78 resultados para HIV (Vírus) Teses

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

O nmero de mulheres jovens infectadas pelo HIV-1 vem crescendo desde o incio da epidemia da aids, principalmente nos pases em desenvolvimento, onde a frequncia de gravidez elevada. O desenvolvimento de estratgias para evitar a transmisso vertical tem aumentado o nmero de recm-nascidos no infectados nascidos de gestantes portadora do vírus. O objetivo da presente tese foi avaliar, in vivo e in vitro, o perfil de citocinas de neonatos no infectados, porm nascidos de mulheres infectadas pelo HIV-1. Os resultados demonstraram elevados nveis de citocinas pr-inflamatrias relacionadas ao fentipo Th17, associadas baixa produo de IL-10, tanto nos plasmas quanto nos sobrenadantes das culturas de clulas T ativadas obtidas do sangue do cordo umbilical de neonatos nascidos de gestantes infectadas pelo HIV-1 com cargas virais plasmticas(PVL) detectveis. De modo interessante, um perfil similar pr-inflamatrio foi observado em amostras de sangue perifrico de suas respectivas mes. Por outro lado, nveis elevados de IL-10, associados reduzida produo de citocinas inflamatrias, foram dosados no sangue e nos sobrenadantes das culturas de clulas T ativadas de gestantes que controlavam a PVL, assim como de seus neonatos. Com relao caracterizao fenotpica das clulas T maternas produtoras de IL-10, a anlise por citometria de fluxo demonstrou que essa citocina majoritariamente produzida por clulas T CD4+Foxp3-. Curiosamente, a replicao viral in vitro do HIV-1 foi inferior nas culturas das gestantes infectadas pelo HIV-1 e foi relacionada aos efeitos inibitrios da IL-10 sobre a produo de TNF-α. Por fim, os neonatos no infectados expostosin utero terapia antirretroviral (ART) apresentaram um menor peso ao nascer, e este achado foi inversamente correlacionado com os nveis perifricos maternos de TNF-α. Em concluso, nossos achados sugerem que gestantes que conseguem controlar a PVL, e o incremento na produo de IL-10 materna possam favorecer a expanso das clulas Tr-1, as quais podem auxiliar em reduzir o risco de transmisso vertical do HIV-1 por reduzir a taxa de replicao viral. Por outro lado, outros resultados tambm apresentados aqui, apesar de preliminares, revelaram efeitos adversos da replicao viral e da ART em gestantes infectadas pelo HIV-1 no desenvolvimento funcional das clulas T de neonatos no infectados. Esses dados podem ajudar a explicar por que algumas dessas crianas apresentam elevado risco morbidade e mortalidade devido a um estado basal de hipersensibilidade patolgica.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A sndrome da imunodeficincia adquirida (AIDS), causada pelo vírus da imunodeficincia humana (HIV), uma das mais destrutivas epidemias do mundo, e a infeco pelo HIV em mulheres jovens vem aumentando rapidamente nos dias atuais. Esse fato tem um impacto importante na transmisso vertical do vírus. Apesar da grande maioria dos casos de aids peditrica em todo mundo resultar da transmisso vertical, aproximadamente dois teros das crianas expostas ao HIV durante a vida fetal no so infectadas pelo vírus. Muitos trabalhos sugerem que durante a gestao doenas infecciosas maternas podem ter consequncias complexas para o desenvolvimento do feto, e poucos trabalhos tm explorado o impacto da exposio ao HIV sobre a responsividade imunolgica de crianas no infectadas a diferentes estmulos, particularmente na era das drogas antirretrovirais. Portanto, esse trabalho teve como objetivo avaliar eventos imunes em neonatos no-infectados expostos ao HIV-1 nascidos de gestantes que controlam (G1) ou no (G2) a carga viral plasmtica, usando neonatos no expostos como controle. Para tanto, sangue do cordo umbilical de cada neonato foi coletado, plasma e clulas mononucleares foram separados e a linfoproliferao e o perfil de citocinas foram avaliados. Os resultados demonstraram que a linfoproliferao in vitro induzido por ativadores policlonais foi maior nos neonatos do G2. Entretanto, nenhuma cultura de clula respondeu a um conjunto de peptdeos sintticos do envelope do HIV-1. A dosagem de citocinas no plasma e nos sobrenadantes das culturas ativadas policlonalmente demonstrou que, enquanto a IL-4 e IL-10 foram as citocinas dominantes produzidas nos grupos G1 e controle, a secreo de IFN-γ, IL-1, Il-6, IL-17 e TNF-α foi significativamente superior nos neonatos G2. Nveis sistmicos de IL-10 observados dentre os neonatos G1 foram maiores naqueles nascidos de mes tratadas com drogas inibidoras da transcriptase reversa do vírus. Por outro lado, nveis superiores de citocinas inflamatrias foram observados dentre estes nascidos de gestantes tratadas com terapia antirretroviral de alta eficcia. Em resumo, nossos resultados indicam uma responsividade imune alterada em neonatos expostos in utero ao HIV-1 e refora o papel do tratamento materno anti-viral com drogas menos potentes em atenuar tais distrbios.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Neisseria meningitidis sorogrupo C (MenC) tem sido causador de surtos no Brasil, desde 2005. Vacinas conjugadas contra MenC esto disponveis desde 1999 nos pases desenvolvidos e mais recentemente no Brasil. So vacinas eficazes em pacientes imunologicamente normais, mas pouco se conhece sobre o impacto em pacientes HIV+. O objetivo principal deste estudo foi investigar se h alguma correlao entre a resposta de LT CD4+ de memria e a resposta de anticorpos especficos para o MenC, assim como conhecer as populaes de memria dos LT CD8+, em crianas e adolescentes infectados pelo HIV respondedores ou no vacina MenC conjugada. Amostras de sangue de 36 pacientes HIV+ foram coletadas antes e aps imunizao, para anlises laboratoriais, soros e clulas coletadas foram congelados e enviados ao nosso laboratrio para a anlise da resposta imune humoral e celular. Utilizamos o ensaio bactericida para avaliar a resposta humoral e dividir a populao de estudo em soroconversor positivo e soroconversor negativo. A citometria de fluxo foi aplicada para identificao das seis subpopulaes de LT CD4+ e T CD8+ e avaliao do perfil de ativao. No encontramos mudanas no perfil de distribuio das subpopulaes antes e aps a vacinao. A subpopulao LT CD4+ Int correlacionou positivamente com os ttulos de anticorpos e a ativao, de um modo geral, estava elevada nos respondedores, conferindo certa importncia para essa clula. Semelhanas foram observadas entre as subpopulaes LT CD4+ e T CD8+. Em suma, este estudo revelou importantes associaes entre a resposta de anticorpos bactericidas aps a vacinao, o perfil de distribuio das subpopulaes de LT CD4+ LT CD8+ e seu status de ativao.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A doena meningoccica (DM) , ainda hoje, um srio problema de sade pblica, estando associada a elevadas taxas de morbidade e letalidade no mundo. A DM evoca proteo imunolgica persistente contra a doena em pessoas com sistema imunolgico normal. Em contraste, a proteo induzida por vacinas meningoccicas sempre requer a administrao de doses reforo (booster) da vacina. No Brasil, Neisseria meningitidis dos sorogrupos C (MenC) e B (MenB) so as principais causas de DM durante os ltimos anos. Atualmente, no existe uma vacina universal contra o meningococo B (MenB). A infeco pelo vírus da imunodeficincia humana (HIV) tem sido apontada como um fator de risco para a mortalidade da DM. Um dos pilares do tratamento do HIV a utilizao de vacinas para doenas imuno-prevenveis. A vacina conjugada anti-MenC frequentemente recomendada para crianas e adolescentes infectados pelo HIV no Brasil e em muitos outros pases. Poucos estudos tm abordado os mecanismos pelos quais as vacinas meningoccicas geram e sustentam a memria imunolgica. Os objetivos deste estudo foram: 1) avaliar a resposta de anticorpos bactericidas e de linfcito T (LT) CD4 de memria contra o meningococo aps a infeco; 2) avaliar a resposta de anticorpos bactericidas e de LT CD4 de memria e linfcito B de memria (LBm) contra o meningococo aps o booster da vacina cubana VA-MENGOC-BC em voluntrios imunizados h aproximadamente 17 anos; 3) investigar a resposta de anticorpos funcionais (bactericidas e opsonizantes) aps imunizao com a vacina conjugada anti-MenC (CRM197) em indivduos infectados pelo vírus HIV. Aps a infeco, 83% dos pacientes diagnosticados como tendo DM pelo teste de ltex e/ou cultura tiveram ttulos de anticorpos bactericidas protetores, mas no houve uma associao entre os ttulos de anticorpos bactericidas e a concentrao de imunoglobulina total especfica. Houve aumento na frequncia de linfcitos T de memria central (TCM) (mediana de 15%) ativados, principalmente aps estmulo com a cepa MenC. Nos voluntrios pr-vacinados, 3 de 5 indivduos soroconverteram 7 ou 14 dias aps a administrao da dose booster. Houve um aumento importante da populao TCM 14 dias aps o booster, mas sem ativao celular diferenciada dos grupos controles. Observamos resposta positiva de LBm na maioria dos voluntrios, mas sem correlao com os anticorpos bactericidas. Em relao aos pacientes HIV positivos, os resultados mostraram a necessidade de uma segunda dose da vacina, j que apenas 15% soroconverteram a uma nica dose e a segunda dose resultou em soroconverso de cerca de 55% dos indivduos. Observamos correlao positiva (r= 0,43) e significativa (P= 0,0007) entre os anticorpos opsonizantes e bactericidas aps a vacinao. No observamos diferenas significativas quando relacionamos os ttulos de anticorpos bactericidas com o nmero absoluto de LT CD4 P= 0,051) e LT CD4 nadir (P= 0,09) entre os pacientes que soroconverteram (n= 43) ou no soroconverteram (n= 106) aps a primeira dose. Desta forma, os resultados desta tese indicaram que: 1) os pacientes convalescentes da DM adquirem anticorpos bactericidas aps infeco por N. meningitidis; 2) nos voluntrios vacinados, a dose booster da vacina anti-MenB no foi plenamente eficaz em ativar a memria imunolgica atravs da produo de anticorpos bactericidas ou ativao de LTm; 3) os pacientes HIV positivos necessitam de uma dose booster da vacina conjugada anti-MenC.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

O presente estudo teve como objetivo descrever o contedo das representaes sociais acerca da Aids para os usurios soropositivos em acompanhamento ambulatorial da rede pblica de sade e analisar a interface das representaes sociais da Aids com o cotidiano dos indivduos que vivem com o HIV, especialmente no que concerne sua organizao e ao processo de adeso ao tratamento. Trata-se de um estudo exploratrio-descritivo, pautado na abordagem qualitativa e orientado pela Teoria das Representaes Sociais. Os sujeitos consistiram em 30 usurios em acompanhamento ambulatorial de um Hospital Pblico Municipal localizado na cidade do Rio de Janeiro referenciado para clientes soropositivos ao HIV/Aids. Os dados foram coletados por meio de entrevista e analisados atravs da anlise de contedo. Como resultados, emergiram 6 categorias, quais sejam: Elementos de memria da Ancoragem da Aids na sociedade e o seu processo de transformao, onde foi explicitada a ancoragem da Aids no outro, na frica, no macaco, no homossexual e uma nova ancoragem apresentada consiste na cronicidade do diabetes, deixando a sndrome de ser sinnimo de morte; Transmisso e Preveno da Aids segundo as pessoas que convivem com a sndrome, na qual os sujeitos apresentaram quase todas as formas cientificamente comprovadas quanto aos meios de transmisso do vírus HIV; O cotidiano dos indivduos soropositivos permeado pelo processo de vulnerabilidade ao HIV, no mbito do qual entende-se que o reconhecimento do risco individual frente epidemia ir influenciar, sobretudo, as prticas e os comportamentos das pessoas; Discriminao e ocultamento no conviver com o HIV, onde se apresenta como estratgias de sobrevivncia social o ocultamento do estado de soropositividade ao HIV. Assim, podem continuar a vida como pessoas consideradas normais, sem serem acusadas e discriminadas, sejam no mbito familiar, social ou no trabalho; alm disso, os sujeitos do estudo declararam que eram preconceituosos antes do diagnstico; o processo de adeso ao tratamento na cotidianidade de indivduos soropositivos, observando-se, nesta categoria, que um dos grandes motivadores da adeso ao tratamento consiste no fato dos usurios acreditarem no resultado positivo da teraputica; o enfrentamento cotidiano experinciado pelos sujeitos que convivem com o HIV, onde a forma como os sujeitos organizam o seu cotidiano para enfrentar e conviver com o HIV reflete diretamente em suas atitudes e em suas prticas, tanto no processo da adeso, como nas relaes sociais (o outro) e, principalmente, na relao individual (o eu). Conclui-se que a representao social da Aids apresenta-se multifacetada e dependente do contexto histrico e social no qual o indivduo est inserido, seus valores, cultura, nvel de informao e conhecimento.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

O presente estudo tem como objetivo apreender e analisar as representaes sociais do tratamento do HIV/AIDS para enfermeiros atuantes em um hospital de referncia, localizado do municpio do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, que utilizou como referencial terico-metodolgico a teoria das representaes sociais. Os sujeitos do estudo foram 20 enfermeiros que atuam em um hospital pblico universitrio da cidade do Rio de Janeiro. A coleta de dados deu-se por meio de entrevista semi-estruturada. Para anlise dos depoimentos obtidos atravs das entrevistas utilizou-se a tcnica de anlise de contedo temtica, proposta por Bardin (1977). Aps a anlise, emergiram nove categorias: O tratamento medicamentoso e os determinantes de sua adeso; O tratamento clnico e fsico; Aes psico-espirituais enquanto parte do tratamento; A abordagem teraputica social na busca da qualidade de vida; Aes educativas preventivas e teraputicas; A dinmica familiar envolvida no tratamento; O cuidado psicossocial no diagnstico e suas repercusses; O relacionamento interpessoal como parte do tratamento; Sentimentos do profissional que cuida. A representao social do tratamento prestado ao portador do HIV/AIDS, identificada no presente estudo, foi construda a partir das novas necessidades apresentadas por estes pacientes, diante do carter de cronicidade do HIV/AIDS. Observa-se que as representaes sociais apreendidas apontam para uma concepo de tratamento dentro de uma perspectiva holstica, e no apenas focada na doena e no corpo, apontando para o tratamento enquanto atendimento das necessidades humanas essenciais e no apenas garantia de sobrevivncia.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Tratou-se de um estudo descritivo exploratrio com abordagem quantitativa acerca da vulnerabilidade de mulheres com mais de 60 anos em relao ao HIV/AIDS, cujo problema foi descobrir qual o processo de vulnerabilidade auto referido por mulheres de 60 anos e mais em relao ao HIV/AIDS a partir de suas atitudes sexuais.Os objetivos foram: Descrever o processo de vulnerabilidade auto referido por mulheres com 60 anos e mais em relao ao HIV/AIDS a partir de suas atitudes sexuais. Identificar atitudes sexuais entre mulheres com mais de 60 anos e mais. Descrever o conhecimento sobre HIV/AIDS das mulheres com mais de 60 anos.Descrever o processo de vulnerabilidade auto referido por mulheres com mais de 60 anos em relao ao HIV/AIDS.O estudo foi realizado com mulheres com mais de 60 anos freqentadoras das atividades do Projeto Longegividade da Secretria Especial de Envelhecimento Saudvel e Qualidade de vida do Rio de Janeiro. O local escolhido foram espaos pblicos aonde se realizavam as atividades do Projeto. A coleta de dados aconteceu no perodo dos meses de setembro e outubro de 2009. Em atendimento ao preconizado pela resoluo 196/96, todos os sujeitos assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. O estudo foi submetido apreciao do Comit de tica da Prefeitura do Rio de Janeiro a fim obter a autorizao para a divulgao do nome da Instituio aonde foi realizada a pesquisa, sob o parecer de nmero 84 A-2009. Participaram do estudo 256 mulheres. O questionrio foi criado partir de quatro dimenses estabelecidas. Dimenso scio econmico e demogrfica, processo de vulnerabilidade auto referido, conhecimento sobre HIV/AIDS e prticas sexuais. Os dados coletados foram organizados em bancos de dados, criados pelo pesquisador atravs de um sistema Gerenciador de Banco de Dados Microsoft Excel verso 2003. Foram utilizadas medidas estatsticas descritivas como freqncia absoluta e a freqncia relativa para atender aos objetivos do estudo. Concluiu-se que em nossa amostra as mulheres idosas se colocam em situao de risco, quando ao possuir vida sexual ativa no usam preservativos. Compem um grupo bem informado acerca dos mtodos de preveno, porm a utilizao do preservativo esta relacionada, a muito mais do que informao e sim a um objeto de confiana nas relaes. Entendeu-se que a preveno ao HIV/AIDS em mulheres com mais de 60 anos deveria incluir, alm de estratgias de repasse de repasse de informao, estratgia de fortalecimento individual, reforo na auto estima e estimulo a autonomia de uma forma geral.

Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

O objetivo deste trabalho determinar o tempo decorrido e fatores relacionados a sobrevida, a partir do diagnstico da AIDS dos pacientes atendidos no Centro de Pesquisa Hospital Evandro Chagas (CPqHEC). Comparar a sobrevida segundo os critrios definio de caso de AIDS estabelecidos pelo Centro de controle de doenas e preveno dos EUA (CDC) em 1987 e 1993 e pelo Ministrio da Sade Brasil em 1998. De um total de 1591 indivduos com sorologia positiva para HIV, cadastrados entre 1986 a 1999, foi selecionada uma amostra aleatria sistemtica com 392 indivduos, sendo identificados 193 casos de AIDS pelo critrio CDC 1993. A sobrevida foi considerada como o tempo decorrido da data do diagnstico da AIDS ao bito (falha), sendo a censura definida para os pacientes com perda de seguimento ou que permaneceram vivos at dezembro de 2000, com a data da censura igual a data do ltimo atendimento. A durao da sobrevida foi descrita atravs do mtodo de Kaplan-Meier, sendo comparadas as funes de sobrevida das categorias das variveis pelo teste log-rank. Um modelo com os co-fatores de maior relevncia na sobrevida foi ajustado, utilizando-se o modelo dos riscos proporcionais de Cox. Dos 193 pacientes com AIDS, 92 (47,7%) morreram, 21 (10,9%) abandonaram o tratamento, e 80 (41,7%) permaneceram vivos at o fim do estudo. Encontramos sobrevida relativamente alta nos trs critrios de definio de caso avaliados, em parte explicada pelos casos serem procedentes de um nico hospital de pesquisa, com alto grau de conhecimento na conduo da doena. A profilaxia primria para PPC foi preditor de melhor sobrevida. Casos com AIDS definida por herpes zoster apresentaram melhor prognstico e os definidos por duas doenas o pior prognstico.

Relevância:

50.00% 50.00%

Publicador:

Resumo:

O presente estudo descreve e analisa o aprendizado dos mdicos residentes para a prtica da assistncia s pessoas que vivem com HIV/Aids desenvolvida em um servio de Doenas Infecciosas e Parasitrias de um Hospital Universitrio no Estado do Rio de Janeiro. uma pesquisa de cunho etnogrfico, com a observao do processo de treinamento em consulta em ato da ateno, realizada por mdico residente, sob superviso de staffs do servio. Os aspectos multicausais da Aids suscitam demandas tanto nos pacientes quanto nos profissionais de sade envolvidos na assistncia a essas pessoas. O processo de ensino/aprendizado na medicina prioriza a doena, relegando a segundo plano, o doente com suas questes subjetivas, sociais, culturais e econmicas. Entretanto, ao lidarem com estas pessoas, os mdicos entram em contato com aspectos objetivos e subjetivos do processo de adoecimento individual. neste momento, que fica evidente as lacunas deixadas neste processo de aprendizado. Paulatinamente, os mdicos vo aprendendo a cuidar do vírus e seus efeitos. Eventualmente aprendem a cuidar tambm da pessoa. Para o alcance de uma ateno integral e humanizada ainda necessrio ampliar e aprofundar as reformulaes no processo de ensino/aprendizagem dos mdicos. Mudanas essas que permitam o aprendizado de cuidar bem tanto da carga viral, do CD4 e dos anti-retrovirais quanto da pessoa que porta o vírus.

Relevância:

50.00% 50.00%

Publicador:

Resumo:

O objetivo principal deste trabalho consiste em analisar a construo social do cuidado em um grupo especfico de apoio aos portadores do vírus HIV/AIDS. Para tanto, apresentamos uma discusso terico-conceitual e metodolgica desenvolvida em quatro captulos. Nos dois primeiros refletimos sobre a trajetria, do enfrentamento da epidemia do HIV/Aids no Brasil e o papel das ONGs nessa trajetria, buscando delinear o campo de disputando qual um grupo especfico de portadores do vírus HIV/Aids se insere e assume posio contra-hegemnica. Em seguida, no terceiro captulo, mapeamos o percurso da formao desse grupo, analisando o engendramento das atividades ali desenvolvidas e os reflexos do campo de disputa no interior do grupo. No captulo seguinte, refletimos sobre a histria de vida de uma das participantes do grupo, por meio da qual identificamos quais as possveis configuraes desse sujeito, mediante sua insero nos espaos sociais. Verificamos que tal insero amplia sua capacidade de articular saberes no enfrentamento dos seus problemas de sade. Conclumos que o grupo estabelece modos de fazer que primam pela manuteno do vnculo por onde circulam bens e se efetuam as solidariedades. Alm disso, percebemos que as hegemnicas concepes de sade e doena esto tendo seus poros alargados por este reordenamento social que no somente filtra os valores indesejveis da viso hegemnica, como tambm propicia aos sujeitos a redescoberta do seu prprio cuidado. Por fim, constatamos que as representaes sobre sade e doena, decorrentes da que as representaes dobre sade e doena, decorrentes da insero do sujeito em espaos sociais especficos, como os grupos de apoio, provocam (re)significaes importantes: trabalhar, cozinhar, dormir, alimentar-se e tambm aquelas que estavam somente na ordem do lazer, como passear, ficar em casa com a famlia, visitar e ser visitado por amigos, danar e outras, ganham nova dimenso e passam a ser vistas como vetores de sade. Deste modo, gestos simples e prticas habituais assumem aspectos de tticas que modulam o cuidado dos sujeitos, Estas prticas realizadas no cotidiano, as quais chamamos de cuidado vivo, so tambm percebidas pelos sujeitos como cuidado.

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

A discusso sobre a atuao do Estado nas polticas pblicas de Sade remonta a constituio alem de Weimar, em 1919 at os dias de hoje. No Brasil, esta discusso avana em dois momentos da dcada de 80: o primeiro o registro dos casos de AIDS inicialmente detectados em 1980, enfermidade vista como problema de determinados grupos sociais de comportamentos desviantes e no da sociedade como um todo, acarretando movimento por parte da sociedade civil atingida pela doena, atravs de organizaes no-governamentais que se especializaram na luta contra a discriminao do portador do vírus HIV e do doente de AIDS. O segundo momento a promulgao da Constituio da Repblica de 1988, texto normativo que estabeleceu diretrizes referentes ao fornecimento de servios de sade por parte do Estado, elevando a sade a categoria de direito fundamental social. Estes movimentos liderados pelas organizaes no-governamentais, pressionaram o Estado, atravs do Poder Judicirio para garantir o cumprimento de seus direitos de cidados previstos na Constituio, uma vez que o desrespeito aos direitos das pessoas que vivem com HIV/AIDS era crescente no Brasil. Para desenvolvimento da presente tese foi utilizada a pesquisa documental das decises em todas as instncias do Poder Judicirio, passando pelo Tribunal Estadual do Rio de Janeiro at chegar a cpula do Poder Judicirio, o Supremo Tribunal Federal, aprofundando o estudo nas decises que deferiram os pedidos referentes ao fornecimento de medicamentos para os doentes de AIDS. Foram utilizados documentos doutrinrios para fundamentar a necessidade da aplicabilidade das normas constitucionais de forma imediata e no como meros programas para o poder pblico. Ao levantar estes documentos, observou-se que a previso constitucional, e as decises dos rgos do Poder Judicirio, caminhavam no s para garantir os direitos das pessoas que vivem com HIV/AIDS, mas tambm para estender esta poltica pblica a outras doenas degenerativas do organismo humano de forma a possibilitar a aplicao da previso normativa no somente quela doena.

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

Este estudo objetivou analisar e comparar a incorporao psicossocial do HIV/AIDS entre adolescentes soropositivos considerando os diferentes meios de transmisso: vertical e sexual. Trata-se de um estudo de natureza descritiva, com abordagem qualitativa, fundamentado na teoria das representaes sociais, na perspectiva da Psicologia Social. Foram estudados 30 adolescentes soropositivos atendidos em um Hospital Universitrio do Rio de Janeiro. Foi utilizada como tcnica de coleta de dados entrevistas semi-estruturadas e dois instrumentos de coleta: um questionrio de caracterizao dos sujeitos e um roteiro temtico que guiou as entrevistas. As entrevistas foram gravadas e os contedos transcritos e analisados conforme a tcnica de anlise de contedo temtica. O resultado evidenciou que o significado do HIV/AIDS para os sujeitos, numa anlise geral, marcado predominantemente por sentimentos negativos como medo e sofrimento. Imagens comuns aos dois grupos foram da morte e destruio, assim como o preconceito foi um importante contedo representacional. Ao comparar os dois grupos percebe-se que os elementos mais presentes na representao de adolescentes contaminados por relao sexual so sofrimento e o medo, com uma dimenso imagtica associada morte. O uso do preservativo tambm outro contedo representacional marcante nos discursos deste grupo. A sexualidade est incorporada na representao relacionada s dificuldades com a mesma ps descoberta do vírus. J os adolescentes contaminados por transmisso vertical tiveram como elementos mais presentes a aceitao e conformao da doena. O tratamento torna-se um importante contedo da representao para este grupo, relacionando-o ao cuidado sade e a imunodeficincia. Conclui-se, ento, que a escolha do estudo das representaes sociais e das tcnicas de anlise utilizadas foram pertinentes, pois permitiram identificar os principais elementos constituintes da representao social do HIV/AIDS, comparando as diferenas representacionais nos dois grupos de adolescentes estudados. Estes resultados serviro para reflexo crtica de profissionais de sade , tanto na contribuio para repensar estratgias de educao em sade para preveno de DST/AIDS, quanto no posicionamento diante de adolescentes soropositivos.

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

O estudo teve o objetivo de identificar os contextos de vulnerabilidade e autonomia de mulheres vivendo com HIV/Aids antes e depois do diagnstico. Essas mulheres so participantes do Grupo Parceiras da Vida, atendidas pelo Ncleo de Epidemiologia e pelo Servio Social do Hospital Universitrio Pedro Ernesto/UERJ. O referido grupo tem como proposta oferecer suporte e informao alm de estimular o exerccio da autonomia feminina. Nossa anlise teve como referncia os Direitos Humanos, entendendo que as desigualdades de gnero, propiciam uma srie de violaes de direitos das mulheres, que nos permitem refletir acerca dos processos de vulnerabilidade e autonomia vivenciados pelas mesmas. Foi utilizada a metodologia qualitativa, atravs do uso da histria de vida de mulheres vivendo com HIV/Aids, bem como a observao participante das atividades do grupo de mulheres. Sendo assim, foram abordados os eixos temticos da seguinte forma: Percepo social da doena na tica de Gnero; Acesso e Poltica de Assistncia as Pessoas vivendo com HIV/Aids e a Dinmica de rede scio familiar: o grupo Parceiras da Vida. Identificamos que as inseres de classe, etnia, escolaridade, associados as particularidades do processo histrico vivido pelas mulheres, podem definir maiores ou menores magnitudes de situaes de vulnerabilidade e autonomia. Constatamos, ainda, que o grupo Parceiras da Vida referenciado enquanto grupo de apoio, bem como contribui para o fortalecimento e para a construo de sujeitos mais autnomos no processo de adoecimento pelo vírus HIV/Aids.

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

O presente estudo tem como objetivo compreender o impacto de questes relacionadas ao HIV/Aids na vida dos adolescentes e jovens, ativistas da REDE NACIONAL DE ADOLESCENTES E JOVENS VIVENDO COM HIV/AIDS (RNAJVHA) e da REDE ESTADUAL DE ADOLESCENTES E JOVENS VIVENDO COM HIV/AIDS DO RIO DE JANEIRO (REAJVHA-RJ), na faixa etria de 18 a 24 anos, infectados pela transmisso do vírus HIV, independentemente da via de contaminao, que fazem parte da construo do ativismo social da 3. fase da epidemia, momento ps acesso universal e gratuito aos tratamentos e medicamentos antirretrovirais na sade pblica, poltica exitosa promovida pelo Ministrio da Sade, fornecidos pelo Sistema nico de Sade. Para tanto, usou-se como metodologia as narrativas das suas histrias de vida, como instrumento de pesquisa, buscando compreender: sentimentos, motivaes, processos de composio e recomposio de identidades, gesto de riscos sade, forma de relacionamento com as diversas redes sociais, integrao da histria individual na histria coletiva mais ampla do movimento social, na busca de ampliar as oportunidades de compreender e refletir sobre o impacto da epidemia de HIV/Aids nesses adolescentes e jovens que fazem parte da RNAJVHA e REAJVHA-RJ. Reconstruir as experincias individuais histricas de suas vidas e de suas culturas, identificar os momentos desses adolescentes e jovens antes e posteriormente a sua entrada no ativismo juvenil, identificar, ainda, os momentos de enfrentamento dos fatos da vida como portador de sorologia positiva para o HIV. Estas condies e conquistas guiaram e influenciaram seus cursos de vida, focando assim os dinmicos processos de mudanas, orfandade, negociaes, lidar com o preconceito, sexualidade, solidariedade com o outro, reformulaes, articulaes e adeso ao tratamento. Analisamos as movimentaes presentes na vida social e na existncia do adolescente e jovem, como indivduos de direitos e deveres que exercem suas funes de atores/autores de suas prprias histrias de vida atravs do ativismo e militncia jovem em HIV/Aids. Esta pesquisa traz o reinventar de um novo ativismo em HIV/Aids.

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

A AIDS deixou de ser uma doena aguda, tendo como desfecho morte imediata. Com o advento da terapia antirretroviral potente, controlou-se o vírus da imunodeficincia humana, tornando a AIDS uma doena crnica. Entretanto, a terapia antirretroviral potente possui reaes adversas, sendo uma delas a sndrome lipodistrfica do HIV. Uma das manifestaes desta sndrome a lipoatrofia facial: perda de gordura na face. O Ministrio da Sade do Brasil normatizou a aplicao de polimetilmetacrilato para reabilitao da face. Porm, crianas e adolescentes no podem realizar tal procedimento. Para esta populao, o presente trabalho prope a terapia miofuncional. Objetivo: Verificar os efeitos da terapia fonoaudiolgica miofuncional em adolescentes vivendo com HIV/AIDS, contrado por transmiso vertical, com lipoatrofia facial. Mtodos: Realizou-se avaliao fonoaudiolgica antes e depois de 12 sesses de terapia fonoaudiolgica, utilizando avaliao estrutural, medidas antropomtricas da face, registro fotogrfico, peso e altura, ndice de lipoatrofia facial (ILA) e ndice de incapacidade facial ndice de bem-estar social (IIF-IBES). Na terapia fonoaudiolgica, utilizou-se exerccios isotnicos e isomtricos para face, bochechas e lngua. Foram coletados os ltimos dados, como a contagem de CD4, a carga viral, e o histrico da terapia antirretroviral utilizada. Resultados: Dos 15 pacientes estudados, 10 tinham lipoatrofia facial, mensurada atravs do ILA. Quatro completaram as todas as sesses de terapia fonoaudiolgica. Nestes pacientes, as medidas antropomtricas da face ficaram mais harmnicas, corroborando com os achados do registro fotogrfico e da avaliao estrutural. Aumentou-se sutilmente o ILA em trs pacientes. Concluso: A terapia fonoaudiolgica mostrou-se eficaz no tratamento da lipoatrofia facial leve. Considera-se importante a readequao das funes estomatognticas quando necessrio. Outras demandas fonoaudiolgicas surgiram na populao estudada.