Nutrição hiperproteica em recém-nascidos com muito baixo peso e evolução de índices antropométricos até a alta hospitalar: ensaio clínico randomizado
Contribuinte(s) |
Isabel Rey Madeira José Luiz Muniz Bandeira Duarte Maria Elizabeth Lopes Moreira Marcos Junqueira do Lago |
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Data(s) |
28/09/2015
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Resumo |
Apesar de diversos estudos sobre nutrição de prematuros terem sido realizados, ainda não existe consenso sobre a melhor estratégia nutricional a ser adotada. Atualmente a taxa de crescimento dessa população não é semelhante àquela encontrada no ambiente intrauterino. O presente estudo tem por objetivo avaliar se o maior aporte proteico enteral durante a internação hospitalar promove melhora dos índices antropométricos na alta hospitalar. Realizou-se um ensaio clínico randomizado com 117 prematuros nascidos entre janeiro de 2009 e julho de 2013 com peso ≤ 1500 gramas e idade gestacional≤32 semanas em uma unidade terciária de saúde, excluídos os nascidos com malformações graves, aferindo-se os índices antropométricos ao nascimento e na alta hospitalar. Randomizou-se os prematuros por meio de sorteio em dois grupos. O grupo 1 (n=53), foi submetido a um aporte protéico enteral diário de 4,5 gramas/kg/dia, enquanto o grupo 2 (n=64), recebeu 3,5 gramas/kg/dia. Avaliou-se se a nutrição enteral com aporte protéico maior que o comumente utilizado em unidades de terapia intensiva neonatais e também descrito na literatura, promove diferenças antropométricas na alta hospitalar. Na análise dos resultados, verificou-se diferença estatisticamente significativa para retorno ao peso de nascimento (p=0,02), crescimento de escore-Z em relação ao peso de nascimento (p=0,03) e crescimento escore-Z em relação ao comprimento de nascimento (p=0,02) quando comparados o grupo 1 ao 2. Não houve diferenças estatisticamente significativas nas incidências de enterocolite necrotizante (p=0,70, RR 0,88), déficit ponderal na alta (p=0,27, RR 0,70), restrição de crescimento na alta (p= 0,39, RR 0,82) e déficit de perímetro cefálico na alta (p=0,45, RR 0,67). Concluiu-se, apesar das limitações metodológicas do estudo, que os participantes do grupo 1 apresentaram menor decréscimo de escores-Z em relação ao peso de nascimento e ao comprimento de nascimento quando comparados ao grupo 2, além de necessidade de menor tempo para recuperação do peso de nascimento. Não houve diferença entre os grupos para tempo de internação hospitalar, assim como para intercorrências de interesse (enterocolite necrotizante, déficit ponderal na alta, restrição de crescimento na alta e déficit de perímetro cefálico na alta). Although several studies on preterm nutrition have been conducted, there is no consensus about the best nutritional strategy to adopt. Currently the growth rate of this population is not similar on that found in the intrauterine environment. This study aims to assess whether the higher enteral protein intake during hospitalization promotes improvement of anthropometric indices in hospital discharge. We conducted a randomized clinical trial of 117 preterm infants born between January 2009 and July 2013 with weight ≤1500 grams and gestational age ≤ 32 weeks in a tertiary health care unit, excluding those born with serious defects, gauging their anthropometric measures at birth and at discharge. We randomized the preterms drawing into two groups. group 1 (n = 53) was subjected to a daily enteral protein intake of 4.5 grams of protein/ kg /day, while group 2 (n = 64) received 3.5 grams of protein / kg / day. We avaliated if the enteral nutrition with higher protein content than commonly used in neonatal intensive care units and also described in the literature, promotes anthropometric differences in hospital discharge. In the results analisis, we verified that there was a statistically significant difference for return to birth weight (p = 0.02), Z-score variation in relation to birth weight (p = 0.03) and Z-score variation over the length of birth (p = 0.02) when comparing groups 1 and 2. There were no statistically significant differences in the incidence of necrotizing enterocolitis (p = 0.70, RR 0.88), weight deficit at discharge (p = 0 27, RR 0.70), growth restriction at discharge (p = 0.39, RR 0.82) and deficit of head circumference at discharge (p = 0.45, RR 0.67). It was concluded, despite the methodological limitations of the study, that patients in group 1 had a lower decrease of Z-scores in relation to birth weight and length of birth when compared to group 2, and need less time to recover birth weight. There was no difference between groups for hospitalization time, as well as complications of interest (necrotizing enterocolitis, underweight high, growth restriction in discharge and deficit of cephalic circumference at discharge). |
Formato |
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Identificador |
http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=9729 |
Idioma(s) |
pt |
Publicador |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ |
Direitos |
Liberar o conteúdo dos arquivos para acesso público |
Palavras-Chave | #Prematuridade #Peso de nascimento muito baixo #Nutrição hiperproteica #Nutrição agressiva #Crescimento extra-uterino restrito #Baixa estatura #Prematurity #Very low birth weight #Hyperproteic nutrition #Aggressive Nutrition #Extrauterine restricted growth #Stunting #PEDIATRIA #Prematuros - Nutrição - Teses #Recém-nascidos Peso baixo - Teses #Nutrição enteral - Teses |
Tipo |
Eletronic Thesis or Dissertation Tese ou Dissertação Eletrônica |