93 resultados para Vício Ricardiano
Resumo:
Objetiva-se aqui desenvolver uma longa série de textos para discussão com prioridade para trabalhos dos alunos de minhas disciplinas em Filosofia Econômica que em si já se constitui numa realização deste programa de pesquisa. Além de exercício e estímulo para os alunos atuais, pois a participação é voluntária, a série deverá servir como fonte de exemplares para atrair e orientar novos alunos. Tem-se nela uma extensão da literatura sobre o tema, mas na forma de circulação restrita. Buscar assim a critica de colegas e de todos que possam dar alguma contribuição também nos motiva determinantemente. Os textos deverão ser submetidos para apresentação em congressos e publicação em revistas acadêmicas, podendo a série eventualmente levar-nos à organização de livros.
Resumo:
A matemática é um bem de capital, lógico e geral, para a construção da ciência empírica. A ciência empírica abstrata, aqui representada pela microeconomia, é um bem de capital, lógico, mas especifico, para a construção da ciência aplicada. A ciência aplicada, aqui representada pela teoria positiva da estratégia empresarial, é um bem de capital, dialético e específico, para o aperfeiçoamento da arte da ciência, isto é, do domínio da realidade. A complementariedade entre estas esferas do saber é obvia, mas encontra-se ofuscada pelo Vício Ricardiano de muitos economistas. Sob esta visão, faço um estudo de caso do trabalho de H. Igor Ansoff, precursor da teoria de estratégia empresarial. Partindo da iluminação neoclássica, Ansoff constatou penosamente a insuficiência dela. A prática empresarial exigia também iluminações que só a politica, a sociologia, e a psicologia podiam proporcionar. Através do entrelaçamento dialético ou quase-lógico delas, a teoria estratégica constituiu-se na indispensável passagem para a prática. A teoria aplicada da passagem para a prática da política econômica não é ensinada hoje. A lacuna é sugerida pelo estudo, transparecendo a maior causa para o desprestígio atual do economista, no Brasil e no Mundo.
Resumo:
Expõe-se um programa de pesquisa sobre a natureza indetenninada do conhecimento científico, estendendo-o para análise da avaliação do desempenho acadêmico, e a consequente fonnulação de propostas de mudança. Considerando os diferentes níveis de abstração na tricotomia ciência pura, aplicada e arte da ciência, observa-se que a avaliação pressupõe a primeira apenas, constituindo-se, no mínimo, em exemplo de vício ricardiano. Sendo mais um transplante acrítico de ocorrências nos USA, onde a flexibilidade pennite passagens da economia aplicada e de sua arte para outros departamentos, nosso sistema de avaliação está prejudicando a universidade e o país, particularmente nas regiões mais pobres.
Resumo:
O objetivo central deste estudo é examinar as novas formas de subjetivação e de mal-estar engendradas pelas exigências da sociedade do trabalho no contexto do capitalismo contemporâneo. A emergência de uma nova e perversa forma de sociabilidade e de uma subjetividade ligada a ela está intrinsecamente associada às transformações estruturais da sociedade capitalista e suas atuais condições da acumulação de capital. Considerando o caráter social e histórico da sociedade capitalista, do sujeito e da subjetividade, o foco deste trabalho deve ser o sujeito interpelado pela ideologia, clivado pelo inconsciente e individualizado pelo mercado. Busco, portanto, articular pontos teóricos entre os conceitos de ideologia, fetiche e inconsciente referenciados no materialismo histórico e na psicanálise. Ao apresentar o Capital como droga e o Trabalho como vicio, pretende-se de forma alegórica desvelar os impasses e sintomas de um sistema em crise que, apesar das sucessivas tentativas de recuperação, colapsa historicamente, levando sua dinâmica perversa aos limites do insuportável. Ao subordinar a reprodução da vida ao trabalho assalariado, ao mesmo tempo em que para se reproduzir tem sistematicamente de aboli-lo, o capitalismo engendra, na sua crise estrutural, uma das mais sofisticadas formas de dominação, sujeição e exploração: a utilização dos componentes do psiquismo e da subjetivação em nome dos interesses da ordem mercantil. No mundo globalizado pelo mercado, vem aumentando o uso de drogas lícitas, fruto ou não de prescrição médica, como um recurso para inibir todo tipo de mal-estar e impasse psíquico ou reações indesejáveis que possam comprometer a adequação dos indivíduos aos padrões da produtividade, a permanência no ambiente de trabalho, bem como o enfrentamento de conflitos e frustrações inerentes à condição humana. Essa manipulação química da subjetividade potencializa-se na atualidade, expandindo globalmente a drogadicção, no sentido amplo do termo, privando o sujeito da capacidade de pensar. Ela aponta também para as impossibilidades de o sujeito desenvolver suas faculdades ativas e criativas, assim como o diálogo com o outro, o que nos conduz cada vez mais a atitudes de intolerância e violência ou estados compulsivos e depressivos. Ao contrário do que o capitalismo podia propiciar em seu período de ascensão, os modos de inclusão imaginária engendrados pelo capitalismo pós-moderno estão baseados no consumo conspícuo e no gozo imediato, implicando novos contornos para o sofrimento psíquico, agora marcado por transtornos narcísico-identitários e saídas não-representacionais. A partir dessa reflexão, busco a crítica do conceito de sujeito configurado pelo trabalho e pelo psicologismo, que tem contribuído para práticas legitimadoras de exclusão no interior da própria psicologia. Esta crítica representa um compromisso ético-político pela desalienação do sujeito e pela superação do capitalismo, aqui entendido como um sistema que produz mercadorias e viciados em drogas.
Resumo:
In this work we studied the asymptotic unbiasedness, the strong and the uniform strong consistencies of a class of kernel estimators fn as an estimator of the density function f taking values on a k-dimensional sphere
Resumo:
Abélard, à son éthique, préfère, à la notion de vice, celle de péché. Ce mouvement n'est pas um préssupposé de l'auteur, mais se suit, nécessairement, à sa position de logicien et, aussi bien, à sa critique aux philosophes stoïciens qu'il a pu connaître.