985 resultados para Nunes, Lygia Bojunga 1932- Sapato de salto Crítica e interpretação


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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Pós-graduação em Letras - IBILCE

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Verificamos, na ficção brasileira infanto-juvenil contemporânea, uma série de aspectos envolvendo personagens, narradores, cenários que favorecem uma abordagem crítica baseada na presença do duplo. Podemos observar a presença do duplo na obra de Lygia Bojunga, objeto desta dissertação, que tem por finalidade principal identificar e analisar algumas das manifestações do duplo em nove de suas vinte e duas obras: A bolsa amarela (1976), Tchau (1984), Nós Três (1987), Livro: um encontro com Lygia Bojunga (1988), Fazendo Ana Paz (1991), Seis vezes Lucas (1995), O abraço (1995), Dos vinte 1 (2007), Querida (2009). Como base teórica, utilizamos textos de Otto Rank, Nicole Bravo, Berenice Sica Lamas, entre outros. Num segundo momento, identificamos as manifestações do duplo nas narativas de Lygia Bojunga. O duplo aparece na ficção da autora como representação das incompatibilidades do ser humano, que levam à fragmentação do eu. O encontro do eu e o outro, nem sempre amistoso, nos traz questões que servem de base para a pesquisa do duplo na obra de Lygia Bojunga. Por fim, o trabalho metaficcional presente na obra desta autora também foi analisado como forma de manifestação do duplo

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Pós-graduação em Letras - FCLAS

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O estudo parte da análise do diálogo estabelecido entre os discursos dos autores Bartolomeu Campos de Queirós e Lygia Bojunga com Monteiro Lobato em suas obras. Para essa análise tomamos como corpus as obras Vermelho amargo (2011) e Por parte de pai (1995), do Bartolomeu; e da Lygia, O abraço (2010) e Sapato de salto (2006) e, com exemplos dessas narrativas, pretendemos mostrar as intertextualidades nas obras de Lygia e Bartolomeu, com destaque para o talento deles em singularizar suas obras. Esses autores se destacam no cenário da literatura infantojuvenil brasileira e possuem grandiosa habilidade em equilibrar a realidade e o imaginário, em suas obras, ou seja, narram ficções que proporcionam às crianças um espaço com situações e fatos do cotidiano, mas com liberdade de imaginação. Observa-se nesses autores a afirmação do discurso de Lobato de preocupação com a educação das crianças, mas sem prezar pelos saberes “inteiros” e “derradeiros” e por uma representação utópica da vida.

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É da natureza do ser humano encantar-se, ao menos em determinada fase da vida, pela narrativa de um conto de fadas, deixando-se levar pela fantasia da Literatura, acreditando que nas páginas de um livro tudo é possível. Essa crença na fantasia, no entanto, pode não lhes acompanhar a vida toda, uma vez que a passagem da infância para a adolescência e a fase adulta, bem como as exigências do mundo moderno, cerceiam essa capacidade de fantasiar, ao mesmo tempo inata e necessária ao homem. A escola, então, teria o papel fundamental de preservá-la, perpetuando nos alunos o gosto pela fantasia, tão essencial ao seu desenvolvimento cognitivo e psicológico, além da percepção estética; afinal, Literatura é arte. Nem sempre é isso o que ocorre, e o ambiente escolar torna-se um espaço de reprodução de conhecimentos, com o ensino focado na norma gramatical, na historiografia literária, sendo o texto relegado ao simples papel de pretexto para análises dissociadas do que realmente importa: o texto e os recursos que o compõem. No caso da Literatura, arte da palavra, parte-se do pressuposto de que um dos recursos essenciais para sua concepção sejam as metáforas, instaurando a fantasia. Chega-se, então, a um ponto crucial desse trabalho: as metáforas são componentes essenciais da fantasia, mas ambas são relegadas pela escola, que não se pauta por um ensino produtivo. Ao invés de compreenderem o potencial metafórico, aos alunos cabe a simplória tarefa de reconhecê-las e classificá-las. Essas constatações despertaram o desejo de entender melhor a relação existente entre fantasia, metáfora e literatura infantil, gerando alguns questionamentos: afinal, o que é fantasia? É o mesmo que fantástico? A fantasia caracteriza, apenas, a Literatura infantil? Essas indagações propiciaram reflexões acerca da importância do texto literário na sala de aula e no trabalho feito com ele. Assim, lançando à teoria um olhar docente, empreende-se uma análise do livro A casa da madrinha, de Lygia Bojunga, verificando a fantasia presente na obra perfeita fusão entre o real e imaginário e como ela se instaura: pelas metáforas

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Starting by the productive flourishing that children’s literature has been through between the decades of 1960 and 1980, this paper analyses the most inovating aspects of the book A bolsa Amarela (1976), by Lygia Bojunga Nunes. This literary piece is highly relevant because it incorporates an inovating structure combined with an inovating theme. In this sense, aspects such as language, fantasy, the seek for identity and individuality in an oppressive family environment and the constant questioning of family structure are all delineated here. In this way, A Bolsa Amarela is a proof that there are no restrictions concerning the young readers, since it is possible to approach the most intimate and complex feelings of the young people. Besides, this literary piece metaphorically represents Brazil in the 60‘s by focalizing the child’s viewpoint, revealing inumerous situations which constitute real analogies to dictatorship in Brazil, resulting in  thorough criticism to reality.

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The ambivalent image of the sea is recurrent in Bojunga Nunes’s work. It receives a lot of symbolic meanings in her production, being sometimes a positive and sometimes a negative element. Thus, the sea is used in a utopic way, as a place for pleasure and leisure, and in a dystopic way, as scenery of a rite of passage, which includes the pain and suffering, part of the rite of passage that characterizes the bildungsromans. So, if in some texts the sea assumes a utopic character, being a place of snuggle, security, the ideal to reach, in others it is represented as dystopic, a place of distress, asphyxia and death. In this text we will study the hypothesis that, even in its dark symbolic meaning, in the author’s work the sea is an element of reflection and revelation. Thereby, it assumes metaphorically a sense of magnification of the reader’s expectative, being an element of emancipation. The objective of this text is to present a reflection on the sea’s symbolism on the mentioned texts and its importance for the reader’s formation.

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No presente estudo, focalizamos as narrativas Fazendo Ana Paz (1991) e Retratos de Carolina (2002) de Lygia Bojunga, verificando os modos como a autora incorpora a materialização da autoria implícita, ou seja, a projeção da categoria autoral no universo diegético, instaurando, assim, um jogo mimético entre realidade e ficção.

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El carácter pedagógico de la literatura infantil ha servido, por largo tiempo, como factor de desprestigio del género, ya sea por la imposición de paradigmas comportamentales advenidos de una postura autoritaria de los adultos, subyacente al texto, ya sea por haber minimizado la preocupación artística del lenguaje. Este artículo analiza de que manera la narrativa O meu amigo pintor, de Lygia Bojunga, supera ese modelo, al instaurar un equilibrio entre el respeto al universo en formación de los niños y los medios lingüísticos que representan el universo infantil desde la mirada de la propia creatura, facultándole a ella la elaboración de sus significados.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Esta tese visa a analisar três perspectivas nacionalistas oferecidas pela obra crítica de Machado de Assis. Buscamos, inicialmente, a feição intelectual do jovem Machado no interior do projeto romântico-nacionalista, com o qual estava alinhado e do qual se afastaria paulatinamente. Para tanto, foi cotejado, inicialmente, com dois militantes daquele nacionalismo defensivo: Santiago Nunes Ribeiro e Joaquim Norberto de Sousa Silva. Esse lugar de onde falava Machado ganha em definição num segundo momento, quando empreendemos a análise comparativa de seus textos com os de Macedo Soares e José de Alencar. Sobretudo entre 1859 e 1872, Machado de Assis construiria sua crítica teatral, tornando-se um paladino da comédia realista francesa. A primeira face nacionalista de sua crítica afirma-se nesse profundo envolvimento de Machado com o projeto de um teatro brasileiro pautado no potencial pedagógico da alta comédia. A segunda perspectiva nacionalista define-se à medida que se define o classicismo moderno de Machado, uma articulação muito pessoal de sua visão universalista com a já instaurada modernidade literária. Para a análise desse viés, usamos o corpus de sua crítica literária construída como gênero autônomo, oferecida convencionalmente ao público, por via da qual escritores e leitores se habilitariam a intervir na sociedade, cumprindo, patrioticamente, a missão para a qual a literatura os preparara. A partir de 1883, depois de quase cinco anos afastado da crônica, Machado a retoma, usando-a para exercitar, mais franca e assiduamente, uma particular teoria da cultura brasileira e, paralelamente, uma espécie de busca de nosso caráter nacional. Dessa forma, seu nacionalismo, numa terceira angulação, orienta-se para a experiência humana, que, entre incorporar o fundamento externo e resistir a ele, acaba por formar algo irremediavelmente brasileiro; essa crônica, portanto, carrega uma crítica de feição cultural, no sentido de Machado ter-se comprometido com significações e valores de nossa vida social. Ao examiná-lo como escritor que, inicialmente, se postou contra o colonialismo cultural; que, a seguir, se engajou num projeto civilizatório conduzido pelo teatro e pela literatura e que, por fim, investigou a sensibilidade coletiva brasileira a partir de suas representações culturais, esta tese faculta uma apreensão mais criteriosa das interseções entre os temas nacionalismo e Machado de Assis