4 resultados para Maprotiline
Resumo:
A depressão é uma das doenças de foro psiquiátrico que mais prevalece na nossa sociedade, subsistindo evidências epidemiológicas que indicam um aumento substancial da sua incidência nos últimos anos. Esta evidência é consubstanciada pelo aumento significativo do consumo de antidepressivos em Portugal. Este cenário pressupõe a necessidade de uma metodologia que permita analisar, com rigor e numa perspectiva de rotina, os antidepressivos que podem ser encontrados em amostras de sangue. No contexto do Serviço de Toxicologia Forense do Instituto Nacional de Medicina Legal, Delegação do Norte, torna-se necessário o desenvolvimento de uma metodologia analítica para a determinação simultânea de 15 antidepressivos em sangue total e a sua validação relativamente a vários parâmetros analíticos. Os antidepressivos considerados foram Amitriptilina, Citalopram, Clomipramina, N-Desmetilclomipramina, Dotiepina, Fluoxetina, Imipramina, Maprotilina, Mianserina, Mirtazapina, Nortriptilina, Paroxetina, Sertralina, Trimipramina e Venlafaxina. A técnica utilizada para este efeito foi o GC/MS/MS, aplicando um procedimento extractivo prévio apropriado, baseado em procedimentos convencionais de extracção em fase sólida. A escolha desta técnica teve por base a possibilidade de identificar inequivocamente os compostos presentes na amostra, independentemente da complexidade da matriz, e de originar metodologias com uma sensibilidade elevada e com limites de detecção muito baixos. Os parâmetros analíticos considerados para validação da metodologia estabelecida foram selectividade/especificidade e capacidade de identificação; limites de detecção e de quantificação; linearidade e gama de trabalho; eficiência de extracção; arrastamento; exactidão (precisão, veracidade e incerteza de medição) e robustez. Com excepção da exactidão, um parâmetro que carece ainda de estudos complementares, todos os parâmetros estudados foram validados de acordo com os requisitos internos do Serviço. De uma forma geral, os resultados obtidos com o método desenvolvido revelaram-se selectivos e apresentaram respostas analíticas tanto para concentrações de antidepressivos em níveis terapêuticos como para níveis letais destas drogas. Os procedimentos extractivos revelaram-se eficazes e não foram verificados fenómenos de arrastamento em concentrações mais elevadas. O método foi ainda considerado robusto.
Resumo:
Abstract Context. Seizures during intoxications with pharmaceuticals are a well-known complication. However, only a few studies report on drugs commonly involved and calculate the seizure potential of these drugs. Objectives. To identify the pharmaceutical drugs most commonly associated with seizures after single-agent overdose, the seizure potential of these pharmaceuticals, the age-distribution of the cases with seizures and the ingested doses. Methods. A retrospective review of acute single-agent exposures to pharmaceuticals reported to the Swiss Toxicological Information Centre (STIC) between January 1997 and December 2010 was conducted. Exposures which resulted in at least one seizure were identified. The seizure potential of a pharmaceutical was calculated by dividing the number of cases with seizures by the number of all cases recorded with that pharmaceutical. Data were analyzed using descriptive statistics. Results. We identified 15,441 single-agent exposures. Seizures occurred in 313 cases. The most prevalent pharmaceuticals were mefenamic acid (51 of the 313 cases), citalopram (34), trimipramine (27), venlafaxine (23), tramadol (15), diphenhydramine (14), amitriptyline (12), carbamazepine (11), maprotiline (10), and quetiapine (10). Antidepressants were involved in 136 cases. Drugs with a high seizure potential were bupropion (31.6%, seizures in 6 of 19 cases, 95% CI: 15.4-50.0%), maprotiline (17.5%, 10/57, 95% CI: 9.8-29.4%), venlafaxine (13.7%, 23/168, 95% CI: 9.3-19.7%), citalopram (13.1%, 34/259, 95% CI: 9.5-17.8%), and mefenamic acid (10.9%, 51/470, 95% CI: 8.4-14.0%). In adolescents (15-19y/o) 23.9% (95% CI: 17.6-31.7%) of the cases involving mefenamic acid resulted in seizures, but only 5.7% (95% CI: 3.3-9.7%) in adults (≥ 20y/o; p < 0.001). For citalopram these numbers were 22.0% (95% CI: 12.8-35.2%) and 10.9% (95% CI: 7.1-16.4%), respectively (p = 0.058). The probability of seizures with mefenamic acid, citalopram, trimipramine, and venlafaxine increased as the ingested dose increased. Conclusions. Antidepressants were frequently associated with seizures in overdose, but other pharmaceuticals, as mefenamic acid, were also associated with seizures in a considerable number of cases. Bupropion was the pharmaceutical with the highest seizure potential even if overdose with bupropion was uncommon in our sample. Adolescents might be more susceptible to seizures after mefenamic acid overdose than adults. "Part of this work is already published as a conference abstract for the XXXIV International Congress of the European Association of Poisons Centres and Clinical Toxicologists (EAPCCT) 27-30 May 2014, Brussels, Belgium." Abstract 8, Clin Toxicol 2014;52(4):298.
Resumo:
The S- and F-forms of alpha-1 acid glycoprotein (AAG) variants have been isolated by isoelectric focusing with immobilines from commercially available AAG. In equilibrium dialysis experiments using a multicompartmental system, a higher affinity for various basic drugs has been found with S- in comparison with F-AAG: Amitriptyline, nortriptyline, imipramine, desipramine, trimipramine, methadone, thioridazine, clomipramine, desmethylclomipramine, and maprotiline. The selectivity (binding to S- vs. F-AAG) is the most pronounced for methadone and the lowest for thioridazine, while it is absent for the acidic drug mephenytoin.
Resumo:
As metalo-β-lactamases (MBL) são capazes de hidrolisar os carbapenêmicos, a classe de antimicrobianos com maior potência para o tratamento de infecções graves e de maior uso clinico. Dentre as MBL, o grupo mais recentemente descrito e que apresentou rápida disseminação em todo o mundo é o da New-Delhi-Metalo- β-lactamases (NDM). Nas enterobactérias, os genes que codificam essas enzimas estão mais frequentemente localizados em plasmídeos. O estudo da estabilidade de plasmídeos que albergam o gene blaNDM-1 é importante para entender a predominância de espécies que carregam esses plasmídeos, desvendar mecanismos moleculares envolvidos na sua persistência e para desenvolver novas drogas que possam diminuir a sua persistência. Estudos recentes sobre estabilidade plasmidial evidenciaram que a maprotilina é capaz de induzir perda plasmidial de até 90% em E. coli K12. Neste trabalho, foi estudado o efeito da maprotilina na indução de cura de plasmídeos, que albergam o gene blaNDM-1, em diferentes espécies da família Enterobacteriaceae. Nove isolados pertencentes a diferentes espécies foram incluídas no estudo. Os plasmídeos foram caracterizados quanto ao seu tamanho por eletroforese e por sequenciamento de DNA no sistema Illumina. A persistência plasmidial foi determinada pelo método de contagem em placa em LB ágar com e sem tratamento com maprotilina em concentrações sub-inibitórias (50mg/L). O experimento foi conduzido por 10 dias, representando aproximadamente 100 gerações. Neste estudo evidenciou-se que o grupo das enterobactérias estão envolvidas na disseminação de plasmídeos com blaNDM-1, sendo que plasmídeos do grupo IncF estão mais relacionados a essa dispersão. A maprotilina teve efeito de cura plasmidial em todos os isolados exceto em E. hormaechei \"subsp. oharae\" e C. freundii. O isolado P. rettgeri apresentou maior taxa de perda plasmidial e a análise comparativa da sequência nucleotídica do plasmídeo indicou que a presença da IS5 pode estar relacionada com a diminuição da persistência plasmidial. Diferenças na persistência plasmidial, quando tratados com maprotilina, entre E. hormaechei \"subsp. steigerwaltii\" e E. hormaechei \"subsp. oharae\" sugerem que E. hormaechei \"subsp. oharae\" pode ser um possível disseminador de plasmídeos albergando blaNDM-1, devido a processos de adaptação co-evolutivos.