Foi tambm mostrada a dificuldade do servio de Controle, Avaliao e Auditoria da SMS/VR em montar trabalho conjunto de monitoramento no cumprimento das exigncias realizadas pelo rgo de vigilncia estadual, que pode contribuir para melhorar a qualidade da assistncia recebida pelos pacientes renais crnicos em Volta Redonda.

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A Neuromielite ptica (NMO), anteriormente considerada como um subtipo de Esclerose Mltipla, uma doença autoimune, inflamatria do sistema nervoso central, na qual o sistema imune ataca a mielina dos neurnios localizados nos nervos pticos e medula espinhal, produzindo, ento, mielite e neurite ptica simultnea ou sequenciais. A patognese da neuromielite ptica influenciada pela combinao de fatores genticos e ambientais, incluindo agentes infecciosos. Diferentes doenças infecciosas podem tanto desencadear como exacerbar a autoimunidade. Portanto, o objetivo do presente estudo foi de analisar a responsividade imune in vitro a Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Candida albicans em pacientes com NMO recorrente-remitente, e a correlacionar ao nvel de incapacidade neurolgica. Nesse contexto, a extenso da linfoproliferao e perfil de citocinas em resposta a S. aureus e C. albicans, em culturas de clulas mononucleares do sangue perifrico (CMSP) foram similares entre pacientes com NMO e indivduos saudveis. Entretanto, maior proliferao de clulas T associada elevada liberao de IL-1&#946;, IL-6 e IL-17 foi observada em culturas de clulas derivadas de pacientes com NMO quando estimuladas com E. coli. Ademais, nessas culturas, a produo de IL-10 foi significativamente menor quando comparada ao grupo controle. Ensaios conduzidos em culturas de CMSP depletadas de diferentes subtipos de linfcitos demonstraram que, enquanto clulas T CD4+ e T CD8+ produzem IL-6 em resposta a E. coli, a produo de IL-17 foi praticamente restrita s clulas T CD4+. Os nveis de IL-6 e IL-17 in vitro induzidos por E. coli foram correlacionados positivamente s incapacidades neurolgicas. Essa maior tendncia a produzir citocinas relacionadas ao perfil Th17 foi diretamente associada aos nveis de IL-23 produzidos por moncitos ativados com LPS. De modo interessante, nveis elevados de LPS foram quantificados no plasma de pacientes com NMO e estes foram correlacionados aos nveis plasmticos de IL-6. Em concluso, nossos resultados sugerem que uma maior responsividade a E. coli poderia estar envolvida na patognese da NMO. Esse tipo de investigao muito importante pois inibidores da ligao ou sinalizao do TLR poderiam ser considerados terapias com grande potencial como adjuvantes no tratamento de pacientes com NMO.

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Tendo como base a viso evolucionista e a abordagem teraputica cognitivo-comportamental, o objetivo deste trabalho foi propor um protocolomodificado de tratamento para pessoas obesas com compulso alimentar peridica.A idia norteadora que estratgias que foram teis para a sobrevivncia daespcie poderiam estar influenciando no ganho de peso. Entre estas estratgias,destacam-se: a tendncia a consumir uma grande quantidade de alimentos, facilitando o consumo de alimentos hipercalricos; e a neofobia alimentar, dificultando o consumo de frutas, legumes e verduras. Obedecendo lgicaancestral herdada pela espcie, a primeira proporciona reservas para momentos deescassez de alimentos e a segunda implica em uma recusa em consumir alimentosdesconhecidos evitando que substncias txicas sejam ingeridas. Ambos os fatores poderiam contribuir para a obesidade. Os tratamentos convencionais buscam controlar a ingesto calrica. O que aqui se prope, alm desse controle, tentardiminuir o nvel de neofobia alimentar. Com essa hiptese de trabalho espera-se aumentar o consumo de alimentos, principalmente os mais saudveis e hipocalricos, contribuindo para reduzir a ingesto de alimentos hipercalricos. Otratamento incluiu tcnicas de exposio, modelao e imitao adicionadas a umtratamento j utilizado para obesos com compulso alimentar peridica. Foram criados dois grupos, o primeiro com 4 participantes funcionando como grupo decontrole, que recebeu um tratamento convencional de TCC; o outro, com 6 participantes aqui denominado grupo de interveno, que recebeu o tratamento deTCC modificado. A pesquisa foi qualificada como quase-experimental. O resultadoobtido foi uma reduo do ndice de neofobia alimentar, do ndice de massa corporal, um aumento no consumo de alimentos saudveis e a reduo de gordurase acares no chamado grupo de interveno. Embora tenha alcanado estes resultados, o tratamento ainda precisa ser reformulado e ampliado.

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Este trabalho discute os fundamentos histricos e conceituais do movimento da reforma psiquitrica brasileira. A questo principal que se coloca como realizar a transformao da assistncia em sade mental sem recorrer a teorias reducionistas psiquitricas, psicanalticas ou culturais, mas apontando para um pluralismo clnico. Para responder a essa questo percorremos os trabalhos de autores que fizeram uma abordagem Epistemolgica sobre a constituio da psiquiatria colocando em debate duas idias centrais. A primeira idia defendida por Foucault que considera a inveno da psiquiatria e de seu objeto, a doença mental, uma reduo indesejvel da loucura cuja conseqncia sua excluso do mundo. A segunda idia defendida por Gauchet e Swain se ope anterior e procura mostrar que a psiquiatria foi um avano no entendimento de um fenmeno complexo. No entanto, o modelo assistencial promovido pela psiquiatria baseado no manicmio faliu ao no oferecer eficcia teraputica e incluso social para uma grande parcela de pacientes. Em conseqncia desse processo iniciaram-se movimentos de reforma psiquitrica na maior parte do mundo. Experincias pioneiras foram capazes de formular novas formas de tratamento, em que teorias psicanalticas, fenomenolgicas e sociolgicas tiveram um importante papel. Baseadas nessas experincias foram formuladas polticas pblicas em sade mental que tentaram conciliar o tratamento com a no excluso. Examinamos, a partir da, as principais experincias de reforma, seu estado atual e suas influncias no Brasil. Analisamos a reforma psiquitrica brasileira e as crticas que lhe so feitas. Em seguida procuramos entender as bases tericas que fundamentam a experincia reformista no pas. Descrevemos trs vertentes de pensamento que fundamentam as aes dos novos servios criados pela reforma psiquitrica. Essas vertentes, embora em alguns aspectos se superpem, em outros se antagonizam frontalmente. So elas as perspectivas basagliana, lacaniana e pluralista. Visando fundamentar essa ltima perspectiva, discutimos autores que fazem a interface da psiquiatria com a filosofia pragmtica e tambm aproximamos essa concepo do pensamento do psicanalista Donald Winnicott como uma forma de contribuio clnica da reforma. O estudo considera a possibilidade de abordar a reforma psiquitrica a partir da concepo de uma clnica plural que autorize a incorporao de outros referenciais tericos e que sirvam como instrumentos de reflexo e ao prtica na conduo de situaes clnicas complexas e multifacetadas.

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Este estudo teve como objetivo analisar a sobrevida e fatores prognsticos para o cncer de mama feminino, com nfase no papel de variveis relacionadas aos servios de sade. Foram analisadas 782 mulheres com cncer invasivo da mama e submetidas cirurgia curativa, que realizaram tratamento cirrgico e/ou terapia complementar no municpio de Juiz de Fora, Minas Gerais, com diagnstico da doença entre 1998 e 2000. O recrutamento dos casos foi efetuado a partir de busca ativa nos registros mdicos de todos os servios de sade que prestam atendimento em oncologia na cidade. O seguimento foi realizado mediante retorno aos pronturios e complementado por busca no banco do Sistema de Informao sobre Mortalidade (SIM), contato telefnico e consulta de situao cadastral no Cadastro de Pessoas Fsicas (CPF). As principais variveis analisadas foram: cor da pele, idade ao diagnstico, tamanho do tumor, comprometimento de linfonodos, estadiamento, cidade de residncia e variveis relativas aos servios de sade, entre outras. As funes de sobrevida foram calculadas por meio do mtodo de Kaplan-Meier. Foi utilizado o modelo de riscos proporcionais de Cox para avaliao dos fatores prognsticos. No primeiro artigo, foi observada taxa de sobrevida especfica em cinco anos de 80,9%, sendo identificados tamanho tumoral e comprometimento de linfonodos axilares como importantes fatores prognsticos associados de forma independente sobrevida pela doença na populao de estudo (HR=1,99, IC95%: 1,27-3,10 e HR=3,92, IC95%: 2,49-6,16, respectivamente). No segundo artigo, quando consideradas as variveis relativas aos servios de sade, foi verificada pior sobrevida para as mulheres assistidas no servio pblico, embora com significncia limtrofe (p=0,05), e para aquelas que no tinham plano privado de sade, apesar de no significativa (p=0,1). As funes de sobrevida no ajustadas e estratificadas por natureza do servio de sade exibiram sobrevida mais desfavorvel para as mulheres no brancas e para os casos com nenhum ou menos de 10 linfonodos isolados somente no servio pblico, embora com significncias estatsticas apenas marginais (p=0,09 e p=0,07, respectivamente). Na anlise multivariada, foi observado maior risco de bito nas mulheres que no fizeram uso de hormonioterapia apenas para os casos assistidos no servio pblico (HR=1,56; IC95%: 1,01-2,41), independentemente do tamanho tumoral e do status ganglionar axilar. Tais achados sugerem desigualdades sociais e disparidades na preveno primria e secundria da doença na regio estudada, com desvantagem para o servio pblico de sade, enfatizando a maior necessidade de esclarecimento sobre a doença, assim como de diagnstico e tratamento dos casos em estdios mais precoces. Destacou-se, ainda, o valor de se trabalhar com informaes produzidas pelos servios de sade responsveis pela assistncia oncolgica no pas, possibilitando a caracterizao do perfil e da sobrevida das pacientes assistidas e fornecendo subsdios aos rgos competentes do setor sade local para nortear a adoo de estratgias de preveno direcionadas ao controle da doença na populao avaliada.

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O presente estudo aborda a percepo de pais de crianas e adolescentes com cncer sobre a doença e sobre a morte. A pesquisa de campo possibilitou, atravs das entrevistas, a obteno das histrias parciais de pais ou mes de crianas e adolescentes com cncer. Foi possvel verificar que os pais percebem os sintomas fsicos do filho e tomam suas providncias; aps o diagnstico sabem que seu filho tem cncer, mas dividem-se em mencionar o nome da doença ou mant-la sob resguardo; percebem a doença como algo descontrolado, maligno, perigoso. Os mdicos so vistos como facilitadores no processo sade-doença, mas em alguns casos, tambm como aqueles que certificam a famlia sobre o prognstico inevitvel. O cncer muda a vida da famlia, desde a rotina at os valores. Alguns pais acreditam que o cncer existe em todas as pessoas, mas se desenvolve em algumas dependendo de seu estado fsico ou emocional. Aqui surgem as concepes genticas, religiosas, de causa-efeito, noes de culpa e castigo, meno das histrias de vida para explicar a doença. Para a morte, os pais mencionam pensar nela de forma mais prxima depois do advento da doença. Componentes de f, esperana e elaborao para suas angstias aparecem com frequncia nas falas destes pais. O estudo permitiu compreender de que forma os pais percebem e representam a doença de seus filhos com cncer, como vivenciam a possibilidade e o sentido da morte e de que maneira passam a compreender a finitude depois da dura experincia.