900 resultados para diversidade de foraminíferos


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More than 30% of Buccella peruviana (D'Orbigny), Globocassidulina crassa porrecta (Earland & Heron-Allen), Cibicides mackannai (Galloway & Wissler) and C. refulgens (Montfort) indicate the presence of cold Sub Antarctic Shelf Water in winter, from 33.5 to 38.3º S, deeper than 100 m, in the southern part of the study area. In summer, the abundance of this association decreases to less than 15% around 37.5-38.9º S where two species (Globocassidulina subglobosa (Brady), Uvigerina peregrina (Cushman) take over. G. subglobosa, U. peregrina, and Hanzawaia boueana (D'Orbigny) are found at 27-33º S in both seasons in less than 55 m deep in the northern part, and are linked with warm Subtropical Shelf Water and Tropical Water. Freshwater influence was signalized by high silicate concentration and by the presence of Pseudononion atlanticum (Cushman), Bolivina striatula (Cushman), Buliminella elegantissima (D'Orbigny), Bulimina elongata (D'Orbigny), Elphidium excavatum (Terquem), E. poeyanum (D'Orbigny), Ammobaculites exiguus (Cushman & Brönnimann), Arenoparrella mexicana (Kornfeld), Gaudryina exillis (Cushman & Brönnimann), Textularia earlandi (Parker) and thecamoebians in four sectors of the shelf. The presence of Bulimina marginata (D'Orbigny) between 34.1-32.8º S in the winter and 34.2-32.7º S in the summer indicates that the influence of the Subtropical Shelf Front on the sediment does not change seasonally, otherwise, the presence of Angulogerina angulosa (Williamson) in the winter, only in Mar del Plata (38.9º S), show that Malvinas currents are not influencing the sediment in the summer.

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Os foraminíferos de zona entre-marés são amplamente utilizados como na reconstituição paleoambiental holocênica. Entretanto, a despeito dos manguezais, estudos com foraminíferos são relativamente escassos. A estrutura do habitat e seu grau de exposição atuam na distribuição espacial das espécies de zona entre-marés. Em um perfil transversal ao manguezal que margeia a baía de Sepetiba (RJ), foi investigada a influência parâmetros estruturais do habitat e da riqueza na distribuição espacial dos foraminíferos do manguezal. Os parâmetros escolhidos neste estudo foram serapilheira, litologia, matéria orgânica total, microtopografia, zonação botânica, espécies botânicas, altura média das árvores e densidade de árvores. Um testemunho de 144 cm também foi descrito em termos da sua litologia, matéria orgânica total, composição biogênica, incluído foraminíferos. O perfil apresentou textura silte argilosa, matéria orgânica total concentrada por todo manguezal e a serapilheira acumulada principalmente no mangue superior. Os forminíferos (24) ocorreram apenas no manguezal, com predomínio de aglutinantes e presença significativa de formas calcárias. A densidade de testas se concentrou no mangue superior. A. beccarii f. tepida, E. excavatum, A. mexicana, Q. seminulum e T. inflata foram as espécies mais constantes. A diversidade não apresentou variabilidade espacial significativa e foi marcada pela baixa dominância e alta equitabilidade. Notou-se diferença significativa da riqueza de foraminíferos entre habitats expostos e protegidos. A riqueza específica apresentou moderada correlação com a serapilheira e densidade de árvores. A. mexicana e H. wilberti apresentaram moderada correlação com a riqueza. Q. seminulum apresentou significativa correlação com a matéria orgânica total e altura média das árvores. T. inflata apresentou significativa correlação com a riqueza e serapilheira. Em relação ao testemunho, foi possível identificar três paleoambientes de baía restrita: infralitoral, mesolitoral e supralitoral. O manguezal este presente entre o nível 124 62 cm e a planície hipersalina a partir do nível 24 cm.

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Dissertação de mest., Estudos Marinhos e Costeiros, Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente, Univ. do Algarve, 2004

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Pós-graduação em Geociências e Meio Ambiente - IGCE

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Foraminifera scientific studies became, historically, of your apply in relative dating of rocks, stratigraphic correlations and paleoenvironmental reconstruction. In the last decades, they have been applied on the studies of modern ecosystems, with or without antrhopic influence. Both aspects are interest of petroleum industry. Among other approaches, foraminífera are used as good indicators of the fluctuation of relative sea level. This study aimed to survey and taxonomic study of the community structure of foraminifera in surface samples of a core, 60 cm, collected in mangrove located in Itapanhaú river in Bertioga (SP).It also aims to contribute to the discussion about typical patterns of community structure of mangrove margins and provide elements for discussion on the relative sea level behavior in this area in almost modern times. It was been collected 6 samples along the core of 60 cm of length, each one 10 cm depth. They were made in laboratory and in each sample sought to find at least 100 foraminifera per ml. The species identification was made with reference specified material and collection available on IGCE-UNESPetro, Rio Claro. The community structure was studied in terms of richness, diversity and species composition and was made the results comparison from similar areas to interpret the depositional environment. Were found 21 species within them 13 calcareous and 8 binders, being the most abundant and frequent species Ammonia tepida, Ammonia parkinsoniana e Elphidium spp. Essentially there wasn’t change in the community structure within the period covered by the core which reflects an environment of outer margin of mangrove without noticeable change in relative sea level at the respective time of deposition of muddy sediments. The community structure here recognized its similar to estuarine environment well maintained which indicates a low human impact in the area over the time interval. The agreement of the results...

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O estudo do conteúdo de foraminíferos de 8 amostras de sedimentos superficiais coletados em manguezal do norte da Ilha do Cardoso, sul do Estado de São Paulo, no verão (período chuvoso) de 2001, ao longo de um transecto no sentido da Baía de Trapandé para o interior, revelou dois segmentos distintos: a) uma planície inferior lamosa, com menor tempo de exposição sub-aérea e maior diversidade específica, dominada por Ammotiumcassis, A.salsum, Arenoparrella mexicana e Trochamminainflata, com abundância expressiva de Caroniaexilis na parte mais baixa e de Miliammina fusca na parte mais alta; b) uma planície superior arenosa, com maior tempo de exposição sub-aérea e menor diversidade, dominada por M. fusca e com abundância expressiva de T. inflatana parte mais baixa. Os sedimentos investigados são colonizados por foraminíferos exclusivamente aglutinantes, representados por 21 espécies de 16 gêneros. Dados de abundância relativa, riqueza, diversidade e equitatividade das espécies ao longo do transecto são apresentados, bem como os valores de salinidade, pH, oxigênio dissolvido e temperatura, medidos a partir da água intersticial dos sedimentos no momento da coleta das amostras. São feitas comparações com um estudo anterior, similar, que focalizou amostras coletadas, nos mesmos pontos, no inverno (período seco) de 2002. Os resultados obtidos interessam às análises de sistemas estuarinos modernos e antigos, bem como a projetos envolvidos com o diagnóstico do estado de conservação de áreas litorâneas, sendo úteis ao Setor de Petróleo e Gás

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Nowadays, there is a search for knowledgment that could be applied in the solution of the problems caused by petrolific activities involving the environment, like the biodiversity preservation and the ecosystems monitoring and management. Foraminifera (Protista) are used as an important tool to the environment characterizarion, because they answer quickly to the fisic-quimic variations and indicate local alterations. The goal of this job is to create models of foraminiferal communities composition through the screening of subsuperficial samples obtained from a core collect from Bertioga Channel, Baixada Santista (SP), trying to understand the influence of the environmental variations along the time upon the indicator species presence, as well as making paleoenvironmentals reconstructions of the area. A 80 cm-core was removed in the outer edge of marsh adjacent to Bertioga Channel, not far from the confluence with the Itapanhaú River. There are presented in abundance, equitability, diversity and species richness obtained in nine samples along the sediment. The lower part of the core is compound by calcareous species (rotalideos and miliolideos) with domain Ammonia (Biofacies 1) and the intermediate and upper parts contain mainly agglutinated species (Biofacies 2 and 3, which is dominated by species of Ammotium). The qualitative and quantitative study of the microfauna of foraminifera present in the core reveals that in recent decades the sampling area passed from a condition of infra-marginal strip under significant coastal marine influence for the condition of inter-coastal swamp covered with mangrove vegetation. This change indicates that the site has undergone a process of sediment progradation, a phenomenon that may have been timely, localized, or a reflection of a relative fall in sea level at the regional level

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O sistema estuarino do Rio Curimataú, uma planície lamosa amplamente coberta por vegetação de mangue e relativamente pouco impactada, foi estudado quanto à distribuição espacial da microfauna de foraminíferos e suas condicionantes. Vinte e cinco gêneros e quarenta espécies foram identificadas a partir dos sedimentos superficiais, considerando-se os indivíduos vivos e mortos presentes em 10 pontos ao longo do estuário, dos quais se extraíram ao menos 100 espécimes por amostra. O sistema pôde ser compartimentado em quatro sub-ambientes halínicos (hiperhalino, mesohalino, polihalino e euhalino), correspondentes, respectivamente, a quatro ecofácies de foraminíferos designadas de Ammotium spp., Miliammina fusca, Arenoparrella mexicana e Ammonia spp. Cada um destes segmentos ambientais foi caracterizado segundo os padrões de riqueza, diversidade e equitatividade das espécies. Os resultados deste estudo poderão servir para comparações a serem feitas com outros estuários tropicais modernos (impactados antropicamente ou não) e antigos. Tem aplicação, portanto, no setor de petróleo e gás, sendo de interesse às atividades de gestão ambiental de áreas litorâneas e de investigação da história geológica das bacias sedimentares

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La microfauna bentónica y planctónica se ha convertido en una herramienta precisa de detección de las variaciones paleoceanográficas y paleoclimáticas. La combinación de grupos faunísticos diferentes, cuya respuesta ante los mismos factores ecológicos puede ser diversa, permite analizar de manera aún más concreta los cambios oceanográficos y climáticos en la misma área de estudio. Así mismo, el estudio de las asociaciones microfaunísticas con técnicas isotópicas y sedimentológicas, posibilitan la determinación del grado de afectación de los parámetros ecológicos considerados en las especies identificadas. La comparación de las variaciones específicas detectadas en el pasado con la distribución de dichas asociaciones en los modelos actuales, permite caracterizar los cambios pretéritos del medio que habitaban estos organismos. El presente trabajo está estructurado en dos bloques principales: por un lado, se estudia la microfauna (foraminíferos bentónicos, planctónicos y ostrácodos) en muestras superficiales de la plataforma, con el objetivo de determinar los parámetros ecológicos que controlan su distribución a lo largo del área de estudio. Por otra parte, se analizan 5 sondeos obtenidos a diferente profundidad, que permiten definir las variaciones oceanográficas y climáticas acontecidas en la plataforma Vasca a finales del Cuaternario, basándonos en los cambios de las asociaciones de microfauna que se suceden a lo largo de los sondeos. Estas variaciones faunísticas denotan, por tanto, cambios ambientales.

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Atualmente existe uma contínua perda de biodiversidade, que decorre principalmente devido a intensa modificação das paisagens naturais pelas atividades humanas. O litoral do estado do Rio de Janeiro é ocupado há centenas de anos, e uma das principais ameaças é a crescente taxa demográfica. De forma geral, o conhecimento acerca dos diferentes grupos de vertebrados terrestres e a sua relação com o ambiente de restinga ainda é incipiente. Realizamos o presente estudo em dez áreas de remanescentes de vegetação de restinga no estado do Rio de Janeiro, para compreender a variação das comunidades de lagartos entre os diferentes ambientes e suas estruturas locais, bem como os principais fatores que as afetam negativamente. Realizamos um conjunto de transecções lineares delimitadas por tempo, ao longo de três anos. As espécies de lagartos foram identificadas e quantificadas, e mensuramos a estrutura e os fatores de ameaça antrópica dos ambientes. Registramos no total nove espécies de lagartos compondo as comunidades de restingas amostradas no estado do Rio de Janeiro, incluindo uma espécie exótica e invasora (Hemidactylus mabouia), e duas endêmicas (Liolaemus lutzae e Cnemidophorus littoralis). A maioria das espécies foram registradas em diferentes meso-habitats, e no geral podem ser consideradas oportunistas e generalistas. As restingas diferiram entre si principalmente em termos de abundância e densidade de espécies de lagartos, enquanto a riqueza foi comparativamente menor nos ambientes insulares. Provavelmente essas diferenças são resultados da interação entre processos históricos e ecológicos atuando em sinergia. Na restinga de Grussaí, os dados mostram que, considerando o nicho em suas três dimensões avaliadas (tempo, espaço e dieta), é provável que a comunidade esteja estruturada em seu eixo temporal. A análise dos fatores de ameaça antrópica sobre as restingas mostra que a situação dos fragmentos se manteve a mesma nos últimos anos. Provavelmente, as políticas públicas atuais não parecem ser suficientes para o aumento do grau de preservação e conservação das áreas de restinga do litoral do estado do Rio de Janeiro devido à contínua especulação imobiliária. É necessário o emprego de monitoramentos periódicos para acompanhar a situação das populações das espécies endêmicas e ameaçadas, e promover mudanças físicas (e.g. remoção de lixo depositado e de espécies exóticas), sócio-educativas (e.g. diminuição do acesso de animais domésticos, descarte de material), e de poder público (e.g. aumento das áreas de proteção). Em relação à espécie endêmica e ameaçada L. lutzae, identificamos uma sobreposição de nicho espacial em relação a Tropidurus torquatus, variável entre as localidades amostradas. Provavelmente essa variação resulta da estrutura ambiental que difere entre as restingas e, consequentemente, provoca diferentes respostas em termos de interação entre as espécies que compõem as comunidades de lagartos. Os novos registros de H. mabouia em habitat natural nas restingas foram incluídos aos registros de ocorrência da espécie em ambientes naturais em território brasileiro, no intuito de identificar áreas potenciais de invasão da espécie. Os resultados mostram uma alta probabilidade principalmente na região litorânea. O presente estudo possibilita uma melhor compreensão sobre a ecologia de comunidades de lagartos no estado do Rio de Janeiro.

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O presente trabalho tem como objetivo analisar os conceitos de liberdade e identidade através da proposta de um "liberalismo cultural", apresentada pelo filósofo canadense Will Kymlicka, tal como defendida em suas obras Multicultural Citizenship: A Liberal Theory of Minority Rights (1995), Politics in the Vernacular: Nationalism, Multiculturalism and Citizenship (2001) e Multicultural Odysseys. Navigatingthe New International Politics of Diversity (2007). Através dessas leituras, buscou-se compreender em particular de que modo a língua e o território se configuram como elementos definidores das culturas de povos nacionais e étnicos que empenham suas lutas para garantir a permanência desses atributos, tanto em nível doméstico como no plano internacional, a fim de assegurar a singularidade de seus modos de vida e de suas visões de mundo, enquanto grupos diferenciados. Para tanto, tornou-se fundamental a realização de uma análise crítica do processo de construção nacional dos Estados modernos, como um projeto levado a cabo por parte de inúmeros países na modernidade com o intuito de promover a unidade nacional de seus Estados, através da invisibilização das expressões culturais e da participação política de grupos culturalmente minoritários. Ao final, desenvolve-se uma pequena reflexão sobre como esse debate pode contribuir para uma melhor compreensão acerca das reivindicações de populações indígenas e remanescentes de quilombos no Brasil pela regularização de seus territórios e reconhecimento de suas práticas culturais.

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Esta dissertação tem como objeto a incorporação do tema Diversidade Étnico-Racial e Cultural na formação docente para a Educação Infantil na Periferia. A partir da problematização do cotidiano enfocou-se questões como Racismo e Preconceito e a forma como são abordadas junto à Infância Pequena. Nesta pesquisa buscou-se analisar o desenvolvimento do Programa Nova Baixada de Educação Infantil e refletir sobre o lugar que ocupa nas políticas educacionais, tendo como campo de investigação a Baixada Fluminense. Orienta pelo propósito de compreender de que forma as discussões étnico-raciais e a diversidade cultural estão ou não inseridas nos espaços de formação adotou-se, metodologicamente, uma abordagem qualitativa, de natureza descritiva. As técnicas privilegiadas foram: análise documental, entrevistas estruturadas e semi-estruturadas. Os sujeitos da investigação foram docentes e gestores de instituições nas quais se implementaram o PNB, a saber: Creche Margarida da Silva Duarte e Vereador Nilo Dias Teixeira, ambas no bairro da Chatuba, em Mesquita, município emancipado da cidade de Nova Iguaçu em 1999. Fez-se levantar e analisar as contribuições da formação docente no processo de pensar o fazer educativo. O referencial teórico se fundamenta nos estudos de Trindade, Silva, Kramer, Faria, Lino e Hasenbalg que abordam o tema relações étnico-racial na educação infantil. Através de nossa pesquisa observou-se que há escassez de trabalhos que discutem essa questão, como também, nas matrizes curriculares dos cursos de formação de professores, onde a Educação Infantil ocupa um espaço de penumbra como objeto de reflexão. Por fim, conclui-se que o meio acadêmico se volta, predominantemente, para os aspectos desenvolvimentistas da formação infantil, relegando ao segundo plano, a discussão sobre a diversidade cultural, étnica e racial. No tocante às políticas públicas indicamos a pertinência da revisão, pelo Poder Público, dos critérios que orientam a definição de prioridades e que na prática se traduzem de modo muito limitado frente às conquistas mais recentes dos direitos de todas as crianças de 0 a 6 anos, entre eles, os de freqüentar creches e pré-escolas, lugar seu conquistado.

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As florestas tropicais brasileiras (Amazônia e a Mata Atlântica) possuem alta diversidade de espécies e atualmente estão separadas por um cinturão de vegetação aberta. Parte deste cinturão é ocupada pela Caatinga, onde se encontram os Brejos de Altitude, testemunhos das conexões históricas entre a Mata Atlântica e a Amazônia. O Centro de Endemismos Pernambuco (CEPE) é a unidade biogeográfica que compõe a Mata Atlântica ao norte do rio São Francisco e contém diversos táxons endêmicos. Esta região apresenta uma mastofauna compartilhada com a Amazônia, devido às conexões existentes durante o Cenozóico. A presença do rio São Francisco em seu limite sul pode atuar como barreira ao fluxo gênico e explicar os endemismos encontrados no CEPE. Contrastando com sua situação peculiar, a mastofauna do CEPE ainda carece de estudos aprofundados sobre a identificação de suas espécies, padrões geográficos e relações filogenéticas. Revisões recentes têm identificado espécies diferentes ao norte e ao sul do rio São Francisco, mas poucos trabalhos têm proposto hipóteses biogeográficas para o CEPE. Para ampliar o conhecimento sobre a identidade e distribuição geográfica dos pequenos mamíferos do CEPE e sua estrutura filogeográfica, foram realizados levantamentos de espécies e análises de diversidade genética e morfométrica para algumas espécies. Os levantamentos consistiram de visitas às coleções científicas a fim de identificar as espécies ocorrentes no CEPE e excursões de coleta com 5 a 17 noites consecutivas em 12 localidades ao longo do CEPE, que totalizaram 64691 armadilhas noites e resultaram na coleta de 476 exemplares de 31 espécies. As espécies foram identificadas com base na morfologia externa e craniana e por análises citogenéticas. Para investigar a biogeografia do CEPE, análises de genética de populações, filogeográficas e morfométricas foram realizadas para os marsupiais Caluromys philander, Didelphis aurita, Marmosa murina, Metachirus nudicaudatus e os roedores Akodon cursor, Oecomys catherinae e Rhipidomys mastacalis para avaliar a existência de diferenciação nas populações do CEPE e suas relações com as linhagens Amazônicas e Atlânticas. Estes resultados mostraram que a diversificação dos pequenos mamíferos do CEPE ocorreu tanto no Terciário quanto no Quaternário. Algumas populações, como em Caluromys philander e Oecomys catherinae, mostraram afinidades com linhagens amazônicas, enquanto outras, como em Metachirus nudicaudatus e Rhipidomys mastacalis, apresentaram afinidades com linhagens atlânticas. Os pequenos mamíferos do CEPE apresentaram diferenciação em relação às suas linhagens irmãs, com algumas linhagens podendo tratar-se de espécies ainda não descritas (e.g. Didelphis aff. aurita e Rhipidomys aff. mastacalis). Esta diferenciação provavelmente foi causada pelos eventos cíclicos de flutuações climáticas que provocaram elevações no nível do mar e retração das florestas tropicais, isolando as populações do CEPE. Por fim, para auxiliar na identificação das espécies em novas coletas, de suas distribuições geográficas e de suas características citogenéticas e ecológicas, foi elaborado um guia reunindo todas as informações disponíveis sobre as espécies de pequenos mamíferos do CEPE.