A comparison of the leaf-litter ant fauna in a secondary atlantic forest with an adjacent pine plantation in southeastern Brazil

We investigated the influence of Pinus afforestation on the structure of leaf-litter ant communities in the southeastern Brazilian Atlantic Forest, studying an old secondary forest and a nearly 30 year-old never managed Pinus elliottii reforested area. A total of 12,826 individual ants distributed among 95 species and 32 genera were obtained from 50 1 m² samples/ habitat. Of these, 60 species were recorded in the pine plantation and 82 in the area of Atlantic forest; almost 50% of the species found in the secondary forest area were also present in the pine plantation. The number of species per sample was significantly higher in the secondary forest than in the pine plantation. Forest-adapted taxa are the most responsible for ant species richness differences between areas, and the pine plantation is richer in species classified as soil or litter omnivorous-dominants. The specialized ant predators registered in the pine plantation, as seven Dacetini, two Basiceros, two Attini and two Discothyrea, belong to widely distributed species. The NMDS (non-metric multidimensional scaling) ordination also suggested strong differences in similarity among samples of the two areas. Furthermore, this analysis indicated higher sample heterogeneity in the secondary forest, with two clusters of species, while in the pine plantation the species belong to a single cluster. We applied the ant mosaic hypothesis to explain the distribution of the leaf-litter fauna and spatial autocorrelation tests among samples. We argue that the results are likely related to differences in quality and distribution of the leaf-litter between the pine plantation and the secondary area.

A influência do reflorestamento com Pinus na estrutura da fauna de formigas de serapilheira foi investigada, estudando uma floresta Atlântica secundária inalterada há 30 anos e uma área reflorestada com Pinus elliottii no Sudeste do Brasil. Em 50 amostras de 1 m² tomadas em cada área, foram coletados 12.826 indivíduos, distribuídos em 95 espécies e 32 gêneros de formigas. Foram identificadas 60 espécies na área reflorestada com Pinus e 82 espécies na área de floresta secundária; aproximadamente 50% das espécies foram registradas nas duas áreas. A mediana do número de espécies por amostra foi maior na floresta secundária. Táxons com biologia especializada são responsáveis por grande parte das diferenças de composição de fauna, sendo a área de reflorestamento com Pinus mais rica em espécies onívoras e dominantes. Predadoras especializadas registradas na área de Pinus, como sete espécies de Dacetini, duas Basiceros, duas Attini e duas Discothyrea, têm ampla distribuição na Floresta Atlântica. A ordenação das amostras com o escalonamento multidimensional não-métrico (NMDS) indicou grande diferença na similaridade entre as amostras das áreas. Adicionalmente, essa análise sugere maior heterogeneidade na composição das amostras da floresta secundária, identificando dois agrupamentos de espécies, enquanto a área de Pinus apresenta um agrupamento apenas. Para investigar quais fatores podem explicar a heterogeneidade observada, testes de co-ocorrência e de autocorrelação espacial foram aplicados entre amostras de cada área. Nossa conclusão é que as diferenças observadas devem estar relacionadas com diferenças na qualidade e distribuição da serapilheira entre as áreas.

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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