953 resultados para Fauna Neotropical
Resumo:
Inventários e estudos faunísticos detalhados sobre vertebrados são uma das fontes mais relevantes de dados para interpretações de padrões detalhados de diversidade biológica. Dados básicos e de boa qualidade sobre faunística são ainda mais urgentes em regiões pouco estudadas e sob intensa ameaça antrópica, tais como a região do Cerrado, um dos 34 hotspots globais para a conservação da biodiversidade. Apresentamos aqui uma síntese dos resultados dos inventários de vertebrados na Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins (~716.000 ha), a segunda maior unidade de conservação em todo o Cerrado. Foram registradas 450 espécies de vertebrados na EESGT e entorno imediato, incluindo 17 espécies ameaçadas, 50 espécies endêmicas do Cerrado e 11 espécies com distribuição potencialmente restrita. Do total de espécies amostradas, 180 são novos registros para a região do Jalapão. Ao menos 12 espécies amostradas foram consideradas potenciais espécies novas, das quais quatro foram descritas recentemente, a partir do material obtido no inventário. Os resultados evidenciam que a EESGT é uma das mais importantes áreas protegidas no Brasil central, contribuindo para a persistência de espécies ameaçadas, dependentes dos últimos grandes blocos contínuos de vegetação nativa de Cerrado. Nossos resultados indicam ainda que a conservação da EESGT e suas principais subunidades é crucial para a representatividade do sistema de áreas protegidas do Cerrado, protegendo potenciais endemismos restritos que aliam alta vulnerabilidade intrínseca e valor como indicadores de padrões e processos biogeográficos formadores da rica e cada vez mais ameaçada fauna Neotropical.
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Spilogona Schnabl (Diptera, Muscidae, Coenosiinae, Limnophorini) está representado na América Latina por oito espécies. O exame de material tipo de quatro espécies - S. golbachi Snyder, S. hirticeps (Stein), S. trichops (Stein) e S. semicinerea (Stein), a primeira depositada na Fundación e Instituto Miguel Lillo (Argentina) e as demais no Stlaatliches Museum für Tierkunde (Alemanha) permitiu a redescrição dos adultos e a descrição com ilustrações das terminálias masculinas e femininas, as três últimas, pela primeira vez.
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Este trabalho descreve o padrão de diversidade beta das mariposas Arctiidae no Estado do Rio Grande do Sul (RS) e avalia se esse padrão é relacionado com o tipo de vegetação ou com a distância geográfica entre as áreas. A partir da observação de 9420 espécimes depositados em 13 coleções científicas e de duas listas publicadas na literatura, obteve-se registro de 329 espécies de arctiídeos em 55 localidades do RS. Essa riqueza corresponde a 5,6% da fauna Neotropical e 16,5% da fauna estimada para o Brasil. Cinqüenta e duas espécies (15,8%) foram registradas pela primeira vez no Estado. Não houve relação entre a diversidade beta (distância de Sorensen) e a distância geográfica entre as localidades, sugerindo que a configuração espacial do ambiente não influencia de forma significativa a locomoção das mariposas Arctiidae entre as paisagens. As análises multivariadas indicaram que a fauna de Arctiidae apresenta uma composição diferente em cada tipo de vegetação. A composição da fauna de áreas de Floresta Ombrófila Mista (Mata de Araucária) difere da fauna dos demais tipos de vegetação. Além disso, verificou-se uma maior riqueza de espécies em ambientes florestais do que em campestres.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Este trabalho descreve o padrão de diversidade beta das mariposas Arctiidae no Estado do Rio Grande do Sul (RS) e avalia se esse padrão é relacionado com o tipo de vegetação ou com a distância geográfica entre as áreas. A partir da observação de 9420 espécimes depositados em 13 coleções científicas e de duas listas publicadas na literatura, obteve-se registro de 329 espécies de arctiídeos em 55 localidades do RS. Essa riqueza corresponde a 5,6% da fauna Neotropical e 16,5% da fauna estimada para o Brasil. Cinqüenta e duas espécies (15,8%) foram registradas pela primeira vez no Estado. Não houve relação entre a diversidade beta (distância de Sorensen) e a distância geográfica entre as localidades, sugerindo que a configuração espacial do ambiente não influencia de forma significativa a locomoção das mariposas Arctiidae entre as paisagens. As análises multivariadas indicaram que a fauna de Arctiidae apresenta uma composição diferente em cada tipo de vegetação. A composição da fauna de áreas de Floresta Ombrófila Mista (Mata de Araucária) difere da fauna dos demais tipos de vegetação. Além disso, verificou-se uma maior riqueza de espécies em ambientes florestais do que em campestres.
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Background: The megadiverse Neotropical freshwater ichthyofauna is the richest in the world with approximately 6,000 recognized species. Interestingly, they are distributed among only 17 orders, and almost 80% of them belong to only three orders: Characiformes, Siluriformes and Perciformes. Moreover, evidence based on molecular data has shown that most of the diversification of the Neotropical ichthyofauna occurred recently. These characteristics make the taxonomy and identification of this fauna a great challenge, even when using molecular approaches. In this context, the present study aimed to test the effectiveness of the barcoding methodology (COI gene) to identify the mega diverse freshwater fish fauna from the Neotropical region. For this purpose, 254 species of fishes were analyzed from the Upper Parana River basin, an area representative of the larger Neotropical region.Results: Of the 254 species analyzed, 252 were correctly identified by their barcode sequences (99.2%). The main K2P intra- and inter-specific genetic divergence values (0.3% and 6.8%, respectively) were relatively low compared with similar values reported in the literature, reflecting the higher number of closely related species belonging to a few higher taxa and their recent radiation. Moreover, for 84 pairs of species that showed low levels of genetic divergence (<2%), application of a complementary character-based nucleotide diagnostic approach proved useful in discriminating them. Additionally, 14 species displayed high intra-specific genetic divergence (>2%), pointing to at least 23 strong candidates for new species.Conclusions: Our study is the first to examine a large number of freshwater fish species from the Neotropical area, including a large number of closely related species. The results confirmed the efficacy of the barcoding methodology to identify a recently radiated, megadiverse fauna, discriminating 99.2% of the analyzed species. The power of the barcode sequences to identify species, even with low interspecific divergence, gives us an idea of the distribution of inter-specific genetic divergence in these megadiverse fauna. The results also revealed hidden genetic divergences suggestive of reproductive isolation and putative cryptic speciation in some species (23 candidates for new species). Finally, our study constituted an important contribution to the international Barcoding of Life (iBOL.org) project, providing barcode sequences for use in identification of these species by experts and non-experts, and allowing them to be available for use in other applications. © 2013 Pereira et al.; licensee BioMed Central Ltd.
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Abelhas das orquídeas (Apini, Euglossina) apresentam distribuição principalmente Neotropical, com cerca de 200 espécies e cinco gêneros descritos. Muitos levantamentos locais de fauna estão disponíveis na literatura, mas estudos comparativos sobre a composição e distribuição dos Euglossina são ainda escassos. O objetivo deste estudo é analisar os dados disponíveis de 29 assembleias a fim de entender os padrões gerais de distribuição espacial nas áreas amostradas ao longo do Neotrópico. Métodos de ordenação (DCA e NMDS) foram utilizados para descrever os agrupamentos de assembleias de acordo com as ocorrências de abelhas das orquídeas. As localidades de florestas da América Central e da Amazônia formaram grupos coesos em ambas as análises, enquanto as localidades de Mata Atlântica ficaram mais dispersas nos gráficos. Localidades na margem leste da Amazônia aparecem como áreas de transição características entre esta sub-região e a Mata Atlântica. As análises de variância entre o primeiro eixo da DCA e variáveis selecionadas apresentaram valores significantes quanto à influência dos gradientes de latitude, longitude e precipitação, bem como das sub-regiões biogeográficas nos agrupamentos das assembleias. O padrão geral encontrado é congruente com os padrões biogeográficos previamente propostos para a região Neotropical. Os resultados do DCA auxiliam ainda a identificar, de forma independente, os elementos das faunas de cada uma das formações vegetais estudadas.
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We investigated the influence of Pinus afforestation on the structure of leaf-litter ant communities in the southeastern Brazilian Atlantic Forest, studying an old secondary forest and a nearly 30 year-old never managed Pinus elliottii reforested area. A total of 12,826 individual ants distributed among 95 species and 32 genera were obtained from 50 1 m² samples/ habitat. Of these, 60 species were recorded in the pine plantation and 82 in the area of Atlantic forest; almost 50% of the species found in the secondary forest area were also present in the pine plantation. The number of species per sample was significantly higher in the secondary forest than in the pine plantation. Forest-adapted taxa are the most responsible for ant species richness differences between areas, and the pine plantation is richer in species classified as soil or litter omnivorous-dominants. The specialized ant predators registered in the pine plantation, as seven Dacetini, two Basiceros, two Attini and two Discothyrea, belong to widely distributed species. The NMDS (non-metric multidimensional scaling) ordination also suggested strong differences in similarity among samples of the two areas. Furthermore, this analysis indicated higher sample heterogeneity in the secondary forest, with two clusters of species, while in the pine plantation the species belong to a single cluster. We applied the ant mosaic hypothesis to explain the distribution of the leaf-litter fauna and spatial autocorrelation tests among samples. We argue that the results are likely related to differences in quality and distribution of the leaf-litter between the pine plantation and the secondary area.
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Nyssomyia intermedia s. lat. tem sido citada por vários autores no Paraná. No entanto, alguns estudos apontam que esse táxon corresponde a Nyssomyia neivai (Pinto). Em coletas realizadas em galinheiro e em ambiente de mata, com armadilhas, entre novembro de 2005 e outubro de 2006, em Adrianópolis, Morretes e Pontal do Paraná, localizados na região de Mata Atlântica na Serra do Mar e no litoral do Paraná, sete fêmeas de Nyssomyia intermedia s. str. (Lutz & Neiva) foram encontradas juntamente com outras 14 espécies de flo ebotomíneos, confirmando a ocorrência de N.intermedia em área de costa e de mata Atlântica do Paraná.
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We herein propose transfer of the two monotypic genera Globibunus (type-species G. rubrofemoratus Roewer, 1912) and Rivetinus (type-species R. minutus Roewer, 1919) to the subfamily Zamorinae (Agoristenidae) and Ramonus (type-species R. conifrons Roewer, 1956), previous placed in Agoristenidae, to the Prostygninae (Cranaidae) based on several characteristics of male genitalia. These transfers are corroborated by a cladistic analysis, which also recovered the three currently recognized agoristenid subfamilies.
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Foram realizadas coletas padronizadas em 18 pontos ao longo da Mata Atlântica Brasileira no escopo do Programa BIOTA/FAPESP usando-se varredura de vegetação, e armadilhas Malaise e Möricke. Foi coletado um total de 2.811 exemplares de Dissomphalus. Foram reconhecidas 30 espécies descritas, a saber: Dissomphalus conicus Azevedo, 2003, D. h-ramus Redighieri & Azevedo, 2004, D. laminaris Redighieri & Azevedo, 2004, D. manus Azevedo, 2003, D. umbilicus Azevedo, 2003, D. verrucosus Redighieri & Azevedo, 2004, D. alticlypeatus Azevedo, 2003, D. bicerutus Azevedo, 2003, D. gilvipes Evans, 1979, D. krombeini Azevedo, 1999, D. gordus Azevedo, 2003, D. undatus Azevedo, 2003, D. cristatus Redighieri & Azevedo, 2004, D. laticephalus Azevedo, 2003, D. lobicephalus Azevedo, 2003, D. completus Azevedo, 1999, D. gigantus Azevedo, 1999, D. scamatus Azevedo, 1999, D. napo Evans, 1979, D. punctatus (Kieffer, 1910), D. infissus Evans, 1969, D. plaumanni Evans, 1964, D. concavatus Azevedo, 1999, D. rectilineus Azevedo, 1999, D. bifurcatus Azevedo, 1999, D. extrarramis Azevedo, 1999, D. strictus Azevedo, 1999, D. connubialis Evans, 1966, D. microstictus Evans, 1969, D. scopatus Redighieri & Azevedo, 2004. Além disso, foram descritas e ilustradas 23 espécies novas: Dissomphalus inclinatus sp. nov., D. divisus sp. nov., D. distans sp. nov., D. crassus sp. nov., D. filiformis sp. nov., D. inflexus sp. nov., D. spissus sp. nov., D. firmus sp. nov., D. setosus sp. nov., D. tubulatus sp. nov., D. differens sp. nov., D. lamellatus sp. nov., D. fimbriatus sp. nov., D. magnus sp. nov., D. trilobatus sp. nov., D. amplifoveatus sp. nov., D. personatus sp. nov., D. excellens sp. nov., D. peculiaris sp. nov., D. bahiensis sp. nov., D. amplexus sp. nov., D. elegans sp. nov. e D. amplus sp. nov.. Foram propostos 2 grupos novos de espécies, brasiliensis com duas espécies e setosus com oito espécies. Dissomphalus connubialis Evans, 1966 foi revalidado a partir de D. brasiliensis Kieffer, 1910. Dissomphalus bispinulatus Evans, 1969 foi considerado sinônimo junior de D. brasiliensis. Foi proposto para o gênero uma chave de espécies Neotropicais baseada em machos. Algumas espécies como Dissomphalus rectilineus, D. plaumanni, D. connubialis e D. gigantus são amplamente distribuídos ao longo deste bioma. Por outro lado, espécies como Dissomphalus completus, D. bifurcatus, D. napo, D. gilvipes, D. microstictus, D. brasiliensis, D. scamatus, D. strictus, D. undatus, D. alticlypeatus, D. laticephalus, D. verrucosus, D. extrarramis, D. concavatus, D. krombeini, D. gordus, D. lobicephalus e 13 espécies novas são restritas a regiões específicas, apresentando congruência com os subcentros deste bioma.