985 resultados para Ficção galega História e crítica Teses


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Arnoia, Arnoia, do escritor galego Xos Lus Mndez Ferrn, recorre a estruturas literrias arquetpicas do Maravilhoso, ressignificando-as. O heri, diante de provaes que vivencia, sai em viagem na busca de um lugar ideal, sendo acompanhado de um personagem e variados objetos mgicos. Um passeio pelas sendas de Arnoia, Arnoia obriga a reler criticamente elementos de construo literria que retomam a tradio mtica, em especial a cltica medieval, uma vez que a literatura galega tem recorrido, em muito, cultura celta para expressar o seu imaginrio. Arnoia, Arnoia traz para a contemporaneidade variados elementos prprios do Maravilhoso, valendo-se deles para construir novos sentidos. Dessa maneira, o inslito, pacificamente esperado e mesmo demandado no Maravilhoso, surpreende na narrativa ferriniana

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A partir da leitura crítica de Mafalda, obra do cartunista argentino Quino, e alicerados no conceito de hegemonia de Gramsci, sobretudo na noo de contra-hegemonia, buscamos analisar as possibilidades de se construir coletivamente sentidos contra-hegemnicos no ensino de História a partir do que chamamos de crítica aos elementos caractersticos da sociedade burguesa (a democracia, o individualismo, o estmulo ao consumo, a propriedade privada, a naturalizao das diferenas, a competio, dentre outros). As contribuies de Gramsci ao campo da Educao, como o vnculo dialtico entre as relaes hegemnicas e pedaggicas, sua concepo da escola como um destacado aparelho privado de hegemonia, alm das reflexes sobre os intelectuais e sua ao pedaggica na construo/difuso/legitimao de consensos, constituem pilares fundamentais das anlises. esforo fundamental da pesquisa identificar em que medida os professores, conscientes de seus vnculos de classe e compromissados com as classes dominadas, podem atuar como educadores-intelectuais orgnicos estas classes, no mbito da escola, tornando-a uma trincheira sob o conceito gramsciano de guerra de posio contra a hegemonia burguesa. Em termos metodolgicos, foram selecionadas quinze tiras de Mafalda (divididas em onze temas os elementos que caracterizam a sociedade burguesa), presentes na obra Toda Mafalda (2002), no intuito de subsidiar as reflexes aqui esboadas. Obviamente, todo recorte ideolgico e nenhuma escolha neutra. As tiras escolhidas, longe de sintetizarem o olhar do artista argentino a respeito da burguesia, atendem aos objetivos deste trabalho.

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Ao trazer registros de como a cultura rabe ou o imigrante rabe foi representado pela literatura brasileira desde os escritos coloniais, pretendemos refletir sobre a ficção brasileira contempornea, que, diferentemente dos perodos anteriores, lana um olhar profundo sobre a imigrao rabe para o Brasil, o que possibilita uma releitura do processo de insero do imigrante na sociedade brasileira, principalmente para os descendentes de primeira e segunda gerao. O corpus escolhido composto por duas narrativas: o romance Dois irmos (2000), de Milton Assi Hatoum, escritor manaura, nascido em 1950, filho de imigrantes rabes srio-libaneses; e a narrativa O enigma de Qaf (2004), de Alberto Mussa, carioca, nascido em 1961, neto de imigrantes rabes. Nossa pesquisa busca demonstrar que as obras ficcionais de escritores descendentes de imigrantes permitem uma reflexo densa sobre os conflitos da condio migrante, porm numa perspectiva diferente da viso estereotipada ou mesmo de uma tematizao preconceituosa. Entendemos ser a literatura um espao privilegiado para trazer tona outras vises sobre a cultura rabe, deixando de lado, consequentemente, a nica história j delineada pelo colonizador europeu, aquela contida nos livros didticos, divulgada nos grandes meios de comunicao de massa e na história universal, segundo a qual os rabes so terroristas, fundamentalistas, desumanos, opressores da mulher, o turco da prestao, o vendedor ambulante. Trata-se, assim, de adotar um vis ps-colonial, segundo os estudos de Elona Patri dos Santos (2005), na medida em que, sob tal vis, o colonizado pode relatar a sua experincia, de acordo com a sua prpria verso, com a sua voz. A anlise elaborada por meio de trs eixos: o ethos identitrio, o pathos do exlio e o logos da memria. Com a abordagem desses eixos, buscamos enfatizar a construo, nos dois romances, de um espao de enriquecimento cultural por meio de personagens despidos de exageros folclricos, de uma ambientao sem exotismos, da tematizao de ritos rabes sem esteretipos, e, principalmente, do maior legado da cultura rabe para a humanidade: a lngua rabe. Buscamos, dessa forma, contribuir para uma maior compreenso da ficção brasileira contempornea, alm de colaborar com as pesquisas que tratam das representaes e figuraes do rabe produzidas no Brasil

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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A tese se insere nos estudos sobre o gtico literrio. Seu objetivo principal mostrar o lar como lugar crucial para o desenvolvimento das temticas caras ao gnero, destacando o corpo feminino como piv. Na primeira parte, foram analisados estudos tericos sobre o romance ingls, apontando para uma possvel mudana na maneira como o gtico vem sendo tratado. Na segunda parte, obras ficcionais importantes para a discusso do lar e do corpo feminino dentro da tradio gtica foram analisadas, promovendo a articulao de tais obras com as diretrizes tericas pertinentes. Finalmente, a terceira e ltima parte ter os romances Ciranda de Pedra, Daughters of the House e Lady Oracle como foco, a fim de apontar o modo como a narrativa gtica contempornea assimilou as questes tratadas anteriormente

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O objetivo da presente pesquisa o de discutir a reescrita da história da Irlanda, mais especificamente aspectos relacionados construo da identidade nacional e de marcas da tradio, a partir da leitura do romance Tipperary, de Frank Delaney. Publicada em 2007, essa obra aborda de forma singular as querelas sobre identidade nacional, nacionalismo, passado, memria, e seus personagens principais e a trama esto significativamente ligados ao contexto poltico-social da história da Irlanda. Nessa reconstruo da história, o passado revisitado atravs de diferentes pontos de vista. Nossa ateno estar voltada para a seleo de elementos/momentos da história do pas que ganham foco na narrativa, e as possveis repercusses deste processo. Alm disso, nos concentraremos na questo das tnues fronteiras entre história e ficção, ou seja, as fronteiras pouco delimitadas entre o discurso histrico e o discurso ficcional. Na escrita da história em Tipperary, Delaney aborda questes relativas a mitos, lendas e tradies como importantes fatores de identidade nacional em uma Irlanda que emerge como uma nao independente. No romance em questo, podemos observar como história e memria se unem na jornada do protagonista, em sua empreitada de narrar a história de sua vida e de seu pas

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A presente dissertao pretende analisar a viso do autor irlands Oscar Wilde sobre diferentes expresses artsticas, e discutir como ele relacionava tais formas de arte com a vida cotidiana. Para tanto, o primeiro captulo dedicado vida de Wilde por entendermos que a sua vida foi, igualmente com os seus textos, uma obra de arte. No segundo captulo, foram analisadas as conferncias proferidas pelo escritor em uma turn que ele fez pelos Estados Unidos e Canad no ano de 1882. No terceiro, e ltimo captulo, foram selecionados trs ensaios nos quais os temas debatidos sempre convergem para a discusso sobre a arte e sua relao com a vida

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In the Time of the Butterflies um romance da escritora dominicana-americana Julia Alvarez sobre a vida e a morte das Borboletas, Las Mariposas, codinome das irms Mirabal, membros de um movimento clandestino contra o regime ditatorial de Rafael Leonidas Trujillo na Repblica Dominicana, que se tornaram smbolos da luta contra o Trujillato depois de serem assassinadas a mando do ditador. Essa dissertao tem como objetivo expor como forma literria e contexto social esto diretamente relacionados nesse romance. Ela defende a ideia de que o borramento de trs gneros literrios distintos metaficção historiogrfica, autobiografia e bildungsroman reflete o questionamento das fronteiras entre o privado e o pblico, o pessoal e o poltico, o eu e o outro, o individual e o coletivo, a literatura e a história, fato e ficção e história e subjetividade. Ela tambm tenta mostrar como a problematizao dessas dicotomias implica na contestao de noes pr-concebidas de identidade, história e nao

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Ao contrrio do que propaga a maioria da crítica, Alusio Azevedo no foi um escritor exclusivamente naturalista. Em sua diversificada produo literria encontramos peas teatrais, escritas individualmente, em parceria com o irmo Artur Azevedo ou com o amigo Emlio Roude; romances-folhetim, que asseguravam sua sobrevivncia; narrativas que podem inscrever-se no gnero fantstico, como os contos Demnios e O impenitente, bem como o romance A mortalha de Alzira; e ainda uma surpreendente novela policial, Mattos, Malta ou Matta? Toda a sua obra, seja ela dramatrgica ou narrativa, revela-nos um escritor em conflito, dividido entre a necessidade de ganhar dinheiro e o desejo de escrever de acordo com suas prprias convices. Este trabalho busca destacar e discutir algumas vertentes estticas de sua obra literria relegadas pela crítica e em geral pouco conhecidas: a narrativa romntica, a policial, a fantstica e sua criao teatral

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Esta dissertao prope uma leitura de um conjunto de obras de Ana Teresa Pereira centrada nas relaes entre escrita e representao. Estas obras so: O Fim de Lizzie e outras histórias (2008), O Vero Selvagem dos Teus Olhos (2008), Inverness (2010), A Outra (2010), A Pantera (2011) e O Lago (2011). Partindo da hiptese de que aquele binmio constitui um problema terico importante na abordagem a estas obras, interroga-se as diversas instncias em que ele se manifesta nos textos, tendo em conta a encenao do acto de escrita e de outros actos de criao, bem como o recurso a um campo semntico do domnio do teatro, com o qual a narrativa se confunde, pondo em evidncia e em dilogo diferentes acepes do conceito de representao. A reflexo atenta essencialmente em trs eixos: o pensamento sobre arte que atravessa estas narrativas, a figurao auto-reflexiva do texto e a forma como Ana Teresa Pereira desenvolve uma noo de teatralidade na articulao entre escrever e representar. Esta noo tambm a que une ideias de livro, de palco e de mundo, gerando tenses consequentes entre ficção, realidade e literatura.

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Ps-graduao em História - FCLAS

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Homens e caranguejos (1967), nica narrativa ficcional de Josu Apolnio de Castro (1908-1973), a priori publicada em francs (1966), durante o foroso exlio do autor em Paris, sumariamente expressiva desde o prlogo que antecede a trama. Nomeando as pginas introdutrias deste romance como Prefcio um tanto gordo para um romance um tanto magro, Josu de Castro distende, ao retomar num tempo que j considerava anacrnico, o hbito pela escrita prefacial, a concepo de paratexto ampliada por Gerard Genette (1930), em Palimpsestes (1982). Apresentando a fome pelas recordaes infantis que dela possui, o autor agua no pblico-leitor a vontade de tatear, rente a seu olhar aparentemente ingnuo de criana e, de ficcionista de primeira viagem, o macrocosmo de memrias da fome que lhe serve como porto de partida para a criao de um microcosmo ldico e faminto, pelo qual a imaginao e impossibilidade de re-apresentao total do vivido na linguagem, rearranjam a realidade da condio humana, reinventando-a pela articulao dramtica dos elementos formais, sobretudo, tempo-espao, narrador e personagem. A ficção se pe no ritmo fragmentado de aventuras e desventuras assumidas a partir dos intervalos da memria. Sero sumrios nos estudos mnemnicos, as apreciaes de Henri Bergson em Matria e memria (1896), Jacques Le Goff em História e memria (1924) e Maurice Halbwachs, na publicao pstuma de A memria coletiva (1950), em face de serem fontes subsidirias da aproximao entre os estudos da memria e a literatura. Lana-se mo da lembrana a fim de legendar os dilogos futuros entre o protagonista infantil, Joo Paulo, vido pela liberdade sonhadora prpria da criana, e as memrias de outros experientes personagens, nem to esperanosos assim. D-se na narrativa o tom que oscila entre a transformao e a acomodao do eu e do outro, de espaos simbioticamente incertos e unidos por suas fomes. Fome que , desde ento, a personagem modeladora, que provoca o dilogo da presente pesquisa com o modo de apreenso que dado por Angela Faria, na dissertao Homens e caranguejos: uma trama interdisciplinar. A literatura topoflica e telrica (2008). Vislumbra-se no elemento famlico uma funo que vai alm da tematizao social do subdesenvolvimento, como agente que apalpa com mos-de-ferro o estrato formal e interno da obra.

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O objetivo deste texto o de apresentar um breve histrico das relaes entre ficção e história que destaca, dos clssicos da Antigidade ao ps-estruturalismo, os momentos (ou os autores) que significativamente colocaram esta questo em foco. Tais reflexes tocam, especialmente, as fronteiras do literrio e pretendem contribuir para uma investigao sobre o modo como o romance, sem perder sua especificidade esttica, pode incorporar o dado histrico.Palavras-chave: Ficção e história; abordagem terica; Aristteles; Hegel; Lukcs; Bakhtin; Barthes.