803 resultados para Treino parental
Resumo:
Esse estudo foi realizado com o objetivo de contribuir com a avaliação dos efeitos de uma intervenção comportamental direcionada a pais/responsáveis de crianças com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade-TDAH, investigando os efeitos desse modelo de treino parental em duas condições, setting terapêutico (Condição 1) e ambiente domiciliar (Condição 2), sobre a ocorrência de comportamentos de hiperatividade versus autocontrole. Os participantes foram pais de quatro crianças, na faixa etária entre cinco e nove anos. Utilizaram-se como instrumentos: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido-TCLE, Inventário de Estilos Parentais-IEP, Lista de Verificação Comportamental para Crianças e Adolescentes-CBCL/TRF, Escala do TDAH versão para professor, Roteiro de Entrevista Inicial, Roteiro de Entrevista de Avaliação, Roteiro de Entrevista Final, Critério de Classificação Econômica Brasil-CCEB. O procedimento de pesquisa consistiu em: (a) contato com neuropediatra; (b) triagem e convite aos participantes; (c) distribuição de dois participantes para cada condição de intervenção; (d) avaliação inicial, incluindo entrevista com os responsáveis, aplicações do TCLE, IEP e CBCL; (e) visita à escola e aplicações do TCLE, da Escala do TDAH e do TRF, versões para professor; (f) realização de cinco sessões de intervenção, gravadas em áudio e vídeo, duas de linha de base, uma de habituação às regras e duas de manutenção das regras e instalação de comportamento de auto-observação, que envolveram situações de interação em jogos de regras, com participação da terapeuta-pesquisadora, da mãe e da criança; (g) realização de entrevista de avaliação da primeira fase; (h) reversão de contextos para os participantes e (i) avaliação final, realizada por meio de entrevista com os responsáveis e re-aplicação dos instrumentais padronizados com pais e professores, utilizados anteriormente, mais o CCEB. Os dados obtidos por meio dos instrumentos padronizados receberam o tratamento indicado nos manuais. Dois sistemas de categorias de análise do comportamento foram utilizados, um para descrever os comportamentos das mães e outro para comportamentos observados nas crianças. Os principais resultados sugerem que as crianças em ambiente de consultório tiveram maior ocorrência de emissão de comportamentos de autocontrole do que as em ambiente de domicílio, as quais, por sua vez, tiveram prevalência de comportamentos de hiperatividade/impulsividade. Do mesmo modo, as mães em ambiente de consultório obtiveram maiores escores em práticas educativas positivas e menos em negativas, comparadas às mães do grupo de domicílio. Houve aumento de práticas educativas positivas para a maioria das mães. Discute-se o contexto de consultório enquanto um ambiente eficaz de intervenção, embora se reconheça que as dificuldades de controle de comportamentos inadequados são maiores para os pais em ambiente domiciliar, por isso, intervenções em ambiente natural devem ser consideradas no processo terapêutico. Por outro lado, o treino parental demonstrou ser efetivo na aquisição, fortalecimento e manutenção de práticas educativas positivas em todas as mães, o que pode influenciar beneficamente os comportamentos das crianças com TDAH.
Resumo:
Os procedimentos invasivos recorrentes no tratamento do câncer na criança têm-se mostrado o momento de maior sofrimento tanto para o paciente quanto para o cuidador. Durante estes procedimentos, como no caso da punção venosa, grande parte das crianças apresenta reações caracterizadas como distresse comportamental. Intervenções comportamentais têm sido desenvolvidas com o objetivo de diminuir este distresse, podendo utilizar como agentes os próprios cuidadores das crianças. Esta pesquisa teve como objetivo analisar os efeitos de instrução e de treino parental sobre comportamentos observados em cuidadores e em crianças com diagnóstico de câncer durante procedimento de punção venosa em ambulatório. Foram selecionados nove cuidadores de crianças em tratamento quimioterápico em um hospital especializado em Belém-PA. Para a coleta de dados foram utilizados: Roteiro de entrevista, Questionário Sociodemográfico, Instrumento de Avaliação das Relações Familiares (Parental Bonding Instrument [PBI]), Child Behavior Checklist (CBLC), Protocolo de observação direta dos comportamentos da criança e do cuidador, Escala de Avaliação Comportamental, Manual de orientação para cuidadores sobre punção venosa em crianças e Protocolo de treino parental. Os participantes foram submetidos a uma dentre três condições: (1) Rotina, (2) Manual de Orientação ou (3) Treino Parental. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista e de quatro sessões de observação direta do comportamento. Os comportamentos das crianças foram classificados como concorrentes e não concorrentes. Os comportamentos dos cuidadores foram classificados como monitoria positiva, monitoria negativa e negligência. Os resultados sugerem que, na Condição Rotina, os participantes (cuidadores) não variaram seus comportamentos ao longo das sessões, com dois participantes mantendo alta frequência de comportamentos negligentes e um participante mantendo monitoria positiva. Na Condição Manual, observou-se mudança de comportamento em dois cuidadores como efeito imediato à utilização do manual, mas não em longo prazo. Na Condição 3, na qual os cuidadores foram submetidos ao Protocolo de treino parental, observou-se aumento na frequência de monitoria positiva em curto e longo prazo. Com relação às crianças, os resultados indicaram maior frequência de comportamentos não concorrentes, independente da condição a que o cuidador foi submetido. A maioria dos cuidadores foi classificada no PBI com estilo parental permissivo, confirmando a literatura sobre cuidadores de crianças com doenças crônicas. Ocorreram relatos de generalização das habilidades treinadas para contextos fora do hospital. Conclui-se que o uso do manual aumentou a aquisição de conhecimentos sobre punção venosa mas não foi suficiente para a manutenção de mudança de comportamentos. Por outro lado, o uso de treino parental mostrou-se eficaz na mudança de comportamentos (a longo prazo), assim como no desenvolvimento de novas habilidades sociais. Discute-se a importância do estilo parental como fator de proteção à criança com câncer.
Resumo:
Esta pesquisa teve como objetivo analisar os efeitos de instrução e de treino parental sobre comportamentos observados em cuidadores e em crianças com diagnóstico de câncer durante procedimento de punção venosa em ambulatório. Participaram nove cuidadores em três condições (Rotina, Manual e Treino). Fez-se análise de características familiares, estilo parental, efeitos de um manual de instruções e de treino parental, com sessões de observação direta do comportamento durante punção venosa. Os resultados apontam efeito positivo do manual para mudança de comportamento em curto prazo. Após treino parental, observou-se aumento nas taxas de monitoria positiva do cuidador, com relatos de generalização desses comportamentos para outros contextos. Discute-se a importância do estilo parental como fator de proteção à criança com câncer.
Resumo:
Objectives: To explore the influence of social support on parental physical activity (PA). Methods: Forty parents (21 mothers, 19 fathers) participated in semistructured individual or group interviews. Data were analyzed using thematic content analysis.---------- Results: Instrumental (eg, providing child care, taking over chores), emotional (eg, encouragement, companionship), and informational support (eg, ideas and advice) as well as reciprocal support (eg, giving as well as receiving support) and autonomy support (eg, respecting one’s choices) are important for parents’ PA behavior. However, having support for being active is not straightforward in that many parents discussed issues that inhibited the facilitative nature of social support for PA performance (eg, guilt in getting help). Conclusions: Results highlight the complex nature of social support in facilitating parental PA.
Resumo:
Objectives: The research aimed to explore parents’ understandings of physical activity (PA), patterns of PA-related behaviour, and how constructions of social role expectations might influence their PA behaviour. Design and Method: Using a qualitative descriptive design and adopting a social constructionism approach to broaden interpretations of parents’ understandings, 40 adults (21 mothers, 19 fathers; aged 23 to 49 years) living in South East Queensland, Australia participated in semi-structured individual and group interviews. The interviews were analysed using thematic analysis. Results: Parents had clear understandings of what constitutes PA and engaged in various activities which were integrated with or independent of the children. Being active with children, however, was not always constructed favourably in which many parents described the difficulties of being active with their children. All individuals experienced changes in their PA behaviours after having children. For most, a decline in PA level, intensity, and structure was experienced; however, some did experience parenthood as a time to be active. A level of acceptance for the lack of activity performed was also expressed as were feelings of resentment and envy for those who maintained previous activity habits. Parenting and partner roles were considered most influential on PA-related behaviour and were constructed in ways that had both positive and negative influences on activity performance. Parents, however, were empowered to construct strategies to resolve conflicts between social role performance and being active. Conclusion: Results show that parents experience unique difficulties that intervention work should consider when designing programs aimed at increasing parental PA.
Resumo:
Pedestrian and cyclist injuries are significant public health issues together accounting for 11-30% of road deaths in highly motorised countries. Children are particularly at risk. In Australia in 2009 children 0-16 years comprised 11.4% of pedestrian deaths and 6.4% of cyclist deaths. Parental attitudes and level of supervision are important to children’s road safety. Results from a telephone survey with parents of children 5-9 years (N=147) are reported. Questions addressed beliefs about preventability of injury, appropriate ages for children to cross the road or cycle independently, and the frequency of holding 5-9 year old children’s hands while crossing the road. Results suggest that parents believe most injuries are preventable and that they personally can act to improve their own safety in the home, on the road, at work, as well as in or on the water. Most parents (68%) indicated children should be 10 years or older before crossing the road or cycling independently. Parents were more likely to report holding younger children’s hands (5-6 years) when crossing the road and less likely to do so for 7-9 year olds. There was a small effect of child gender, with parents more likely to hold boy’s hand than a girl’s.
Resumo:
The focus of this paper is the role of Australian parents in early childhood education and care (ECEC), in particular, their role in shaping ECEC public policy. The paper reports the findings of a study investigating the different ways in which a group of parents viewed and experienced this role. Set against a policy backdrop where parents are positioned as 'consumers' and 'participants' in ECEC, the study employed a phenomenographic research approach to describe this role as viewed and experienced by parents. The study identified four logically related, qualitatively different ways of constituting this role among this group of parents, ranging from 'no role in shaping public policy' (the no role conception) to 'participating in policy decision-making, particularly where policy was likely to affect their child and family (the participating in policy decision-making conception). The study provides an insider-perspective on the role of parents in shaping policy and highlights variation in how this role is constituted by parents. The study also identifies factors perceived by parents as influencing their participation and discusses their implications for both policy and practice.