8 resultados para Distopia
Resumo:
[EUS] Artikulu honen xedea Bernardo Atxagaren Etiopia liburuan mamituriko ideia poetikoak berraztertzea da, abiapuntutzat hartuz haietan Paradisuaren desioak eta Distopiaren esperientziak egiten duten talka. Azkerketa burutzeko, kritika-ildo semiotikoa jarraituko da, eta Ikasketa Kulturalen laguntzaz, testuaren irakurketa berritua proposatu nahi da. Horretarako, lehenik ildo pragmatikoa berrikusiko da, neobanguardiaren sustrai sozio-politikoak azaleratu eta, diktadurak idazleen literatura-poetiketan izandako eraginaren haritik, egilearen elkarrizketa eta hitzaldietan adieraziriko poetikaren zantzuetan ezarriko da fokua. Artikuluaren bigarren zatian, Etiopiaren irakurketa testualari eta transtestualari ekingo zaio ; horretarako lehenik, enuntziazio lirikoan eginiko hautu esanguratsuak deskribatuko dira. Hirugarrenik, liburuak bere osotasunean duen makrotestu-izaera hartuko da kontuan testuaren irakurketa sinboliko eta interpetatiborantz egiteko, horretarako, egitura, paratestuak eta topografia esanguratsuei buruzko irakurketa burutuz.
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A explosão de Macau nos últimos dez anos deve-se a um conjunto de factores, que este texto procura descrever, propondo uma necessária reflexão. Depois da liberalização do jogo em 2001/2002, o Sands Macau inaugura, em 2004, como o primeiro casino da nova vaga. Em 2005, Macau é Património Mundial da Humanidade pela UNESCO. O Cotai é inicialmente um projecto da administração portuguesa como uma nova cidade para 150 000 habitantes. O Cotai Strip nasce de uma epifania de Sheldon Adelson, chairman da Las Vegas Sands Corporation, em 2003. Em 2007, o Venetian inaugura como “flagship” do Cotai Strip e, em 2011, o Galaxy amplia a dimensão delirante da arquitectura do jogo. No pós-Portugal, a condição de Macau como espaço híbrido, colonizado, transitório, aumenta exponencialmente enquanto “Região Administrativa Especial” da República Popular da China. Macau é hoje uma distopia suave, corporizada nos casinos; uma vida subterrânea que se expressa no skyline.
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A protagonista do presente trabalho, a Utopia, a arte do pensar-contra, foi apresentada e definida, nas sendas da Filosofia da Esperança de Ernst Bloch, como uma consciência antecipadora que não se conforma com o está-aí das coisas, com a realidade fática; e como um logos, linguagem-ação que cria furos no tempo saltando para-adiante, para o topos-outro. Negativa e Esperançosa, ela representa a verdade-de-fora: não é o irreal, pois existe. E a existência do topos de fora, o topos-outro, se justifica pelo fato de que a vida e o mundo não são sistemas fechados, porque seus horizontes estão em aberto: atravessados por possibilidades, ainda-não-são. Contra o que é estático, o que é fatal e fático, se posiciona o sonho utópico, abrindo espaços no fluxo do mesmo. Ao fazê-lo, cria duas frentes reciprocamente reais: o aqui-e-agora de quem sonha e o aqui-e-agora do sonho, o u-topos. Assim, tanto seu caráter de projeção ao porvir quanto, na sua base, o descontentamento com o atual, revelam seu comprometimento com o presente. Negando e afirmando a história, transformou-se em conteúdo e, sobretudo, forma, de Morus a Fourrier, de Marx a Orwell. E é por comprometer-se com o futuro, o presente e o passado, que, nos tempos sombrios do início do século XX, ela subverte a si mesma e faz vir ao mundo sua versão pessimista: a Distopia. Articulando e fazendo dialogarem as obras distópicas de Orwell, Aldous Huxley e Jerome K. Jerome com os pensamentos de Adorno, Marcuse, Horkheimer, Hannah Arendt, Karl Kraus e Walter Benjamin, tentamos encaminhar a pergunta originária da nossa pesquisa: é possível uma utopia pessimista? Será este pessimismo, ainda, uma Utopia?
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O objetivo desta dissertação é analisar a questão da política do medo e das várias formas de manipulação da realidade encontradas nas narrativa de 1984 (1949), de George Orwell, assim como na narrativa gráfica de V de Vingança tanto na sua versão em quadrinhos, de Alan Moore (1982-88), quanto na sua adaptação cinematográfica, escrita pelos Wachowskis (2005). Em particular, tenta demonstrar similaridades nas técnicas usadas, assim como na análise dos personagens, procurando embasar certos questionamentos com a ajuda de filósofos políticos, estudos de psicologia, culturais, e distópicos. Ao final, este trabalho tenta identificar a importância da influência dos autores estudados, assim como outros autores distópicos, na criação e desenvolvimento de uma nova geração social de mentalidade inconformista
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A tecnologia faz parte da vida do ser humano, constituindo a força motriz que impulsiona a sua evolução. Paralelamente, a busca da felicidade é uma constante que define o indivíduo, independentemente de diferenças económicas, sociais ou culturais. Todavia, a relação entre felicidade e tecnologia é ambígua, porquanto a última é frequentemente descrita como um meio de atingir a primeira, o que não raras vezes reduz o ser humano à demanda de significado na materialidade dos objectos. A problemática felicidade/tecnologia constitui uma das temáticas de Fahrenheit 451 e o presente trabalho de investigação propõe-se analisar de que modo esta dicotomia é apresentada, tratada e solucionada na referida obra, em que está subjacente a crítica ao efeito nocivo que o excesso de tecnologia pode causar no indivíduo e na sociedade. Em Fahrenheit 451 a tecnologia é apresentada como a antítese da felicidade, que é passível de ser atingida através do regresso à Natureza e do contacto com a literatura e filosofia. Contudo, a tecnologia não é apresentada como um mal per se, mas como uma força neutra, sendo o utilizador responsabilizado pela aplicação daquela e pelas consequências daí resultantes.
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Héritière de la tradition fantastique borgésienne, imprégnée d’une réalité composée de mythes précolombiens et des résidus industriels de la modernité, et développée à l’ère de la mondialisation, du post-modernisme, des jeux vidéos, du cinéma numérique et d’animation, la tendance cyberpunk latino-américaine est cultivée du Mexique jusqu’en Argentine, en passant par Cuba et d’autres pays souvent méconnus dans le monde de la science-fiction comme le Paraguay et la Bolivie. Pressenti dans les œuvres de certains écrivains canoniques comme Ricardo Piglia, Carmen Boullosa ou Edmundo Paz-Soldán, le cyberpunk se manifeste avec force dans l’écriture de jeunes artistes interdisciplinaires et de collaborateurs assidus des fanzines. Cette adaptation du sous-genre dans un continent où la référence reste encore le réel merveilleux et le réalisme magique, malgré l’apport des générations plus récentes comme celle de « McOndo » ou celle du « Crack », essaie d’élaborer une série de réponses aux questions issues de la conjoncture historique et artistique dans laquelle nous vivons : comment situer l’identité latino-américaine dans la nouvelle cartographie culturelle mondiale à travers une littérature qui cherche à se renouveler par rapport au canon littéraire et à la marginalité de son propre genre? Quelles sont les stratégies d’assimilation et de résistance qu’adoptent des jeunes auteurs latino-américains devant le cyberpunk anglo-américain littéraire et cinématographique? Peut-on parler d’un impact esthétique et philosophique du cyberpunk sur la culture latino-américaine, perçue habituellement comme une consommatrice passive de ces produits culturels et non comme une productrice? Ce travail cherche à parcourir l’ensemble de ces questions à partir d’une réflexion sur les principaux dispositifs constitutifs du cyberpunk – la dystopie et la virtualité – dans les discours (post)identitaires en Amérique Latine. Représentation presque mimétique de l’espace socioculturel et historique latino-américain à travers la violence et la répression politique, militaire, ethnique ou sexuelle, la dystopie est un moyen d’articuler certaines figures spatiales aux mythes nationaux et à la politique identitaire dans le contexte de la mondialisation. Cette dernière réalité socioculturelle, ainsi que l’idéologie esthétique que véhicule celle-ci à travers le cyberpunk, crée un conflit avec ces discours identitaires nationaux, conflit qui est accentué ou dissous par la représentation de la réalité virtuelle. La réalité virtuelle, comprise ici comme la direction que le récit prend pour défaire ou consolider la figure dystopique, mène à réfléchir également sur les enjeux de la (post)identité. Penser à une (post)identité (en gardant bien à l’esprit cette parenthèse) à travers le cyberpunk signifie poser une question sur la résistance au passé identitaire des mythes nationaux, au présent de la mondialisation culturelle, et aux discours post-humanistes qui semblent marquer le futur. À l’appui de travaux sur la dystopie et la réalité virtuelle dans le cyberpunk anglo-américain, ainsi que des études culturelles latino-américaines, je parcourrai un corpus composé des romans écrits entre 1990 et 2005. Ce corpus comprendra La Primera Calle de la Soledad (1993) de Gerardo Horacio Porcayo, Santa Clara Poltergeist (1991) de Fausto Fawcett, Ygdrasil (2005) de Jorge Baradit, et les films argentins No muera sin decirme adónde vas (1992) d’Eliseo Subiela et La sonámbula (1998) de Fernando Spiner. Dans ces oeuvres, la dystopie se configure aux possibilités narratives de la virtualité et traverse des thématiques identitaires comme les mythes sexuels et nationaux, la mémoire et le traumatisme ainsi que les projets utopiques des minorités.
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A experiência ficcional de Gérard Aké Loba — Kocoumbo, l’étudiant noir(1960), Les fils de Kouretcha (1970), Les dépossédés (1973) e Le sas des parvenus(1990), ancorada na dinâmica de culturas, no respeito e na honorabilidade do Eu e do Outro, centra-se na problemática da utopia e da construção da identidade pós-colonial. Considerando que a Literatura, enquanto sistema semiótico de produção e recepção de textos, se encontra vinculada a uma visão do mundo, iremos ver como nela se manifestam as relações entre o Ocidente (Europeu) e as regiões da África francófona (Costa do Marfim) no percurso das metamorfoses que conduzem ao Pós-Colonialismo. Procuraremos, de igual modo, problematizar a utopia, e também a distopia, comungando da proposta de Éric Aunoble2, para quem estas questões deverão ser compreendidas na sua relação com o tempo e com a historicidade presente por tentarem responder “aux attentes de leurs temps”.