997 resultados para poética do pensar


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Em resumo, trata-se da apreciação crítica da publicação de um conjunto de ensaios de Ortega introduzidos e editados por Ricardo Araújo, sob o título "A Beleza foi feita para ser roubada" (Brasília: Editora UnB, 2014).

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Este trabalho se ocupa da reconsideração das noções de formação e transmissão à luz dos conceitos de máquina antropológica e ociosidade, desenvolvidos pelo filósofo italiano Giorgio Agamben. Tal reconsideração implica mudanças gnosiológicas, linguísticas, éticas e políticas. A hipótese central é que aquilo que, nos limites em que tem sido concebido na tradição ocidental, se entende como o humano, não é algo preexistente (uma substância), mas o resultado de um dispositivo histórico e político de captura das forças vitais dos viventes. Esse mecanismo implica a distinção, no interior dos indivíduos, de uma região animal e outra especificamente humana, de um corpo e uma alma, de um elemento sensível e outro inteligível, de uma voz e uma palavra articulada. A partir dessa distinção, o humano é modulado como passagem da primeira dimensão à segunda; isto é, o humano é concebido como domínio e superação da dimensão animal, corporal, sensível, que nos habita. A atual pesquisa distingue, no interior dessa máquina antropológica (apresentada por Agamben) o funcionamento de outras máquinas coadjuvantes da criação do humano: a máquina gramatical, hermenêutica, colonial, pedagógica. O sistema educacional moderno alimenta-se, assim, das forças sinérgicas que dão forma ao humano como superação do sensível em direção ao inteligível e que se manifesta na linguagem através de uma linguística do signo; na moral, através do domínio do corpo pela razão; e na política, através de uma superação da barbárie por parte da civilização. Porém, a partir do século XIX, uma série de acontecimentos históricos começam a debilitar essa maquinaria antropológica, fazendo com que a teoria do signo seja interpelada por uma poética que começa a questionar a relação entre vida (sensível, corporal, afetiva) e significado (inteligível, ideal, racional); por uma nova ética, que questiona a relação imperial entre o corpo e a alma; e por uma política, que invalida a relação tradicional entre civilização e barbárie e, com ela, a própria ideia da educação como processo civilizatório ou modernizador. O presente trabalho pretende colocar em evidência a cesura interior que organiza as relações linguísticas, morais e políticas, nos sujeitos e entre eles, através da superação e do domínio de uma animalidade que se apresenta como uma exterioridade interior. No eclipse dessa maquinaria antropogenética surge a necessidade de pensar, no âmbito da educação e da cultura em geral, uma forma de relação que suspende (na linguagem, na moral e na política) a passagem humanizante e civilizatória. Uma relação na qual a educação pode ser pensada como uma forma de estar e não como um infinito esforço de chegar a ser. Já não mais um desejo de superação, mas uma arte do estar. Já não mais um empenho por descobrir o significado oculto por trás das coisas, mas uma forma de habitar poeticamente a linguagem e as relações. O cultivo de um saber, mas também o cultivo de uma forma de ignorância, que não é vivida como uma falta que deve ser superada, mas como uma maneira de se manter numa relação aberta com aquilo que se nos escapa.

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We tried to extend the notion of truth, from the rational concept towards the subjective one. We not only exist by the thought, but also by the feeling. If we apply the scientific method to everything, we remain without art. We want to adhere ourselves to the intimate experience of the subjective thing. In art, the eye introduces the perspective and eliminates the interpretation possibility. Something similar happens with the matter: verb is to matter as name is to form. The Academy has given importance to the form, and it has forgotten the poetical qualities of the matter; it has focused on the figure and it has forgotten the background. However, we have to pay attention to the accidental thing, to the rupture of the protocol, to the frenzy of everything that is alive. For this reason, we pay attention to our intuition, to the sleepy subsoil of our ordinary experience whose inertia has lost the disruptive value of the action. At the end of this article we offer practical exercises, with which we wish to revitalize our centres of attention.

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Trabalho de Projecto apresentado para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Filosofia, área de especialização em Estética.

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Ao partir de discussões que tomam como eixo central a temática da diferença na educação, a presente Dissertação busca problematizar o multiculturalismo e a retórica da diversidade cultural em suas “respostas” ao problema da diferença, bem como suas formas de “entrada” na educação. Situando a Revista Nova Escola – corpus de estudo desta pesquisa – no campo das pedagogias culturais e suas conexões com o currículo, analisa a produção cultural, os modos de ver e de narrar as diferenças, e os processos de produção/interação entre a revista e seu público leitor, estabelecendo, para tanto, uma articulação entre a política e a poética do texto cultural. Os aportes teóricos da pesquisa partem das contribuições dos Estudos Culturais, do Pós-Colonialismo e de autores/as que transitam por diversas teorias da diferença na educação, onde se busca dialogar sobre multiculturalismo, identidade, diferença, alteridade, cultura, currículo, pedagogias culturais, texto, discurso, imagem. As análises da pesquisa apontam percepções amplamente ambíguas a respeito da presença/ausência do outro na revista: por um lado, as imagens e narrativas do outro aparecem como invenções e fabricações culturais e discursivas instituídas a partir de determinados espaços de “referência” e/ou “normalidade”; por outro lado, tais invenções se mostram permanentemente perturbadas pela presença do outro na revista que emerge como linguagem outra e/ou de resistência. Ao finalizar, aponta a existência de uma multiplicidade de modos de produzir e nomear os “diferentes” na revista, ressaltando-se que essa produção não acontece independente de complexos jogos de poder e espaços de disputas em torno de significados e modos de ver, os quais precisam estar sempre abertos a incertezas e negociações. Tal reconhecimento torna possível, portanto, pensar as diferenças culturais para além das rígidas dicotomias entre identidade/diferença, eu/outro, nós/eles, norma/desvio... que freqüentemente povoam o pensamento educacional moderno.

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Esta pesquisa é sobre pintura, considerada como uma poética em si, que resulta em uma análise do que seja a instauração de sentidos. Enquanto poética, a pesquisa constitui-se de 29 telas de diversos tamanhos, pintadas em acrílico sobre lona, série designada com o título de Icthyus. E enquanto análise, reflexão estética e teórica, histórico-crítica, está constituída de uma tese do qual o presente texto faz parte. Esta investigação foi proposta como uma revisão epistemológica de pressupostos conceituais e práticos, em função de um contexto que se deriva da poética Icthyus. E das particularidades do imaginário de um determinado artista, considerando a este como um reflexo da coletividade na qual está inserido e, especificamente, a partir de uma determinada intencionalidade, de identificação cultural. Em função da abordagem escolhida, tratamos de identificar alguns paradigmas entre o fazer e o pensar com respeito à série Icthyus; os conceitos de forma e imagem foram propostos como referentes paradigmáticos dos quais outros conceitos ainda derivam ou permitem desdobramentos, que nos levam a considerar a problemática da arte como linguagem. Finalmente, a teoria da semiose de Peirce é proposta como um instrumento epistemológico, capaz de considerar numa mesma ordem de igualdade cognoscitiva as ordens da sensação e do pensamento, da análise e do fazer, da criação e da reflexão, a procura de entendimento, do acesso ao conhecimento do modo de funcionamento da articulação entre os universos; cognoscitivo, fenomenológico e intuitivo, que estão imbricados em todo processo poético.

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Esse trabalho nasce da percepção de um campo de trabalho e de produção de subjetividade permeado por diferentes problemáticas da vida contemporânea e da própria formação histórica da profissão. Procura dar visibilidade a um modo de trabalhar na Terapia Ocupacional próximo a uma concepção de saúde que pressupõe a justaposição dos conceitos de complexidade e transdisciplinaridade, bem como a superação das certezas e verdades universais. Aproxima-se da problematização dos corpos e dos modos de subjetivação no processo terapêutico e, conseqüentemente, no campo político-social do qual emergem, potencializando a construção de uma prática voltada às diferenças e às singularidades dos sujeitos atendidos. Busca o entendimento do campo molecular pelo qual circula a ação do terapeuta ocupacional e da capacidade de invenção que transversaliza as ações do sujeito no mundo. Neste sentido, propõe um modo poético e singular de criar um processo de investigação e, simultaneamente, de atuação profissional que procura romper com o método de investigação mecanicista e dicotômico. Uma estratégia metodológica que prevê uma reflexão crítica sobre as experiências profissionais do terapeuta ocupacional através da análise de casos-pensamento. Um procedimento que emerge na zona de indiscernibilidade entre terapeuta e pesquisador e que tem como teia-conceitual os referenciais da Filosofia da Diferença, da Terapia Ocupacional, da Psicologia e da Literatura. Neste caminho, descortina-se a aliança da Terapia Ocupacional a uma clínica dos afectos. Encontro que aproxima arte e vida, clínica e poïética, cotidiano e invenção. Espaço entre corpos. Lugar de experimentação de si, produção de novos sentidos e expressão do pensamento, ou seja, um campo de problematização e criação da própria vida. Uma vida com intenso potencial de fazer variar os modos de estar no mundo, libertando os corpos de seus engessamentos e empobrecimentos.

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O presente trabalho analisou ações culturais em logradouros públicos do município do Rio de Janeiro, atualmente chamadas de Arte Pública, no contexto posterior a promulgação em junho de 2012 da Lei do Artista de Rua, que garante o uso livre do espaço urbano para as apresentações artísticas destes grupos e artistas e reconhece oficialmente estas manifestações. A partir deste quadro a pesquisa se propõe a refletir sobre as possíveis contradições entre a mediação cultural que acreditamos ser inerente a este segmento e a institucionalização decorrente desta lei. O estudo da mediação visou ainda pensar em outras formas de participação social no planejamento das políticas culturais. A investigação foi feita prioritariamente com palhaços profissionais que atuem nas ruas, praças, comunidades e outras áreas públicas do município.

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The thesis presents the body poetry and its inscribing in the myth and Butô dance. The argumentation highlights the sensitive dimension present in these itineraries, as a possibility to operate the emergency of knowing inscribed in the body, bringing a kind of rationality that links the fragments, that allows the knowing to break through the barriers of disciplinary isolation, that abandons the certainties and goes through the ways of creation and that gives the body new space and time, featuring epistemological elements, ethical and esthetical, that can permit a sensitive education. All along the way, we comprehend by sensitive education, a education that considers the relinking of logical, analogical, symbolic and artistic knowledge and therefore reconsiders the own act of knowing as a continuous and inconcluded process. That sensitive education is also understood as retaking the body experience, its sensitive nature, as well as being meaningful to reading the world. It includes the body memory, its history and creativity, opening it to innovation, change, sense amplification and dialogue with other bodies and world, because it is within them. It is about an investigation of phenomenologic nature, that dialogues philosophy and art, pointing breakdowns of this reflection foe the body and education studies. We find it necessary to notice the body language, that allows one to think through movements, articulate a thought that is risen from articulations, guts and all the body. This incarnated reason starts the expressive body action, that makes us move to mean, communicate, inaugurate senses. Among these senses, we present a possibility of approach of the elements of Butô dance teaching and physical education, as ways of sensitive education showings of body poetry

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Esta dissertação objetiva pensar os desdobramentos que as traduções da poesia de Rainer Maria Rilke alcançaram no cenário do Suplemento Literário da Folha do Norte - SL/FN e em outros periódicos das décadas de 1940 e 1950, em que foram publicadas. Consideramos que estas traduções foram um indício de intensificação da abertura universalizante das letras paraenses às novidades modernistas iniciadas na Semana de Arte Moderna de 1922. Tais traduções foram cruciais para a formação do Grupo dos Novos, composto principalmente de nomes como Benedito Nunes, Mário Faustino e Paulo Plinio Abreu, além do antropólogo alemão Peter Paul Hilbert. O suporte teórico-metodológico será a utilização dos conceitos de Weltliteratur (Literatura universal) de Goethe e Reflexionsmedium (Médium-de-reflexão) de Benjamin. Estas matrizes interligarão os campos da história, da filosofia da linguagem e da tradução para refletirmos sobre o impacto dessas traduções na Amazônia brasileira da época. Outro conceito importante nesta dissertação é o de Bildung (formação), pensado a partir da leitura de Antoine Berman quando ele o relaciona à tradução, incluindo vários fenômenos que envolvem as relações tradutórias entre culturas e línguas. Ao final, por meio da reflexão tradutológica de Haroldo de Campos, visamos observar possíveis confluências nas produções poéticas e críticas de Mário Faustino, Manuel Bandeira e Paulo Plínio Abreu, como resultante do processo relacional promovido por estas traduções.

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This essay discusses the theme of poetics in teaching activity, and discusses its possible ability to think about the ethical-formative sense and its possible political use to propose alternatives to the educational praxis that is restricted, in actuality, a pragmatic teaching. From the point of view of aesthetics of existence, therefore, we proposes a particular notion of poetic, fairly close to what can be understood by the dramatic that underlies the pragmatic of you last Foucault, as well as analyzes your chances to problematize the current pragmatic teaching. Thus, we look forward to assist the educator thinking both the possibility of ethics (self) transformation as the meaning of formation of another in his educational activity.

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This article reflects on Arnaldo Antunes‟ (AA) poetics. For this purpose, both the contributions of Fontanille and Zilberberg regarding tensivity, as well as some ideas of Tatit regarding song semiotics. The aim is to think about how the dance between enunciation and enunciate is structured in AA within poetical architecture as exemplified here based on the analysis of the poem “Palavra”. The hypothesis is that the tension between the two central nuclei of the poem, metalanguage and erotism, are the essential compositional marc of AA poetical stylistics. The results lead to the reflection that the musical tension is the game that guarantees the movement between the density of the word and the erotic fluidity of the authorial (metalinguistic) act of production.

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We aim with this article to analyze the poetics of love in The Romance of the Rose. We think that Guillaume de Lorris’s conception of love is associated with the flourishing of the French courtly society of the XIII Century, and that Jean de Meun’s conception of love is a result of the decline of this same society. Behind the virtues offered by Guillaume to the medieval lover we find the notion of courtesy, of the art of living in society, the understanding of the poetry as a form of ethics, and the medieval poetic of desire – intimately associated with the religious mysticism appeared from the XI Century and with the troubadours’ poetry. Jean is more influenced by the Ovidian tradition of thinking about the causes and effects of love. In the first part of the poem, Guillaume idealizes the conquest of the Rose; in the second, Jean describes the cueillette of the Rose, which could be read as a rape, in an allegorical way. It is this tension between different conceptions of love in a same poem that makes possible a better comprehension of the ways people used to think and feel in the Middle Ages.

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De carácter ensayístico, el siguiente trabajo busca pensar cierta lógica de construcción estética que aparece, nítidamente, en el siglo XVII y bajo el diseño (dinámico) del plano en asterisco. Cierta configuración política del Estado-nación, así como la creciente extensión de un dominio imperial-colonial de la economía, ponen en primer plano el problema del espacio (y del control de su infinitud). Este fenómeno, entre otros, lleva a retrazar la antigua ciudad medieval y a reconfigurar no sólo la imagen sino la concepción de lo que una ciudad debía ser. La ciudad barroca, moderna y multitudinaria, adquiere entonces la forma de un asterisco: una plaza central y rectas avenidas irradiadas. Pero al mismo tiempo (o poco antes), el asterisco se vuelve el modo que adopta el mundo para conjurar o contener el infinito que amenaza cada plano de la vida: sea el cielo heliocéntrico de Copérnico y Galileo, la barroca fuga de puntos (y el no punto de fuga renacentista) de Bach o de Velásquez, el "mapa" imperial de una Nación, o la dispersión multitudinaria y digresiva de un narrador-lector como el del Quijote, entre otros. Este plano en asterisco, será también el dibujo más ajustado de otros problemas o invenciones barrocas, como son el punto de vista y el famoso concepto de Baltasar Gracián. A partir de allí, conceptos e ideas-forma como el pliegue (Deleuze), la hidra vocal (Egido) o la estructura radial (Carreter), configurarán cierta historia teórica del barroco, de sus procedimientos ético-estéticos, y de su obsesión por la formación y transformación de formas formadas

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Ante la imposibilidad de pensar un archivo de la imaginación poética con domicilio estable, se propone la migración de las imágenes como forma de rodear el archivo para acceder a ciertas formas de la imaginación poética de la modernidad hechas de tiempos impuros, que abren la lectura de Lunario sentimental. Reconsiderar el carácter espacial de la imagen parece ser una parte fundamental de una historia posible de este archivo, que guarda una especial relación con lo mínimo, la colección y el souvenir, visibilizadas en trabajos como Pequeño mundo ilustrado, de María Negroni, y Tratado de fitolingüística, de Mario Ortiz