1000 resultados para Perturbação de hiperatividade e défice de atenção
Resumo:
Este estudo pretende (1) encontrar a prevalência da Perturbação do Desenvolvimento da Coordenação (PDC) em crianças com Perturbação de Hiperatividades e Défice de Atenção (PHDA); (2) analisar qual a prevalência de défices de memória de trabalho verbal e não-verbal, em crianças com PHDA e comparar o desempenho entre as crianças que só apresentam PHDA e aquelas que apresentam também PDC; (3) verificar se a ocorrência de PDC é agravada, de acordo com a presença ou ausência de alterações de memória de trabalho e se estas podem ser consideradas fatores de risco ou de proteção para a manifestação de PDC, enquanto comorbilidade de PHDA. Foram selecionadas 37 crianças com diagnóstico de PHDA, com idades compreendidas entre os 7 e os 14 anos. A componente motora foi avaliado com a versão curta do Bruininks-Oseretsky Test of Motor Proficiency (BOTMP) e o Questionário de Perturbação do Desenvolvimento da Coordenação 2007 (DCDQ’07); a memória de trabalho foi avaliada através da Figura Complexa de Rey, Trail Making Test - parte B e Memória de Dígitos – sentido inverso. Para determinar o impacto da memória de trabalho na componente motora, recorreu-se a uma regressão logística. Encontrou-se uma prevalência de PDC de 51% e de défices ao nível da memória de trabalho verbal e não-verbal de 60% e 80%, respetivamente, para a amostra total de crianças com PHDA. A terapêutica farmacológica para a PHDA revelou-se fator protetor para a manifestação de PDC, principalmente quando a primeira se encontra associada com o nascimento de termo. Um mau desempenho no teste Memória de Dígitos – sentido inverso é fator de risco para a manifestação de PDC, em crianças com PHDA. Este estudo permitiu verificar que crianças com PHDA+PDC apresentam défices motores genuínos, característicos de manifestação de PDC. Parecem também existir relações bastante complexas entre a memória de trabalho e os mecanismos de controlo motor na PHDA, sendo que estes podem ser distintos quando está presente uma comorbilidade de PDC.
Resumo:
Objetivos: Com a realização deste estudo pretende-se encontrar a prevalência da PDC em crianças entre os 7 e os 14 anos, com diagnóstico de PHDA, com recurso ao BOTMP e ao DCDQ’07 e perceber a existência de fatores de agravamento ou proteção. O segundo objetivo pretende analisar o desempenho de crianças com PHDA ao nível da integração sensorial e regulação emocional. Por último, o terceiro objetivo é analisar os resultados obtidos com as medidas da integração sensorial e regulação emocional, comparando o desempenho entre as crianças que só apresentam PHDA e aquelas que apresentam também PDC, analisado o efeito da integração sensorial e regulação emocional no domínio motor. Métodos: A amostra foi constituída por 37 crianças com diagnóstico de PHDA com idades compreendidas entre 7 e 14 anos. A recolha de dados foi realizada na ULSNE, com apenas um momento de avaliação. Os instrumentos de recolha de dados utilizados foram: questionário sociodemográfico, DCDQ’07, BOTMP, SenSOR e ERE. Para determinar o impacto da integração sensorial e regulação emocional no domínio motor, recorreu-se a uma regressão logística. Resultados: A prevalência das crianças com PHDA que possuí PDC como comorbilidade foi de 51 %, tendo a toma da medicação e o nascimento a termo como fatores de proteção. As crianças avaliadas possuem hiperresponsividade e labilidade emocional, sendo estes défices semelhantes em crianças só com PHDA e com comorbilidade de PDC. Verificou-se ainda que a hiperresponsividade pode estar na base das dificuldades motoras apresentadas por estas crianças, sendo a hiperresponsividade no domínio vestíbulo-propriocetivo um possível fator de agravamento para o desenvolvimento da PDC, quando avaliada pelos pais. Conclusão: Existe uma elevada prevalência da PDC na PHDA tendo sido encontrados défices na regulação emocional e integração sensorial, que poderão explicar as dificuldades apresentadas no domínio motor ou existir como comorbilidade. É imprescindível ter a noção destas dificuldades vivenciadas tanto no diagnóstico como no tratamento, de forma a minimizar o impacto funcional no dia-a-dia das crianças com PHDA.
Resumo:
A minha dissertação centra-se nas controvérsias em torno do diagnóstico e do tratamento da PHDA (Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção) em crianças e jovens, mais concretamente nas representações dos profissionais de ensino sobre as formas de diagnóstico utilizadas no espaço escolar e nas novas formas que encontraram para controlar os comportamentos menos esperados na escola actual e compreender como é feita a sinalização da PHDA, como é feito o trabalho quotidiano dos profissionais que trabalham com estes alunos, quais os acordos e desacordos que existem entre eles e como justificam e defendem o seu ponto de vista em relação à melhor forma de intervir. Os principais resultados obtidos nesta investigação refletem um aumento significativo de diagnósticos da PHDA, tendo sido confirmado pelos entrevistados ao afirmarem que em todas as turmas existem alunos com este diagnóstico e utilizam medicação para tratá-la, contudo existem dúvidas em relação a esta patologia, tanto na sua existência como na qualidade dos diagnósticos. Foi possível concluir ainda que a percepção da escola e dos Professores é alterada quando o aluno é diagnosticado, isto é, antes do diagnóstico o aluno é considerado mal-educado, sendo excluído e depois do diagnóstico passa a ser um aluno com problemas e é novamente incluído na aprendizagem. Fazem grandes críticas à comunidade científica pela inexistência de consenso em relação à patologia, ao diagnóstico e à medicação. Em relação à medicação as opiniões dividem-se, alguns acreditam que sem medicação os alunos não conseguiriam aprender e outros afirmam que não tem outros benefícios para além do controlo dos comportamentos. Em relação à relevância científica e social, este estudo irá permitir a compreensão mais alargada da realidade em que estas crianças e jovens vivem no contexto escolar, irá ser útil tanto para professores, psicólogos e restantes técnicos de ensino, até aos familiares de crianças com este problema, poderá ainda ser interessante para investigadores sociais no âmbito da regulação dos comportamentos, podendo dar novas perspetivas sobre o assunto.
Resumo:
A PHDA Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção é uma problemática cada vez mais comum na infância e afeta 3 a 7,5% das crianças em idade escolar. Existem três subtipos de PHDA, dependendo da combinação de sintomas que a criança apresenta. Algumas crianças são predominantemente hiperativas ou impulsivas, enquanto outras apresentam significativas dificuldades de atenção ou ainda outras que tem ambas as combinações. Esta problemática pode manifesta-se de maneiras distintas, mas com mais incidência em dificuldades de aprendizagens e em perturbações do comportamento. Ao longo dos primeiros capítulos é apresentada uma revisão da literatura científica sobre a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA), tal como aparece definida no DSM-IV-TR (2002): De seguida, aborda-se questões relacionadas com a sua etiologia, diagnóstico e avaliação. Esta revisão de literatura visa recolher informação que permita clarificar quais os instrumentos e estratégias a utilizar pelos professores e pais, para melhorar o processo de ensino aprendizagem do aluno com PHDA, e por sua vez, torná-lo mais positivo, nas vertentes, cognitiva, social e emocional. Para além da parte teórica, esta investigação integra, também, uma componente empírica, a qual visa descrever como é desenvolvida a intervenção educativa junto de uma aluna com Hiperatividade e Défice de Atenção. Com este trabalho espera-se contribuir para um melhor conhecimento da realidade da problemática, bem como, as estratégias e metodologias a utilizar em contexto da sala de aula e em contexto familiar.
Resumo:
A Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) é uma das perturbações mais frequentes na infância, sendo detetada com maior frequência em contexto escolar, dada as exigências impostas ao nível das regras sociais e académicas. Este estudo apresenta uma revisão da literatura sobre a PHDA, evidenciando aspetos importantes sobre a problemática, como as suas caraterísticas, os problemas associados, a etiologia, o diagnóstico, a intervenção, entre outros. São apresentadas estratégias de intervenção a nível pedagógico, de forma a auxiliar os agentes educativos a lidar eficazmente com a PHDA. É descrito o impacto das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em contexto educativo, evidenciando a influência que as mesmas podem ter em crianças com PHDA especificamente na sua capacidade de atenção, no seu desempenho escolar e na sua inclusão. O objetivo deste trabalho é reunir informações úteis sobre a PHDA e as TIC, de forma a apresentar estratégias diversificadas que possam auxiliar os agentes educativos a intervir de forma responsável e eficaz com alunos com PHDA. Ambiciona-se que este estudo, leve os docentes a compreender que as TIC podem funcionar como uma excelente ferramenta de trabalho a explorar com alunos com PHDA.
Resumo:
Relatório de Estágio apresentado à Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti para obtenção do grau de Mestre em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º CEB.
Resumo:
Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA) é um dos distúrbios comportamentais mais frequentes em crianças em idade escolar, tendo apresentado um aumento significativo da sua taxa de prevalência na última década. Afeta de forma significativa o rendimento da criança em vários domínios da sua vida quotidiana, sendo frequentemente acompanhada por uma série de pensamentos negativos sobre si própria e sobre o que a rodeia. Os défices de auto-estima encontrados em grande parte destas crianças, estão associados, em muitos casos, a dificuldades de aprendizagem que se revelam de forma marcante no meio escolar. Digamos que no olhar pedagógico, a hiperatividade infantil está relacionada com deficiências precetivas, comportamentos inapropriados e dificuldades de aprendizagem. Então, crianças com PHDA costumam ter inúmeros problemas de baixa auto-estima, ter baixo desempenho académico, dificuldades sociais, familiares e financeiras. Assim, o diagnóstico e tratamento precoce não visariam apenas o controlo dos sintomas, mas principalmente evitar o impacto deles na vida do indivíduo. Sendo assim, no âmbito deste trabalho, foi efetuado um estudo que visa aferir a influência que a hiperatividade exerce na auto-estima dos alunos.
Resumo:
Objetivos: O presente estudo teve como primeiro objetivo estudar Funcionamento Executivo na Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) e, como segundo, analisar o potencial das vinhetas como instrumento de avaliação ecológica nas Funções Executivas. Métodos: Neste estudo participaram 15 Pais de crianças com PHDA, com idades compreendidas entre o 6 e os 16 anos. As crianças foram avaliadas quantitativamente e qualitativamente pelos Pais. Quantitativamente foram avaliados nos 8 domínios específicos do Funcionamento Executivo: Controlo Inibitório, Flexibilidade, Controlo Emocional, Iniciativa, Memória de Trabalho, Planeamento/Organização, Organização de Materiais e Monitorização e nas subescalas do instrumento de avaliação. Qualitativamente foram avaliados a partir de vinhetas com situações do dia-a-dia. Para a avaliação das Funções Executivas foi utilizado o instrumento de avaliação ICAFE – P - Inventário Comportamental de Avaliação das Funções Executivas – Versão para Pais. Resultados: Os resultados sugerem que as maiores dificuldades no quotidiano se relacionam com vulnerabilidades na Memória de Trabalho. Parecem não existir grandes diferenças nas respostas dos pais em função do género. Já no que refere à faixa etária, os pais apresentam respostas diferentes. Conclusões: Constatou-se que a amostra apresenta, de um modo geral, problemas em todos os domínios presentes nas Funções Executivas. Destacando-se dificuldades acrescidas em situações de memória de trabalho e de planeamento. São necessários mais estudos sobre esta temática e com amostras superiores.
Resumo:
A Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção possui três características essenciais: Défice de Atenção, Impulsividade e Hiperatividade. Ou seja, é uma problemática neuro-comportamental, manifestada na infância onde as crianças ostentam um modelo comportamental assente no excesso de atividade motora (hiperatividade), de falta de atenção e de impulsividade. Torna-se necessário então que, o professor adopte estratégias de trabalho com estas crianças facilitando assim a sua inclusão. Este estudo tem como principais objetivos: Identificar as opiniões do professor titular da sala de aula do primeiro ano do primeiro ciclo perante a inclusão de crianças com PHDA; Descrever as estratégias do professor titular da sala de aula do primeiro ano do primeiro ciclo perante a inclusão de crianças com PHDA. A orientação metodológica adotada relaciona-se com uma abordagem qualitativa. Este estudo é constituído por 10 professores a quem foi feita uma entrevista para se recolherem os dados. Foi feito o tratamento dos dados, os quais foram analisados e discutidos. As conclusões indicam que, ao nível da formação inicial, as Escolas de Ensino Superior e as Universidades devem incorporar nos seus cursos de Professores do Primeiro Ciclo uma disciplina que aborde exaustivamente, em cada semestre, as Necessidades Educativas Especiais, abrangendo não só a teoria, como também a prática. Sugere-se ainda que exista formação contínua no âmbito das NEE, a começar pelo professor logo após o término do curso superior, independentemente da sua situação profissional, e em cada área escolar, antes do início do ano letivo, depois das turmas estarem formadas, por forma a cada docente participar naquela onde se abordará a NEE ou as NEEs que existirão na sua sala, sendo focadas estratégias de trabalho com estas crianças visando o sucesso escolar. Constatou-se também que a maioria dos entrevistados leva a cabo práticas de integração e de inclusão, embora se perceba alguma confusão entre integração e inclusão.
Resumo:
Este trabalho visa compreender um aluno a frequentar o 6º ano de escolaridade com diagnóstico de Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) e promover uma resposta pedagógica que permita minimizar as caraterísticas que lhe estão associadas: hiperatividade, desatenção e impulsividade. O aluno apresenta dificuldades em manter o empenho nas atividades e consequentemente exibe comportamentos que podem provocar sentimentos de frustração em professores e no aluno. Para contextualizar esta temática elaboramos uma reflexão sobre a PHDA e atentamos sobre as estratégias que, segundo a literatura, poderão ser adotadas em sala de aula. Considerando que os alunos com PHDA necessitam de atividades dinâmicas e estimulantes, orientámos o nosso estudo para a observação do aluno, em contexto de sala de aula, na interação com ferramentas digitais concebidas especificamente para o efeito, estratégia pedagógica utilizada com o objetivo de otimizar o estilo de aprendizagem do aluno e melhorar a relação pedagógica entre quem aprende e quem ensina. Os resultados mostram com clareza que os alunos com PHDA beneficiam com a utilização das tecnologias de comunicação e informação (TIC), aumenta a sua atenção e concentração e diminuem os comportamentos disruptivos.
Resumo:
Este estudo etnográfico refere-se à “Inclusão de um aluno com Hiperatividade e Défice de Atenção: A Perceção dos Pares”. A abordagem deste tema prende-se com o facto de a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção ser uma problemática cada vez mais notória no dia-a-dia de uma sala de aula. Este trabalho tem como objetivo aprofundar o conhecimento de uma temática que afeta cada vez mais crianças em contexto escolar, no sentido de as ajudar a ultrapassar e a lidar com este tipo de desordem. Por outro lado, pretende-se mostrar que, quando há uma boa interação/aceitação entre pares, todos saem beneficiados. Assim, tentou-se aprofundar mais o conhecimento nesta área e perceber qual a relação que existe entre crianças com esta desordem e os seus pares. Iniciou-se o trabalho com uma revisão de literatura para fazer uma fundamentação teórica de determinados conceitos, que vão desde as necessidades educativas especiais, à escola inclusiva, passando pela perceção social, pela relação entre pares, até hiperatividade e défice de atenção. De seguida, passou-se a um estudo empírico, fazendo uma contextualização do trabalho a ser desenvolvido. Após a aplicação de diversos instrumentos de recolha de dados, foi elaborada uma análise da situação, considerando-se que este aluno está inserido numa turma, onde se sente bem integrado.
Resumo:
Apesar da Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) ser uma das perturbações mais estudadas nos últimos anos, a definição da avaliação com vista ao seu diagnóstico está longe de ser consensual. Neste estudo quantitativo, transversal, foram avaliadas duas amostras de crianças com recurso à Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças – III (WISCIII), duas amostras de pais com recurso ao Questionário de Capacidades e Dificuldades (Versão para pais) e duas amostras de professores com recurso ao Questionário de Capacidades e Dificuldades (Versão para professores). Os resultados demonstram que as crianças com PHDA apresentam um perfil cognitivo globalmente inferior ao das crianças sem diagnóstico de PHDA, mantendo no entanto, um Coeficiente Verbal (QIV) superior ao Coeficiente de Realização (QIR). Para o perfil de capacidades e de dificuldades, as crianças com esta perturbação demonstram genericamente dificuldades mais acentuadas do que as crianças sem PHDA. A multiplicidade de sintomas que caracterizam as crianças com esta perturbação, levam os investigadores a diferentes linhas de orientação. Desta forma, a definição de um perfil tipo para estas crianças poderá auxiliar na avaliação, no diagnóstico, na intervenção e na concordância entre os profissionais de saúde. / Despite Attention Deficit and Hyperactivity Disorder (ADHD) is one of the most studied disorders in the past years, the definition of the assessment for the purpose of diagnosis is far from consensual. In this quantitative and cross-finding study, two samples of children were assessed using the Wechsler Intelligence Scale for Children - III (WISC-III), two samples of parents were assessed using the Strengths and Difficulties Questionnaire (parent version) and two samples of teachers were assessed using Strengths and Difficulties Questionnaire (teacher version). The results show that children with ADHD have an overall lower cognitive profile in comparison to children without the diagnosis of ADHD, while maintaining a better Verbal Coefficient than the Performance Coefficient. In relation to the profile of strengths and difficulties, children with this disorder generally show more pronounced difficulties than children without ADHD. The multiplicity of symptoms that characterize children with this disorder, lead investigators to different guidelines. Thus, the definition of a profile type for these children may assist the assessment, the diagnosis, the intervention and the agreement among health professionals.
Resumo:
Os problemas de hiperactividade e de défice de atenção constituem uma das perturbações mais frequentes na infância e na adolescência, que mais preocupam os professores no contexto de sala de aula, tendo um impacto inegável na vida escolar de um número considerável de crianças. Apresentamos neste trabalho uma revisão da literatura científica sobre a Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção (PHDA), tal como aparece definida no DSM-IV-TR (2006), bem como algumas questões relacionadas com a sua etiologia e diagnóstico. A Escala de Conners para Professores e Pais, a análise documental, a observação naturalista, a entrevista realizada à Directora de Turma e os Testes Sociométricos, permitiram-nos concluir que, e segundo o DSM-IV-TR (2006), estamos perante um aluno que preenche os critérios de diagnóstico da PHDA do tipo predominantemente desatento, visto apresentar problemas ao nível da atenção e concentração que o impedem de ter uma prestação académica de acordo com as capacidades que possui. Por outro lado, e apesar de se tratar de um aluno com necessidades educativas especiais, abrangido pelo Decreto-lei 3/2008, constatámos que as únicas estratégias utilizadas pelos docentes da turma consistiram no reforço da autoridade e no reforço do cumprimento de regras, estratégias estas que não consideramos adequadas a esta perturbação. Neste sentido, e dado que os alunos com esta problemática manifestam frequentemente problemas de comportamento e dificuldades de aprendizagem, delineámos um projecto de intervenção, com algumas estratégias cognitivo-comportamentais e educativas com o objectivo de contribuir para melhorar o conhecimento da PHDA dentro da sala de aula e ajudar os professores a lidar com estes alunos em contextos escolares. Assim, gostaríamos de contribuir para a inclusão destes alunos, melhorando o seu relacionamento com os colegas e professores bem como o seu rendimento escolar, autonomia e auto-estima.
Resumo:
O presente estudo pretendeu explorar as Atitudes (formas de intervenção e estratégias de sala de aula) dos Professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico, de um Colégio Particular e de uma Escola Pública englobadas num mesmo Agrupamento de Escolas em relação a crianças com PHDA. Este estudo tem carácter sobretudo exploratório (descritivo) como uma análise quantitativa, qualitativa e correlacional dos resultados. O instrumento de pesquisa utilizado para servir de instrumento de recolha de dados constou de um questionário por inquérito. De um total de N=60 inquéritos distribuídos, foram recebidos N=53, os quais foram sujeitos a tratamento estatístico. Os resultados mostram que os participantes demonstram ter conhecimento sobre a PHDA e no que diz respieto às atitudes bem como às estratégias a utilizar. Porém, estes revelaram utilizar diversas estratégias no seu quotidiano de trabalho com estas crianças.
Resumo:
Cabe à Escola promover respostas educativas que eduquem com sucesso todos os alunos, incluindo os com Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção. Este trabalho centra-se nesta temática e no contributo da actividade física e desportiva nas pessoas com este síndrome. Assim, sabendo que no contexto educativo, os professores são os principais intervenientes no processo de ensino–aprendizagem dos alunos, consideramos pertinente desenvolver um estudo com os docentes de Educação Física a leccionar nas Actividades de Enriquecimento Curricular e os docentes do 1.º Ciclo com variante em Educação Física. Esta investigação tem como principais finalidades verificar se a actividade física e desportiva traz benefícios ao desenvolvimento das crianças com PHDA e procurar conhecer a percepção dos professores, relativamente às estratégias mais adequadas a ter na intervenção com estes alunos. Assim sendo, foi formulado o seguinte problema de investigação: Qual a percepção dos professores (Educação Física das Actividades de Enriquecimento Curricular e Professores do 1º ciclo com variante em Educação Física) relativamente às estratégias mais adequadas na intervenção com alunos do 1º ciclo com Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção? Foram também definidas duas hipóteses de investigação: 1 – Os professores da amostra apresentam preferência comum por algumas estratégias de intervenção em alunos com Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção. 2 – Os alunos com Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção beneficiam mais com a participação em actividades físicas e desportivas quando desenvolvidas com recurso a estratégias específicas. O estudo desenvolvido resulta de uma análise efectuada aos dados recolhidos através de um inquérito por questionário, constituído por perguntas abertas e fechadas. Neste estudo, foi utilizado o método quantitativo no tratamento dos dados resultantes das perguntas fechadas. As perguntas abertas foram submetidas a uma análise de conteúdo. Como análise conclusiva deste trabalho, constatamos que os professores da amostra consideram que o contributo da actividade física e desportiva nos alunos com PHDA é muito importante e que a aplicação de estratégias específicas, que vão ao encontro das áreas de distúrbio do aluno, permite a atenuação/superação das dificuldades. Verificámos também que estes profissionais apresentam preferência comum por um conjunto de estratégias e que, nestes casos, são várias as áreas que beneficiam com a actividade física e desportiva.