985 resultados para Dionísio, Eduarda, 1946- - Personagens Mulheres
Resumo:
Esta dissertao busca estudar a inscrio do sujeito feminino desde o Portugal salazarista at o perodo ps-Revoluo de Abril. Buscarei investigar a identidade feminina e o espao, bem como a escrita como funo social e esttica, que aparecem articulados em Retrato dum amigo enquanto falo, de Eduarda Dionísio, uma vez que nessa narrativa h uma personagem escreve para algum (amigo) um discurso pessoal sobre o seu ser e seu tempo. Por esta anlise, observamos que Eduarda Dionsio faz de sua narrativa uma confisso particularizada, dando voz a uma personagem que vivenciou os perodos pr-revolucionrio, revolucionrio e ps-revolucionrio, e que, ao tentar esboar o retrato de seu amigo (namorado), acaba por retratar o seu pas e sua nova cartografia que se desenha aps a Revoluo de Abril
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A presente dissertao tem como objetivo analisar de que forma a educao oferecida a mulheres do final do sculo XVIII e incio do sculo XIX pode ter contribudo para a composio de personagens femininas nos romances Razo e sensibilidade (1811) e Orgulho e preconceito (1813), da escritora britnica Jane Austen (1775 1817). O presente trabalho apresenta o pensamento de importantes nomes da literatura, da crtica e teoria literrias, como tambm da histria, como suporte no mapeamento no apenas do que era discutido a respeito do momento e do lugar em que Jane Austen e os romances aqui em tela se inserem, mas principalmente acerca da educao feminina
Resumo:
Esta dissertao visa estudar como autoras ps-modernas se apropriam e reescrevem textos cannicos em uma tentativa de trazer tona e desconstruir as metanarrativas patriarcais, que informam tais textos. Tal objetivo pretende ser alcanado atravs de um estudo sobre a formao do cnone literrio, dos conceitos de mito e principalmente das estratgias narrativas utilizadas por essas autoras em seu processo criativo. Para tal, um estudo sobre intertextualidade, a pardia e a intertextualidade pardica levado a cabo nesta dissertao. Dois romances figuram como objeto de investigao neste trabalho. O romance Nights at the Circus, da escritora inglesa Angela Carter, o primeiro a ser analisado. Nesse romance, as estratgias de apagamento das fronteiras entre os gneros e a intertextualidade pardica entre textos e mitos clssicos como formas de apropriao e subverso do cnone, so privilegiadas. O outro romance que se faz presente nesta dissertao a obra da autora canadense Margaret Atwood intitulada The Penelopiad. Nesse romance, personagens que antes eram marginalizados ou no tinham voz figuram como personagens principais, como o caso de Penlope e de suas doze criadas. Esta dissertao visa, assim, mostrar como essas apropriaes de textos cannicos exercem um papel fundamental no questionamento da artificialidade de discursos que so naturalizados e dos valores propagados pelos mesmos
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A presente pesquisa objetiva ressaltar a valorizao da mulher na obra do autor portugus Jos Saramago. Buscou-se encontrar os argumentos que justificam esta proposta atravs da leitura sistemtica de dois de seus textos: Memorial do convento e Ensaio sobre a cegueira. Serviram de objeto de estudo as trajetrias percorridas pelas personagens Blimunda, do primeiro ttulo, e a mulher do mdico, do segundo e, assim, foi possvel destacar e analisar, com o auxlio de tericos da literatura e de especialistas na vida e na obra de Saramago, traos que comprovam a importncia das mulheres, de modo geral, em suas histrias. Alm disso, observou-se, nos excertos aqui contidos e retirados das obras estudadas, o modo como estas mulheres assumem o controle das narrativas das quais fazem parte, assumindo a funo de protagonistas. Insta registrar que, assim como elas passam a figurar como personagens principais, tambm foi importante constatar o olhar analtico lanado por Jos Saramago, atravs de suas criaes, sobre a condio humana na sociedade contempornea, apresentanto a mulher como sada para as crises que acometem o homem moderno
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Pesquisar sobre escritoras portuguesas do sculo XIX no tarefa das mais simples. A barreira maior a escassez de fontes, que se deve, principalmente, ao papel que cabia mulher na sociedade de oitocentos. Sem direitos polticos e restrita ao espao privado, deveria estar sempre sob a dependncia de um homem. Ao penetrar num espao que no era o seu, compreensvel que as mulheres que ousaram se afirmar como escritoras o tenham feito a princpio sob o signo do anonimato. o caso de Maria Peregrina de Sousa (1809-1894). Teve participao profunda nos peridicos literrios da poca, nos quais publicou romances, poemas e contos populares, utilizando pseudnimos como Uma obscura portuense, Mariposa ou suas iniciais, D. M. P. Por meio de um dilogo com a Histria, estudamos as obras Retalho do mundo (1859), Maria Isabel (1866), Henriqueta: romance original (1876) e Pepa (1846), da qual tambm fizemos a edio. Nosso objetivo investigar, nesses textos, como o discurso do senso comum ora se confirma s vezes, ora desestabilizado, e como algumas personagens poderiam contornar os interditos sociais. Ao trazer essa obscura portuense luz, pretendemos tambm refletir sobre como uma autora pensava a sua realidade e qual o reflexo disso na sua produo literria.
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Ps-graduao em Letras - IBILCE
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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
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Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo (FAPESP)
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Rosa Maria e Rosa Brava so duas personagens femininas distintas de Histrias de Mulheres. da autoria de Jos Rgio. S o facto de ambas terem o mesmo nome prprio Rosa aponta para a circunstncia de o leitor se ver obrigado a distingui-las, a reconhec-las a partir de dentro, independentemente das categorias - espao, tempo, personagem, aco, narrador que as rodeiam. Rgio constri, assim, duas personagens com o mesmo nome, acionando no leitor a nsia de as conhecer to profundamente (ou a tent-lo) e contribuindo para o facto de O texto de Jos Rgio ser habitado por toda uma teoria de heris devorados pela necessidade de verem e fazerem ver. () de serem frequentemente personagens complicados e minados por uma lucidez corrosiva [Sublinhado nosso], conforme o refere Eugnio Lisboa (Lisboa: 1978: 74-75).
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Catlogo da exposio "Construtores do Brasil", realizada em setembro de 2012 na Cmara dos Deputados. Traz biografias e imagens de personagens da histria do Brasil, selecionados entre aqueles que se destacaram na formao e consolidao do Estado brasileiro. A mostra, reedio de outra j realizada em 2009, ganhou novas ilustraes, em diferentes estilos e tcnicas, especialmente encomendadas a artistas plsticos renomados.
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A figura da mulher ocupa significativo papel nas novelas de cavalaria do Ciclo Breto. Emergindo como um elemento que traz liga s narrativas do lendrio artrico, constitui-se adjuvante essencial e multifacetada na construo dos episdios, numa interao constante com o masculino representado, principalmente, pelos cavaleiros. O Medievo traz tona uma imagem matizada do feminino: a mulher socialmente vista sob clivagens diversas refletida na literatura de cavalaria, conforme se pode verificar em A Demanda do Santo Graal. A presena feminina importantssima na narrativa, sobretudo na sua tensa relao com a cavalaria, agora ligada ao elemento religioso - monastizada, celibatria e asctica. O objetivo precpuo de nossos estudos investigar de que maneira a frma sociocultural medieva, na qual foi moldada A Demanda do Santo Graal, se relaciona com seu substrato: as narrativas provindas da cosmoviso inerente ao imaginrio cltico. Desta feita, nosso vis analtico verticaliza-se no elemento feminino presente na obra. Mais especificamente, toma-se por escopo a imagem de personagens que refletem a ideologia clerical moralstico-didatizante do sculo XIII, mas, sobretudo, resgata-se a imagem de personagens imbudas de singular dualidade; ambigidade esta que marca no s do medievo paradoxal concernente ao feminino, mas tambm de personas literrias concebidas entre dois mundos, dois plos ideolgicos distintos. Em outros termos, fala-se de personagens que so seres ficcionais bifrontes: personagens localizadas entre as herdades e as identidades. Foram tomados como corpora de pesquisa os episdios em que estas damas polidimensionais aparecem e se tornam adjuvantes na ao literria, seja para cooperar, confundir ou prejudicar os cavaleiros que empreendem a sagrada, inefvel e venturosa busca do Santo Clix que dar fim s aventuras do Reino de Logres
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O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma leitura do romance A Costa dos Murmrios da autora Ldia Jorge, que aborda o lado oculto da guerra portuguesa em frica, denunciando os fatos ali ocorridos, destacando os aspectos da narrativa, o universo simblico e as caractersticas de alguns personagens, com finalidade de desconstruir, revelar, rasurar junto com Eva Lopo a Histria oficial, bem como ler as entrelinhas a fim de desvendar a barbrie da guerra colonial em frica por meio desse extraordinrio recuo temporal realizado por Ldia Jorge. Atravs de sua personagem principal, encontramos a metamorfose de uma frgil Evita, que ressurge, agora, na pele daquela que devora- Eva Lopo (lupus)
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Considerando-se o papel representado pela literatura diante da formao de novas subjetividades, esta pesquisa investigou os discursos acerca do feminino presentes em trs romances de autoria feminina do sculo XIX Razo e sensibilidade, Orgulho e Preconceito e Mansfield Park da romancista Jane Austen, uma das escritoras mais aclamadas da Inglaterra. Utilizando-se os personagens femininos desses romances e como eles se posicionam diante das relaes afetivas e sociais, buscou-se estabelecer um paralelo entre a literatura e a histria das mulheres. Sendo considerada uma das responsveis pela consolidao do gnero romanesco ingls, Jane Austen insere em seus romances a questo da feminilidade como histrica e socialmente construda, alm de ser ela prpria tambm um exemplo da desconstruo dos papis femininos, j que escreveu num tempo no qual a vida literria no era um espao que as mulheres deveriam ocupar. No entanto, muitas vezes, tanto a discusso sobre as representaes das mulheres nas suas obras, como a prpria representatividade da autora para o campo de atuao das mulheres inglesas so negligenciados devido a uma leitura superficial de seus romances. Assim, este trabalho buscou dialogar com a histria das mulheres, enriquecendo este campo de estudo, trazendo novos dados e formas de pensar as relaes das mulheres na sociedade, atravs da literatura, alm de objetivar dar mais destaque romancista dentro deste campo de estudo. No foi inteno fazer uma anlise literria das obras, mas uma anlise dos discursos existentes por trs dos papis femininos nos romances escritos por Jane Austen, enquanto possvel espelho da viso social da feminilidade, levando-se em considerao o contexto scio histrico em que foram escritas
Resumo:
O objetivo desta pesquisa foi investigar a vida cotidiana de mulheres rotuladas como deficientes mentais, atravs de seus relatos biogrficos pessoais. As entrevistadas descreveram sua rotina em casa e na instituio, falaram sobre suas famlias, relacionamentos, dificuldades em integrao social, e sobre seus problemas fsicos e de aprendizagem. Ficou clara no discurso deste grupo a dicotomia entre o mundo de dentro", compreendendo os espaos protegidos da casa e da instituio, e o mundo ameaador e violento de fora", representado pela rua. Seus relacionamentos sociais restringem-se aos personagens do mundo de dentro": a famlia, os profissionais, e os colegas da instituio, e muitas entrevistadas disseram se sentir discriminadas pelas pessoas de fora". Embora vrias mulheres tenham exprimido o desejo de ser independentes (trabalhar fora, sair sozinhas, etc), na prtica mantm urna relao de extrema dependncia familiar. A pesar de dois teros das entrevistadas terem mais de 20 anos, elas no parecem ter nenhuma perspectiva concreta de morar sozinhas, casar, ou vir a formar sua prpria famlia. Um dos pressupostos deste estudo era de que o estigma da deficincia mental, seria o terna central nas histrias de vida. Entretanto, mais da metade dos sujeitos no abordou esta questo, e muito poucas se autodenominaram deficientes. Foi postulado que os efeitos do estigma talvez sejam minimizados neste grupo devido superproteo familiar e institucional por um lado, e a evitao do mundo "de fora" (onde esta condio seria denunciada mais abertamente) por outro. Assim sendo, em sua prtica diria, a maioria dessas mulheres tm poucas oportunidades de se confrontar com a situao de marginalizao. Deficincia mental foi analisada como um fenmeno socialmente construdo, e acredita-se que estas pessoas funcionem em um nvel mais dependente do que sua condio orgnica exigiria, por terem sido reforadas por representar o papel social de deficientes. Apesar das caractersticas comuns, cada histria de vida provou ser original e nica, mostrando o erro em se considerar as pessoas portadoras de deficincia mental como um grupo homogneo e bem definido. Alm disso, a no ser pela dependncia familiar, falta de participao autnoma e integrada na comunidade, e relacionamento amoroso e sexual restrito, a ideia dessas mulheres no qualitativamente diferente do resto da populao.
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)