813 resultados para Distress psicológico


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O presente estudo teve como objectivos caracterizar do ponto de vista da saúde mental a população idosa da Região Autónoma da Madeira (RAM); determinar as prevalências das situações de saúde mental positiva e negativa e avaliar a influência positiva (protectora) ou negativa (de risco) de certos factores pessoais e do meio na saúde mental. Foi um estudo de natureza psicossocial,transversal, probabilístico, com uma componente descritiva e outra inferencial. A amostra (N=342) representativa das pessoas com 65 e mais anos, residentes na comunidade, foi estratificada por concelhos, por géneros e por classes etárias. A selecção foi feita da base de dados do Cartão de Utente do Serviço Regional de Saúde Empresa Pública Empresarial. As pessoas idosas foram entrevistadas pelas enfermeiras dos Centros de Saúde, que utilizaram para tal um questionário estruturado. Na avaliação das variáveis utilizaram-se diversos instrumentos alguns dos quais amplamente usados em outros estudos com população idosa. A saúde mental foi avaliada utilizando-se o Mental Health Inventory - MHI (Ware & Veit, 1983; Ribeiro, 2000), que contempla uma dimensão mais positiva o bem-estar psicológico e outra mais negativa o distress psicológico. Nas variáveis independentes (pessoais e do meio ambiente) utilizaram-se: para a classe social a Classificação Social de Graffar (Graffar, 1956); para a rede social a Lubben Social Network Scale - LSNS (Lubben, 1988); para a autonomia nas actividades instrumentais da vida diária a IADL (Lawton & Brody, 1969; Botelho, 2000); para a capacidade funcional (ABVD) o Índice de Katz (Katz et al., 1963; Cantera, 2000). As restantes variáveis, nomeadamente as de caracterização demográfica bem como as auto-percepções relativas ao rendimento, à habitação, de controlo, a ocupação do tempo, os acontecimentos de vida significativos, a autonomia física, a percepção relacionada com a saúde, as queixas de saúde ou doenças, os apoios de saúde e sociais, foram avaliadas através de questões formuladas para o efeito. No tratamento de dados, procedeu-se à análise descritiva das diferentes variáveis obtendo-se uma primeira caracterização da saúde mental das pessoas inquiridas. A fim de determinar as prevalências das situações de saúde mental mais positiva e mais negativa, recorreu-se à análise com três clusters. Para determinar a associação entre as variáveis pessoais e do meio e a saúde mental, usaram-se dois modelos de regressão logística (MRL). Num 1º MRL o enfoque colocou-se na relação das capacidades físicas e na percepção de saúde detidas pelas pessoas idosas, na disponibilidade de apoios específicos e a saúde mental. O 2º MRL focalizou-se na interacção entre a percepção de controlo detida pelas pessoas idosas, as condições sócio-económicas e a saúde mental. Resumem-se os resultados: na amostra identificou-se uma percentagem superior de mulheres (66,4%) face aos homens. A classe etária dos 65–74 anos incluiu maior número de idosos (64,9%). A maioria de (55,6%) residiam fora do Funchal. Os reformados eram prevalentes (78,1%) bem como os que detinham 1 a 11 anos de escolaridade (58,2%). As mulheres (65,2%) eram mais analfabetas do que os homens (48,7%). Dos idosos 44,4% pertenciam à classe social V (muito baixa) sendo a maioria mulheres (53,3%). A idade mínima da amostra foi 65 anos e a máxima 89 anos. A idade X =72,6 anos com umS =5,77. Foram encontrados níveis mais positivos nas diferentes dimensões da saúde mental. Prevalências: saúde mental positiva 67,0%, bem-estar psicológico elevado 24,3%. Apenas 3,2% apresentaram distress psicológico mais elevado. Com depressão maior identificaram-se 0,3% dos idosos. Num 1º MRL com as possíveis variáveis explicativas ajustadas, verificou-se que a probabilidade da saúde mental ser mais positiva era cerca de 0,3 vezes inferior nas mulheres, nos idosos com redes sociais muito limitadas e nos que percepcionavam a saúde própria como razoável ou pior. Era menor 0,5 vezes quando não sabiam ou percepcionavam a saúde como pior comparativamente aos pares, e 0,3 vezes quando referiram o mesmo, comparando-a com há um ano atrás. Era ainda 0,1 vez inferior quando possuíam limitações físicas para satisfazer as necessidades próprias. A probabilidade de ser mais positiva era 2,5 vezes superior quando as pessoas possuíam 1 a 11 anos de escolaridade. A variância no nível de saúde mental, explicada com base no 1º modelo foi 44,2%, valor estimado através do Nagelkerke R Square. Os resultados do 2º MRL com variáveis ajustadas, permitem afirmar que a probabilidade da saúde mental ser mais positiva era 0,3 vezes menor nas mulheres, 0,1 vez inferior nos idosos que percepcionavam o rendimento auferido como razoável ou fraco e 0,4 vezes menor quando tinham uma rede social muito limitada. Ter limitações físicas deslocando-se na rua apenas com apoio diminuía 0,3 vezes a probabilidade de saúde mental mais positiva, verificando-se o mesmo nos que auferiam apoio dos serviços sociais. Uma probabilidade 2,4 vezes superior da saúde mental ser mais positiva foi encontrada nos idosos com 1 a 11 anos de escolaridade quando comparada com os analfabetos. O Nagelkerke R Square = 37,3%, foi menor do que o obtido no modelo prévio, pelo que a variação ao nível da saúde mental explicada por este modelo é inferior. A evidência de que as pessoas idosas possuíam maioritariamente um nível superior de saúde mental, comprovou que a velhice não é sinónimo de doença. Foi também superior a percentagem daqueles que possuíam redes sociais menos limitadas. O nível mais elevado de distress psicológico surgiu com uma prevalência de 3,2% e apenas 0,3% das pessoas idosas estavam mais deprimidas o que evidenciou a necessidade de serem providenciadas respostas na comunidade para o seu tratamento. Dos inquiridos 8,8% apresentavam um nível médio de depressão, sugerindo a pertinência de serem efectuados às pessoas nessa situação, diagnósticos clínicos mais precisos. As limitações na capacidade física para a satisfação de necessidades diárias e a percepção de saúde mais negativa emergiram como factores significativos para a pior saúde mental confirmando resultados de pesquisas prévias. No 2º MRL a percepção pelos idosos de que o rendimento mensal auferido era fraco aumentou também a probabilidade da saúde mental ser pior. Nos dois modelos verificaram-se influências positivas quando os idosos possuíam 1 a 11 anos de escolaridade comparativamente aos analfabetos, o que pode ser considerado um factor protector para a saúde mental. Sublinhamos como principais conclusões deste estudo: O protocolo e os instrumentos de avaliação foram adequados para atingir os objectivos. Da avaliação à saúde mental concluiu-se que as pessoas idosas possuíam situações mais positivas e favoráveis. Dos três factores utilizadas na estratificação da amostra apenas o género feminino estava associado significativamente à pior saúde mental. Sugere-se a replicação deste estudo para acompanhar a evolução da saúde mental da população idosa da RAM. Os resultados deverão ser divulgados à comunidade científica e técnica bem como aos decisores políticos e aos gestores dos serviços de saúde, sociais, educativos e com acção directa sobre a vida dos idosos a fim de serem extraídas ilações, favoráveis à adopção de políticas e programas promotores da saúde mental que passem pelo aumento da escolaridade e por medidas/acções que reduzam a maior susceptibilidade de saúde mental negativa associada ao género feminino, promovam o reforço das redes sociais das pessoas idosas, a autonomia física necessária à satisfação das necessidades próprias bem como as auto - percepções positivas relacionadas com a saúde e com os rendimentos auferidos. Deverão serlhes facultadas também oportunidades de participação activa na comunidade a que pertencem.

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This quali-quantitative study aimed to verify subjective exercise experiences of older women before and after exercise sessions in actual and virtual conditions, as well as, the preferred exercise condition. The sample was composed by 20 older women (71.1±6.5 years-old) who practiced dance sessions in actual and virtual conditions, and answered the Subjective Exercise Experiences Scale (SEES) before and after the activity. In virtual condition it was used the virtual game Just Dance I from the Nintendo Wii® console. In actual condition participants reproduced the same game movements, as demonstrated by the researcher. Wilcoxon and Mann-Whitney tests were used for data analyses (p<0.05). Significant decrease was observed in the psychological distress score of SEES after both conditions. Increase in positive well being score was found only in the virtual condition. Most of the older women chose the actual condition as the preferred.

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Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014

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Introdução: O grupo de pessoas com 80 e mais anos é o segmento populacional que mais cresce anualmente e espera-se que até 2050 constitua 3.4% do total da população mundial (UN, 2002). Com o avançar da idade, perdas relacionadas com o processo de envelhecimento traduzem-se numa pior saúde física e funcional, mas são precisamente as pessoas mais velhas, com 80 e mais anos, que avaliam a sua saúde como mais positiva, especialmente quando se compararam com outras pessoas. Este paradoxo constitui uma das grandes contradições da literatura que foca as especificidades do grupo dos muito velhos e sugere a influência de outros factores na mediação entre saúde objectiva e subjectiva. Objectivo: Analisar como varia a relação entre a saúde objectiva e a saúde física com o avançar da idade. Metodologia: Recorreu-se a uma amostra de 991 pessoas residentes na comunidade, 698 mulheres (70,4%), com idades compreendidas entre os 65 anos e os 101 anos (média de 74,1 anos, SD 6.5). Na recolha de dados utilizou-se o General Health Questionnaire e o Questionário sobre Saúde e Estilos de Vida. Foi também recolhida informação sociodemográfica. Resultados: Análises comparativas entre os grupos etários demonstraram diferenças significativas na saúde subjectiva, objectiva e mental dos indivíduos. O grupo das pessoas muito idosas (n= 207) revelou pior saúde objectiva, com mais pessoas a apresentar incapacidade (AVD e AIVD), pior capacidade de visão e uma melhor auto-percepção de saúde. As diferenças entre grupos de idade ao nível da saúde subjectiva foram mais significativas na questão sobre como comparam a sua saúde em relação a outras pessoas. Conclusão: Apesar do comprometimento da capacidade funcional e do aumento de distress psicológico, as pessoas com 80 e mais anos não apresentam, necessariamente, uma saúde física pior, nem uma auto-avaliação mais pessimista do seu estado de saúde, especialmente quando se comparam a outras pessoas. Estes dados demonstram que os mais velhos parecem possuir capacidades que podem ser canalizadas e orientadas para prover à sua própria saúde, pelo que conhecer as características deste grupo, considerado a “elite biológica” da sua geração, permite identificar medidas de promoção de um envelhecimento bem sucedido.

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La salud mental ha sido evaluada de acuerdo con la estructura propuesta por Ware & Veit (1), que incluye una dimensión positiva (el bienestar psicológico) y otra negativa (el distress psicológico). Este estudio piloto tiene como objetivo elaborar un protocolo para tipificar lasituación de la salud mental en la población anciana de la región. De los 63 ancianos seleccionados, a los que se les realizó el Mini Mental Health Examination, 47 integran la muestra. Todos tenían 65 años o más y residen en la comunidad. La casi totalidad era independiente en sus actividades básicas cotidianas. La puntuación media obtenida por los ancianos en el Inventario de Salud Mental fue superior a la obtenida por Ribeiro (2) en una muestra de jóvenes portugueses. El protocolo de investigación ha sido el adecuado. Los resultados nos han proporcionado una primera imagen de la salud mental en los ancianos de la RAM.

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Pesquisas indicam que a caracterização da clientela de clínicas-escola de Psicologia fornece elementos para o aprimoramento dos serviços oferecidos. O presente estudo propõe-se a traçar o perfil sociodemográfico e clínico dos usuários do Programa de Pronto-Atendimento Psicológico ao Aluno da UNESP/Assis. Os dados indicam que a maioria dos usuários era ingressante na universidade, oriunda do curso de Psicologia, com idade entre 19 e 22 anos, do gênero feminino, não exercia atividade profissional remunerada, apresentava dificuldades psicológicas moderadas e foi encaminhada para psicoterapia. Tal caracterização subsidiou a implementação de mudanças nos serviços já existentes e a criação de novas modalidades de atendimento.

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Durability issues of reinforced concrete construction cost millions of dollars in repair or demolition. Identification of the causes of degradation and a prediction of service life based on experience, judgement and local knowledge has limitations in addressing all the associated issues. The objective of this CRC CI research project is to develop a tool that will assist in the interpretation of the symptoms of degradation of concrete structures, estimate residual capacity and recommend cost effective solutions. This report is a documentation of the research undertaken in connection with this project. The primary focus of this research is centred on the case studies provided by Queensland Department of Main Roads (QDMR) and Brisbane City Council (BCC). These organisations are endowed with the responsibility of managing a huge volume of bridge infrastructure in the state of Queensland, Australia. The main issue to be addressed in managing these structures is the deterioration of bridge stock leading to a reduction in service life. Other issues such as political backlash, public inconvenience, approach land acquisitions are crucial but are not within the scope of this project. It is to be noted that deterioration is accentuated by aggressive environments such as salt water, acidic or sodic soils. Carse, 2005, has noted that the road authorities need to invest their first dollars in understanding their local concretes and optimising the durability performance of structures and then look at potential remedial strategies.

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The effective management of bridge stock involves making decisions as to when to repair, remedy, or do nothing, taking into account the financial and service life implications. Such decisions require a reliable diagnosis as to the cause of distress and an understanding of the likely future degradation. Such diagnoses are based on a combination of visual inspections, laboratory tests on samples and expert opinions. In addition, the choice of appropriate laboratory tests requires an understanding of the degradation mechanisms involved. Under these circumstances, the use of expert systems or evaluation tools developed from “realtime” case studies provides a promising solution in the absence of expert knowledge. This paper addresses the issues in bridge infrastructure management in Queensland, Australia. Bridges affected by alkali silica reaction and chloride induced corrosion have been investigated and the results presented using a mind mapping tool. The analysis highights that several levels of rules are required to assess the mechanism causing distress. The systematic development of a rule based approach is presented. An example of this application to a case study bridge has been used to demonstrate that preliminary results are satisfactory.

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There are about 2500 bridges in Queensland, Australia. Majority of these structures require significant repairs around the halfway mark of their design life with probably 1% or less reaching a 100 year design life. (Carse, 2005). This is due to the fact that bridges constructed in aggressive environments such as the coastal regions experience accelerated deterioration. As a result, maintaining the service delivery of these assets has become one of the important issues for the Queensland Department of Main Roads (QDMR).

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One of the key issues facing public asset owners is the decision of refurbishing aged built assets. This decision requires an assessment of the “remaining service life” of the key components in a building. The remaining service life is significantly dependent upon the existing condition of the asset and future degradation patterns considering durability and functional obsolescence. Recently developed methods on Residual Service Life modelling, require sophisticated data that are not readily available. Most of the data available are in the form of reports prior to undertaking major repairs or in the form of sessional audit reports. Valuable information from these available sources can serve as bench marks for estimating the reference service life. The authors have acquired similar informations from a public asset building in Melbourne. Using these informations, the residual service life of a case study building façade has been estimated in this paper based on state-of-the-art approaches. These estimations have been evaluated against expert opinion. Though the results are encouraging it is clear that the state-of-the-art methodologies can only provide meaningful estimates provided the level and quality of data are available. This investigation resulted in the development of a new framework for maintenance that integrates the condition assessment procedures and factors influencing residual service life

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Determined the effectiveness of a psychosocial intervention, provided to expectant couples in routine antenatal classes, on the postpartum psychosocial adjustment of women and men. Preparation for Parenthood programs were randomly allocated to one of three conditions: usual service ('control'), experimental ('empathy'), or non-specific control ('baby-play'). The latter condition controlled for the non-specific effects of the intervention, these being: the provision of an extra class; asking couples to consider the early postpartum weeks; and receiving booster information after the antenatal class, and again shortly after the birth. Women and men were categorised into three levels of self-esteem, as measured antenatally: low, medium and high. 268 participants were recruited antenatally. Interview data and self-report information was collected from 202 of these women at 6 weeks postpartum, and 180 women at 6 months postpartum. The intervention consisted of a session focusing on psychosocial issues related to becoming first-time parents. Participants discussed possible postpartum concerns in separate gender groups for part of the session, and then discussed these issues with their partners

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Purpose Increased physical activity in colorectal cancer patients is related to improved recurrence free and overall survival. Psychological distress after cancer may place patients at risk of reduced physical activity; but paradoxically also act as a motivator for positive lifestyle change. The relationship between psychological distress and physical activity after cancer over time has not been described. Methods A prospective survey of 1966 (57% response) colorectal cancer survivors assessed the psychological distress variables of anxiety, depression, somatisation, cancer threat appraisal as predictors of physical activity five, 12, 24 and 36 months post-diagnosis 978 respondents had valid data for all time points. Results Higher somatisation was associated with greater physical inactivity (Relative risk ratio (RRR) =1.12; 95% CI=[1.1, 1.2]) and insufficient physical activity (RRR=1.05; [0.90, 1.0]). Respondents with a more positive appraisal of their cancer were significantly (p=0.031) less likely to be inactive (RRR=0.95; [0.90, 1.0]) or insufficiently active (RRR=0.96). Fatigued and obese respondents and current smokers were more inactive. Respondents whose somatisation increased between two time periods were less likely to increase their physical activity over the same period (p<0.001). Respondents with higher anxiety at one time period were less likely to have increased their activity at the next assessment (p=0.004). There was no association between depression and physical activity. Conclusions Cancer survivors who experience somatisation and anxiety are at greater risk of physical inactivity. The lack of a clear relationship between higher psychological distress and increasing physical activity argues against distress as a motivator to exercise in these patients.