993 resultados para Relato de viagem e viajantes
Resumo:
Pós-graduação em Letras - FCLAS
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Resumo:
O trabalho analisa a expedição astronômica realizada pela Marinha norteamericana ao Chile, durante os anos de 1849 a 1852, comandada pelo oficial e também astrônomo James Melville Gilliss. O objetivo foi compreender os interesses científicos, políticos, geopolíticos e comerciais que motivaram a viagem, bem como as imagens e representações sobre a América do Sul, especialmente do Panamá, Peru, Chile e Argentina, construídas e divulgadas através do relatório oficial da expedição, com o título \"The U.S. Naval Astronomical Expedition to the Southern Hemisphere during the years (1849- 1852). Esta pesquisa também procura examinar os diferentes dispositivos discursivos utilizados pelos oficiais que escreveram o relatório, James Gilliss e Archibald MacRae, discutindo dissensões e diferentes visões sobre o modo de veicular dados científicos, e também modos distintos de relatar a América do Sul.
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O presente Estudo apresenta as discussões tecidas ao longo de uma pesquisa de doutorado na qual examinaram-se os relatos de viagem feitos por quatro viajantes-naturalistas franceses – Auguste de Saint-Hilaire, Arsene Isabelle, Nicolaus Dreys e Aimé Bompland -, que estiveram no Rio Grande do Sul na primeira metade do século XIX. A pesquisa inscreve-se no campo teórico dos Estudos Culturais e nela investigou-se a produção cultural da natureza engendrada nas formas como esses naturalistas narraram as diferentes paisagens do Rio Grande do Sul, naquele tempo. Neste trabalho, buscou-se mostrar que em diferentes tempos históricos produziram-se diferentes formas de falar, de narrar e, neste processo, de constituir discursivamente a natureza. E também destacar como a nossa percepção daquilo que consideramos como natureza está profundamente marcada por construções estéticas e culturais que estabelecem o que se deve ‘ver’, ‘admirar’, ‘conservar’ e ‘proteger’ no mundo dito “natural”. E é nesse sentido que se colocou em destaque, que a configuração da natureza como ‘selvagem`, ‘bela`,’inóspita`,’exótica´, ’sublime`, ’primitiva´,ou’pitoresca´, é sempre resultado de experiências arbitrárias constituídas histórica e culturalmente e processadas em meio a intensas negociações e disputas. Ainda, o presente estudo esteve atento para a diversidade inerente à complexa experiência cultural da viagem; ou seja, as viagens, embora inscritas e comprometidas com um projeto colonizador, abrigavam também, projetos particulares. Assim, os relatos dos viajantes aqui estudados, foram olhados na sua diversidade: diferentes modos de se deslocar pela região e de permanecer nos lugares, diversas formas de narrar, de compor a paisagem e de olhar o ‘outro’. Ao longo dessa pesquisa uma das questões norteadoras do trabalho foi investigar como, diante de uma paisagem ‘desconhecida’, os viajantes franceses transculturaram a paisagem natural do Rio Grande do Sul, na primeira metade do século XIX.
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Neste estudo analisamos o relato de Caminha, entendendo que o relato de viagem constitui-se no entremeio da história e da literatura. Essa aproximação entre estas formas de conhecimento ou discursos sobre o mundo dilui fronteiras. A relação de aproximação e distanciamento faz emergir no discurso em análise elementos constitutivos desses campos de conhecimento. A Carta de Caminha é parte do processo histórico de constituição do outro e de apropriação do espaço descoberto. Tal como outros viajantes o escrivão valeu-se da tradição para dar conta do novo. Historicamente o relato de viagem servia para contar aos reinos e às confrarias do sucesso de seus investimentos. Embora cumprisse uma praxe e seu discurso tivesse um tom oficial, foi também com elementos do maravilhoso que Caminha descreveu os acontecimentos do tempo presente da chegada à terra. Assim, visão e apropriação, mito e maravilhoso constituem esse discurso que se insere tanto na história e quanto na literatura.
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Entre abril e maio de 2008, o jornalista espanhol Bernardo Gutiérrez realizou, por barco, uma viagem de Manaus a Belém, com escalas em várias cidades do baixo Amazonas. O relato da viagem constitui Calle Amazonas: de Manaos a Belém por el Brasil olvidado, publicado na Espanha, em 2010. O presente trabalho mostra como Gutiérrez entrelaça em seu livro o relato de três viagens. A primeira é o deslocamento pelo emaranhado de cursos de água, descrevendo os lugares visitados. A esta viagem articula-se um recorrido pela narrativa de outros viajantes, uma biblioteca que constitui a memória cultural da região. A terceira seria a aventura da escrita. Valendo-se da experiência do percurso realizado e das leituras sobre o tema, o jornalista constrói, no limiar entre história e ficção, realidade e fantasia, elementos concernentes à Amazônia desde seu descobrimento, o relato que constitui seu livro.
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Num quadro teórico-crítico, influenciado por teorias contemporâneas de classe, género e etnia, vamos considerar os confrontos entre culturas, materializados em diversas práticas discursivas e visuais, que estudaremos transdisciplinarmente, numa perspectiva formal e como documentos. São exemplos das referidas práticas, por um lado, a escrita jornalística, que as novas tecnologias estão a desenvolver exponencialmente, a ensaística, o conto, o relato de viagem e biográfico, o romance, o poema, o drama e, por outro lado, as múltiplas imagens em suporte digital, o design, a fotografia, o vídeo, o cinema, a arquitectura, a gravura. Os ensaios publicados avaliam os estudos da palavra, ou da imagem visual, ou das formas diferentes como elas interagem, em relação a temas cronologicamente localizados entre o século XVIII e o século XXI.
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Nossa pesquisa se circunscreve nos estudos da Análise Textual dos Discursos, proposta pelo linguista Jean-Michel Adam. Nosso foco principal está voltado para o fenômeno da Responsabilidade Enunciativa (doravante RE). Além das categorias de análise para se estudar a RE, conforme Adam (2008, 2010, 2011), também seguiremos outros estudiosos no assunto, como Oswald Ducrot (1984), os teóricos Teoria Escandinava da Polifonia Linguística, (2004), Zlatka Guentchéva (1994), Jean-Pierre Desclés (2009) e Jacqueline Authier-Revuz (1998, 2004). Utilizaremos os pressupostos apresentados por Alain Rabatel (2004, 2008, 2009, 2010), sobretudo, no que concerne às noções de locutor/enunciador, ponto de vista ou vozes que podem ser encontradas em um texto. Para tanto, analisaremos um relato de viagem, Itinéraire d un Voyage en Allemagne (doravante Itinéraire), escrito no século XIX por Nísia Floresta, uma norte-rio-grandense que fez residência na França e ficou conhecida como uma das primeiras feministas do Brasil. O relato de viagem é um gênero diferenciado para se analisar a RE, sobretudo o Itinéraire, pois nele também podemos encontrar a presença de outros gêneros, quais sejam: epistolar e autobiográfico. Assim, percorreremos, primeiramente, algumas abordagens sobre gêneros de discurso, utilizando-nos, principalmente, dos pressupostos de Mikhail Bakhtin (1992, 2003), Geneviève Bordet (2011), Jean Michel Adam (2011) e Luiz Antônio Marcuschi (2008) e, posteriormente, apresentaremos algumas características que envolvem os gêneros citados. Por fim, para análise dos dados, estamos seguindo a abordagem qualitativa de natureza interpretativista. Nossa pesquisa comprovou que o Itinéraire apresenta muitas marcas de assunção da RE, mas que, apesar de Nísia Floresta ser locutora e enunciadora, é possível encontrar marcas de não assunção da RE, ou seja, outros PDV
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Neste trabalho analisam-se duas traduções do relato da viagem do naturalista Henry Walter Bates pela Amazônia, uma publicada em 1944 na Coleção Brasiliana feita pelo naturalista Candido de Mello-Leitão, outra editada em 1979 na Coleção Reconquista do Brasil, assinada por Regina Regis Junqueira. O objetivo do artigo é problematizar a demarcação de limites nítidos entre uma ética da diferença e uma ética da igualdade, pois, em ambos os textos, tanto ocorre um movimento no sentido de preservar a alteridade do texto e do autor, quanto no de domesticar o texto. A análise busca também evidenciar que cada tradução, realizada a partir de diferentes projetos editoriais e tradutórios, acaba por suscitar diferentes imagens do naturalista e dos lugares por ele visitados.
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Pós-graduação em Letras - FCLAS
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Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, 2016.