977 resultados para Recifes e ilhas de coral Teses
Resumo:
Os recifes de corais so ecossistemas diversos com alta densidade de biodiversidade, o que leva a intensa competio entre as espcies. Estas espcies podem produzir substncias desconhecidas, muitas com valor farmacolgico. Chromonephthea braziliensis um coral mole invasor, originrio do Oceano Indo-Pacfico, que foi possivelmente transportado por plataformas de petrleo e cuja presena uma ameaa para a biodiversidade da regio de Arraial do Cabo (RJ). Esta espcie produz metablitos secundrios que so responsveis pela induo de danos para o ecossistema local. A finalidade deste estudo a busca de novas substncias para quimioterapia geral com base na estrutura de compostos bioativos. Extratos desse coral foram preparados a partir de colnias liofilizadas (solventes: hexano, diclorometano, acetato de etila e metanol). Realizaram-se anlises qumicas para a caracterizao dos extratos e avaliaram-se as atividades: mutagnicas e citotxicas, usando o ensaio de mutao reversa bacteriana (Salmonella/microssoma) com as linhagens TA97, TA98, TA100 e TA102; genotxicas, utilizando anlise da quebra do DNA e formao de microncleos na linhagem RAW 264,7 de macrfagos e; txicas para nuplios de microcrustceos Artemia salina. Observou-se citotoxicidade, na presena de S9 mix, dos extratos diclorometano para a linhagem TA102 na concentrao de 20 g/100 L/placa e metanol para a TA97 com 5 e 20 g/100 L/placa. Os extratos diclorometano, acetato de etila e metanol apresentaram genotoxicidade no DNA plasmidial em concentraes elevadas (250 g/mL), mas nenhum dano ao DNA foi observado no ensaio de microncleo. Todos os extratos foram txicos para os nuplios de microcrustceos em pelo menos uma das concentraes usadas (0,01 1000 g/mL), e a LC50 pode ser determinada apenas para os extratos hexano, diclorometano e acetato de etila.
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Alguns recifes de coral da Baa de Todos os Santos passaram a ser dominado pelo zoantdeo Epizoanthus gabrieli em 2003. Fenmeno resultante da degradao dos recife de coral que atinge 20% desses ecossistemas e ameaa outros 35% no mundo. Apesar de sua importncia, apenas a mudana na comunidade para o domnio de macroalgas foi suficientemente estudado. Assim, torna-se urgente estudos sobres alteraes envolvendo a dominncia de outros organismos. Estes fornecem subsdios para produo de modelos funcionais que podem ajudar na tomada de deciso para o manejo destes ecossistemas tanto na preveno destas alteraes quanto na recuperao de suas comunidades. Os objetivos deste trabalho so (i) verificar se este fenmeno constitui uma mudana de fase, a partir da reduo da abundncia de corais e persistncia da alta cobertura de E. gabrieli por pelo menos cinco anos, (ii) avaliar os efeitos da competio entre este zoantdeo e corais adultos e recrutas com experimentos manipulativos e (iii) investigar os efeitos desta dominncia na assembleia de peixes recifais. Os resultados confirmaram a existncia de uma mudana de fase, sugerindo que a abundncia de E. gabrieli aumentou em 2003 ou antes e que at 2007 houve uma reduo da cobertura de coral, condio que se mantm pelo menos at 2013. As trs espcies de corais testadas mostram-se muito sensveis ao contato com E. gabrieli, com necrose em 78% das colnias e ocupao do esqueleto dos corais em 35% dos casos em um perodo de 118 dias. Alm disso, um modelo feito a partir dos dados de proporo de colnias de corais em contato com este zoantdeo e a cobertura de E. gabrieli sugere que quando o zoantdeo atinge 6% de cobertura, 50% das colnias de corais entram em contato com o mesmo. Estes dados so fortes evidncias de que a reduo da cobertura de coral observada entre 2003 e 2007 foi causada por competio entre estes organismos. No foi observado efeito negativo no recrutamento do coral em substrato artificial livre em recifes dominados por E. gabrieli, nem nas proximidades das suas colnias. Isso sugere que uma suposta reduo da cobertura deste zoantdeo deve ser acompanhada pelo aumento da taxa de recrutamento de corais e que a competio com a inibio do recrutamento no suporta um efeito de histerese. Foi constatado que esta mudana de fase reduz a riqueza de espcies de peixes recifais, apresentando dez espcies a menos que os recifes normais, e que favorecem os invertvoros moveis em detrimento dos carnvoros e invertvoros ssseis. Contudo no se observou diferena na abundncia de peixes.
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Os fatores que explicam a distribuio observada em plantas e animais uma pergunta que intriga naturalistas, biogegrafos e eclogos h mais de um sculo. Ainda nos primrdios da disciplina de ecologia, as tolerncias ambientais j haviam sido apontadas como as grandes responsveis pelo padro observado da distribuio dos seres vivos, o que mais tarde levou concepo de nicho ecolgico das espcies. Nos ltimos anos, o estudo das distribuies dos organismos ganhou grande impulso e destaque na literatura. O motivo foi a maior disponibilidade de catlogos de presena de espcies, o desenvolvimento de bancos de variveis ambientais de todo o planeta e de ferramentas computacionais capazes de projetar mapas de distribuio potencial de um dado organismo. Estes instrumentos, coletivamente chamados de Modelos de Distribuio de Espcies (MDEs) tm sido desde ento amplamente utilizados em estudos de diferentes escopos. Um deles a avaliao de potenciais reas suscetveis invaso de organismos exticos. Este estudo tem, portanto, o objetivo de compreender, atravs de MDEs, os fatores subjacentes distribuio de duas espcies de corais escleractneos invasores nativos do Oceano Pacfico e ambas invasoras bem sucedidas de diversas partes do Oceano Atlntico, destacadamente o litoral fluminense. Os resultados mostraram que os modelos preditivos da espcie Tubastraea coccinea (LESSON, 1829), cosmopolita amplamente difundida na sua regio nativa pelo Indo- Pacfico demonstraram de maneira satisfatria suas reas de distribuio nas reas invadidas do Atlntico. Sua distribuio est basicamente associada a regies com alta disponibilidade de calcita e baixa produtividade fitoplanctnica. Por outro lado, a aplicao de MDEs foi incapaz de predizer a distribuio de T. tagusensis (WELLS,1982) no Atlntico. Essta espcie, ao contrrio de sua congnere, tem distribuio bastante restrita em sua regio nativa, o arquiplago de Galpagos. Atravs de anlises posteriores foi possvel constatar a mudana no nicho observado durante o processo de invaso. Finalmente, o sucesso preditivo para T. coccinea e o fracasso dos modelos para T. tagusensis levantam importantes questes sobre quais os aspectos ecolgicos das espcies so mais favorveis aplicao de MDEs. Adicionalmente, lana importantes ressalvas na utilizao recentemente to difundida destas ferramentas como forma de previso de invases biolgicas e em estudos de efeitos de alteraes climticas sobre a distribuio das espcies.
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O sistema estuarino das Ilhas de Tinhar-Boipeba est inserido na regio do Baixo Sul baiano (Bahia Brasil), costa nordeste brasileira, e conectam-se com o oceano atravs de trs sadas principais, Morro de So Paulo, Boipeba e Barra dos Carvalhos. Informaes relacionadas presena de metais no sedimento so quase inexistentes para a regio. Nestes esturios foram coletadas 40 amostras de sedimento, onde analisou-se a concentrao de metais (Al, Cu, Fe, Mn, Pb e Zn) atravs da extrao com gua-rgia, segundo o protocolo do material de referncia BCR-701 (RAURET et al., 2001). Baixas concentraes de metais foram registradas nas proximidades das sadas para o mar e no Canal de Garapu e Rio Grande. Altas concentraes, porm praticamente dentro dos valores de referncia na CONAMA 344/04, foram registradas no Rio Una, na maior parte do Rio Cairu, Rio das Almas, em quase todas as estaes, no brao leste do Rio Cairu e na poro intermediria do Rio dos Patos. As concentraes dos metais (mg.kg1) apresentaram valores entre os seguintes intervalos, Al (3,57 x 104 a 3,19 x 102), Cu (1,02 x 102 a 0,35), Fe (4,33 x 104 a 2,05 x 102), Mn (1,44 x 103 a 2,73), Pb (6,67 x 101 a 2,66) e Zn (5,08 x 102 a 3,18). Atravs da anlise estatstica ACP (Anlise dos Componentes Principais) e dos grficos de correlao entre a granulometria do sedimento (areia, silte e argila) e os metais, observou-se maiores concentraes de metais com o aumento do percentual de silte e diminuio do percentual de areia. Tambm se identificou uma forte correlao entre a ocorrncia do fsforo e a presena de metais. Acredita-se que a principal espcie qumica em questo seja o fosfato (PO43 ou P2O5) que uma base dura, onde a ligao com os metais se d pelo oxignio, sendo o carter inico relevante. No foi identificada uma correlao entre a presena de metais e a argila, fato atribudo ao baixo teor dessa granulometria para todas as amostras do estudo e a composio da argila desses esturios
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Manguezais so ecossistemas marinhos costeiros que ocorrem nas regies tropicais e subtropicais do globo. A associao desses ambientes a formaes recifais restrita, particularmente no Brasil, onde se destaca a ilha de Tinhar, na costa sul do estado da Bahia, no s pela ocorrncia desse sistema manguezal-recifes, mas tambm pelo desenvolvimento estrutural da floresta e pela atividade produtiva de mariscagem exercida pela populao do povoado de Garapu. Apesar da proximidade de Morro de So Paulo, atrator turstico internacional, este povoado experimentava certo isolamento socioeconmico at a chegada da indstria do petrleo que, em funo de suas potencialidades e riscos, tensionou a vida da comunidade local. Este estudo tem por objetivo analisar a vulnerabilidade socioambiental dos manguezais adjacentes Garapu, Cairu-BA, frente a insero da indstria petrolfera na regio, a partir da caracterizao estrutural das florestas de mangue e da caracterizao social do povoado de Garapu e, particularmente, das marisqueiras usurias deste ecossistema. As abordagens metodolgicas utilizadas podem ser classificadas como pesquisas quantitativas, empregadas no levantamento fitossociolgico, e qualitativas, utilizadas a partir de observaes de campo e entrevistas, alm de levantamentos bibliogrficos, para elaborao das anlises sociais. Os resultados indicam florestas de mangue de porte varivel, em bom estado de conservao, com altura mdia das dez rvores mais altas entre 2,40,2 metros (estao 7) e 22,71,1 metros (estao 29), geralmente dominadas por Rhizophora mangle (38 das 52 estaes de amostragem). A partir da caracterizao estrutural foi realizado teste estatstico de agrupamento que, aliado a aspectos da arquitetura das rvores, permitiu a classificao das florestas em 12 Tipos Estruturais. As anlises relativas vulnerabilidade ambiental fundamentaram-se nos aspectos de sensibilidade e na posio fisiogrfica ocupada por cada Tipo de floresta e identificaram nveis distintos de vulnerabilidade a derramamentos de leo. Com relao aos aspectos sociais, as informaes sobre os sistemas socioeconmicos e culturais relacionados sade, educao, s prticas produtivas e gerao de renda, ao transporte, religio e organizao social, como um todo, evidenciaram vulnerabilidades frente insero da indstria do petrleo, apontando as marisqueiras como o segmento mais suscetvel a vivenciar os riscos e os impactos desse empreendimento no local. A insero da indstria do petrleo neste contexto socioambiental representa aumento de riscos e, consequentemente, de vulnerabilidade socioambiental, na medida em que o dilogo estabelecido entre empreendedor e populao se apresenta de forma assimtrica, dificultando a participao da populao local, sobretudo dos mais excludos que, nesse caso, so representados pelos usurios dos manguezais.
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Os Aulopiformes so peixes marinhos com amplitude temporal do Eocretceo ao Recente. Os txons fsseis so encontrados em depsitos sedimentares das Amricas do Sul e do Norte, Europa, sia e frica. Os representantes viventes podem ser encontrados desde guas rasas costeiras, esturios, at profundidades abissais, excedendo 3.000 m. Os limites do grupo, suas intra e inter-relaes so objeto de muitos estudos. O objetivo central desta tese aplicar mtodos de Biogeografia Histrica como Panbiogeografia e a Anlise de Parcimnia de Endemismos aos peixes Aulopiformes. Adicionalmente, foi realizada a anlise filogentica dos Aulopiformes. Como resultado foram obtidos: 21 traos generalizados de Synodontoidei, 28 de Chlorophthalmoidei, 3 de Giganturoidei e 7 de Enchodontoidei. O clado Synodontoidei apresenta um padro de distribuio primordialmente em guas tropicais e subtropicais, associado borda de placas tectnicas e ao tipo de substrato. O clado Chlorophthalmoidei apresenta padres de distribuio associados a cadeias de montanhas submarinas e corais de profundidade. O clado Giganturoidei possui uma distribuio vicariante com a famlia Giganturidae ocupando guas mais quentes e Bathysauridae as regies mais frias. O clado Enchodontoidei foi associado a recifes de coral e zonas de ressurgncia pretritos. Adicionalmente, foi analisada uma matriz de dados com 84 txons e 105 caracteres morfolgicos no ordenados e sem pesagem a priori. Como resultado foram obtidas sete rvores igualmente parcimoniosas com 1214 passos, ndice de consistncia de 0,1129 e ndice de reteno de 0,4970. A ordem Aulopiformes no constituiu um grupo monofiltico, com as famlias Chlorophthalmidae, Notosudidae, Synodontidae, Paraulopidae, Pseudotrichonotidae e Ipnopidae mais proximamente relacionados ao Myctophidea que aos Alepisauroidei. Assim a partir da combinao dos resultados alcanados conclui-se que a Biogeografia Histrica funcionou como uma ferramenta na identificao dos problemas taxonmicos dos Aulopiformes e a sua anlise filogentica permitiu identificar controvrsias sistemticas, indicando que so necessrios maiores estudos sobre a anatomia dos aulopiformes, a fim de esclarecer suas inter-relaes.
Resumo:
As espcies de corais invasores, Tubastraea tagusensis e T. coccinea foram acidentalmente introduzidos no Brasil atravs de plataformas de petrleo. O rpido crescimento e estgio reprodutivo, competio contra espcies nativas, defesas qumicas contra predadores e competidores naturais e uso amplo em diferentes substratos utilizados contribuem para o sucesso e expanso de Tubastraea spp. na costa brasileira. O presente estudo teve dois objetivos principais: 1) investigar uma metodologia que resulte em uma maior eficincia e custo-benefcio nos processsos de monitoramento dos corais invasores Tubastraea spp. no litoral brasileiro; 2) mapear a distribuio geogrfica, caracterizar as populaes e estudar o efeito da insero dos corais na comunidade bntica de costes rochosos do litoral norte do estado de So Paulo (LNSP). O primeiro avaliou quatro metodologias, comparando o mtodo do censo visual, e outras trs metodologias que utilizam fotografia e filmagem. O mtodo do censo visual mostrou ser mais eficiente na obteno dos resultados quando comparado com os outros mtodos, principalmente para identificar pequenos organismos. Contudo, seu tempo em campo e seus custos foram maiores. O segundo utilizou o mtodo visual para estudar o efeito da insero dos corais invasores na comunidade local do LNSP. Ainda, foi realizado um monitoramento espacial semi-quantitativo em larga escala para caracterizar a distribuio espacial dos corais invasores; transectos com quadrados amostrais foram usados para estimar a densidade de Tubastraea ao longo da profundidade, e transectos e arcos graduados empregados para estimar a ocorrncia de colnias em diferentes inclinaes do substrato, no LNSP. Os corais invasores esto aumentado sua distribuio, causando diversos impactos nas comunidades e nos organismos nativos. T. tagusensis comumente encontrado dominando diversos costes rochosos, com uma densidade maior em ambientes mais profundos e com maior ocorncia em substratos de inclines verticais e negativas no LNSP. A erradicao e/ou controle do coral invasor recomendado no litoral brasileiro, principalmente onde as populaes esto isoladas ou ainda so pequenas.
Resumo:
Esta pesquisa tem por objetivo investigar prticas relacionais visando verificao de lugares que so/foram capazes de gerar e/ou garantir interaes sociais a partir de narrativas mnemnicas, propondo novos enlaces. Utilizamos o mtodo da pesquisa ao no qual a captao da informao se d de forma coletiva, participativa e ativa. Destacamos o processo de aproximao comunidade da Mangueira, a constituio de um mapeamento sobre os pontos de encontro entre moradores e destes com pessoas de fora do morro, e a reativao do jornal comunitrio Bate Boca experincia que se efetivou atravs de diferentes aes colaborativas. Verificamos a relevncia dos espaos de convivncia para os mangueirenses: a conformao e a sedimentao de laos relacionais entre os moradores so experincia compartilhada nos lugares. Estes so a base onde s inter-relaes podem se efetivar e onde so gerados os sentimentos de pertena e reconhecimento. As intervenes de urbanizao, de segurana e de ordem pblica alteram ou eliminam de forma drstica esses lugares e, portanto, das relaes que esto ali consolidadas. Essas mudanas trouxeram tona lembranas de outros espaos significativos que sucumbiram na comunidade
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Corais ptreos so formadores de recifes. Por secretarem carbonato de clcio pela base de seus plipos, esses corais zooxantelados formam um exoesqueleto, composto geralmente por cristais de aragonita. Os padres de crescimento coralinos variam desde a escala sazonal a centenria e podem ser caracterizados pela medida da taxa de crescimento, a variabilidade dos istopos estveis de oxignio e carbono e pelas razes elementares Sr/Ca, Mg/Ca, U/Ca, Cd/Ca, Ra/Ca (entre outras) em seu esqueleto. Em um contexto global, os recifes cumprem importante papel como sumidouros de carbono atmosfrico. Diante das evidncias de um oceano mais quente na era moderna, a temperatura da superfcie do mar (TSM) tem sido considerada um importante fator de controle da calcificao e crescimento coralino. Geralmente, a calcificao tende a aumentar com a elevao da TSM dentro de uma estreita faixa aceitvel para o funcionamento pleno do metabolismo coralino. Neste trabalho, desenvolveu-se uma re-anlise das taxas de crescimento de testemunhos de corais amostrados na costa brasileira (Salvador-Ba - Baa de Todos os Santos, Parque Nacional Marinho dos Abrolhos-Ba e Armao dos Bzios-RJ) empregando-se uma combinao de bandas de crescimento (alta e baixa densidades) auxiliado pelo mtodo de luminescncia e datao por radioistopos de U e Th. As diferenas nas cronologias para os dois mtodos variou de 1 ano para o caso de Abrolhos at 7,4 anos para Bzios (em sees especficas do testemunho). Foram analisadas variaes de calcificao no esqueleto coralino e interpretadas luz das razes Sr/Ca e U/Ca (ambos prxies da TSM), sries climticas de AMO e PDO, e pH pelgico ocenico. Identificamos uma diminuio na taxa de calcificao do exoesqueleto no tempo estudado na amostra de Salvador de 0,4 g/cm2, e um aumento em Abrolhos de 0,4 g/cm2 e Bzios 0,3 g/cm2, exceto nos anos de 1950 ao final de 1980 e de 1910 ao final de 1930, respectivamente. Uma microtomografia de raio-X foi empregada para determinar micro-estruturas coralinas, sendo os parmetros mais relevantes a microporosidade e a anisotropia. Para Abrolhos e Bzios, foi identificado um aumento na porosidade total do exoesqueleto, principalmente no comeo de 1940 at o fim da dcada de 1980 e entre 1890 a 1930 respectivamente. Notou-se forte associao entre a reduo do padro de calcificao com o aumento da porosidade. Os testemunhos da espcie Siderastrea stellata coletados em Abrolhos e Bzios mostraram alta associao das razoes Sr/Ca e U/Ca com a taxa de calcificao, caracterizando uma resposta similar a de outros autores para a Grande Barreira na Austrlia (DE'ATH et al., 2009) e para a regio central do Mar Vermelho (CANTIN et al., 2010). Em relao as razes Ba/Ca, Salvador e Abrolhos evidenciaram variveis que contriburam para este aumento como a forante de produo de petrleo e aumento populacional (economia), e TSM (oceano). Para Bzios, a TSM (oceano), produo de petrleo, aumento populacional e NDVI (economia). Aps os anos de 1990, o impacto dos fatores econmicos, alm das variveis ocenicas respondem mais significativamente o aumento da razo Ba/Ca em todos os stios quase que concomitantemente na costa brasileira.
Resumo:
The increasing interest in coral culture for biotechnological applications, to supply the marine aquarium trade, or for reef restoration programs, has prompted researchers to optimize coral culture protocols, with emphasis to ex situ production. When cultured ex situ, the growth performance of corals can be influenced by several physical, chemical and biological parameters. For corals harbouring zooxanthellae, light is one of such key factors, as it can influence the photosynthetic performance of these endosymbionts, as well as coral physiology, survival and growth. The economic feasibility of ex situ coral aquaculture is strongly dependent on production costs, namely those associated with the energetic needs directly resulting from the use of artificial lighting systems. In the present study we developed a versatile modular culture system for experimental coral production ex situ, assembled solely using materials and equipment readily available from suppliers all over the world; this approach allows researchers from different institutions to perform truly replicated experimental set-ups, with the possibility to directly compare experimental results. Afterwards, we aimed to evaluate the effect of contrasting Photosynthetically Active Radiation (PAR) levels, and light spectra emission on zooxanthellae photochemical performance, through the evaluation of the maximum quantum yield of PSII (Fv/Fm) (monitored non-invasively and non-destructively through Pulse Amplitude Modulation fluorometry, PAM), chlorophyll a content (also determined non-destructively by using the spectral reflectance index Normalized Difference Vegetation Index, NDVI), photosynthetic and accessory pigments, number of zooxanthellae, coral survival and growth. We studied two soft coral species, Sarcophyton cf. glaucum and Sinularia flexibilis, as they are good representatives of two of the most specious genera in family Alcyoniidae, which include several species with interest for biotechnological applications, as well as for the marine aquarium trade; we also studied two commercially important scleractinian corals: Acropora formosa and Stylophora pistillata. We used different light sources: hydrargyrum quartz iodide (HQI) lamps with different light color temperatures, T5 fluorescent lamps, Light Emitting Plasma (LEP) and Light Emitting Diode (LED). The results achieved revealed that keeping S. flexibilis fragments under the same light conditions as their mother colonies seems to be photobiologically acceptable for a short-term husbandry, notwithstanding the fact that they can be successfully stocked at lower PAR intensities. We also proved that low PAR intensities are suitable to support the ex situ culture S. cf. glaucum in captivity at lower production costs, since the survival recorded during the experiment was 100%, the physiological wellness of coral fragments was evidenced, and we did not detect significant differences in coral growth. Finally, we concluded that blue light sources, such as LED lighting, allow a higher growth for A. formosa and S. pistillata, and promote significant differences on microstructure organization and macrostructure morphometry in coral skeletons; these findings may have potential applications as bone graft substitutes for veterinary and/or other medical uses. Thus, LED technology seems to be a promising option for scleractinian corals aquaculture ex situ.
Resumo:
Dissertao mest., Biologia Marinha, Universidade do Algarve, 2009
Resumo:
Dissertao mest., Gesto e conservao da natureza, Universidade do Algarve, 2007
Resumo:
Tese de Doutoramento, Cincias do Mar (especialidade em Ecologia Marinha), 11 de Setembro de 2015, Universidade dos Aores.
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Despite the importance of coral reefs to humanity, these environments have been threatened throughout the world. Several factors contribute to the degradation of these ecosystems. The Maracaja Reef Complex, in Rio Grande do Norte state is part of the Coral Reefs Environment Preservation Area in northeastern Brazil. This area has been receiving an increasing influx of tourism and the integrity of the local reefs is a matter of concern. In this study, the reef macroalgae communities were studied and compared within two areas distinguished by the presence or absence of tourism activities. Two sample sites were chosen: the first one, where diving activities are intense; and the other, where these practices do not occur. Samples were collected at both sites within a quadrate of 625 cm2 of area randomly thrown 5 times along a 10 meters transect line. Richness, Shannon-Hill diversity and Simpson dominance indices were determined based on biomass data. Similarity between sites was analyzed with Bray-Curtis similarity and distance index. Fifty-eight macroalgae species were observed, including 7 Chlorophyta, 13 Phaeophyta and 38 Rhodophyta. In the non-disturbed site, 49 species were found, while at the disturbed site, there were 42 species. Dictyotaceae and Corallinaceae were the most representative families at the non-disturbed site, and Rhodomelaceae and Dictyotaceae at the disturbed site. The non-disturbed site presented a higher biomass and the greatest richness and diversity indices. In the disturbed site the dominance index was greater and Caulerpa racemosa was the dominant species. The dendogram based on similarity index showed two major clusters, and an isolated element at the center that corresponds to a sample from the disturbed site. In the first cluster, samples from the non-impacted site were predominant and fleshy brown algae were more conspicuous. The second cluster was composed primarily of samples from the impacted site, where C. racemosa and red filamentous and erect calcareous algae associations (turf forming) were observed covering large extensions. These associations are represented by groups of algae adapted to environments where disturbances are frequent. They can grow rapidly on substrate where benthic community was removed and do not allow the establishment of other species. The results of the present study show that tourism activity is an impacting factor that has been causing shifts in macroalgae communities in the Maracaja Reef Complex
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The reef area of Pirangi beach has been experiencing antropogenic actions, mainly due to tourism activity. In order to evaluate these effects, surveys on seaweeds were conducted at nine stations located over the fringing reef. Benthic community (seaweeds/corals) were identified using the photoquadrat method, with 50 meters random transects located paralleled to the coast. The general categories evaluated in each transect were: rock, sand, seaweeds, corals and mollusks. Data achieved were processed at Coral Point Count with Excel Extensions software. A total of 30 seaweed species, 5 coral species and 1 mollusk species were identified. There was a high dominance of short algae at stations with high tourism pressure, whereas frondose algae usually occurred at places without human interference. Seaweeds with the highest percent cover were composed by Sargassum vulgare (59%), Caulerpa racemosa (47%) and Dictyopteris delicatula (33%). Cluster analyses considering benthic organisms revealed five benthic features: (1) submersed area characterized by a diversified marine flora; (2) area with dominance of Caulerpa racemosa and presence of Millepora alcicornis; (3) area with high cover of Sargassum vulgare; (4) trampling area characterized by bare rocks, short algae and Zoanthus sociatus and (5) area with high coverage of Palythoa caribaeroum. Obtained data suggest that the studied area has been damaged by tourism activities. Furthermore, observed differences in algal communities may be a good indicator of ecosystem health of Pirangi reefs