976 resultados para Peso de nascimento muito baixo
Resumo:
Este trabalho avaliou [1] os fatores associados ocorrncia de restrio ao ganho de peso observada na alta hospsitalar e [2] a associao entre as prticas de alimentao e o ganho de peso durante a internao, em recm-nascidos prematuros de muito baixo peso de nascimento (501 a 1.499g) na maternidade do Hsopital Geral de Bonsucesso (Rio de Janeiro). Os dados foram coletados de forma retrospectiva para os nascimetnos do perodo compreendido entre junho de 2002 a junho de 2004. Do total de 247 recm-nascidos includos no estudo, 203 tiveram alta hospitalar. As caractersticas ao nascimento, asmorbidades e as prticas de alimentao foram levantadas dos pronturios de acordo com um questionrio de pesquisa. O menor peso de nascimento, ser pequeno para idade gestacional-percentil 3, o maior escore CRIB e a ocorrncia de sepse foram associados ocorrncia de restrio ao ganho de peso extra-uterino na alta. Das cento e cinquenta e oito crianas com peso adequado ao nascimento, sessenta e nova (43,7%) encontravam-se com peso abaixo do 3 percentil na alta. Nesses casos de restrio ao ganho de peso foram preditores: a ocorrncia de sepse, de doena metablica ssea e o maior nmero de transfuses sanguneas, embora a capacidade de explicao do modelo tenha sido pequena (14%). Estas situaes merecem destaque na prtica neonatal, pois podem ser marcadores de um pior desempenho no que diz respeito ao ganho de peso durante a internao. Uma vez que as morbidades explicaram pouco a c]ocorrncia de restrio ao ganho de peso extra-uterino, em especial os casos intrahospitalares. Foi analisada a associao entre evoluo do peso nos primeiro dois meses de vida e as prticas de alimentao. Utilizando a anlise de regresso longitudinal de efeitos mistos foi observado que o nmero de dias para o incio de dieta enteral, de dias para atingir a dieta plena, de dias para incio de dieta parenteral e de dias de uso de dieta parenteral, influenciaram a evoluo precoce do peso (at 17 dia). O nmero de dias para incio da dieta parenteral no influenciou a evoluo do peso aps o 17 dia de vida. Os resultados do presente estudo sugerem 1) que o menor peso de nascimento, ser pequeno para idade gestacional, ter maior escore CRIB e a ocorrncia de sepse associam-se a ocorrncia de restrio ao ganho de peso extra-uterino; 2) dentre os recm-nascidos com peso apropriado ao nascimento, a ocorrncia de sepse, de doena metablica ssea e o maior nmero de transfuses sanguneas associaram-se a um pior desempenho ponderal; 3) que as prticas de alimentao decididas precocemente associam-se ao ganho de pseo intra-hospitalar e a reviso destas pode melhorar o desempenho ponderal de recm-nascidos prematuros de muito baixo peso de nascimento.
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Esta tese composta por trs artigos que permitiram avaliar o efeito da exposio ao tabagismo durante a gestao e no incio da infncia sobre o crescimento linear e ganho de peso do nascimento adolescncia, alm de verificar o efeito do nvel socioeconmico no incio da infncia e da mobilidade social sobre a adiposidade at a adolescncia. Foram utilizados para este fim os dados de uma coorte de crianas nascidas entre 1994 e 1999 na cidade de Cuiab-MT. Essas crianas fizeram parte de um estudo de base populacional realizado na cidade de Cuiab, entre 1999 e 2000, com 2405 crianas (0 a 5 anos) e foram selecionadas aleatoriamente em unidades bsicas de sade quando da vacinao. As mes foram entrevistadas aps a vacinao, quando foram obtidos dados relativos exposio ao tabagismo gestacional, tabagismo passivo, nvel socioeconmico das famlias e dados antropomtricos. Entre 2009 e 2011, aps aproximadamente 11 anos, essas crianas foram localizadas por meio do Censo Escolar e ento 1716 adolescentes entre 10 e 17 anos de idade (71,4% da populao) foram reavaliados nas escolas da rede pblica e privada de Cuiab, de 18 municpios do estado e outras 5 capitais do pas. A anlise por modelos lineares de efeitos mistos permitiu verificar a mudana de estatura e ndice de Massa Corporal (IMC) entre o nascimento e a adolescncia. O primeiro e o segundo artigo desta tese avaliaram o efeito da exposio ao tabagismo materno durante a gestao e no incio da infncia sobre o crescimento linear e o IMC entre o nascimento e a adolescncia. Crianas expostas ao tabagismo materno durante a gestao e no incio da infncia apresentaram menor estatura desde o nascimento at a adolescncia quando comparadas s crianas no expostas. Quanto adiposidade, entre o nascimento e a infncia a mudana do IMC foi similar entre as crianas expostas e no expostas ao tabagismo materno, porm, entre a infncia e a adolescncia, aquelas expostas apenas durante a gestao mostraram maior ganho de IMC. Em conjunto, os dados corroboram o efeito deletrio do tabagismo sobre o crescimento, efeito j bastante estudado, mas tambm indicam que avaliar e comparar exposio gestacional com ps-gestacional importante, dado que seus efeitos parecem ser diferentes. O terceiro artigo avaliou o efeito do nvel socioeconmico no incio da infncia e da mobilidade social entre a infncia e a adolescncia sobre o IMC do nascimento adolescncia. Para avaliar o nvel socioeconmico, as famlias foram classificadas em nvel econmico alto, mdio e baixo, a partir do Critrio de Classificao Econmica Brasil. Foi observada expressiva mobilidade social na populao, principalmente entre os de menor nvel econmico. Houve maior aumento do IMC entre o nascimento e a adolescncia entre aqueles de maior nvel econmico na infncia e aqueles que permaneceram nas classes mais elevadas, indicando que a posio inicial foi o maior determinante das mudanas observadas no IMC.
Resumo:
Apesar de diversos estudos sobre nutrio de prematuros terem sido realizados, ainda no existe consenso sobre a melhor estratgia nutricional a ser adotada. Atualmente a taxa de crescimento dessa populao no semelhante quela encontrada no ambiente intrauterino. O presente estudo tem por objetivo avaliar se o maior aporte proteico enteral durante a internao hospitalar promove melhora dos ndices antropomtricos na alta hospitalar. Realizou-se um ensaio clnico randomizado com 117 prematuros nascidos entre janeiro de 2009 e julho de 2013 com peso ≤ 1500 gramas e idade gestacional≤32 semanas em uma unidade terciria de sade, excludos os nascidos com malformaes graves, aferindo-se os ndices antropomtricos ao nascimento e na alta hospitalar. Randomizou-se os prematuros por meio de sorteio em dois grupos. O grupo 1 (n=53), foi submetido a um aporte protico enteral dirio de 4,5 gramas/kg/dia, enquanto o grupo 2 (n=64), recebeu 3,5 gramas/kg/dia. Avaliou-se se a nutrio enteral com aporte protico maior que o comumente utilizado em unidades de terapia intensiva neonatais e tambm descrito na literatura, promove diferenas antropomtricas na alta hospitalar. Na anlise dos resultados, verificou-se diferena estatisticamente significativa para retorno ao peso de nascimento (p=0,02), crescimento de escore-Z em relao ao peso de nascimento (p=0,03) e crescimento escore-Z em relao ao comprimento de nascimento (p=0,02) quando comparados o grupo 1 ao 2. No houve diferenas estatisticamente significativas nas incidncias de enterocolite necrotizante (p=0,70, RR 0,88), dficit ponderal na alta (p=0,27, RR 0,70), restrio de crescimento na alta (p= 0,39, RR 0,82) e dficit de permetro ceflico na alta (p=0,45, RR 0,67). Concluiu-se, apesar das limitaes metodolgicas do estudo, que os participantes do grupo 1 apresentaram menor decrscimo de escores-Z em relao ao peso de nascimento e ao comprimento de nascimento quando comparados ao grupo 2, alm de necessidade de menor tempo para recuperao do peso de nascimento. No houve diferena entre os grupos para tempo de internao hospitalar, assim como para intercorrncias de interesse (enterocolite necrotizante, dficit ponderal na alta, restrio de crescimento na alta e dficit de permetro ceflico na alta).
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Foram utilizados 21.762 registros de peso do nascimento aos 550 dias de idade de 4.221 animais para estimativa das funes de covarincia empregando modelos de regresso aleatria. Os modelos incluram, como aleatrios, os efeitos genticos aditivo direto e materno, de ambiente permanente de animal e de ambiente permanente materno e, como fixos, os efeitos de grupo contemporneo, a idade da vaca ao parto (linear e quadrtico) e o polinmio ortogonal de Legendre da idade do animal (regresso cbica), como covariveis. As varincias residuais foram modeladas por uma funo de varincias com ordens de 2 a 6. Anlises com polinmios ortogonais de diversas ordens foram realizadas para os efeitos gentico aditivo direto, gentico aditivo materno, de ambiente permanente de animal e de ambiente permanente materno. Os modelos foram comparados pelos critrios de informao Bayesiano de Schwarz (BIC) e Akaike (AIC). O melhor modelo indicado por todos os critrios foi o que considerou o efeito gentico aditivo direto ajustado por um polinmio cbico, o efeito gentico materno ajustado por um polinmio quadrtico, o efeito de ambiente permanente de animal ajustado por polinmio qurtico e o efeito de ambiente permanente materno ajustado por polinmio linear. As estimativas de herdabilidade para o efeito direto foram maiores no incio e no final do perodo estudado, com valores de 0,28 ao nascimento, 0,21 aos 240 dias e 0,24 aos 550 dias de idade. As estimativas de herdabilidade materna foram maiores aos 160 dias de idade (0,10) que nas demais fases do crescimento. As correlaes genticas variaram de moderadas a altas, diminuindo conforme o aumento da distncia entre as idades. Maior eficincia na seleo para peso pode ser obtida considerando os pesos ps-desmama, perodo em que as estimativas de varincia gentica e herdabilidade foram superiores.
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)
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Introduo: A Hiperplasia Adrenal Congnita por deficincia da 21-hidroxilase (HAC) uma doena com mortalidade neonatal elevada sendo elegvel para programas pblicos de Triagem Neonatal (TN). A HAC causada por mutaes no gene CYP21A2, as quais acarretam diferentes comprometimentos da atividade enzimtica e resultam em espectro amplo de manifestaes clnicas. Apesar da eficincia da TN para diagnosticar os casos graves, a taxa elevada de resultados falso-positivos (RFP), principalmente relacionados prematuridade, um dos maiores problemas. Porm, resultados falso-negativos tambm podem ocorrer em coletas antes de 24 horas de vida. No Brasil, a coleta da amostra neonatal difere entre os municpios, podendo ser no terceiro dia de vida como aps. Objetivo: Avaliar se os valores da 17OH-progesterona neonatal (N17OHP) das coletas no terceiro dia de vida diferem significativamente das coletas a partir do quarto dia. Determinar qual percentil (99,5 ou 99,8) pode ser utilizado como valor de corte para a N17OHP, de acordo com o peso ao nascimento e tempo de vida na coleta, a fim de que proporcione taxa menor de RFP. Mtodos: Foi avaliada, retrospectivamente, a N17OHP de 271.810 recm-nascidos (Rns) de acordo com o tempo de vida na coleta (G1: 48 - = 72h) e peso ao nascimento (P1: <= 1.500g, P2: 1.501-2.000g, P3: 2.001-2.500g e P4: >= 2.500g), pelo mtodo imunofluorimtrico. Testes com resultados alterados foram confirmados no soro por Espectrometria de Massas em Tandem - LC-MS/MS. Rns afetados e/ou assintomticos e com valores persistentemente elevados de 17OHP srica foram submetidos ao estudo molcular, sequenciamento do gene CYP21A2. Resultados: os valores da N17OHP no grupo G1 foram significativamente menores do que em G2 em todos os grupos de peso (p < 0.001). A taxa de RFP em G1 e G2 foi de 0,2% para o percentil 99,8 e de 0,5% para o percentil 99,5 em ambos os grupos. O percentil 99,8 da N17OHP foi o melhor valor de corte para distinguir os Rns no afetados dos afetados, cujos valores so: G1 (P1: 120; P2: 71; P3: 39 e P4: 20 ng /mL) e em G2 (P1: 173; P2: 90; P3: 66 e P4: 25 ng/mL). Vinte e seis Rns do grupo G1 apresentaram a forma perdedora de sal (PS) (13H e 13M), nestes a N17OHP variou de 31 a 524 ng/mL e vinte Rns no grupo G2 (8H e 12M), nestes a N17OHP variou de 53 a 736 ng/mL. Para ambos os grupos foram encontrados trs Rns com a forma virilizante simples (1H e 2M) e os valores da N17OHP variaram de 36 a 51 ng/mL. Resultados falso-negativos no foram relatados. O valor preditivo positivo (VPP) no teste do papel filtro foi de 5,6% e 14,1% nos grupos G1 e G2, respectivamente, ao se utilizar o percentil 99,8, e de 2,3% e 7% nos grupos G1 e G2 ao se utilizar o percentil 99,5. Dentre os casos com TN alterada (RFP), 29 deles tambm apresentaram 17OHP srica elevada quando dosada por LC-MS/MS. Os casos assintomticos foram acompanhados at normalizao da 17OHP srica e/ou submetidos ao estudo molecular, que identificou dois Rns com gentipo que prediz a forma no clssica. Concluso: a melhor estratgia para otimizao do diagnstico da HAC na triagem neonatal se padronizar valores de corte da N17OHP em dois grupos de acordo com o tempo de vida na coleta (antes e depois de 72 horas), subdivididos em quatro grupos de peso. A utilizao dos valores de corte do percentil 99,8 se mantm eficaz no diagnstico da HAC-21OH na triagem neonatal, reduzindo de forma significativa a taxa de RFP, sem perda do diagnstico da forma PS
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O objetivo desta reviso sistemtica foi analisar os estudos que relacionam doena periodontal e nascimento prematuro e baixo peso, verificando o efeito da doena periodontal materna no desfecho da gestao. Foi realizada pesquisa nas seguintes bases de dados: PubMed, Scielo e LILACS at Dezembro de 2007. A reviso sistemtica foi conduzida de forma a identificar os estudos capazes de preencher os critrios de incluso, apresentando aspectos clnicos, microbiolgicos e radiogrficos da doena periodontal, assim como os desfechos da gestao, ou seja, nascimento prematuro e baixo peso. Foram ento selecionados 35 (trinta e cinco) artigos, sendo 9 (nove) coorte, 16 (dezesseis) casos controles, e 10 (dez) ensaios clnicos. A associao entre a doena periodontal materna e o nascimento de beb prematuro com baixo peso foi encontrada em 26 (vinte e seis) estudos: 7 (sete) coorte, 11 (onze) casos controles e 8 (oito) ensaios clnicos. No foi possvel realizar uma meta-anlise devido grande heterogeneidade entre os estudos, particularmente no que se refere aos mtodos de mensurao da doena periodontal. Um melhor controle em relao aos fatores de confuso tambm permitiria uma confiana maior nos resultados e concluses apresentadas. Ainda no possvel ter concluses adequadas do real efeito da doena periodontal sobre os desfechos da gestao devido a limitaes nas metodologias dos presentes estudos. Portanto, a evidncia da relao da doena periodontal com o nascimento de beb prematuro e baixo peso limitada. Ainda existe a necessidade de novos e bem desenhados estudos observacionais e de interveno, que possam confirmar o que at agora visto apenas como uma possvel associao, explorando a validade dessas possveis associaes em diferentes populaes e controlando adequadamente as variveis de confuso.
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O baixo peso ao nascer (BPN) possui grande impacto na mortalidade neonatal, assim como no desenvolvimento de complicaes futuras, como obesidade, hipertenso arterial sistmica e resistncia insulnica, condies relacionadas doena cardiovascular aterosclertica, principal causa de morbimortalidade no mundo. O objetivo desta pesquisa foi estudar o perfil clnico, metablico, hormonal e inflamatrio relacionado doena cardiovascular em crianas pr-pberes de BPN, bem como avaliar a influncia do BPN, prematuridade e restrio do crescimento intrauterino nas variveis de interesse. Realizou-se estudo transversal com 58 crianas de dois a sete anos de BPN, sendo 32 prematuros adequados para idade gestacional (AIG), 17 prematuros pequenos para idade gestacional (PIG), 9 a termo PIG e 38 crianas de peso ao nascer adequado, nascidas no Hospital Universitrio Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de janeiro, oriundas do Ambulatrio de Pediatria Geral deste mesmo hospital. Frequncias de perfil lipdico alterado, assim como medianas das variaes no Z escore de peso e estatura do nascimento at o momento do estudo, do Z escore de ndice de massa corporal (ZIMC), da circunferncia da cintura, da presso arterial sistlica e diastlica, do colesterol total, da lipoprotena de baixa densidade, da lipoprotena de baixa densidade, do triglicerdeo, da glicose, insulina, do Homeostasis Assessment for Insulin Resistance (HOMA-IR), da leptina, da adiponectina, da interleucina 6 e da protena C reativa foram comparadas entre os dois grupos. No grupo de BPN, avaliou-se a correlao entre estas mesmas variveis e peso de nascimento, idade gestacional, Z escores de peso e comprimento de nascimento e variaes no Z escore de peso e comprimento at o primeiro ano, e at o momento do estudo, com ajuste para idade e sexo. O grupo de BPN apresentou maiores variaes nos Z escore de peso (p-valor 0,0002) e estatura (p-valor 0,003) at o momento do estudo e menores nveis de adiponectina (p-valor 0,027). No houve correlao entre as variveis associadas ao risco cardiovascular e o grau de baixo peso, prematuridade ou crescimento intrauterino retardado. Os nveis de ZIMC (p-valor 0,0001), circunferncia da cintura (p-valor 0,0008), presso arterial diastlica (p-valor 0,046), insulina (p-valor 0,02), HOMA-IR (p-valor 0,016) e leptina (p-valor= 0,0008) se correlacionaram com a variao no Z escore de peso no primeiro ano. O ZIMC (p-valor 0,042) tambm se correlacionou com a variao do Z escore de comprimento no primeiro ano. Houve ainda correlao entre o ZIMC (p-valor 0,0001), circunferncia da cintura (p-valor 0,0001), presso arterial sistlica (p-valor 0,022), presso arterial diastlica (p-valor 0,003), insulina (p-valor 0,007), HOMA-IR (p-valor 0,005) e leptina (p-valor 0,0001) com a variao no Z escore de peso at o momento do estudo. Os achados mostram que este grupo de crianas pr-pberes com BPN ainda no diferem do grupo de crianas nascidas com peso adequado exceto pelos nveis de adiponectina, sabidamente um protetor cardiovascular. Em relao s anlises de correlao, nem o peso ao nascer, tampouco a prematuridade ou CIUR, influenciaram as variveis de interesse. No entanto, fatores ps-natais como o ganho pondero-estatural se correlacionaram com o ZIMC, circunferncia da cintura, presso arterial sistlica e diastlica, insulina, HOMA-IR e leptina. Mais estudos so necessrios para avaliar se os achados configuram risco cardiovascular aumentado neste grupo de pacientes.
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Objetivos: avaliar a prevalncia de alteraes auditivas em recm-nascidos de muito baixo peso na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal do Hospital de Clnicas de Porto Alegre e estudar as variveis que possam estar relacionadas com as alteraes da acui-dade auditiva. Mtodos: foi realizado um estudo transversal que incluiu todos os recm-nascidos de muito baixo peso admitidos na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal do Hospital de Clnicas de Porto Alegre no perodo de 1o de setembro de 2001 a 31 de janeiro de 2002. To-dos os pacientes foram submetidos ao exame de otoemisso acstica evocada por produto de distoro no momento da alta hospitalar. O exame foi repetido em 30 dias quando havia alte-rao no primeiro exame. Quando o paciente apresentava o exame de otoemisso acstica al-terada em duas ocasies, era realizado o potencial auditivo evocado cerebral, considerado al-terado a partir de 35 dB NA. Resultados: foram estudados 96 recm-nascidos. Seis tiveram tanto o exame de otoemisso acstica quanto o potencial auditivo evocado cerebral alterados. A mdia da idade gestacional foi de 31,5 2,6 semanas, o peso de nascimento variou de 640 a 1.500 g e 57,3% dos pacientes eram do sexo feminino. A idade gestacional e o ndice de Apgar no 5o minuto foram inferiores no grupo otoemisso acstica e potencial auditivo evocado cerebral alterados em relao aos demais grupos, atingindo significncia limtrofe. Concluses: a prevalncia de perda auditiva nos recm-nascidos de muito baixo peso da Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal do Hospital de Clnicas de Porto Alegre foi de 6,3%, tendo sido observadas associaes de significncia limtrofe com idade gestacional e ndice de Apgar no 5o minuto.
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Investigate intrahospital and neonatal determinants associated to the weaning of very low birth weight (VLBW) infants. Methods: 119 VLBW (<1500g) infants 81 were monitored from July 2005 through August 2006, from birth to the first ambulatory visit after maternity discharge. This maternity unit uses the Kangaroo Method and the Baby Friendly Hospital Initiative. Results: Out of 119 VLBW infants monitored until discharge, 88 (75%) returned to the facility, 22 (25%) were on exclusive breastfeeding (EB) and 66 (75%) were weaned (partial breastfeeding or formula feeding). Univariate analysis found an association between weaning and lower birth weight, longer stays in the NICU and longer hospitalization times, in addition to more prolonged enteral feeding and birth weight recovery period. Logistic regression showed length of NICU stay as being the main determinant of weaning. Conclusion: The negative repercussion on EB of an extended stay in the NICU is a significant challenge for health professionals to provide more adequate nutrition to VLBW infants
Resumo:
Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo (FAPESP)
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Ps-graduao em Pediatria - FMB
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Ps-graduao em Pediatria - FMB
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Ps-graduao em Pediatria - FMB
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Objetivos Descrever as caractersticas clnicas de crianas entre 1 e 12 meses hospitalizadas com diagnstico de bronquiolite viral aguda (BVA), nos primeiros dias de internao, e verificar se o tempo de dessaturao de oxignio (TD) tem valor prognstico nesses pacientes. Metodologia Estudo de coorte realizado de maio a outubro de 2001 com 111 pacientes entre 1 e 12 meses de idade internados no Hospital da Criana Santo Antnio, de Porto Alegre (RS), com diagnstico de BVA na admisso, com saturao transcutnea de oxignio da hemoglobina (SatHb) menor que 95% e em oxigenoterapia por cateter extranasal h menos de 24 horas. A gravidade foi verificada atravs do tempo de internao, tempo de oxigenoterapia e tempo para saturar 95% em ar ambiente (desfechos). Foram realizadas avaliaes clnicas duas vezes ao dia (manh e tarde), durante o perodo em que o paciente necessitou de oxignio suplementar (at atingir saturao transcutnea de oxignio de 95% em ar ambiente), com limite de dez avaliaes. Os pacientes tiveram o oxignio adicional retirado. Foi verificado, ento, o tempo necessrio para a saturao decrescer at 90% (TD90) e 85% (TD85), limitando-se a medida em no mximo cinco minutos. Foi constitudo um escore de gravidade com os sinais clnicos anotados. Utilizou-se o teste do qui-quadrado ou teste exato de Fischer para comparar entre si os grupos de variveis categricas e o teste t ou MannWhitney para variveis numricas. Foi utilizada a correlao de Spearman para avaliar associaes entre variveis contnuas de distribuio assimtrica (escore de gravidade, tempo de internao, tempo de oxigenoterapia total e tempo para saturar acima ou igual a 95% em ar ambiente). Considerou-se alfa crtico de 5% em todas as comparaes, exceto nas correlaes em que foi utilizada a correo de Bonferroni para comparaes mltiplas (30 correlaes: p= 0,002; 10 correlaes: p= 0,005). Os dados relativos ao peso e estatura para a idade foram digitados e analisados no programa especfico do EpiInfo que utiliza o padro NCHS (EpiNut). Resultados Houve leve predomnio do sexo masculino (54%), predominncia de idade inferior a quatro meses (61,3%), prevalncia maior nos meses de junho e julho, freqncia elevada de histria de prematuridade (23%) e de baixo peso de nascimento (14%). As manifestaes clnicas prvias hospitalizao (falta de ar, chiado no peito, febre e parar de respirar) ocorreram, na sua maioria, nos trs dias anteriores. Da populao estudada, 45% tinha histria de sibilncia prvia, a maioria com um ou dois episdios relatados (31,5%). Esses pacientes foram analisados separadamente e tiveram resultados semelhantes ao grupo com BVA. A freqncia de desnutrio moderada e grave, excludos os pacientes com histria de prematuridade, foi de 26 pacientes (23%). Todos os pacientes utilizaram broncodilatador inalatrio; 20% do grupo com BVA receberam corticosterides sistmicos e 47% de toda populao, antibiticos. A mediana do uso de oxignio em pacientes com BVA foi de 4,4 dias (IIQ 70,2-165,2) e o tempo de oxigenoterapia at saturar 95% em ar ambiente foi de 3,4 dias (IIQ 55-128). A mediana do tempo de internao hospitalar foi de 7 dias (IIQ 5-10,5) entre os pacientes com BVA; neste aspecto, apresentou diferena (p = 0,041) em relao ao grupo com sibilncia prvia, que teve um tempo de internao mais longo (9 dias, IIQ 5-12). Observou-se pouca variabilidade clnica no perodo estudado, atravs da aplicao do escore clnico. No se encontraram correlaes estatisticamente significativas entre os escores clnicos e os TDs com os desfechos. Concluses Os TDs como elementos auxiliares na avaliao de pacientes em oxigenoterapia no foram clinicamente teis neste estudo. possvel, no entanto, que, avaliando pacientes com maiores diferenas clnicas entre si, essas aferies possam mostrar-se importantes.