978 resultados para Negras Rio de Janeiro (RJ) Condições sociais


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O escritor, jornalista e literato Afonso Henriques de Lima Barreto deixou registrados, em praticamente todos os seus escritos, suas impresses sobre as mudanas sociais, polticas e urbanas, sofridas pela cidade do Rio, na Primeira Repblica. A partir de trechos de sua obra e de sua biografia, vo ser analisadas tais transformaes luz da prpria avaliao do autor. Sero abordadas as marcas deixadas por modificaes urbanas e topogrficas ocorridas na ento cidade-capital Rio de Janeiro, que se calcaram sobre o velho cenrio da cidade, afundando-o, a fim de apag-lo da memria dos habitantes, ao mesmo tempo em que se erigiam como metforas de suposto progresso e de modernidade. Metforas formam em ns, engramas, isto , marcas que podem ficar retidas em nossa memria pela ao da literariedade que possuem. Literariedade que tem sempre algum espao nos mais diversos tipos e gneros de narrativa. Estas marcas de transformaes urbanas atingiram de algum modo a rotina diria de parte considervel dos atores que viveram naquele perodo, entre eles o prprio Lima Barreto. Este trabalho se sustenta, ento, no trip biografia-literatura-metfora, alinhavado pelas marcas de remodelao da cidade do Rio. Cidade contada por Lima Barreto, durante a Primeira Repblica, numa narrativa que flerta com a etnografia.

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A presente tese analisa as representaes atuais nos discursos de mulheres negras das camadas pobres urbanas do Rio de Janeiro, assim como suas relaes sociais entre o gnero masculino e feminino na atualidade. Focaliza esta discusso de gnero, em torno de temas como: famlia, relaes de trabalho, participao social, emancipao da mulher e direitos. A partir de pesquisa emprica de histrias de vida buscamos analisar, comparativamente, as expectativas, os esteretipos, os problemas e as conquistas das mulheres de diferentes geraes. Verifica o que elas relatam ter mudado ou que permaneceu imutvel na relao entre mulheres e homens: diferenas e semelhanas, conflitos e contradies e os seus anseios sociais presentes nas suas histrias e memria. Busca compreender como as mulheres negras esto lidando com as rpidas mudanas que afetam os papis de gnero, analisando como se d a convivncia entre arqutipos considerados tradicionais e os modernos modelos de masculinidade e feminilidade. Destas diferenas trata esta tese. Especificamente, das relaes sociais da mulher negra na religio, no trabalho, na famlia e na poltica, espaos que delimitado e que nos propomos debater. Quando as mulheres tm voz? uma provocao para refletir sobre o tema a partir da memria de trs mulheres nascidas entre a dcada de vinte e trinta que conquistaram espaos expressivos apesar das dificuldades postas s mulheres desta poca. nossa pergunta atribudo um significado de poder de participao e expresso que dialoga com mulheres no anonimato sem voz, que esto trabalhando para garantir a sobrevivncia, so moradoras das periferias ou morros, estudantes de escolas pblicas e mulheres donas-de-casa, mas que querem ter voz. A temtica da mulher negra nos remete ao artifcio da colonizao, ao processo de dominao e sujeio, memria de culto, a deuses, aos antepassados, cultura, histria de vencedores e vencidos. As histrias das mulheres negras trazem em si a extenso da colonizao. A memria individual existe sempre a partir de uma memria coletiva e a origem de vrias idias, reflexes, sentimentos e paixes que atribumos a ns so, na verdade, inspiradas pelo grupo.

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A questo central desta Tese diz respeito emergncia de uma singular modalidade de assistncia social no campo das polticas pblicas e sociais no ps 1930, direcionada aos trabalhadores assalariados da rea urbana e suas famlias. A produo discursiva sobre as condições de vida e de trabalho do operariado, no bojo das novas teorias cientficas e enunciados mdicos-sanitrios reivindicava uma organizao geral da sociedade. Afirmava-se a urgncia de uma interveno poltica estatal de cunho preventivo e coercitivo no modo de vida desses indivduos em sociedade. O que se colocava at ento como um caso de polcia ou de caridade passa a ser nomeado como questo social legitimando novas formas de exerccio de poder e a conformao do Estado em suas novas atribuies de promotor da justia social. Nesta pesquisa de doutoramento investiguei o exerccio dessas estratgias de poder nas intervenes realizadas pelas visitadoras sociais no cotidiano de um grupo de operrios e operrias da Cia (txtil) Nova Amrica na cidade do Rio de Janeiro, objetivando pela investigao minuciosa dessas prticas relativamente microscpicas iluminar uma rede muito maior de ardis e disputas de poder. As aes de ordenao do dia a dia desse operariado implicava a fiscalizao do emprego dos servios sociais disponibilizados pelo Estado e empresa, o monitoramento do uso do tempo e dos espaos, e finalmente a doutrinao em valores e prticas institudas em nome da preservao e otimizao da vida. Tais intervenes aconteciam em diferentes espaos: no interior da Fbrica, na vila operria Cidade Jardim Nova Amrica e nas dependncias da Associao Atltica Nova Amrica e ficaram registradas em textos e imagens no boletim mensal da Fbrica. Esses peridicos constituem o principal corpus documental formado por sessenta e seis peridicos que abrangem o perodo entre novembro de 1944 e dezembro de 1953: Boletim Nova Amrica - rgo da Associao Atltica Nova Amrica. Acionei como instrumento terico-metodolgico as reflexes do pensador francs Michel Foucault sobre biopoltica, ou a estatizao da vida nos liames do biopoder enquanto gesto da vida em sua plenitude ocupando-se de no apenas garantir o corpo dcil e til pelas tcnicas disciplinares, mas, principalmente, assegurar no investimento sobre o corpo e mente desses indivduos o saber normalizador para melhor manej-los. Nesse sentido, no campo das polticas sociais, tanto estatais quanto empresariais, utilizei a noo de poder pastoral, atualizada por Foucault, para identificar o modo como em nome e pelo bem dos assistidos se constituiu um eficiente dispositivo de poder operando em intervenes e controle da vida das pessoas: as visitadoras sociais.

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O estudo epidemiolgico transversal randomizado objetivou avaliar condições de sade bucal nos competidores dos XV Jogos Pan-Americanos (JPA) e III Jogos Parapan-Americanos (JPPA), 2007. Foram enviados convites para 5.662 atletas (JPA) e 1.300 (JPPA). Radiografias panormicas digitais (RPD) foram utilizadas para o exame de triagem nos 2 eventos, e nos JPPA, os atletas tambm foram submetidos avaliao do sangramento gengival interdental (SI) atravs de uma verso modificada do ndice de Sangramento Interdental de Eastman (EIBI). Foram obtidas RPDs de 410 atletas dos JPA, mdia de idade 24,38 (dp5,35), 55% homens; e de 118 dos atletas dos JPPA, mdia de idade de 32,3 (dp9,53), 77,97% homens. 121 competidores (JPPA) foram avaliados para SI: 78,51% homens, mdia de idade 32,6(dp9,6), e foram separados em grupos (G), conforme sua deficincia fsica: GI c/ deficincia visual (DV), com 2 subgrupos: GI-a: DV tardia e GI-c-: DV congnita/precoce; GII- deficincia de membro superior; com 1 subgrupo: GII-t: deficincia/ausncia bilateral; GIII- deficincia de membro inferior (grupo controle). As RPDs foram examinadas por 1 examinador com o Kodak Dental Imaging(v6.7). A frequncia e a distribuio do SI foram calculadas, e os grupos foram comparados. Resultados da triagem com RPDs, representados por nmero de observaes(mdia por atleta) JPA//nmero de observaes(mdia por atleta JPPA: Dentes erupcionados/ hgidos: 9097(22,19)//2451(20,77); Ausentes: 803(1,96 //405(3,43); No erupcionados ou impactados: 330(0,80)//52(0,44); Parcialmente erupcionados e/ou hgidos: 109(0,27)//20(0,17); Crie extensa: 261(0,64)//62(0,53); Crie extensa e leso periapical: 96(0,23)//50(0,42); Tratamento endodntico e leso periapical: 24(0,06)//13(0,11); Restaurados: 2298(5,60)//670(5,68); Imagens radiolcidas patolgicas circunscritas: 23(0,06)//0; Razes-residuais: 27(0,07)//22(0,19); Implantes:6(0,01)//5(0,04); Dentes anteriores fraturados: 13 (0,03)//3(0,03); Molares bandados: 26(0,06)//11(0,09); Dentes anmalos: 7(0,02)//12(0,10). Resultados para SI: G-I>G-III (p=0.0002);GI-c>GI-a (p=0,042). Homens exibiram > freqncia de SI (3,6%+1,7) que mulheres (0,8%+0,5), p<0,01. Concluses: Os dados das 2 populaes de atletas mostraram que h uma grande variao na sade bucal entre os indivduos avaliados. Diversas condições com potencial de influenciar o desempenho esportivo dos atletas foram detectadas atravs de radiografias panormicas digitais, sugerindo que um programa de sade bucal deve ser includo como parte da preparao destes indivduos.A avaliao da frequncia e distribuio de sangramento gengival interdental em uma populao de atletas que competiu nos III Jogos Parapan-Americanos, revelou que o tipo de deficincia ou limitao fsica dos competidores um fator que influencia na sade gengival desses indivduos. O planejamento de um programa de sade bucal para esta populao deve ser adaptado s diferentes limitaes de cada atleta.

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Inselbergs so afloramentos rochosos isolados que emergem abruptamente acima das plancies que os circundam, formados principalmente por afloramentos de rochas granticas e gnissicas. So lugares com alta diversidade e endemismo, e caracterizados por alto grau de insolao, temperaturas do ar e do solo, com ventos fortes e solos com baixa reteno de gua. Sementes de trs espcies tpicas dos inselbergs (Alcantarea glaziouana, Barbacenia purpurea e Tibouchina corymbosa) foram estudadas para avaliar o efeito das temperaturas constantes (15 a 40C) e alternada (20-30C), o estresse hdrico (&#936;w = 0,0 a -1,2 MPa) promovido por solues de polietileno glicol 6000 (PEG) e a qualidade da luz sob diferente valores de razo vermelho: vermelho extremo (V:VE), na porcentagem final e velocidade de germinao. Os resultados mostraram que todas as espcies tm sementes muito leves, variando entre 0,005 - 0,04 g. As trs espcies apresentaram alta germinao sob temperaturas entre 20C e 30C, e no germinaram a 40C, exceto A. glaziouana. A mxima germinao foi obtida em gua destilada (0 MPa) e as diferentes condições de estresse hdrico reduziram a percentagem e a velocidade de germinao de todas as espcies estudadas. A. glaziouana foi a espcie menos sensvel a reduo do potencial hdrico. As sementes de todas as espcies necessitam de exposio a luz para a mxima germinao (fotoblsticas positivas) e a porcentagem final de germinao foi inibida sob baixos valores de V:VE. A razo V:VE que resultou em 50% da mxima germinao variou entre as espcies. Estes resultados demonstram que a germinao pode limitar a capacidade das espcies em colonizar tanto novas reas como rea perturbadas, alm de contribuir para a distribuio das espcies nos inselbergs.

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O presente trabalho um estudo da evoluo da configurao espacial do Centro da Cidade do Rio de Janeiro, feita a partir da metodologia da sintaxe espacial. O objetivo da pesquisa analisar, ao longo de quatro sculos (XVII, XVIII, XIX e XX), as transformaes morfolgicas que ocorreram na estrutura urbana da rea central de uma das cidades do Brasil que viveu mais intensamente as mudanas polticas e econmicas que ocorreram na formao nacional; e avaliar, no presente, em que medida as expectativas de co-presena, o movimento de pedestres e a disperso de usos econmicos do solo, em 4 fraes representativas do Centro (morro de Conceio, Lapa, Central do Brasil e centro de negcios) avaliadas empiricamente, esto correlacionadas com as medidas sintticas obtidas a partir da descrio de seus padres espaciais. O foco da descrio e das correlaes, discutir o processo de formao e consolidao da centralidade urbana, e a dinmica de apropriao social do espao, vinculada s expectativas das possibilidades e tipos de encontros entre as diferentes categorias sociais, que reconhecem ali, o centro simblico e funcional de suas vidas social e espacial.

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Elementos-trao, de fontes naturais ou antropognicas, so despejados continuamente nos rios, fato que acarreta srios problemas, devido a sua toxicidade, longa persistncia, bioacumulao e biomagnificao na cadeia alimentar. O sistema lagunar Tijuca-Jacarepagu-Marapendi recebe um enorme aporte de nutrientes e poluentes devido aos impactos antrpicos em seus rios. Este estudo tem como objetivo principal avaliar os nveis de cobre, zinco, chumbo e alumnio em msculo e vscera na espcie Sardinella brasiliensis (sardinha), que habita a sada do Canal de Sernambetiba, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ). Ao total foram analisados 44 indivduos. O cobre em msculo apresentou uma concentrao mdia de 0,5 0,66 mg/Kg e de 1,3 10,13 mg/Kg em vscera. Os valores de zinco em msculo e vscera foram de 5,2 3,69 mg/Kg e 25,6 48,16 mg/Kg, respectivamente. A concentrao de chumbo foi de 2,48 3,09 mg/Kg (msculo) e 25,6 48,16 mg/Kg (vscera), enquanto a concentrao de alumnio variou de 1,68 3,67 mg/Kg em msculo e 28,72 26,99 mg/Kg em vscera. Dentre as amostras, 56,8% apresentaram valores acima do limite estabelecido para consumo humano pela legislao brasileira para chumbo. Os elementos-trao apresentaram tendncias de acumulao diferentes de acordo com o local (msculo ou vscera). As concentraes dos metais em msculo foram menores do que em vsceras. Os valores encontrados devem servir de alerta para uma contaminao da populao de Sardinella brasiliensis que habita a sada do canal de Sernambetiba. Concluiu-se que a concentrao de chumbo nos peixes encontrados esto acima dos limites permitidos para o consumo humano, e que a regio encontra-se impactada

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A escassez de gua um dos maiores desafios do nosso sculo. Parece mentira, uma vez que do planeta so ocupados por gua. Essa abundncia aparente leva-nos a considerar a gua como um elemento barato, farto e inesgotvel. Contudo, desse total, 97,5% so de gua salgada, restando 2,5% de gua doce, dos quais 1,75% formam geleiras, sendo, portanto, inacessveis. E o pior: a explorao irracional da gua doce armazenada nos lenis subterrneos, rios e lagos est ameaando a magra fatia de 0,75% da gua que pode ser usada pelo homem. Se a escassez e a poluio j so problemas concretos em muitos pases, os quais j instituram um efetivo gerenciamento de seus recursos hdricos, no Brasil a preocupao de cientistas e ambientalistas nem sempre levada a srio. Afinal, temos mais de 12% da gua potvel do globo. No entanto, esta riqueza extremamente mal distribuda: cerca de 80% esto na regio amaznica; os 20% restantes distribuem-se desigualmente pelo pas, atendendo a 95% da populao. Cada vez que chove, milhes de litros de gua, que normalmente deveram se infiltrar no solo correm pelos telhados e pelo asfalto at acabar em um rio poludo, sem nenhuma possibilidade de uso. E essa gua pode e deve ser aproveitada, tanto para evitar enchentes quanto para economizar recursos hdricos e financeiros. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi o de estruturar um projeto de um sistema de coleta e aproveitamento da gua de chuva, para fins no potveis, para uma edificao a ser construda nas instalaes de uma indstria de reparo e construo naval. Para tanto, foi apresentada uma metodologia cuja tecnologia para captao e aproveitamento da gua de chuva baseou-se num levantamento bibliogrfico e foi validada atravs da aplicao em um estudo de caso. Espera-se que este trabalho seja o ponto de partida para muitos outros dentro da indstria, procurando incentivar o aproveitamento da gua de chuva para consumo no potvel e criando assim uma conscincia ecolgica em todos os nveis da empresa, contribuindo dessa forma para a sustentabilidade.

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Trata-se de uma pesquisa documental, retrospectiva de fonte secundria,que adota uma abordagem quantitativa descritiva-exploratria. A partir da constatao de altos ndices de absentesmo nas unidades hospitalares, despertou-se o interesse em estudar os custos diretos das doenas ocupacionais que levam aos afastamentos e seu impacto econmico para o oramento de recursos humanos de um hospital universitrio do Rio de Janeiro. Neste contexto, definiu-se como objeto de estudo, o impacto econmico do absentesmo por doena na equipe de enfermagem e, como objetivos: identificar as causas prevalentes de afastamentos no hospital universitrio, de acordo com Classificao Internacional de Doenas e Problemas Relacionados a Sade (CID-10); estimar os custos diretos mnimos das doenas que afastaram o trabalhador de enfermagem; estimar o custo real aproximado do absentesmo relacionado a 1 (um) dia de trabalho prestado pelos trabalhadores de enfermagem, com projeo de 1 (um) ms e 1(um) ano numa viso operacional do Sistema nico de Sade (SUS). Foi utilizada uma amostra estratificada de pronturios dos profissionais de sade da equipe de enfermagem (enfermeiros e tcnicos de enfermagem), a partir do seguinte critrio de incluso: profissionais de enfermagem concursados com afastamento no ano de 2010 e com diagnstico mdico determinante do afastamento, definido claramente. Para a coleta das informaes foi feita a apreciao dos documentos arquivados no Servio de Sade do Trabalhador do hospital estudado e contou com a apreciao de especialistas mdicos relativos aos grupos de diagnsticos estudados, orientados por roteiros criados pela pesquisadora. Os dados foram analisados e armazenados no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) verso 15 e no editor Microsoft excel 2003. Dentre os resultados obtidos tiveram destaque para as seguintes causas de afastamento, respectivamente, s doenas do sistema osteomuscular, os fatores que influenciam o estado de sade e o contato com servios de sade, os transtornos mentais e comportamentais, as leses, envenenamento e outras consequencias de causas externas e, as doenas do sistema circulatrio, que representam um custo estimado aproximado de R$ 2,6 milhes. Pde-se constatar que o impacto econmico do absentesmo decorrentes dos agravos sade para o oramento de recursos humanos do hospital universitrio foi de aproximadamente 2,7%. O custo real aproximado do absentesmo de enfermagem por dia, foi avaliado em R$ 92,50, tendo projeo mensal de R$ 2.775,00 e anual de R$ 33.300,00. Recomenda-se avaliar o absentesmo dos profissionais regularmente para identificar as causas reais do absentesmo por doena, a fim de definir metas para os programas de interveno sade dos trabalhadores e promover uma Gesto participativa que favorea uma anlise do processo de trabalho no que concerne o atendimento das necessidades de sade e operacionais da fora de trabalho, determinantes do absentesmo.

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Muitos dos locais onde as atividades so realizadas nas academias de ginsticas so salas pequenas e fechadas com sistema de climatizao artificial, freqentados por um grande nmero de alunos realizando seus exerccios e profissionais auxiliando as atividades. Com isso, h uma intensa transpirao desses indivduos, uma freqente rotina de limpeza do piso e de equipamentos com pequenos intervalos, possibilitando a alteraes da qualidade do ar indoor. O presente trabalho busca mostrar as tendncias de variaes nos valores das concentraes dos poluentes atmosfricos BTEX em ambiente indoor, especificamente na sala de spinning de uma academia de ginstica do Rio de Janeiro. Para o monitoramento da qualidade do ar foram utilizados cartuchos de carvo ativado SKC, acoplado a uma bomba KNF com vazo de 1l min. Para a extrao de cada amostra foi feita a anlise cromatogrfica com cromatgrafo a gs modelo 6890 acoplado a um espectrmetro de massa modelo 5973 da marca Agilent. Foram analisadas 34 amostras coletadas na salas de spinning durante as aulas com atividades aerbicas, o que intensificava a respirao dos indivduos, possibilitando uma maior inalao destes COVs. Em contrapartida, tambm foram coletadas 5 amostras outdoor, 4 delas pareadas indoor/ outdoor para uma anlise comparativa das concentraes destes poluentes. Dentre os compostos orgnicos volteis analisados, o tolueno o BTEX mais abundante obtido neste trabalho, representando 81% destes COVs indoor. Todas as amostras medidas em pares indoor/ outdoor tiveram concentraes maiores no interior, exceto para o benzeno no dia 3/12/2010. Simples atividades usualmente realizadas pelo homem, como a insero de piso emborrachado, manuteno do sistema de climatizao artificial, e limpeza podem alterar o ar indoor. As concluses alcanadas aps as medies das concentraes de BTEX foram de que o ar indoor estava mais poludo do que o outdoor. Este monitoramento da qualidade do ar indoor ainda escasso no Brasil. Alguns esforos tem sido feito em relao a ambientes confinados como a Portaria n&#730;3523 do Ministrio da Sade, regulamentando o controle dos ambientes climatizados e a Resoluo n&#730;9 da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria, alm da Resoluo CONAMA n &#730;3 estabelecendo padres de qualidade do ar para alguns compostos qumicos, porm muitos compostos qumicos ainda no so legislados ou no possuem a devida ateno, no sendo suficientes para contemplar a complexidade do assunto

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A vegetao da Ilha Grande faz parte do Bioma Floresta Atlntica, que possui altos ndices de biodiversidade e cobre amplas regies de zonas climticas e formaes vegetacionais tropicais a subtropicais. No Brasil, estende-se numa estreita faixa ao longo de quase toda a costa atlntica e interioriza-se atingindo parte da Argentina e do Paraguai. Asteraceae a terceira maior famlia em nmero de espcies na Floresta Atlntica. Assim, buscou-se conhecer a representatividade dessa famlia na Ilha Grande, objetivando contribuir com a poltica de preservao e manuteno de seus ecossistemas. Nesse contexto, promoveu-se um levantamento bibliogrfico, consultas a herbrios e excurses peridicas de coleta em campo. O material coletado foi depositado no herbrio da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (HRJ). Registrou-se na rea de estudo 67 espcies subordinadas a 37 gneros. Os gneros so a seguir denominados: Achyrocline (3 spp.), Adenostemma (1sp.), Ageratum (1 sp.), Austrocritonia (1 sp.), Astroeupatorium (1 sp.), Baccharis (8 spp.), Bidens (1 sp.), Blainvillea (1 sp.), Centratherum (1 sp.), Chaptalia (1 sp.), Chromolaena (3 spp.), Conyza (1 sp.), Cosmos (1 sp.), Eclipta (1 sp.), Elephantopus (2 spp.), Emilia (1 sp.), Erechtites (1 sp.), Galinsoga (1 sp.), Gamochaeta (1 sp.), Grazielia (1 sp.), Heterocondylus (2 spp.), Mikania (13 spp.), Piptocarpha (2 spp.), Pluchea (1 sp.), Praxelis (1 sp.), Pseudogynoxys (1 sp.), Pterocaulon (1 sp.), Sphagneticola (1 sp.), Sonchus (1 sp.), Steymarkina (1 sp.), Struchium (1 sp.), Synedrella (1 sp.), Tilesia (1 sp.), Tithonia (1 sp.), Trixis (1 sp.), Verbesina (1 sp.) e Vernonia (5 spp.). Estes gneros esto abrigados sob nove tribos. So citadas pela primeira vez para o Estado do Rio de Janeiro as espcies Mikania campanulata e Struchium sparganophorum.

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Neste trabalho foram analisados sedimentos marinhos de trs praias da Baa de Guanabara (praia de So Bento e praia da Bica, na Ilha do Governador, e praia de So Francisco, em Niteri), Rio de Janeiro, para avaliar a presena de microplsticos (fragmentos plsticos com tamanho &#8804; 5 mm) nestes ambientes. Os detritos plsticos visveis (macroplstico) foram separados dos sedimentos manualmente e pesados. Os detritos plsticos no visveis foram separados por densidade com soluo saturada de cloreto de sdio. Os fragmentos plsticos obtidos com a separao por densidade foram caracterizados por microscopia ptica para avaliar forma e superfcie, e foram classificados e quantificados em funo de seu tamanho. Os fragmentos microplsticos foram separados e caracterizados por espectrometria de absoro na regio do infravermelho por reflexo atenuada (ATR FT IR). Os espectros obtidos foram comparados com espectros padro de polmeros. As trs praias se apresentam contaminadas com lixo macroplstico e com lixo microplstico. Na praia da Bica, foram coletados 173 fragmentos, dos quais 73% so microplsticos. Na praia de So Bento foram 81 fragmentos e na praia de So Francisco foram 73 fragmentos, dos quais 70% e 86%, respectivamente, so microplsticos. Nas trs praias foram encontrados fragmentos microplsticos de poliestireno expandido. Nas praias da Bica e de So Bento foram encontrados fragmentos de polietileno; nas praias de So Bento e So Francisco foram encontrados fragmentos microplsticos de polipropileno. O descarte irregular de lixo e atividades industriais e comerciais no entorno da baa podem ser apontados como possveis fontes contaminantes

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Os anfbios anuros que habitam o bioma Mata Atlntica, especialmente em sua floresta ombrfila densa, so pouco conhecidos sob diversos aspectos de sua ecologia, existindo poucas informaes disponveis na literatura cientfica. Estes dados esto limitados a poucas localidades, geralmente estudos realizados em fragmentos remanescentes do sudeste brasileiro. A mata bem conservada que recobre os 3300 ha da Serra do Mendanha, apesar de localizada na regio metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, ainda no tinha sua anurofauna conhecida. No presente estudo, recolhemos informaes ecolgicas sobre as espcies que habitam a regio, especialmente da assemblia encontrada no folhio que recobre o solo, com o uso de diferentes metodologias: armadilhas de queda; parcelas cercadas; procura visual e auditiva em transeces e encontros ocasionais; assim como dados abiticos do ambiente regional (profundidade do folhio; nveis de pH; taxa de oxignio dissolvido; temperaturas do ar e da gua; umidade do ar). Exemplares-testemunho foram fixados e depositados na coleo de anfbios do Museu Nacional, Rio de Janeiro. A anurofauna da Serra do Mendanha composta por pelo menos 44 espcies que esto distribudas em 12 famlias, sendo a famlia Hylidae com o maior nmero de espcies (50%, n = 22), enquanto que Physalaemus signifer foi a espcie mais abundante (18%, n = 272), sendo habitante do folhio. A espcie Rhinella ornata contribuiu com a maior biomassa (m = 548 g). Identificamos uma nova espcie de anuro (Brachycephalidae), que tambm habita o folhio das cotas altimtricas acima de 700 m. Biogeograficamente a comunidade de anuros da rea estudada indicou ser mais similar (68%) com a comunidade da regio da Serra da Tiririca e arredores. Comparando-se os trs tipo de fisionomias, ou mesohbitats, existentes na Serra do Mendanha, em termos de riqueza e diversidade, a floresta secundria indicou ter os mais elevados ndices, seguido pela floresta pouco perturbada e pela monocultura de bananeiras. A assemblia de anuros que habita o folhio da Serra do Mendanha composta por nove espcies, que pouco diferiu ao longo de um gradiente altitudinal (0 a 900 m), com o registro das espcies Euparkerella brasiliensis, H. binotatus, Leptodactylus marmoratus e Zachaenus parvulus na maioria das cotas altimtricas. A altitude, a declividade e profundidade do folhio foram as variveis abiticas que mais influenciaram na distribuio de abundncia e de riqueza de espcies do folhio. Na estao mida (setembro a maro) a densidade de anuros no folhio foi de 10,4 ind./100m2, enquanto que na estao seca (abril a agosto) houve uma reduo de 34,6% (6,8 ind./100m2). As assemblias de anuros utilizam os recursos hdricos disponveis na Serra do Mendanha (gua da chuva, crregos, fitotelmas, rios e umidade do ar), de diferentes formas, associadas diretamente ao modo reprodutivo de cada espcie. A altitude, a temperatura da gua e o pH afetaram a distribuio de espcies de girinos nos diferentes stios reprodutivos. O modo reprodutivo 1 foi o mais freqente (n = 18) entre os 14 modos identificados. O estudo de 12 poas (lnticas e lticas) indicou que estas diferiram consistentemente entre si, seja nas suas dimenses, na composio de suas assemblias de girinos e nos seus componentes abiticos. Diversos predadores de girinos foram encontrados em algumas poas. A assemblia de girinos de cada poa indicou ser moldada pela interao de diferentes fatores ambientais, ecolgicos e filogenticos de cada espcie

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O objetivo deste trabalho foi avaliar a potencialidade de implantao da Produo Mais Limpa (P+L), atravs do estudo de caso em Laboratrio Biomdico de Referncia em uma instituio pblica de ensino e pesquisa localizada no Rio de Janeiro. Esta investigao exploratria e analtica, utilizando-se como instrumentos a reviso bibliogrfica e documental, a observao direta e a entrevista com aplicao de questionrios voltados aos responsveis pela rea ambiental do laboratrio pesquisado. A anlise foi realizada confrontando-se os dados levantados com as recomendaes da metodologia de P+L, identificando-se as lacunas e oportunidades para a melhoria dos servios e processos de trabalho. O laboratrio possui instalaes modernas, organizao, sistemas de avaliao da matria-prima e insumos usados, alm do gerenciamento dos resduos. Contudo, nem todos os procedimentos so validados ou esto adequados s normas. Em geral, problemas em laboratrios dizem respeito ao uso excessivo de substncias perigosas e ao manejo inadequado de resduos, o qual pode ser contornado com a P+L, tendo como enfoque a preveno da poluio e a minimizao na fonte geradora. A reduo do consumo de materiais e insumos, alm da implantao de mudanas nos processos de trabalho, podem diminuir os custos financeiros e os impactos ambientais, como foi demonstrado no estudo. Para a melhoria da gesto dos laboratrios, recomenda-se a continuidade na aquisio, manuteno de equipamentos e infraestrutura. importante a divulgao de informaes ambientais e treinamento permanente para funcionrios e alunos. A Sustentabilidade Ambiental s pode ser alcanada quando for bem entendida e absorvida por todos, sendo a alta administrao das instituies a maior responsvel para liderar esse processo. Para estudos futuros, prope-se melhor definio e ampliao dos indicadores para o monitoramento e aprimoramento da gesto ambiental. Complementarmente, indicam-se estudos sobre a aquisio de conceitos pelos atores sobre a P+L e como eles podem contribuir com a Sustentabilidade Ambiental e a melhoria no ambiente de trabalho. Espera-se que esta pesquisa auxilie com o aperfeioamento da gesto no laboratrio estudado e em instituies similares que a venham implantar a P+L.

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Os manguezais so ecossistemas complexos, que esto sujeitos a processos que ocorrem ao longo de diferentes escalas temporais e espaciais. Essa complexidade refora a importncia de se empregar abordagens que possam alcanar essas escalas. As florestas de mangue, entre outras funes, funcionam como sequestradoras e fixadoras de carbono, sendo importantes para o equilbrio do balano global de gs carbnico. Estudos relacionados a diversos biomas mostram que h diferena de teor de carbono para espcies diferentes. Diversas estimativas de estoque e sequestro de carbono em florestas de mangue adotam o valor de 45% para o teor de carbono nas espcies de mangue. O presente estudo realizado em Guaratiba, Rio de Janeiro, coletou ramos, folhas, troncos, partes reprodutivas e razes subterrneas das espcies ali encontradas: Avicennia schaueriana, Laguncularia racemosa e Rhizophora mangle, essa ltima teve ainda a coleta de rizforos, para determinao do teor de carbono nos diferentes compartimentos das diferentes espcies. As amostragens foram realizadas nos diferentes tipos fisiogrficos (franja, bacia e transio). O material seco foi triturado e determinado por autoanalisador CHN. Os resultados foram testados estatisticamente, atravs de anlise de varincia (ANOVA) e teste de Tukey para identificao de diferenas entre os tipos fisiogrficos, espcies e compartimentos (para p<0,05). Foi obtido um valor de teor de carbono orgnico para as partes lenhosas (44,1%) para todas as espcies; um valor para partes verdes de A. schaueriana e L. racemosa de 42,6% e R. mangle de 44,9%; e um valor para raiz de A. schaueriana e L. racemosa de 42,6% e R. mangle de 40,0%. No foi detectada influncia dos tipos fisiogrficos sobre o teor de carbono na floresta de mangue estudada. Os resultados aqui obtidos demonstram ainda que deve-se ter cautela na utilizao de um valor nico e global para o teor de carbono em espcies de mangue.