915 resultados para Melancolia Psicanálise (Freud)
Resumo:
O objetivo deste trabalho estudar a melancolia em duas vias: uma primeira via que chamaremos histrico-investigativa e que estudar esse conceito na filosofia antiga (Aristteles) que carrega o legado direto da medicina hipocrtica, e estudar ainda a trajetria da melancolia na psiquiatria moderna. Em outras palavras, estudar a forma como a melancolia foi construida como uma afeco do corpo nesses dois momentos histricos fundamentais do termo. Uma segunda via analisar o papel fundamental da construo do conceito de melancolia no interior e ao longo da obra de Freud, tanto na sua funo de delimitao de um campo propriamente psicanaltico de reflexo sobre essa doena, como nas suas relaes de vizinhana conceitual (onde esto envolvidos alguns dos conceitos mais fundamentais da obra freudiana)
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O objetivo da dissertao abordar a teoria causal do mental de Freud e seu uso na explicao do conflito psquico. destacada a dupla dimenso da causalidade psquica freudiana que oscila de uma causalidade mecanicista a uma causalidade intencional. Considera-se que a forma mais coerente de defender a tese da causalidade psquica descrev-la como intencional, usando o vocabulrio psicolgico. Para dar suporte a essa idia, a concepo estrita da causalidade sustentada por Wittgenstein dispensada, e a idia de causa mental em Davidson endossada como aquela que pode ser mais facilmente articulvel s hipteses freudianas. A questo analisada em trs momentos da obra freudiana. Na primeira tpica, Freud usa um vocabulrio hbrido, descrevendo o psiquismo tanto em termos de causa racionais quanto em termos de causas intencionais. Na segunda tpica, o psiquismo assume, cada vez mais, uma descrio intencional, e a causa a-racional da energia pulsional, inicialmente apresentada como um motor do psiquismo, d um lugar a angstia como um afeto intencional que obriga o eu a encontrar uma soluo para os conflitos psquicos.
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A proposta do trabalho delimitar quais as relaes existentes entre o eu e a temtica da constituio da realidade para o sujeito humano. Para tanto, abordaremos a importncia da temtica do eu na obra de Freud e no ensino de Lacan, delimitando os diferentes tempos da construo dessa noo no percurso desses autores. Nossa proposta mostrar que, desde o incio, o eu definido como uma instancia psquica responsvel por estabelecer defesas contra o desejo. O desenvolvimento da noo de narcisismo foi o que possibilitou que o eu recebesse um estatuto prprio ao campo psicanaltico. Freud sustenta que o eu no existe desde o incio, mas se constitui a partir do encontro com o outro. Sua funo seria, nesse contexto, a de unificar as pulses autoerticas numa imagem de corpo prprio. Por sua parte, Lacan afirmar que o eu uma instncia que se constitui a partir da imagem ideal do outro e, por isso, possui um fundamento ilusrio. Distingue o eu (moi) instncia que se constitui a partir do registro imaginrio do sujeito (je), conceito articulado a fala e que, por essa razo, se vincula ao registro simblico. Lacan subverte a noo de sujeito, na medida em que o situa como sendo homlogo ao objeto a. O objeto a est ligado ao que mais intimo e, ao mesmo tempo, ex-timo ao sujeito. Situando-se do lado do real ele causa do desejo, um desejo que insiste em se revelar as expensas do eu, nos domnios da fala e da linguagem. Considera-se que, enquanto que o sujeito do inconsciente est do lado da verdade, isto , da falta, o eu, por outro se encontra do lado da alienao ao outro, o quer dizer que ele est fixado em uma relao dual, intersubjetiva, que faz oposio, que busca se defender de qualquer aproximao do desejo. O que nos faz concluir que contra o desejo, que o eu se defende, afinal. Conclui- se que o percurso empreendido evidenciou a importncia que a temtica do eu em suas relaes com a constituio da realidade psquica ganha para a prxis analtica, pois, em torno da noo de eu que veremos se constiturem diferentes maneiras de se pensar tanto a formao do analista quanto a direo do tratamento psicanaltico
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O emprego da teoria psicanaltica freudiana como fundamento para uma abordagem psicolgica de problemas educacionais permite que se considere, simultaneamente, o desenvolvimento pleno do indivduo e suas relaes com a sociedade de que faz parte. Uma avaliao segura das possibilidades e limitaes desse emprego exige um estudo sistemtico da teoria, que inclui os instintos e suas vicissitudes - em especial represso e sublimao -, o desenvolvimento da funo sexual, o complexo de dipo, a identificao, o superego e o narcisismo. Com base nesse estudo, pode-se afirmar que as idias de Freud sobre educao concetram-se em dois processos que se prolongam por toda a vida do indivduo: o desenvolvimento do ego e a integrao cultura. A aplicao do conhecimento psicanaltico educao, de carter profiltico, apresenta grandes dificuldades. A proposta freudiana de uma educao para a realidade tem de ser posta em prtica desde os primeiros anos da infncia, o que exigiria urna problemtica orientao a pais e professores. Entretanto, o emprego da psicanálise como disciplina cientfica ou procedimento de investigao para ampliar a compreenso do processo educacional poder ter um carter substancialmente renovador, desde que ela se integre pesquisa interdisciplinar. Por essa via, sua contribuio ser enriquecedora e ela prpria se enriquecer. De outro modo, revelar-se- limitada para apreender o complexo conjunto das relaes sociais.
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O presente trabalho visou estudar as consideraes estticas de Freud contidas no texto O Estranho (1919), como tais posicionamentos promovem uma verdadeira descontinuidade no pensamento esttico ocidental. Neste sentido, ao nos mostrar como toda produo artstica tem no material inconsciente seu principal motor e fonte de inspirao, Freud a insere no rol das demais produes do inconsciente (sonhos, chistes, neurose, etc). No entanto, no contexto de O Estranho, Freud passa a ver a arte no mais como uma produo de um aparelho psquico movido pelo princpio do prazer, pois neste texto Freud antecipa a questo da pulso de morte e o eterno retorno de materiais recalcados como funcionamento de uma subjetividade regida por um alm do princpio do prazer, neste sentido, a morte, enquanto fim ltimo da existncia passa a ser a grande tnica das novas pesquisas freudianas, e o belo da arte estaria assim irremediavelmente implicado angustia e desamparo ocasionados pelo retorno do recalcado. Neste sentido, o unheimlich, enquanto sentimento de assombro e inquietao provocados pela pulso demonaca que insiste em presentificar-se, passa a ser encarado por Freud como importante princpio esttico.
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Jos Artur Molina busca nesta obra identificar na sociedade vienense de fins do sculo XIX as razes que levaram Sigmund Freud a analisar as mulheres a partir de um ponto de vista essencialmente falocntrico. Naquela poca, Viena, capital do Imprio Austro-Hngaro, assistia a uma verdadeira revoluo social, poltica e cultural, que seria o canto do cisne de sua frgil construo poltica que se desintegraria depois da I Guerra Mundial. Este cenrio borbulhante forneceria as condies ideais para o nascimento da psicanálise. Freud construiu uma teoria singular, com conceitos como inconsciente, pulso e um mtodo que inclua a escuta, a associao livre e a transferncia. As mulheres histricas foram as protagonistas desta criao. Freud encontra a razo do sofrimento delas: o cerceamento de seus desejos. A psicanálise revoluciona o tratamento das histerias, mas seu conceito de feminino se enclausura numa lgica flica. Molina tenta desvendar porque isto aconteceu, no apenas discutindo as imagens de mulheres presentes na obra de Freud, mas tambm as construes femininas de autores vienenses seminais, como o romancista Schnitzler e o pintor Klimt, e o quanto tais concepes se deviam ao visvel colapso das condies estabelecidas para a mulher e s mudanas que estavam perceptivelmente a caminho na Viena da Belle poque.
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Ps-graduao em Psicologia - FCLAS
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O presente artigo objetiva uma discusso sobre o vocabulrio fundamental da Metapsicologia freudiana, para alm da concepo de um simples e estanque agrupado de termos tcnicos. Levando-se tambm em considerao o fato de que Freud foi um escritor brilhante e um perspicaz explorador dos recursos oferecidos pela lngua alem, nossa inteno demonstrar certas distores de seu estilo e vocabulrio sofridas aps ter passado por tradues internacionalmente influentes para as lnguas inglesa e francesa. Logo, com a recente entrada da obra freudiana para o domnio pblico, esta finalmente passou a ser traduzida diretamente para o portugus, tornando-se atualmente um desafio fundamental aos tradutores brasileiros de Freud recuperar a vivacidade de suas palavras sem deixar de levar em considerao a acuidade de suas proposies.
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A psicose ordinria se insere em um programa de investigao do Campo freudiano que rel a transmisso de Lacan a partir das ferramentas tericas de seu ltimo ensino. Ela se apoia na constatao de casusticas onde no acontece o desencadeamento clssico e ruidoso, tal como o da psicose extraordinria. Ao contrrio, a sintomatologia discreta e exige do psicanalista uma ateno redobrada em relao referncia estrutural de uma psicose clssica. Partimos da investigao desta clnica estruturalista das psicoses, do primeiro ensino de Lacan, e avaliamos se o significante Nome-do-Pai persiste como operador nico no diagnstico diferencial. Ou se, desde as modificaes introduzidas por Lacan a partir da pluralizao do Nome-do-Pai, da insero dos conceitos de lalngua e falasser, e da valorizao do gozo na clnica mais fluda, borromeana, o operador em questo pode ser substitudo pelo sinthoma. A categoria de psicose ordinria reconsidera de uma forma diferenciada a foracluso deste significante a partir do objeto de gozo, e esclarece a pluralidade de significantes-mestres, que falam do sujeito fora do discurso estabelecido pelo Nome-do-Pai. Em seguida, estudamos dois aforismos lacanianos. O primeiro, todo mundo louco, isto , delirante, convoca uma clnica ordenada pela foracluso generalizada, na qual se inscreve algo da ordem de um no orientado. O segundo, o aforismo a relao sexual no existe, causa impasse em todos os sujeitos. Ambos requerem a resposta do falasser face ao indizvel e a construo de uma sada singular, que no passa de um delrio apreendido em uma positividade. Afinal, se a psicanálise de orientao lacaniana institui que todos os discursos so defesas contra o real, e todas as construes da realidade so delirantes, necessrio que cada um invente um modo de saber-fazer com o real.
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A tica na educao: uma perspectiva psicanaltica uma pesquisa terica que pretende constituir um espao de discusso entre psicanálise e educao no que diz respeito ao campo da tica, apresentando o que estes campos trazem de argumentao para sua tica. O dilogo entre estes saberes distintos inspirado no horizonte da hermenutica filosfica, j que a mesma, em sua base epistemolgica, propicia condies para realizar tal intento. Tendo em vista que nossa realidade marcada por fatos como a pluralidade das aes valorativas, a fragmentao dos sentidos frente a queda dos ideais e, conseqentemente, a exacerbao do individualismo e do narcisismo que, de uma maneira ampla e especfica, atinge a ao educativa que trazemos a discusso sobre a tica na psicanálise, no sentido de contribuir para um alargamento da reflexo tica no campo da educao. Nosso referencial terico parte da psicanálise freudo-lacaniana, centrando-se em dois grandes tericos: Sigmund Freud e Jacques Lacan. Fizemos uso da hermenutica filosfica de Gadamer como pano de fundo na pesquisa justamente por colocar a linguagem como solo, ou seja, que s pensamos dentro e a partir da linguagem, e que se relacionar com o mundo significa ter linguagem. A psicanálise, com a descoberta do inconsciente e sua aposta no desejo, permite uma articulao do estatuto do objeto que se caracteriza de uma forma distinta de outros saberes. A especificidade deste objeto est em retrair-se a qualquer objetivao exatamente por se tratar do objeto causa de desejo. Ao apontar para a questo do desejo no direcionamento na ao humana e seu correlato falta produz-se uma abertura, no sem conseqncias na reflexo tica sobre a educao, j que esta tem nas suas bases a inteno de abrir possibilidades para o pensar e refletir sobre a problemtica da formao.
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This dissertation analyses, within a psychoanalytical e literary perspective, the enigma of blindness in Graciliano Ramos s work. The approach takes into account, mainly, the narratives of Histrias de Alexandre (Alexandre s tales) and Infncia (Childhood memories) as both books speak of the same theme: the injured eye. The writer s work is scourged so that a broaden symbolism regarding the hurt eye can be found. The subject is discussed from three significant elements: fragmentation, helplessness and melancholy; all these form the creative aesthetic of Graciliano, merging into a single object. Fragmentation representing the internal shattered world of his characters, which is reflected in the environment; helplessness, directly related to feelings of rejection; and melancholy, characterized by a strong feeling of emptiness. The theme of isolation and loss is discussed based on Mourning and melancholy, by Freud, and other theorizers. There is also a brief dialogue with the Romantic and philosophical theories, which tries to explain the melancholic condition in the individual before moments of distress. Such theories are the support for the understanding of the helplessness of the hero in Graciliano Ramoss literature and for the assumption that the blindness in the mistreated boy of the book Infncia could be the language of the traumatic aspect that colors the entire text of the writer. As matter of fact, it constitutes in the lost object represented in the anguish of the author s characters
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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
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O tema desta Dissertao o suicdio como conseqncia da identificao com a me morta. Trata-se de uma pesquisa terica fundamentada na teoria psicanaltica, que recorre anlise do personagem Richard Brown, do filme As Horas, para ilustrar o argumento terico de que a revivescncia da identificao com a me morta pode ser um fator desencadeante do suicdio do melanclico na vida adulta. Inicialmente procura explicitar o conceito de me morta, caracterizada como uma me que mesmo quando est presente mostra-se ausente nos cuidados e no investimento amoroso ao filho em funo de sua depresso. Assim, para a criana, a imagem materna ser a de uma me sem vida, de uma me morta. Mostra a identificao com a me morta como sada psquica para a situao traumtica proveniente do desinvestimento amoroso maternal. A criana na relao com esta me vive uma catstrofe psquica chamada por Green de trauma narcisista, o que vai determinar o destino do investimento libidinal, objetal e narcisista do sujeito. Assim sendo, considera-se a melancolia como uma psicopatologia manifestada na vida adulta pelo sujeito subjugado pelo complexo da me morta. O estudo da melancolia no texto Luto e Melancolia, de Freud, fornece subsdios para se compreender os processos do mundo interior daqueles que querem dar cabo sua prpria existncia. A melancolia evidencia o embate entre o Eu e o Supereu nos papis de acusado e acusador. Mostra que o Supereu se torna sdico ao cobrar perfeio do Eu masoquista empobrecido narcisicamente pela identificao com a me morta. Quando chega s raias do sadismo esse embate leva o Eu, identificado com a me morta, a desejar eliminar o objeto mau introjetado numa parte do Eu, para resgatar o seu valor narcsico idealizado. Aponta o suicdio como a sada psquica encontrada pelo melanclico para livrar-se da identificao com a me morta. Conclui que no suicdio os conflitos inconscientes manifestados na vida adulta so revivescncias dos contedos psquicos registrados na infncia. No caso estudado em questo, a revivescncia da identificao com a me morta teria sido o fator desencadeante do suicdio de Richard Brown na vida adulta.
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O presente trabalho visa investigar o conceito de melancolia em psicanálise. Para tanto preciso tomar parte em alguns debates tericos que tem lugar no campo terico-clnico psicanaltico no que diz respeito a este conceito. Partindo do estudo do lugar provisrio legado melancolia na obra de Freud, buscamos compreender a ao da culpa e da negao na queixa melanclica na expectativa de colher elementos que possam apontar para uma direo clnica em sua leitura nosogrfica