80 resultados para pequi
Resumo:
O pequi um fruto do Cerrado, de alto valor nutricional e potencial econômico. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade do pequi cozido após ter sido submetido a diferentes métodos de congelamento e tempos de armazenamento. Os frutos, oriundos de Bocaiúva, Norte de Minas Gerais, foram selecionados, lavados, sanificados, descascados, branqueados, resfriados, embalados em sacos de polietileno, selados a vácuo, em parcelas de 300g, submetidos ao congelamento por ar estático e por ar forado e armazenados em congelador (-18ºC ±2ºC) por seis meses. A cada dois meses (0, 2, 4 e 6 meses), os frutos foram analisados após cozimento, em água, por 20 minutos (300g . L-1), em panelas de aço inox. As seguintes análises foram realizadas: microscopia eletrônica de varredura, firmeza, umidade, cor (L*, h* e C*), carotenoides totais, β-caroteno e vitamina C. Houve diferença significativa entre os dois métodos de congelamento apenas para as variáveis vitamina C e β-caroteno. As demais variáveis sofreram influência apenas do fator tempo de armazenamento. Conclui-se que o pequi cozido após congelamento é influenciado mais pelo tempo de armazenamento do que pelo método de congelamento, sendo o congelamento eficiente para preservação da qualidade desse fruto.
Resumo:
O experimento foi conduzido com o objetivo de obter informações sobre a influência do estádio de desenvolvimento do fruto (época de coleta) e do tipo de congelamento sobre os componentes nutricionais e de textura da polpa de pequi (Caryocar brasiliense Camb.). Os frutos foram coletados na árvore, antes da queda natural; no chão, após a queda natural, e após a queda natural, mantidos três dias em condição ambiente. Em cada época de coleta, após a retirada da casca dos frutos, um grupo de putamens foi congelado diretamente em freezer, e outro, congelado em nitrogênio líquido, antes do congelamento em freezer. Após seis meses, foi retirada a polpa dos putamens para a análise dos teores de carotenóides totais, ß -caroteno, licopeno, vitamina A, proteínas e lipídios; teor de celulose, hemicelulose, pectinas total, cálcio ligado à parede celular e total, atividade da pectinametilesterase e poligalacturonase. Os resultados indicaram que os teores de pigmentos, lipídios, proteínas e atividade da PG aumentaram com o avanço do estádio de maturação dos frutos. Por outro lado, houve diminuição no teor da celulose com avanço do estádio de maturação, enquanto os teores de hemicelulose e cálcio não foram influenciados pela idade do fruto. O tipo de congelamento interferiu nos teores de pigmentos, maiores na polpa congelada em nitrogênio líquido, e na atividade da PG, maior na polpa congelada apenas em freezer. Por último, os resultados mostraram que os frutos coletados na árvore são nutricionalmente inferiores aos coletados após a queda natural.
Resumo:
É relatado o achado de uma planta de pequi (Caryocar brasiliense Cambi) no Norte de Mato Grosso, sem espinhos no caroço (figuras 1 e 2). O pequi é a 3ª fruta mais consumida pelas populações do cerrado brasileiro e o seu único defeito é ter o caroço cheio de espinhos.
Resumo:
O conhecimento da composição química dos alimentos é fundamental para se avaliarem a disponibilidade de nutrientes e o seu consumo por populações. Neste trabalho, o pequi (Caryocar brasiliense, Camb.) foi caracterizado pela composição centesimal e pela presença de compostos bioativos na polpa e na amêndoa. Os dados do perfil lipídico mostram alto teor de lípides tanto na polpa quanto na amêndoa, destacando-se nos mesmos a presença dos ácidos graxos insaturados, predominando o ácido oléico como principal componente entre os ácidos graxos. Foi observada também a relação entre os elevados teores de ácidos graxos insaturados com os compostos fenólicos e carotenóides presentes, tendo a polpa quantidades mais expressivas dessas substâncias quando comparada à amêndoa, além de conter uma quantidade superior de fibra alimentar. Os resultados obtidos abrem a perspectiva de se utilizar o pequi como fruto que apresenta, na sua composição, compostos importantes para a formulação de uma dieta saudável.
Resumo:
The present study aims to compare yield and quality of pequi pulp oil when applying two distinct processes: in the first, pulp drying in a tray dryer at 60ºC was combined with enzymatic treatment and pressing to oil extraction; in the second, a simple process was carried out by combining sun-drying pulp and pressing. In this study, raw pequi fruits were collected in Mato Grosso State, Brazil. The fruits were autoclaved at 121ºC and stored under refrigeration. An enzymatic extract with pectinase and CMCase activities was used for hydrolysis of pequi pulp, prior to oil extraction. The oil extractions were carried out by hydraulic pressing, with or without enzymatic incubation. The oil content in the pequi pulp (45% w/w) and the physicochemical characteristic of the oil was determined according to standard analytical methods. Free fatty acids, peroxide values, iodine and saponification indices were respectively 1.46 mgKOH/g, 2.98 meq/kg, 49.13 and 189.40. The acidity and peroxide values were lower than the obtained values in commercial oil samples, respectively 2.48 mgKOH/g and 5.22 meq/kg. Aqueous extraction has presented lower efficiency and higher oxidation of unsaturated fatty acids. On the other hand, pequi pulp pressing at room temperature has produced better quality oil. However its efficiency is still smaller than the combined enzymatic treatment and pressing process. This combined process promotes cellular wall hydrolysis and pulp viscosity reduction, contributing to at least 20% of oil yield increase by pressing.
Resumo:
Dentre os frutos do Cerrado, destaca-se o pequi (Caryocar brasiliense Camb.), que é constituído por aproximadamente 80% de casca, que é desprezada; no entanto, apresenta potencial de utilização em várias aplicações. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência das variáveis concentração de ácido cítrico, temperatura e tempo de extração sobre o rendimento e o grau de esterificação da pectina extraída da casca de pequi e compará-la com a pectina cítrica comercial aplicada na formulação de geleia light. Obtiveram-se rendimentos de pectina entre 14,89 e 55,86 g.100g-1. A pectina obtida da casca de pequi caracterizou-se por apresentar baixo grau de esterificação (11,79-48,87%). A geleia light elaborada a partir da pectina da casca de pequi, extraída à temperatura de 84ºC por 92 minutos, na presença de 2% de ácido cítrico, obteve boa aceitação por parte dos provadores, alcançando escores médios acima de 7,0, diferindo da geleia produzida com pectina cítrica comercial apenas na aparência. Conclui-se que é viável utilizar a pectina da casca de pequi como ingrediente para formulação de geleia light de manga.
Resumo:
Avaliaram-se as características de qualidade de pequi (C. coriaceum) congelado e acondicionado em diferentes embalagens, armazenados a -18º C, durante 300 dias. Os frutos, coletados na safra de 2009/2010, foram descascados, obtendo-se assim os caroços, que, após sanificados, foram submetidos a 3 tipos de embalagens: 1 - Cortados em lâminas de aproximadamente 2 mm de espessura de polpa e seladas a vácuo em polietileno de alta densidade (PEAD); 2 - Caroços embalados e selados a vácuo em sacos de PEAD; 3 - Caroços dispostos em bandejas de poliestireno expandido e envoltos por filme plástico. As amostras foram avaliadas aos 0; 60; 120; 180; 240 e 300 dias de armazenamento. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial, e os resultados foram submetidos a análises de variância e regressão. O congelamento do pequi submetido aos três tipos de acondicionamento foi eficiente na preservação das características de qualidade como: pH, acidez titulável e açúcares totais durante 300 dias de armazenamento. Os teores de carotenoides e polifenóis extraíveis totais mostraram redução acentuada no acondicionamento da polpa a vácuo. A forma mais indicada de congelamento do pequi para a manutenção da cromaticidade é o acondicionamento do caroço a vácuo ou em bandeja com filme de PVC.
Resumo:
Avaliou-se a estabilidade de um molho de pequi durante 300 dias, armazenado à temperatura ambiente (24 ± 2 º C). O fluxograma de elaboração do molho de pequi teve as seguintes etapas: matéria-prima, seleção e lavagem, sanificação, lavagem, descascamento, seleção, cozimento, despolpamento, formulação, tratamento térmico, homogeneização, envase e armazenamento. Foi adotado o delineamento inteiramente casualizado, com 3 repetições, sendo que os 6 períodos de armazenamento (0; 60; 120; 180; 240 e 300 dias) constituíram os tratamentos. Os resultados das avaliações das características de qualidade foram submetidos a análises de variância e regressão. Os dados da análise sensorial foram analisados de acordo com a distribuição de frequências. A formulação na proporção de 1:1:1 (polpa + água + ácido acético - vinagre), aliada à adição de sorbato de potássio e tratamento térmico, foi eficaz na manutenção da estabilidade das características de qualidade de molho de pequi por, pelo menos, 300 dias de armazenamento à temperatura ambiente. A aparência e o sabor foram os atributos de melhor aceitação do molho de pequi que também obteve índice satisfatório de intenção de compra. O molho de pequi apresentou condições microbiológicas em conformidade com o estabelecido pela legislação, demonstrando que o processamento efetuado foi efetivo no controle dos microrganismos deteriorantes e patogênicos.
Resumo:
Mixture Models can be used in experimental situations involving areas related to food science and chemistry. Some problems of a statistical nature can be found, such as effects of multicollinearity that result in uncertainty in the optimization of a dependent variable. This study proposes the application of the ridge model adapted for mixture planning considering the Kronecker (K-model) and Scheffe (S-Model) methods applied to response surfaces. The method determined the proportions of hexane, acetone and alcohol proportions that resulted in the maximum response of percentage of extracted pequi (Caryocar brasiliense) pulp oil.
Resumo:
In the current study, an alternative method has been proposed for simultaneous analysis of palmitic, stearic, oleic, linoleic, and linolenic acids by capillary zone electrophoresis (CZE) using indirect detection. The background electrolyte (BGE) used for the analysis of these fatty acids (FAs) consisted of 15.0 mmol L−1 NaH2PO4/Na2HPO4 at pH 6.86, 4.0 mmol L−1 SDBS, 8.3 mmol L−1 Brij 35, 45% v/v acetonitrile (can), and 2.1% n-octanol. The FAs quantification of FAs was performed using a response factor approach, which provided a high analytical throughput for the real sample. The CZE method, which was applied successfully for the analysis of pequi pulp, has advantages such as short analysis time, absence of lipid fraction extraction and derivatization steps, and no significant difference in the 95% confidence intervals for FA quantification results, compared to the gas chromatography official method (AOCS Ce 1h-05).
Resumo:
The aim of this study was to evaluate the microencapsulation of pequi pulp by spray drying. A central composite rotational design was used in order to evaluate the effect of the independent variables: inlet air temperature, surfactant concentration and modified starch concentration. The dependent variables were assumed as yield of the process and the product features microencapsulated. A selection of the best process condition was performed to obtain the best condition of a product with the highest vitamin C and carotenoids content. Powders showed moisture content below 2%. The experimental values of hygroscopicity, yield, water activity, total carotenoids and vitamin C powders ranged from 7.96 to 10.67 g of adsorbed water/100g of solids, 24.34 to 49.80%, 0.13 to 0.30, 145.78 to 292.11 mg of ascorbic acid/g of pequi solids and 15.51 to 123.42 mg of carotenoids/g of pequi solids, respectively. The inlet air temperature 140°C, the surfactant concentration of 2.5% and the modified starch concentration of 22.5% was recommended as the selected condition. By the scanning electron microscopy, it was observed that most of the particles had spherical shape and smooth surface.
Resumo:
Pequi is the fruit of Caryocar brasiliense and its oil has a high concentration of monounsaturated and saturated fatty acids, which are anti- and pro-atherogenic agents, respectively, and of carotenoids, which give it antioxidant properties. Our objective was to study the effect of the intake of a cholesterol-rich diet supplemented with pequi oil, compared to the same diet containing soybean oil, on atherosclerosis development, and oxidative stress in atherosclerosis-susceptible LDL receptor-deficient mice (LDLr-/-, C57BL/6-background). Female mice were fed a cholesterol-rich diet containing 7% soybean oil (Soybean group, N = 12) or 7% pequi oil (Pequi group, N = 12) for 6 weeks. The Pequi group presented a more atherogenic lipid profile and more advanced atherosclerotic lesions in the aortic root compared to the Soybean group. However, the Pequi group presented a less advanced lesion in the aorta than the Soybean group and showed lower lipid peroxidation (Soybean group: 50.2 ± 7.1; Pequi group: 30.0 ± 4.8 µmol MDA/mg protein) and anti-oxidized LDL autoantibodies (Soybean group: 35.7 ± 9.4; Pequi group: 15.6 ± 3.7 arbitrary units). Peritoneal macrophages from the Pequi group stimulated with zymosan showed a reduction in the release of reactive oxygen species compared to the Soybean group. Our data suggest that a pequi oil-rich diet slows atherogenesis in the initial stages, possibly due to its antioxidant activity. However, the increase of serum cholesterol induces a more prominent LDL migration toward the intimae of arteries, increasing the advanced atherosclerotic plaque. In conclusion, pequi oil associated with an atherogenic diet worsens the lipid profile and accelerates the formation of advanced atherosclerotic lesions despite its antioxidant action.
Resumo:
Pós obtidos a partir da polpa (mesocarpo interno) de pequi (Caryocar brasiliense Camb.) liofilizada, elaborados com adição de alcoóis (etanol e isopropanol), em concentrações de 0, 5 e 10% e de açúcares (sacarose e frutose), em concentrações de 0, 5 e 10%, foram desenvolvidos neste trabalho. Análises microestruturais por microscopia fotônica dos pós de pequi liofilizados foram feitas para visualizar o grau de cristalinidade. Também foram feitas análises de cor usando colorímetro Minolta e dos teores de carotenóides totais por espectrofotometria. Os resultados mostraram que tratamentos constituídos da combinação de sacarose e etanol foram os que apresentaram formação de estruturas cristalinas e melhor preservação dos carotenóides. O teor de carotenóides nos pós obtidos da polpa de pequi liofilizada é mais bem preservado quanto maior for a concentração do álcool adicionado nos pré-tratamentos. Tratamentos com frutose e isopropanol produziram pós tipicamente amorfos, com ocorrência do fenômeno de caking. Pré-tratamentos com sacarose e etanol são os indicados para a produção de pós de pequi liofilizados com estabilidade físico-química e microestrutural.
Resumo:
O pequi (Caryocar brasiliense Camb.) possui em seu interior amêndoa comestível pouco explorada. Objetivou-se avaliar o processo de extração, secagem e torrefação da amêndoa do pequi. Foram utilizadas sementes de pequi fornecidas pela Associação de Beneficiamento de Frutos do Cerrado, localizada na cidade de Damianópolis-GO. Para a extração da amêndoa, foi adaptado equipamento tipo guilhotina, com a finalidade de cortar a semente ao meio. O equipamento é composto por uma lâmina fixa em um suporte de madeira, recoberto com placa de Policloreto de Vinila (PVC) e apresentou desempenho satisfatório. Para a secagem das amêndoas, sugeriu-se o binômio tempo/temperatura de 70 °C por 60 minutos, pois conferiu ao produto atividade de água em torno de 0,60 em menor tempo secagem. As amêndoas torradas a 130 °C durante 15 e 30 minutos apresentaram melhores características sensoriais, não diferindo significativamente entre si (p > 0,05) pelo Teste de Friedman. No tempo de 30 minutos, observaram-se tendências de melhores características sensoriais, como cor e crocância, no produto final.