905 resultados para Social classes.
Resumo:
Este estudo tem por objeto a compreensão do reconhecimento profissional e social do Agente Comunitário de Saúde (ACS) destacando-se as influências das relações sociais impostas, mas que ao mesmo tempo trazem para o cenário o fruto destas relações, a desigualdade social, que remete ao conceito de classes sociais nas relações entre Estratégia de Saúde da Família (ESF) e favela. O objetivo geral é estudar e analisar a percepção dos ACS na Estratégia de Saúde da Família das áreas programáticas (AP) 2.1, 3.1 e 5.2 do município do Rio de Janeiro acerca do seu reconhecimento social e profissional a partir das categorias de reconhecimento e classe social. O estudo é desenvolvido por meio de uma abordagem qualitativa, com base nas narrativas do trabalho, reconhecimento, classe social e gênero, com organização e análise segundo a metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo. Os campos de pesquisas utilizados foram às áreas programáticas (A.P.) 2.2, 3.1 e 5.2. Os resultados geraram dois eixos temáticos: Percepção do que levou este trabalhador a ser ACS; Falta de reconhecimento e valorização. O fato de estar desempregado ou inserido em formas de subemprego surgiu como a maior motivação para ser tornar ACS; A divulgação do processo seletivo público leva o ACS a acreditar que será contratado por um estatuto, gerando a expectativa em ser funcionário público e ter garantias trabalhistas sólidas, afastando a possibilidade de voltar a estar desempregado. Na segunda categoria, as questões destacadas incluem: A ACS é morador de uma favela e pertence à classe trabalhadora. A grande maioria destes trabalhadores são mulheres, que precisam estar perto de casa para exercer seu papel também como educadora dos filhos, mas também para aumentar sua renda ou até mesmo exercer seu papel como provedora de uma família inteira, o que também possui determinação de classe social. O ACS se percebe desvalorizado como mediador no trabalho educativo. Esta desvalorização denota a compreensão do trabalho do ACS como de baixa complexidade. A questão salarial também é um fato ao qual o ACS atribui sua desvalorização como trabalhador, e retrata um pertencimento econômico a uma determinada classe social, a classe explorada pelo capital. Conclui-se que o que a inserção de trabalhadores comunitários, via seleção e contratação de ACS na atenção básica aproveita as redes sociais de integração pré-formadas nas comunidades para inserir e dar eficácia às ações de saúde. O atual contexto de trabalho do ACS representa um modo de produção da saúde que aliena este trabalhador, destituindo-o do seu processo de trabalho e reforçando a estrutura de classes presente na sociedade, interferindo no reconhecimento social e profissional do ACS.
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Tutkimuksen aiheita olivat yhteiskuntaluokkien väliset erot sairastavuudessa ja alentuneessa toimintakyvyssä, sekä fyysisen työkuormituksen ja joidenkin muiden työolojen vaikutus sairastavuuteen. Empiirisestä työstä on raportoitu myös neljässä kansainvälisissä tieteellisissä aikakauskirjoissa julkaistussa artikkelissa. Tässä julkaistu yhteenveto sisältää tulosten yhteenvedon lisäksi myös tutkimusta koskevien käsitteellisten ja teoreettisten kysymysten sekä tutkimustradition kriittisen katsauksen. Työn päätavoitteita olivat 1) tutkia fyysisesti kuormittavan työn, ja jossain määrin muiden työolojen osuutta yhteiskuntaluokkien välisiin eroihin sairaudessa ja toimintakyvyn alentuneisuudessa; 2) tutkia työn fyysisen kuormittavuuden, työhön liittyvien vaikutusmahdollisuuksien ja hallinnan (decision latitude), luokka-aseman, iän ja sukupuolen yhteisvaikutuksia heikentyneeseen terveydentilaan; sekä 3) tutkia missä määrin mekaanisten työaltisteiden ja tuki- ja liikuntaelinsairastavuuden välinen yhteys voi selittää yhteiskuntaluokkien välisiä eroja heikentyneessä yleisessä terveydentilassa. Tutkittavat olivat keski-ikäisiä Helsingin kaupungin työntekijöitä. Analyysit perustuivat poikittaisasetelmaan, ja käytetty aineisto oli Helsinki Health Studyn vuosien 2000 ja 2002 välillä kerättyä aineistoa. Analyyseihin käytetyssä aineistossa oli 3740:stä 8002:een tutkittavaa. Tulosten perusteella fyysisillä (sekä fysikaalisilla) työoloilla on merkittävä vaikutus yhteiskuntaluokkien välisiin eroihin yleisessä sairastavuudessa, toimintakyvyn heikentymisessä, tuki- ja liikuntaelinsairastavuudessa sekä itsearvioidussa terveydentilassa. Naisilla lähes puolet heikentyneen toimintakyvyn ja koetun terveydentilan luokkaeroista vaikutti olevan selitettävissä fyysisellä työkuormituksella. Hallintamahdollisuuksien ei havaittu merkittävästi muuttavan fyysisen kuormituksen vaikutusta toimintakykyyn. Fyysisen kuormittavuuden terveysvaikutus voimistui kasvavan iän mukaan enemmän naisilla kuin miehillä. Osa, mutta ei koko fyysisen kuormituksen vaikutus yhteiskuntaluokkien eroihin heikentyneessä terveydessä vaikutti välittyvän tuki- ja liikuntaelinsairastavuuden kautta. Terveys ja sairaus eivät ole yhtenäisiä tiloja, ja siksi monet eri sosiaalisesti ja rakenteellisesti määräytyvät olosuhteet todennäköisesti vaikuttavat yhteiskunnallisten terveyserojen syntymiseen. Fyysis-materiaalisten olojen vaikutusta terveyserojen syntyyn nyky-yhteiskunnassa on mahdollisesti aliarvioitu. Yhteiskuntaluokkien väliset erot fyysis-materiaalisissa olosuhteissa eivät ole kadonneet, ja nämä erot todennäköisesti vaikuttavat terveyserojen syntyyn.
Ninguém morre de fome em Portugal? pobreza e mobilidade social na obra de Eça de Queirós (1878 1888)
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O propósito desta dissertação é apresentar uma análise da pobreza e da mobilidade social na obra de Eça de Queirós no período de 1878 a 1888. Para tanto, examinaremos os personagens pobres, refletindo sobre seu papel na diegese, sua construção no texto e sua influência na concepção artística do autor; sobre a subjacente visão de mundo que nelas se expressa; e, finalmente, confrontamo-las, enquadradas no que tem sido considerado estética realista-naturalista. Esta pesquisa justifica-se pela proposta de criação de um novo foco de análise dentro da crítica queirosiana: aquele voltado às personagens que se dedicam de modo específico ao trabalho, e, ao fazê-lo, revelar a perspectiva do romancista relativamente à sociedade e ao momento histórico. O estudo que fazemos de alguns estratos sociais pouco valorizados (o pessoal doméstico, por exemplo) é uma lacuna nos estudos queirosianos. Algumas das personagens que acompanhamos passam quase despercebidas nos romances. Com exceção de Juliana, de O primo Basílio, têm intervenção mínima na ação. Ainda assim têm uma caracterização bastante elaborada, mesmo que por vezes com poucos traços, e não deixam de compor uma visão mais alargada da sociedade portuguesa do século XIX, desmentindo a ideia ainda hoje corrente de que Eça teria posto nos seus livros apenas os extratos sociais privilegiados de seu tempo. Para além da designação tão vaga de crítico social, Eça testemunhou um processo de transformação de um mundo em ruínas, que já não podia mais ser o que sempre fora
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O orçamento constitui um instrumento imprescindível para avaliarmos as prioridades de um governo e as disputas existentes entre as diferentes classes sociais no que diz respeito à apropriação dos recursos do fundo público. Neste sentido, uma aproximação cuidadosa acerca das particularidades que vêm assumindo a dinâmica de acumulação capitalista, bem como das contradições que envolvem o processo de luta e implementação das políticas sociais, parecem elementos que contribuem para nos ajudar a entender de que forma esta disputa vem acontecendo. O objetivo deste trabalho é analisar o lugar do gasto social no governo Lula. Para tanto, consideramos importante analisar os principais elementos da dinâmica de acumulação capitalista tendo como referência a constituição do capital financeiro e o processo de financeirização da economia; discutir a relação entre divida pública, financeirização e crise do capital; apreender as tendências da política social, buscando identificar sua configuração na atualidade; resgatar o processo de formação do Brasil para pensar o governo Lula e a dinâmica da luta de classes na atualidade; e analisar os gastos sociais do governo federal, tendo como base a metodologia desenvolvida pelo IPEA, considerando o período de 2004 a 2011. Por entendermos os gastos sociais como reflexo de um processo de correlação de forças que tem, na relação entre capital e trabalho sua dimensão fundante, esta análise não pode ter um fim em si mesma. Ao contrário, entender as particularidades da dinâmica de acumulação no tempo presente é imprescindível para apreender os movimentos do capital e sua força para fazer valer os seus interesses no enfrentamento às resistências impostas pela classe trabalhadora e desta para lutar contra seus grilhões. A atuação do Estado só pode ser entendida em meio a este terreno de luta de classes e suas decisões expressam o poder destas classes de impor suas demandas, além de trazerem consigo o traço das heranças do passado, em especial os vínculos de dependência e subalternidade aos interesses imperialistas. A ausência de ruptura com o capital que marca a ascensão do Partido dos Trabalhadores ao governo federal é permeado por contradições e a análise de seus resultados situa-se em uma série de polêmicas, muitas das quais somente um maior distanciamento histórico permitirá avaliar. Isto não significa que não seja possível empreender um esforço no sentido de identificar as mudanças em curso e levantar as contradições, os limites e as possibilidades abertas pelos mandatos do presidente Lula. De maneira geral, podemos dizer que não houve avanços estruturais significativos neste governo e que a lógica da gestão dos recursos que prioriza o pagamento da dívida pública permanece tendo sofrido alterações pontuais. Entretanto, existem algumas diferenças na composição do gasto social. Estas estão mais atreladas ao provimento de programas voltados para a população de baixa renda do que à melhoria substantiva na garantia das políticas sociais universais. De qualquer forma, seu efeito sobre a melhoria nas condições de vida e de acesso ao consumo de uma parcela da população pode ser sentido.
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O presente estudo tem como objetivo analisar o trabalho na Assistência Social carioca durante a gestão César Maia na Prefeitura do Rio de Janeiro. Essa proposta, tendo como objeto de pesquisa o trabalho dos assistentes sociais na Secretaria Municipal de Assistência Social, interpretados aqui como sujeitos inseridos em um contexto permeado pelas contradições entre as classes sociais, baseou-se na leitura de que a interpretação dos processos sociais na ótica da totalidade social representa a possibilidade de apropriação do significado social da profissão, potencializando o pensamento no que se refere às condições e relações de trabalho. Sendo assim, o interesse foi decifrar a organização do trabalho subjacente à revisão da assistência social e perceber o espaço técnico da ação profissional. Isso significou tomar a teoria do processo de trabalho em exame e analisar o espaço de autonomia do trabalhador assalariado na gestão pública da cidade na época, assim como o contraste entre controle, qualidade dos serviços e das relações de trabalho. Isso implicou em revisitar o debate do Serviço Social sobre a categoria trabalho e conhecer de perto o modo como o sujeito profissional lida com o dilema do controle e da autonomia a partir de uma pauta de produção de serviços delimitada gerencialmente.
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Recent debates on time-use suggest that there is an inverse relationship between time poverty and income poverty (Aguiar and Hurst in Q J Econ C(3):969-1006, 2007), with Hammermesh and Lee (Rev Econ Stat 89(2):374-383, 2007) suggesting much time poverty is 'yuppie kvetch' or 'complaining'. Gershuny (Soc Res Int Q Soc Sci 72(2):287-314, 2005) argues that busyness is the 'badge of honour': being busy is now a positive, privileged position and it is high status people who work long hours and feel busy. Is this also true of work-life conflict? This paper explores the relationship between work-life tension and social inequality, as measured by social class, drawing on evidence from the European Social Survey. To what extent is work-life conflict a problem of the (comparatively) rich and privileged professional/managerial classes, and is this true across European countries? The countries selected offer a range of institutional and policy configurations to maximise variation. Using regression modelling of an index of subjective work-life conflict, we find that in all the countries under study, work-life conflict is higher among professionals than non-professionals. Part of this is explained by the fact that professionals work longer hours and experience more work pressure than other social classes, though the effect remains even after accounting for these factors. While levels of work-life conflict vary across the countries studied, country variation in class differences is modest. We consider other explanations of why professionals report higher work-life conflict and the implications of our findings for debates on social inequality.
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In this paper we address a set of interrelated issues. These comprise increasing concerns about reliance on nationally based income poverty measures in the context of EU enlargement, the relative merits of one-dimensional versus multidimensional approaches to poverty and social exclusion and the continuing relevance of class-based explanations of life chances. When identifying economically vulnerable groups we find that, contrary to the situation with national income poverty measures, levels of vulnerability vary systematically across welfare regimes. The multidimensional profile of the economically vulnerable sharply differentiates them from the remainder of the population. While they are also characterised by distinctively higher levels of multiple deprivation, a substantial majority of the economically vulnerable are not exposed to such deprivation. Unlike the national relative income approach, the focus on economic vulnerability reveals a pattern of class differentiation that is not dominated by the contrast between the self-employed and all others. In contrast to a European-wide relative income approach, it also simultaneously captures the fact that absolute levels of vulnerability are distinctively higher among the lower social classes in the less comprehensive and generous welfare regimes while class relativities are significantly sharper at the other end of the spectrum.
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The life cycle concept has come to have considerable prominence in Irish social policy debate. However, this has occurred without any systematic effort to link its usage to the broader literature relating to the concept. Nor has there been any detailed consideration of how we should set about operationalising the concept. In this paper we argue the need for "macro" life cycle perspectives that have been influenced by recent challenges to the welfare state to be combined with "micro" perspectives focusing on the dynamic and multidimensional nature of social exclusion. We make use of Irish EU-SILC 2005 data in developing a life cycle schema and considering its relationship to a range of indicators of social exclusion. At the European level renewed interest in the life cycle concept is associated with the increasing emphasis on the distinction between "new" and "old" social risks and the notion that the former are more "individualised". Inequality and poverty rather than being differentially distributed between social classes are thought to vary between phases in the average work life. Our findings suggest the "death of social class" thesis is greatly overblown. A more accurate appreciation of the importance of new and old social risks requires that we systematically investigate the manner in which factors such as social class and the life cycle interact.
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Attempts to explain variation in rates of psychological distress by social class have included reference to social selection, differential exposure to stress, and differential vulnerability arising from inequalities in access to resources. Our analysis draws on data from a national survey of the Republic of Ireland in order to examine these hypotheses. No evidence to support the social selection hypothesis was found. In addressing the issue of differential responsiveness, attention was focused on the interaction between unemployment and social class in their impact on psychological distress. While rather weak support for the hypothesis of differential vulnerability was found among women, our examination of the impact of husband's unemployment provided no evidence leading in this direction. Among men unemployment actually had a stronger impact for men in higher social classes. The major factors leading to social class differences in psychological distress are greater exposure to unemployment and economic deprivation. © 1994 Oxford University Press.
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Les études sur les milieux de vie et la santé ont traditionnellement porté sur le seul quartier de résidence. Des critiques ont été émises à cet égard, soulignant le fait que la mobilité quotidienne des individus n’était pas prise en compte et que l’accent mis sur le quartier de résidence se faisait au détriment d’autres milieux de vie où les individus passent du temps, c’est-à-dire leur espace d’activité. Bien que la mobilité quotidienne fasse l’objet d’un intérêt croissant en santé publique, peu d’études se sont intéressé aux inégalités sociales de santé. Ceci, même en dépit du fait que différents groupes sociaux n’ont pas nécessairement la même capacité à accéder à des milieux favorables pour la santé. Le lien entre les inégalités en matière de mobilité et les inégalités sociales de santé mérite d’être exploré. Dans cette thèse, je développe d'abord une proposition conceptuelle qui ancre la mobilité quotidienne dans le concept de potentiel de mobilité. Le potentiel de mobilité englobe les opportunités et les lieux que les individus peuvent choisir d’accéder en convertissant leur potentiel en mobilité réalisée. Le potentiel de mobilité est façonné par des caractéristiques individuelles (ex. le revenu) et géographiques (ex. la proximité des transports en commun), ainsi que par des règles régissant l’accès à certaines ressources et à certains lieux (ex. le droit). Ces caractéristiques et règles sont inégalement distribuées entre les groupes sociaux. Des inégalités sociales en matière de mobilité réalisée peuvent donc en découler, autant en termes de l'ampleur de la mobilité spatiale que des expositions contextuelles rencontrées dans l'espace d'activité. Je discute de différents processus par lesquels les inégalités en matière de mobilité réalisée peuvent mener à des inégalités sociales de santé. Par exemple, les groupes défavorisés sont plus susceptibles de vivre et de mener des activités dans des milieux défavorisés, comparativement à leurs homologues plus riches, ce qui pourrait contribuer aux différences de santé entre ces groupes. Cette proposition conceptuelle est mise à l’épreuve dans deux études empiriques. Les données de la première vague de collecte de l’étude Interdisciplinaire sur les inégalités sociales de santé (ISIS) menée à Montréal, Canada (2011-2012) ont été analysées. Dans cette étude, 2 093 jeunes adultes (18-25 ans) ont rempli un questionnaire et fourni des informations socio-démographiques, sur leur consommation de tabac et sur leurs lieux d’activités. Leur statut socio-économique a été opérationnalisé à l’aide de leur plus haut niveau d'éducation atteint. Les lieux de résidence et d'activité ont servi à créer des zones tampons de 500 mètres à partir du réseau routier. Des mesures de défavorisation et de disponibilité des détaillants de produits du tabac ont été agrégées au sein des ces zones tampons. Dans une première étude empirique je compare l'exposition à la défavorisation dans le quartier résidentiel et celle dans l'espace d’activité non-résidentiel entre les plus et les moins éduqués. J’identifie également des variables individuelles et du quartier de résidence associées au niveau de défavorisation mesuré dans l’espace d’activité. Les résultats démontrent qu’il y a un gradient social dans l’exposition à la défavorisation résidentielle et dans l’espace d’activité : elle augmente à mesure que le niveau d’éducation diminue. Chez les moins éduqués les écarts dans l’exposition à la défavorisation sont plus marquées dans l’espace d’activité que dans le quartier de résidence, alors que chez les moyennement éduqués, elle diminuent. Un niveau inférieur d'éducation, l'âge croissant, le fait d’être ni aux études, ni à l’emploi, ainsi que la défavorisation résidentielle sont positivement corrélés à la défavorisation dans l’espace d’activité. Dans la seconde étude empirique j'étudie l'association entre le tabagisme et deux expositions contextuelles (la défavorisation et la disponibilité de détaillants de tabac) mesurées dans le quartier de résidence et dans l’espace d’activité non-résidentiel. J'évalue si les inégalités sociales dans ces expositions contribuent à expliquer les inégalités sociales dans le tabagisme. J’observe que les jeunes dont les activités quotidiennes ont lieu dans des milieux défavorisés sont plus susceptibles de fumer. La présence de détaillants de tabac dans le quartier de résidence et dans l’espace d’activité est aussi associée à la probabilité de fumer, alors que le fait de vivre dans un quartier caractérisé par une forte défavorisation protège du tabagisme. En revanche, aucune des variables contextuelles n’affectent de manière significative l’association entre le niveau d’éducation et le tabagisme. Les résultats de cette thèse soulignent l’importance de considérer non seulement le quartier de résidence, mais aussi les lieux où les gens mènent leurs activités quotidiennes, pour comprendre le lien entre le contexte et les inégalités sociales de santé. En discussion, j’élabore sur l’idée de reconnaître la mobilité quotidienne comme facteur de différenciation sociale chez les jeunes adultes. En outre, je conclus que l’identification de facteurs favorisant ou contraignant la mobilité quotidienne des individus est nécessaire afin: 1 ) d’acquérir une meilleure compréhension de la façon dont les inégalités sociales en matière de mobilité (potentielle et réalisée) surviennent et influencent la santé et 2) d’identifier des cibles d’intervention en santé publique visant à créer des environnements sains et équitables.
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Dans ce texte, l’auteur poursuit deux objectifs. Première- ment, il tente de montrer que, désormais, les compétences cognitives priment la classe sociale lorsqu’il s’agit d’obtenir un emploi prestigieux. Pour ce faire, il examine cinq aspects : le statut social et les compétences cognitives, l’effet Flynn, l’interaction entre l’héritabilité et l’environne- mentalité, l’homogamie éducationnelle et la mondialisation. Deuxièmement, l’auteur présente quelques conséquences sociales de cet état de fait aux plans social et éducatif, dont l’idéologie méritocratique.
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This article was delivered as an area-paper to the Critical Political Science Meeting of Bilbao, November the 15th 2008, which was organized by the Political Science Department of the UPV (University of the Basque Country). The paper introduces an updated and synthetic version of the model designed by S.M. Lipset and S. Rokkan in 1967 in order to identify the confrontational divides distinctive of European modernization and, in this way, trace the origins of modern party systems. The expanded model proposed is applied, on the one hand, to a variety of empirical cases, prominently the postransitional Spanish case; and on the other, shows its usefulness in order to better understand the distinctive structure of the social conflict of the globalization era.
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El territorio, como una representación de la sociedad, manifiesta relaciones poder y situaciones de confrontación entre las clases sociales que lo habitan, consolidando escenarios funcionales a éstas. A continuación se analiza la forma en la que incide la producción social del territorio en el ordenamiento territorial, en el caso de la transformación del Parque de la 93. La ordenación del territorio no surge de manera espontánea, sino que responde a unos intereses por localizar espacios de producción y consumo para incidir directamente en el proceso de acumulación de capital. Se utiliza el materialismo histórico como la herramienta fundamental de análisis, pues éste ubica la lucha de clases en el centro de la discusión, expresando la relación entre los intereses de la clase dominante respecto a un territorio y las necesidades de ordenamiento territorial para construir espacios que propicien la acumulación de capital.
Resumo:
Aborda-se a temática das estruturas de valores e consequente impacto nas atitudes e comportamentos na sociedade em geral e no trabalho em particular. Uma amostra diversificada de 157 participantes, recrutada em diferentes meios sociais, variando assim em termos etários, de qualificações académicas, de classe social e de simpatia partidária, respondeu a um questionário sobre valores, valores de trabalho e orientações políticas. Primeiro, verificámos que as orientações político-ideológicas são estruturadas em duas dimensões correlacionadas mas independentes: a esquerda-direita e o autoritarismo-liberdade. Também verificámos que diferentes dimensões supraordenadas de valores do modelo de valores universais de Schwartz estruturam os valores de trabalho e as orientações político-ideológicas, com impactos específicos sobre as funções laborais desejáveis e as preferências socioeconómico-culturais. Finalmente, os efeitos das dimensões de classe social (detenção de capital e qualificação académica) sobre as orientações político-ideológicas sugerem que as dimensões direita-esquerda e autoritarismo-liberdade, apesar de estarem correlacionadas, têm motivações e origens sociológicas diferentes.