4 resultados para IPOLFG
Resumo:
Introdução: Os tumores nasais são, classicamente, abordados pela via externa mas recentemente tem-se optado, também, pela via endoscópica. No entanto, em tumores localmente avançados, poderá não ser possível a remoção completa. Material e métodos: Foram analisados os processos clínicos dos 14 doentes com tumor das fossas nasais removido por via endoscópica no IPOLFG entre 2005 e 2012. Resultados: Dos 14 doentes, 8 apresentavam tumor maligno e 5 tumor benigno. Não houve preponderância de nenhum tipo histológico. 7 doentes realizaram RT adjuvante e 1 foi submetido a esvaziamento ganglionar cervical ipsilateral. Foram registadas 2 complicações cirúrgicas: 1 fístula de LCR e 1 complicação minor. Apenas 2 doentes recidivaram, recorrendo-se à via externa em 1. Conclusões: A abordagem de tumores nasais por via endoscópica é uma opção eficaz mas é necessária uma correta avaliação da extensão tumoral para decisão da via cirúrgica a utilizar, para remoção completa e obtenção de margens livres.
Resumo:
Introdução: As neoplasias do espaço parafaríngeo são raras, representando apenas 0,5% dos tumores da cabeça e pescoço. A maioria são benignas, mas uma ampla variedade de patologias benignas e malignas podem ser encontradas neste espaço, o que cria desafios complexos de diagnóstico e tratamento. Objetivo: Descrever e analisar uma série de casos de neoplasias primárias do espaço parafaríngeo tratadas no Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPOLFG). Material e métodos: Estudo retrospetivo, com recolha e análise dos dados dos processos clínicos de tumores primários do espaço parafaríngeo, que foram diagnosticados ou referenciados ao IPOLFG entre 1 de Janeiro de 2003 e 31 de Dezembro de 2013. Resultados: Foram incluídos 38 doentes. A idade mediana foi de 52 anos (Âmbito Interquartil: 40-63 anos). Dez (26,3%) doentes eram assintomáticos. O sintoma mais comum à apresentação foi a sensação de corpo estranho orofaríngeo (23,7%) e o achado mais frequente foi um abaulamento orofaríngeo (78,4%). Todos os doentes fizeram exames de imagem pré-operatórios: 94,7% tomografia computorizada e 68,4% ressonância magnética. A citologia aspirativa foi realizada em 39,5%. 31 tumores eram benignos (81,6%), sendo os mais frequentes os adenomas pleomórficos (58,1%). 7 eram malignos (18,4%), com os carcinomas exadenomas pleomórficos (28,6%) e os linfomas (28,6%) sendo os mais comuns. 36 doentes (94,7%) foram submetidos a tratamento cirúrgico primário; os outros 2 doentes (5,3%) receberam tratamento não cirúrgico, com quimioterapia e quimioradioterapia, respectivamente. A abordagem cervical foi a mais utilizada (80%). A mandibulotomia foi necessária em apenas 5,7%. A complicação mais frequente foi a neuropatia de pares cranianos de novo, identificada em 22,2%. Destes, 75% foram sequela da resseção de tumores neurogénicos. Todas as neuropatias que resultaram da resseção de tumores não neurogénicos foram transitórias. O follow-up mediano foi de 6,5 anos. A taxa de recorrência foi de 13,5%. Conclusões: Os tumores do espaço parafaríngeo requerem um elevado índice de suspeição para serem diagnosticados num estadio precoce. A resseção cirúrgica completa é o principal tratamento. A abordagem cirúrgica deve ser selecionada caso a caso, mas a cervical fornece um excelente acesso à maioria dos tumores deste espaço
Resumo:
Introdução: A ecografia é sempre o meio diagnóstico de primeira linha na avaliação das doentes com endometriose. Dada a discrepância de critérios para o diagnóstico desta patologia por esta técnica, o objetivo deste trabalho foi recolher os dados da bibliografia mais recente relativa a este tema e redigir uma compilação sucinta das conclusões dos respectivos autores. Material e Métodos: Foi realizado um estudo retrospetivo dos artigos publicados nas revistas científicas sobre o tema Endometriose, quer sobre endometriomas quer sobre endometriose profunda. Resultados: Estão descritos os resultados de achados ecográficos de endometriomas, endometriose da parede abdominal e endometriose profunda publicados por diferentes autores nos últimos anos. Documentamos com imagens recolhidas no Serviço de Radiologia do IPOLFG. Conclusões: Os estudos demonstram que a ecografia transvaginal é, pelo menos, tão sensível e específica como a RM na detecção de implantes profundos de endometriose, sendo portanto o exame de primeira linha em casos de suspeita de endometriose.
Resumo:
Mestrado em Gestão de Recursos Humanos