1000 resultados para hipertensão arterial primária
Resumo:
OBJETIVO: Caracterizar a associação entre doença de Chagas e hipertensão arterial primária. MÉTODOS: Estudaram-se os chagásicos crônicos acompanhados pelo Grupo de Estudos em Doença de Chagas (Unicamp), no período de 15 anos, considerando-se: hipertensão arterial, forma clínica da doença, sexo, idade e raça. Confrontaram-se dados dos chagásicos hipertensos com os dos não hipertensos. RESULTADOS: Constatou-se que entre 878 chagásicos, 37% eram também hipertensos, dos quais 65% tinham cardiopatia, contra 49% do grupo normotenso; 31% dos chagásicos hipertensos apresentavam descompensação hemodinâmica, contra 24% dos não hipertensos. Entre os chagásicos hipertensos 41% eram negróides e 35% caucasóides; 50% dos chagásicos hipertensos tinham mais de 45 anos contra 29% dos não hipertensos. CONCLUSÃO: A associação entre moléstia de Chagas e hipertensão arterial primária cursou com um freqüente e mais grave comprometimento cardíaco, sendo esta mais prevalente nas faixas etárias mais elevadas.
Resumo:
OBJETIVO: O estudo LOTHAR avaliou a eficácia, tolerabilidade e os efeitos metabólicos em médio e longo prazo (um ano) da combinação fixa de anlodipino e losartana versus anlodipino e losartana isoladamente. MÉTODOS: Estudo multicêntrico brasileiro, randomizado, duplo-cego e comparativo realizado com 198 pacientes com hipertensão arterial primária em estágios 1 e 2. RESULTADOS: A combinação fixa apresenta alta eficácia anti-hipertensiva que se mantém em longo prazo com percentual reduzido de escape do controle pressórico, inferior a dos dois regimes monoterápicos de comparação. Em longo prazo, mais de 60% dos pacientes tratados com a combinação fixa permaneceram com níveis da PAD < 85 mmHg e o efeito anti-hipertensivo quando avaliado pela MAPA persistiu nas 24 horas com relação vale-pico de 76,7%. A freqüência de eventos adversos foi bastante reduzida neste grupo sendo a incidência em longo prazo de edema de membros inferiores cerca de quatro vezes menor que a observada com o anlodipino isolado. A combinação fixa não alterou os metabolismos da glicose e dos lípides tanto em médio quanto em longo prazos. CONCLUSÃO: Estes resultados nos permitem afirmar que a combinação de anlodipino e losartana, a primeira combinação fixa de um antagonista dos canais de cálcio e um bloqueador do receptor da angiotensina II disponível no mercado farmacêutico constitui-se em excelente opção para o tratamento da hipertensão arterial em larga gama de pacientes hipertensos.
Resumo:
FUNDAMENTO: As diretrizes nacionais e internacionais enfatizam a importância do tratamento eficaz da hipertensão arterial. Apesar disso, verificam-se baixos índices de controle e alcance das metas preconizadas, indicando que é importante planejar e implementar melhores estratégias de tratamento. OBJETIVO: Avaliar a eficácia de um tratamento, em escalonamento de doses, tendo como base a olmesartana medoxomila. MÉTODOS: Este é um estudo aberto, nacional, multicêntrico e prospectivo, de 144 pacientes com hipertensão arterial primária nos estágios 1 e 2, virgens de tratamento ou após período de washout de duas a três semanas para aqueles em tratamento ineficaz. Avaliou-se o uso da olmesartana medoxomila num algoritmo de tratamento, em quatro fases: (i) monoterapia (20 mg), (ii-iii) associada à hidroclorotiazida (20/12,5 mg e 40/25 mg) e (iv) adição de besilato de anlodipino (40/25 mg + 5 mg). RESULTADOS: Ao fim do tratamento, em escalonamento, 86% dos sujeitos de pesquisa alcançaram a meta de pressão arterial (PA) < 130/85 mmHg. Ocorreram reduções na pressão arterial sistólica (PAS) e na pressão arterial diastólica (PAD) de, no máximo, -44,4 mmHg e -20,0 mmHg, respectivamente. A taxa dos respondedores sistólicos (PAS > 20 mmHg) foi de 87,5% e diastólicos (PAD > 10 mmHg) de 92,4%. CONCLUSÃO: O estudo se baseou em um esquema de tratamento semelhante à abordagem terapêutica da prática clínica diária e mostrou que o uso da olmesartana medoxomila, em monoterapia ou em associação a hidroclorotiazida e anlodipino, foi eficaz para o alcance de meta para hipertensos dos estágios 1 e 2.
Resumo:
FUNDAMENTO: A importância do manejo adequado e do controle da hipertensão arterial (HA). OBJETIVO: Estimar a prevalência do controle da hipertensão arterial e da inércia terapêutica em adultos atendidos nas unidades básicas da saúde (UBS) do município de Joinville e dos fatores associados. MÉTODOS: Estudo transversal, com amostragem por conglomerados, mediante pesquisa em prontuários, em que foram avaliados 415 portadores de HA. Foram avaliados a pressão arterial (PA), os incrementos terapêuticos, os fatores de risco e as comorbidades associadas. RESULTADOS: Houve predomínio do sexo feminino e de consultas de enfermagem. A idade variou entre 28 e 90 anos (média de 61,5 anos). Observou-se redução das médias da PA (155,8 ± 20,8/95,7 ±10,6 mmHg para 140,3 ± 22/84,1 ± 12,4 mmHg) entre o primeiro e o último registro e a PA final normal em 36,6% dos pacientes, semelhante para homens e mulheres. Nos últimos 12 meses, a PA esteve elevada em 1.295 ocasiões, ocorrendo incremento terapêutico em apenas 156 (12,0%). Foram usados 1,85 fármacos por paciente, predominando diuréticos e IECA. Encontrou-se elevada prevalência de obesidade (40%), diabete (41%), LDL elevado (46%) e de hipertrofia ventricular esquerda (25,5%). CONCLUSÃO: A elevada inércia clínica, o baixo controle da HA e a elevada presença de comorbidades sugerem a necessidade de programas de educação permanente para os profissionais da saúde e de outras medidas para melhorar o controle da doença nas UBS.
Resumo:
Com o objetivo de caracterizar a associação entre Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial no Município de Jeceaba/MG, foram entrevistados, para a atualização dos dados contemplados no Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão e ao Diabetes Mellitus (PRAHADAM), os pacientes cadastrados pelo Programa de Saúde da Família do Município, no período de Abril a Julho de 2008. O estudo foi desenvolvido em três etapas: no primeiro momento, foi feito um rastreamento em todos os prontuários das famílias que utilizavam o serviço, identificando os pacientes com diagnóstico confirmado ou suspeito de Hipertensão Arterial e/ou Diabete [sic] Mellitus. Localizados, realizou-se, por conseguinte, a segunda etapa da pesquisa: os pacientes, a convite e conforme agendamento dos Agentes comunitários de Saúde, respondiam questões pré-codificadas existentes no formulário do PRAHADAM. Concluídas as etapas anteriores, iniciava-se o terceiro momento, em que os pacientes cujo diagnóstico positivo para Hipertensão e/ou Diabetes Mellitus eram convidados a comparecer à Unidade de Saúde para submeterem-se à consulta com os profissionais Enfermeiro e Médico do Programa de Saúde da Família. Verificou-se que 23 da população deste Município eram portadores de Diabetes Mellitus e/ou Hipertensão Arterial. desses pacientes, 75 eram hipertensos, 15 diabéticos e 10 diabéticos e hipertensos. Dos pacientes diabéticos portadores do diagnóstico de Hipertensão Arterial, a grande maioria foi classificada como Diabetes Mellitus tipo 2, sendo os pacientes do sexo feminino e a faixa etária entre 61 a 70 anos os mais comprometidos pelos diagnósticos. Quanto às complicações, 49 desses pacientes relataram a presença de pelo menos um tipo, sendo o pé diabético o mais evidenciado. Discutiu-se, então, a necessidades [sic] de buscar formas adequadas e criativas para o planejamento e implementação da assistência de saúde aos pacientes diabéticos hipertensos na atenção primária, tornando-a mais qualificada e economicamente viável para o Município.
Resumo:
A relevância da hipertensão arterial sistêmica (HAS) como importante fator de risco cardiovascular é inquestionável. O estudo teve como objetivo realizar uma revisão narrativa acerca do tema hipertensão arterial com foco na aderência ao tratamento na atenção primária à saúde, tendo como contexto a unidade básica de saúde (UBS) do Programa de Saúde da Família Canoeiro- Araçuaí/MG. Os resultados mostraram que há particularidades em relação à adesão ao tratamento farmacológico e ao tratamento não farmacológico, e que a educação em saúde é necessária enquanto forma de intervenção visando aumentar a adesão ao tratamento na hipertensão arterial. Demonstrou-se que não há um monitoramento eficaz acerca da adesão ao tratamento e que a ação educativa configura-se como forma de impulsionar o paciente para a ação de controle de sua doença e, sobretudo de assumir o papel de protagonista neste processo de sua vida. A pesquisa desenvolvida possibilitou identificar que a educação em saúde é importante para o planejamento de ações visando aumentar a adesão ao tratamento entre pacientes hipertensos na rede de atenção básica à saúde.
Resumo:
Este trabalho descreve uma proposta de intervenção sobre a má aderência ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso da hipertensão arterial sistêmica na comunidade rural de São Joaquim, município de Coração de Jesus-MG. Para essa proposta foram definidas três ações relacionadas a problemas intermediários que, resolvidos, ajudariam a encerrar ou minimizar o problema prioritário: (1) Necessidade de atualização científica permanente da equipe de Saúde da Família (Projeto Educação Permanente em Saúde); (2) Nível de informação inadequado e insuficiente por parte da população (Projeto Grupo operativo); e (3) Hábitos e estilos de vida inadequados (Projeto Viver com qualidade). A proposta envolve ações de educação permanente em saúde para a equipe profissional, ações educativas com a comunidade, por meio de grupos operativos e processos de melhoria da qualidade de vida, com a criação de grupos de caminhada orientada por profissional de educação física.
Resumo:
Rio Largo é a terceira maior cidade do estado de Alagoas, com 78% de cobertura da Estratégia de Saúde da Família, distribuída em 21 equipes lotadas em 18 Unidades de Saúde da Família (USF). A USF Olavo Calheiros está situada no bairro Mutirão, próximo ao centro da cidade, cuja situação problema a ser trabalhada é a baixa adesão ao tratamento não medicamentoso da Hipertensão Arterial Sistêmica Primária (HAS) e Diabetes Mellitus tipo 2 (DM), doenças com alta prevalência na população adscrita. O objetivo do estudo foi elaborar uma proposta de intervenção que aumente a adesão ao tratamento não medicamentoso destas morbidades. O desenho da proposta foi baseado no Método da Estimativa Rápida, já a ficha e o cartão de acompanhamento foram elaborados a partir dos protocolos clínicos adotados pelo Ministério da Saúde acerca dos temas. Foram construídos projetos que visam (1) ao estímulo à prática de atividade física, (2) combate ao etilismo e/ou tabagismo, (3) melhora da adesão à dieta saudável e própria para o DM e/ou HAS, (4) aumento do percentual de diagnóstico, (5) melhora da educação em saúde sobre ambas doenças, (6) sugestão de uma planilha de acompanhamento e avaliação dos resultados das estratégias propostas neste plano, (7) acompanhamento dos pacientes através de um cartão e ficha de atendimento ambulatorial, (8) instauração de um protocolo clínico de acompanhamento e (9) estímulo à educação permanente da equipe acerca dos temas. O entendimento sobre a adesão ao tratamento depender tanto de fatores individuais (físicos, emocionais, financeiros, sociais), como da equipe, do serviço e do sistema de saúde mostra a necessidade da consciência sobre a complexidade no manejo desses pacientes por todos os envolvidos: na falha de um desses pilares, o sucesso é pouco provável.
Resumo:
A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica com alta prevalência na população brasileira e mundial, com elevado custo econômico-social, principalmente em decorrência das suas complicações, portanto encontra-se uma grande dificuldade de adesão ao tratamento adequado principalmente por usuários da Assistência Básica em Saúde. Sendo assim, inicia-se uma discussão sobre a importância do tratamento e a dificuldade da adesão apresentada principalmente por usuários da atenção básica, pois se constata que esse é um dos maiores problemas de saúde pública presentes no Brasil e que requer uma maior atenção por parte das equipes multidisciplinares presentes nas diversas Unidades Básicas de Saúde. Este trabalho objetiva elaborar um plano de intervenção com vistas ao tratamento correto de pacientes com Hipertensão Arterial Sistêmica, prevenindo suas complicações, na área de abrangência da equipe de saúde da Unidade Básica de Saúde Lagoinha de Fora, Lagoa Santa - MG. Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, que analisou publicações divulgadas nos últimos dez anos de publicação, que foram lidos na íntegra de forma a serem utilizados como referencial teórico para a discussão e ampliação dos conceitos sobre o tema abordado no estudo e elaboração do projeto de intervenção. Espera-se com a implantação deste projeto que os clientes sejam acompanhados pela equipe de saúde, numa perspectiva interdisciplinar, tendo em vista, a modificação do comportamento da clientela em relação ao controle dos seus problemas e às medidas de promoção da saúde. Os clientes devem ser estimulados a participar das atividades educativas e ações desenvolvidas, contribuindo para adesão desses às condutas de manutenção e promoção da saúde.
Resumo:
Doenças crônicas como o diabetes e a hipertensão são consideradas as principais causas de morbidade e mortalidade no mundo. Este trabalho teve como objetivo melhorar a atenção aos adultos portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica e/ou Diabetes Mellitus, na Unidade de Saúde Núcleo Assistencial de Saúde, que atende pelo modelo do Programa de Saúde da Família, no município de Serranópolis do Iguaçu, Paraná. Para tanto, foram realizadas ações junto à população adstrita a unidadedo bairro de Jardinópolis. Foram realizados detalhamentos das ações a serem desenvolvidas, assim como, pactuado metas para cada ação, que foram divididas em quatro eixos, sendo eles: monitoramento e avaliação; organização e gestão do serviço; engajamento público e qualificação da prática clínica. Foi possível notar que a equipe de saúde da família possui capacidade de atender integralmente todos os usuários, carecendo apenas de organização do processo de trabalho. Em relação às metas pactuadas, não foi possível atingir a pactuação da cobertura dos hipertensos e diabéticos, qual era de realizar o cadastramento em 80% dos hipertensos e diabéticos da área de abrangência, visto que uma microárea estava descoberta de agente comunitário de saúde. Sendo assim, percebe-se que o monitoramento e avaliação da assistência aos diabéticos e hipertensos se faz importante para programar estratégias que busquem melhores condições de saúde, visando uma melhor qualidade de vida destes indivíduos.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a eficiência da Estratégia Saúde da Família nas ações relacionadas à hipertensão. MÉTODOS: Estudo avaliativo, transversal quantitativo, com base em dados secundários de 66 municípios catarinenses de pequeno porte, com cobertura potencial máxima de 100% pela Estratégia Saúde da Família em 2007. Foram avaliados indicadores de insumos, produtos e resultados. A eficiência da produção de serviços e da produção de resultados dos municípios foi comparada por meio de análise envoltória de dados. RESULTADOS: Os municípios foram mais eficientes na produção de serviços (37,8%) do que na produção de resultados (16,6%). Quarenta e um municípios (62,2%) foram ineficientes nos serviços: cadastro no Sistema de Informação sobre Hipertensão e Diabetes, atendimento individual e visita domiciliar para usuários com hipertensão, e 55 (83,3%) foram ineficientes na produção de impacto contra hipertensão. CONCLUSÕES: O modelo de avaliação utilizado mostrou-se capaz de medir a eficiência na atenção primária de saúde, ao avaliar a produtividade de serviços e de resultados.
Resumo:
RESUMO - Objetivos: São objetivos do presente estudo caraterizar a adesão terapêutica, primária e secundária, na Região de Saúde do Alentejo em utentes que seguiram tratamento para Hipertensão Arterial com Antagonistas dos Receptores da Angiotensina e constatar se a adopção de diferentes medidas produz diferentes resultados de adesão terapêutica. Metodologia: Este estudo é uma análise retrospetiva da prescrição e levantamento de ARA nos anos de 2010 e 2011 na Região de Saúde do Alentejo. Foram considerados 22.450 utentes e cinco diferentes medidas de adesão terapêutica: Rácio de Adesão Primária, Medication Possession Ratio, Compliance Rate, Refill Compliance Rate, Continuous Measure of Medication Gaps. Resultados: Constatou-se que a adesão terapêutica primária para os 22.450 utentes considerados na amostra foi de 0,612 (DP 0,325), a adesão terapêutica medida pelo indicador MPR foi de 0,557 (DP 0,380), pelo indicador CR foi de 0,697 (DP 0,517), pelo indicador RCR foi de 0,695 (DP 0,518) e pelo indicador CMG foi de 0,648 (DP 0,351). Independentemente do indicador considerado, a adesão terapêutica foi mais elevada no sexo feminino do que no sexo masculino, os utentes do sexo feminino apresentaram níveis de sobre-aquisição de medicação mais elevados e a prevalência de utentes que no período não chegaram a levantar nenhuma embalagem de medicação, não obstante a necessidade clínica ter sido identificada em pelo menos 2 momentos no período, foi mais elevada no sexo masculino. As faixas etárias acima dos 70 anos apresentaram níveis médios de adesão terapêutica significativamente superiores aos verificados nas faixas etárias que compreendem os utentes em idade ativa. Constatou-se que os concelhos que apresentaram resultados de adesão terapêutica inferiores à média amostral por um determinado indicador, em regra, viram confirmada essa tendência pelos restantes indicadores. Não obstante, verificou-se que os rankings de desempenho obtidos pelos cinco indicadores apresentaram concordância estatística fraca. Conclusões: Concluiu-se que, não obstante a existência de um conjunto de limitações e condicionalismos metodológicos, os dados atualmente recolhidos ao nível da prescrição e conferência de receituário permitem a mensuração dos comportamentos de adesão terapêutica. A inexistência de consenso científico terminológico tem conduzido à proliferação de indicadores com o fito de medir a adesão terapêutica que, sendo conceptualmente distintos na sua construção, conduzem a diferentes resultados de adesão terapêutica. Os resultados obtidos pelo presente estudo permitiram confirmar este aspecto pelo que não se recomenda a utilização de apenas um indicador para análise dos comportamentos de adesão terapêutica dos utentes.
Avaliação da acurácia do rastreômetro: um novo equipamento para rastreamento de hipertensão arterial
Resumo:
Fundamento: A hipertensão arterial sistêmica é um dos principais fatores de risco cardiovascular afetando mais de um bilhão de pessoas. A baixa taxa de conhecimento da doença constitui uma das maiores dificuldades relacionadas à hipertensão. O rastreamento populacional para hipertensão é amplamente reconhecido como estratégia efetiva na detecção de casos novos, porém, até o momento, não se dispõe de nenhum instrumento que torne viável o rastreamento em massa da população. Objetivo: Avaliar a acurácia e a reprodutibilidade do Rastreômetro, um novo instrumento para o rastreamento de hipertensão arterial para agentes comunitários de saúde. Métodos: Estudo transversal com amostra de 436 indivíduos atendidos pela Estratégia de Saúde da Família. A avaliação foi feita comparando-se os resultados de pressão arterial obtidos pelo método oscilométrico e a leitura do Rastreômetro realizada pelos agentes comunitários de saúde. Resultados: o Rastreômetro apresentou sensibilidade de 81,3% e especificidade de 85,6% quando avaliado em relação aos valores de pressão sistólica. O desempenho dos operadores influenciou os resultados do Rastreômetro de forma independente (p = 0,0001). O Rastreômetro apresentou reprodutibilidade substancial (Kendalls W 0,71). Conclusão: O Rastreômetro, quando operado por agentes comunitários de saúde, apresentou boa sensibilidade, especificidade e reprodutibilidade, especialmente quando avaliados à luz dos valores de pressão sistólica, tendendo a confirmar esse novo instrumento como método de rastreamento para hipertensão arterial na atenção primária a saúde.
Resumo:
A hipertensão arterial é um expressivo problema de saúde pública enquanto fator de risco para as doenças cardiovasculares e principal grupo de causas de mortalidade no Brasil. A baixa adesão e o abandono do tratamento estão entre os principais obstáculos às estratégias individuais de controle. Estudam-se os motivos do abandono do seguimento médico em uma coorte de pacientes em tratamento de hipertensão arterial, em serviço de atenção primária à saúde, acompanhados por um período de quatro anos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com cinquenta pessoas com hipertensão que abandonaram o seguimento médico. As respostas foram analisadas mediante a técnica de análise temática de conteúdo. Os motivos relatados para o abandono do seguimento mostraram predomínio de razões ligadas ao próprio serviço de saúde - sua organização, estrutura e a relação médico-paciente - e, ainda, tratamento em outro serviço de saúde. Razões de natureza psicossocial, como a ausência de sintomas, a melhora e/ou a normalização da pressão arterial e o consumo de álcool também contribuíram para o abandono do cuidado. Estudar os motivos do abandono na perspectiva do próprio sujeito permitiu verificar a riqueza e diversidade de problemas envolvidos no cuidado requerido.
Resumo:
OBJETIVO: Identificar os valores pressóricos e estimar a frequência de fatores de risco para a hipertensão arterial entre estudantes do ensino médio. MÉTODOS: Estudo descritivo de corte transversal, desenvolvido em escolas da Região Sudeste brasileira. Fizeram parte da amostra 184 adolescentes matriculados na segunda série do ensino médio, em 2009. Além da mensuração das variáveis clínicas, foram aplicados instrumentos para identificação de fatores de risco associados à doença hipertensiva. RESULTADOS: A alteração pressórica foi um parâmetro detectado em 22,3% da amostra. Dentre os fatores de risco investigados, o histórico familiar de doenças cardiovasculares e o consumo de álcool foram os mais prevalentes. CONCLUSÃO: Há necessidade de valorizar as medidas de prevenção primária e detecção precoce da hipertensão arterial entre adolescentes, com especial atenção para a avaliação dos antecedentes familiares e adoção de hábitos de risco.