157 resultados para Palmito de pupunha
Resumo:
O mercado do palmito de pupunha (Bactris gasipaes) está expandindo rapidamente no Brasil e diferenciando-se com a inclusão do palmito fresco ou minimamente processado. Devido sua alta perecibilidade, a conservação desse palmito fresco é difícil e requer estudos de conservação em refrigeração aliada à atmosfera modificada. As qualidades sensoriais do palmito fresco foram avaliadas ao longo de sua conservação sob refrigeração, em sacos de polietileno, com e sem absorvente de oxigênio. A textura, crispidez, fibrosidade, umidade, adstringência e irritação permaneceram aceitáveis até os 25 dias, embora altamente variáveis de um dia para o outro, provavelmente devido à variação entre os genótipos em cada embalagem. A cor, aparência, doçura e amargor permaneceram aceitáveis até 14 dias e deterioraram a partir do 18º dia. O amargor aumentou significativamente (p = 0,02) no tratamento com absorvente de oxigênio, especialmente a partir do 18º dia, sendo a principal característica responsável pela rejeição do palmito. O uso do absorvente de oxigênio não aumentou significativamente a vida de prateleira do palmito fresco, embora o polietileno usado possa ter reduzido a eficácia do absorvente.
Resumo:
Neste artigo, buscou analisar a competitividade da produção de palmito de pupunha no Brasil, fazendo estudo comparativo entre o sistema produtivo praticado em áreas motomecanizáveis com irrigação e em áreas não motomecanizáveis sem irrigação. Para atingir esse objetivo, empregou-se a matriz de análise política (MAP). Os resultados indicaram que esses dois sistemas de produção considerados tiveram rentabilidade positiva nos mercados interno e externo, evidenciando que a produção de palmito de pupunha é competitiva, porém os lucros foram reduzidos em razão das políticas públicas adotadas.
Resumo:
A análise da presença de enzimas oxidativas como a peroxidase (POD) e a polifenoloxidase (PPO) e o controle da atividade destas enzimas são importantes na preservação e no processamento de alimentos. Este trabalho teve por objetivo determinar a atividade enzimática da polifenoloxidase (PPO) e da peroxidase (POD) do palmito de pupunha, bem como avaliar o comportamento destas enzimas frente ao tratamento térmico e assim calcular a cinética de inativação térmica das mesmas para suas porções termorresistente e termolábil. Para a extração de peroxidase (POD) e polifenoloxidase (PPO) de palmito, utilizou-se solução tampão fosfato de sódio 100 mM com diferentes pHs (5,5; 6,0; 6,5 e 7,0). O melhor pH de extração da POD foi 5,5 e da PPO, 6,5. Estes extratos foram tratados em diferentes temperaturas (65, 70, 75 e 80 °C) por períodos de 1 a 10 minutos. A POD e a PPO sofreram um decréscimo de 70 e 80%, respectivamente, em relação às suas atividades iniciais. As energias de ativação, nas temperaturas estudadas, para a porção termolábil e termorresistente da peroxidase foram 154,0 e 153,0 kJ.mol-1, respectivamente, enquanto que para a polifenoloxidase foram 26,3 e 27,0 kJ.mol-1, respectivamente. Resultados apresentaram valores que estão dentro da faixa de energia de ativação reportada para o processo de inativação térmica de enzimas.
Resumo:
O objetivo deste experimento foi determinar a qualidade e o valor nutritivo de silagens do subproduto da pupunha, produzidas com aditivos, conforme os tratamentos: T1 - Testemunha (sem aditivo); T2 - Adição de 2,5% de açúcar; T3 - Adição de 10,0% de polpa cítrica e T4 - Adição de 10,0% de milho moído, base da matéria natural. Verificou-se que a adição 10% de polpa cítrica (PC) ou milho moído (MM) elevou o teor de matéria seca da massa a ser ensilada, bem como da silagem, em 6,5 e 8,0 unidades percentuais, respectivamente. Silagens com aditivos apresentaram menores valores de nitrogênio amoniacal (N-NH3 / NT) e pH. O consumo de matéria seca foi maior para as silagens feitas com PC ou MM, atingindo 85 g/kg PV0,75 ou 2,1% do PV, contra 44,7 g/kgPV0,75 ou 1,12%, para as silagens sem aditivo ou com 2,5% de açúcar. O coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca, também foi superior para as silagens contendo 10% de PC ou MM (65,0%) em relação à média das demais (52,0%). A digestibilidade da parede celular não mostrou tendência definida em função dos tratamentos. A silagem de subproduto da pupunha feita com a adição de 10% de polpa cítrica ou milho moído, apresentou valor nutritivo semelhante às silagens de forrageiras convencionais.
Resumo:
O objetivo desse trabalho foi avaliar o perfil fermentativo das silagens do resíduo agroindustrial da extração do palmito da pupunha in natura, aditivada com fubá de milho (10% do peso verde) e emurchecida. Utilizou-se silos de laboratório (de PVC, 10 cm de diâmetros x 40 cm de comprimento). As aberturas dos silos ocorreram aos 1, 3, 5, 7, 14, 28 e 56 dias após a ensilagem. Os valores de pH não apresentaram diferença significativa (P>0,05) entre os tratamentos tendo como média (3,80) no dia 56, no entanto esses valores apresentaram padrão de mudança cúbico ao longo dos dias com o valor mínimo sendo atingido no dia 14 para todos os tratamentos. A adição do fubá de milho na silagem elevou os teores de MS (19,71%) e PB (7,09%), no entanto não reduziu o valor de N-NH3/NT (7,89%) apresentando diferença significativa (P<0,05) com o tratamento com emurchecimento que obteve o menor valor de N-NH3/NT (6,35%). A silagem do resíduo da extração do palmito da pupunha aditiva com o fubá de milho melhorou o valor de MS e o valor de PB, podendo ser uma alternativa para alimentação dos ruminantes.
Resumo:
A extração de palmito da pupunha, na região Sul do estado da Bahia, vem gerando grande quantidade de derivados, que podem ser uma alternatia de alimentação para os ruminantes na forma de silagem. Podendo, assim, solucionar o destino desses co-produtos e, desta forma, gerar tecnologias voltadas para o uso sustentável dos recursos naturais associados ao ecossistema regional. O objetivo do trabalho foi avaliar o perfil fermentativo das silagens do co-produto agroindustrial da extração do palmito da pupunha in natura, aditivada com torta de dendê (10% do peso verde) e emurchecida. Utilizou-se silos PVC com 10 cm de diâmetros x 40 cm de comprimento. As aberturas dos silos ocorreram aos 1, 3, 5, 7, 14, 28 e 56 dias após a ensilagem. Os valores de pH não apresentaram diferença significativa (P>0,05) entre os tratamentos tendo como média (3,82) no dia 56, no entanto esses valores apresentaram padrão de mudança cúbica ao longo dos dias com o valor mínimo sendo atingido no dia 14 para todos os tratamentos. A adição da torta de dendê na silagem elevou os teores de MS (21,06%) e PB (7,79%), reduziu os valores de N-NH3/NT (3,73%) e de perda de MS (0,82) apresentando diferença significativa (P<0,05) para os demais tratamentos. A silagem do co-produto da extração do palmito da pupunha aditivada com torta de dendê melhorou os parâmetros de fermentação e o valor de PB. podendo ser uma alternativa para alimentação dos ruminantes.
Resumo:
Este estudo foi conduzido para descrever o perfil sensorial do palmito de pupunha. A análise descritiva quantitativa (ADQ) foi utilizada para descrever os atributos sensoriais relacionados à aparência, aroma, e textura de três marcas comerciais de palmito de pupunha. As amostras foram avaliadas por uma equipe selecionada com onze provadores e foram definidos nove atributos sensoriais: cor amarela, aparência uniforme e úmida, aroma e sabor não característicos, sabor acido, residual acido e textura macia. Houve diferenças significativas em seis atributos entre as três marcas testadas. Os provadores descreveram os palmitos de pupunha como: cor amarela clara, aparência uniforme e úmida, aroma e sabor não característicos e sabor ácido com valores intermediários, residual acido e amargor final com valores de pouco e textura muito macia a uma textura intermediária.
Resumo:
O palmito é um alimento muito apreciado na culinária brasileira e mundial, e entre as várias espécies de palmeira produtora, a pupunha se destaca por apresentar precocidade de produção, perfilhamento, rusticidade e boas características de processamento. Introduzida no Noroeste Paulista em 1994, a cultura da pupunha é vista por técnicos e produtores como bastante promissora na região, porém carente de informações técnicas, entre as quais a maneira e a época de aplicação de fertilizantes. Face a isso, foi instalado um experimento na UNESP, Câmpus de Ilha Solteira - SP, em área irrigada por microaspersão, com pupunheiras espaçadas de 2 x 1 m entre linhas e entre plantas, respectivamente. Os tratamentos foram assim constituídos: adubação manual na linha de plantio a cada três meses, fertirrigação mensal, fertirrigação bimestral e fertirrigação trimestral. Aos 22 meses do plantio (2-3-2000), realizou-se a primeira colheita e, a partir dessa, foram realizadas colheitas bimestrais. Considerando as onze colheitas, a fertirrigação bimestral e trimestral apresentaram produção de 2,60 e 1,84 t ha-1 de palmito, respectivamente, enquanto a adubação manual e a fertirrigação mensal apresentaram produtividades de 3,2 e 2,69 t ha-1, respectivamente, mostrando que a adubação manual e a fertirrigação mensal e bimestral são as melhores práticas para lavouras em estágios iniciais de produção.
Resumo:
O coração da palmeira Bactris gasipaes H.B.K. (pupunha) foi utilizado, sob forma desidratada, na formulação de uma sopa-creme para merenda escolar. Análises químicas do palmito e do coração da palmeira (açúcares redutores, lipídeos, proteínas totais, aminograma, fibras, calorias e minerais) foram feitas tanto na forma in natura como na forma processada, bem como na de sopa-creme. Não foram encontradas diferenças relevantes em relação a essas determinações, podendo-se ressaltar a boa qualidade aminoacídica do coração da palmeira.
Resumo:
Objetivou-se avaliar o efeito da inclusão de aditivos químicos na ensilagem de resíduos (entrecasca) da produção de palmito pupunha (Bactris gasipaes, Kunth). Utilizaram-se silos experimentais (baldes de 20 litros) providos de aparatos para determinação gravimétrica de perdas por gases e efluentes. Os tratamentos aplicados foram: controle (sem aditivos); ureia (1% da MV) e cal virgem (1% da MV). Decorridos 70 dias de armazenagem, os silos foram pesados, abertos e amostrados. As perdas por efluentes e gases aumentaram com a aplicação de cal virgem na ensilagem. As perdas totais de MS foram de 15,1; 14,4 e 26,6% nas silagens controle, ureia e cal, respectivamente. em todas as silagens, houve redução no teor de FDN e elevação da fração FDA, o que indica desaparecimento da fração hemicelulose. A relação cálcio:fósforo aumentou substancialmente com a adição de cal virgem, de 4,1:1 na silagem controle para 15,6:1 na silagem com cal. O resíduo da extração do palmito pupunha pode ser classificado como alimento de média qualidade e alto teor de umidade. Os aditivos aplicados na ensilagem não são efetivos em reduzir as perdas fermentativas no processo de conservação.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
Objetivou-se avaliar o efeito da inclusão de aditivos químicos na ensilagem de resíduos (entrecasca) da produção de palmito pupunha (Bactris gasipaes, Kunth). Utilizaram-se silos experimentais (baldes de 20 litros) providos de aparatos para determinação gravimétrica de perdas por gases e efluentes. Os tratamentos aplicados foram: controle (sem aditivos); ureia (1% da MV) e cal virgem (1% da MV). Decorridos 70 dias de armazenagem, os silos foram pesados, abertos e amostrados. As perdas por efluentes e gases aumentaram com a aplicação de cal virgem na ensilagem. As perdas totais de MS foram de 15,1; 14,4 e 26,6% nas silagens controle, ureia e cal, respectivamente. em todas as silagens, houve redução no teor de FDN e elevação da fração FDA, o que indica desaparecimento da fração hemicelulose. A relação cálcio:fósforo aumentou substancialmente com a adição de cal virgem, de 4,1:1 na silagem controle para 15,6:1 na silagem com cal. O resíduo da extração do palmito pupunha pode ser classificado como alimento de média qualidade e alto teor de umidade. Os aditivos aplicados na ensilagem não são efetivos em reduzir as perdas fermentativas no processo de conservação.
Resumo:
Avaliaram-se os efeitos da densidade de plantas e doses de adubação na produção de palmito de pupunheira, em condições de campo, na Fazenda Yuricam, Rio Preto da Eva (AM). O delineamento experimental foi de blocos casualizados com três repetições, com os tratamentos em arranjo fatorial 3 x 5, sendo avaliados os fatores: densidade de plantas (10.000; 5.000 e 3.333 plantas ha-1) e doses de adubação NPK (0-0-0; 112,5-12,5-90; 337,5-38-270; 225-90-180, 225-25-180 em kg ha-1 de N, P2O5 e K2O, respectivamente). Os resultados do primeiro ano de produção de palmito, em termos de estipes colhidas, para efeito das doses de adubação NPK, foram: 225-90-180 (66 %); 225-25-180 (57 %); 337,5-38-270 (50 %); 112,5-12,5-90 (26 %); 0-0-0 (1 %) - os números entre parênteses indicam os percentuais de plantas coletadas em relação às plantadas - e para efeitos de densidade: 3.333 plantas ha-1 (58 %); 5.000 plantas ha-1 (28 %); 10.000 plantas ha-1 (40 %). O tempo médio para extração de palmito foi menor na densidade de 3.333 plantas ha-1 (18,4 meses) e na dose de adubação NPK de 225-90-180 (18,1 meses). O efeito simples da adubação NPK dentro da densidade de 10.000 plantas ha-1 com a adubação 225-90-180 e 225-25-180 apresentou maior produção de palmito, com 841 e 779 kg ha-1, e de 1.154 e 1.223 kg ha-1 de estipe tenro, respectivamente, nas duas adubações.
Resumo:
O uso agrícola do lodo de esgoto vem se mostrando como opção para reduzir impactos ambientais e poluição das águas. No entanto, há necessidade de se adequar dose e freqüência de aplicação para cada cultura. Durante 40 meses, foram avaliados, em experimento de campo instalado em Ubatuba (SP), os efeitos de doses de lodo de esgoto sobre a precocidade de colheita e a produção de palmito de pupunheira. Foram testadas quatro doses anuais de lodo, correspondentes a 0, 0,5, 1,0 e 2,0 vezes a quantidade de nitrogênio recomendada para o cultivo, sob delineamento de blocos ao acaso. A primeira aplicação foi efetuada no sulco de plantio durante a instalação do experimento (seis repetições), enquanto as demais foram realizadas anualmente, em superfície ou incorporadas nas entrelinhas da cultura (três repetições cada). Adubações complementares com cloreto de potássio e ácido bórico foram efetuadas trimestralmente, para corrigir deficiências. Utilizaram-se mudas inermes do ecótipo, com 10 meses de idade e densidade de plantio de 5.000 plantas ha-1. As respostas das plantas às doses de lodo foram avaliadas mensalmente, por meio de caracteres diretamente relacionados à precocidade de colheita e à produção de palmito. Houve resposta linear positiva de acordo com as doses empregadas para todos os caracteres avaliados. O uso de lodo de esgoto no sulco de plantio antecipou a primeira colheita de palmito em mais de três meses, quando comparadas dose máxima e testemunha. Não houve diferenças significativas entre as duas formas de aplicação de lodo. O número de hastes colhidas por ano e por planta variou de 0,45 a 1,04, de acordo com as doses aplicadas. A produção média anual de palmito variou de 0,82 a 1,65 t ha-1 ano-1 e de 0,87 a 1,39 t ha-1 ano-1 de resíduo basal, com aumento proporcional ao das doses de lodo de esgoto. Concluiu-se então que o uso de lodo de esgoto no cultivo da pupunheira é viável e atende, em parte, às necessidades da cultura.
Resumo:
O coração da palmeira Bactris gasipaes H.B.K. (pupunha), foi utilizado sob forma desidratada na formulação de uma sopa-creme para merenda escolar. A análise sensorial dessa sopa-creme foi feita em duas partes. Testou-se a sopa-creme em adultos utilizando-se a escala hedônica variando de 1 a 9 pontos ( 1 -- "desgostei extremamente" e 9 -- "gostei extremamente"), e, para crianças, a escala hedônica facial de 1 a 7 pontos ( 1- "desgostei extremamente" e 7 -- "gostei extremamente"). Os resultados encontrados na análise sensorial revelaram não haver diferença significativa, quando comparadas as sopas-creme de palmito e coração da palmeira, para adultos; quanto às crianças, a sopa-creme de coração da palmeira alcançou o "gostei moderadamente". Esses podem ser considerados bons resultados, uma vez que o palmito não faz parte do hábito alimentar destas crianças.