970 resultados para Desempenho no exercício


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Introdução: Procuramos analisar a associação entre a frequência/adesão ao exercício físico (FAEF) em contexto de ginásios e health clubs (GHC) e os constructos previstos pela Teoria da Auto Determinação (TAD) em indivíduos que treinam com Treinador Pessoal (TP)e indivíduos que não treinam com TP. Método: Efetuámos uma revisão sistemática da literatura (RSL), seguida de um estudo observacional onde aplicámos questionários psicométricos para avaliar o clima da sessão de treino, resposta psicológica global, regulação motivacional, satisfação das necessidades psicológicas (NPB), escolha percebida sobre o desempenho em exercício. Foi controlada a FAEF durante 3 meses. A amostra consistiu em 88 clientes (Midade = 41.35, SD = 12.22, MIMC = 25.10, SD = 14.52) Resultados: Na RSL encontrámos 10 estudos, nenhum em contexto de TP. No nosso estudo não se registaram diferenças na FAEF, nem nas regulações motivacionais entre os grupos. No grupo com TP a competência associou-se à FAEF (p=.017) e a autonomia associou-se a menores níveis de mau estar psicológico e de fadiga (p=.032). O Clima de Tratamento do Programa não influenciou nenhum dos outcomes estudados. No grupo sem TP, quanto mais Autonomia (p=.038) e Motivação Intrínseca (p=.001) maior a FAEF. Regulações mais autodeterminadas estão associados a maiores valores de FAEF (p=.009). A motivação intrínseca associou-se positivamente (p=.014) com a FAEF em toda a amostra. Discussão: O suporte das NBP origina uma motivação mais auto regulada o que se reflete numa maior FAEF e bem estar psicológico. No grupo com TP a competência teve um maior contributo para a FAEF, no grupo sem TP a autonomia registou o valor mais elevado. Não se observaram diferenças entre os grupos na regulação motivacional e na FAEF. O suporte de autonomia dado pelo TP não apresentou resultados significativos na FAEF, o que contraria o esperado pela TAD. Estes dados são, por si só reveladores da importância de se aprofundar conhecimentos que auxiliem os TP’s a a motivarem com mais qualidade os seus alunos.

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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The mechanisms underpinning fatigue and exhaustion, and the specific sources of exercise-endurance intensity regulation and (in)tolerance have been investigated for over a century. Although several scientific theories are currently available, over the past five years a new framework called Psychobiological model has been proposed. This model gives greater attention to perceptual and motivational factors than its antecedents, and their respective influence on the conscious process of decision-making and behavioral regulation. In this review we present experimental evidences and summarize the key points of the Psychobiological model to explain intensity regulation and (in)tolerance in endurance exercise. Still, we discuss how the Psychobiological model explains training-induced adaptations related to improvements in performance, experimental manipulations, its predictions, and propose future directions for this investigative area. The Psychobiological model may give a new perspective to the results already published in the literature, helping scientists to better guide their research problems, as well as to analyze and interpret new findings more accurately.

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OBJETIVO: Verificar a influência de dois diferentes intervalos de recuperação (IR) entre as séries no exercício leg-press sobre o número e sustentabilidade das repetições e no volume total, em idosas não treinadas. MÉTODOS: Onze idosas (66,5 ± 5,0 anos; 59,2 ± 9,1kg; 146,4 ± 34,9cm) foram submetidas a duas sessões experimentais de exercícios com pesos com intensidade de 15 repetições máximas. Cada sessão experimental foi composta por três séries realizadas até a fadiga muscular utilizando IR de um (IR-1) ou três minutos (IR-3). As sessões experimentais foram separadas por, no mínimo, 48 horas. Todas as participantes realizaram ambos os protocolos e um delineamento cross-over balanceado foi utilizado para determinar a ordem das sessões experimentais. RESULTADOS: Para ambos os IR entre as séries, reduções significativas (P < 0,05) no número e na sustentabilidade das repetições foram observadas da primeira para a segunda e terceira séries e da segunda para a terceira séries. Diferenças significativas (P < 0,05) entre os IR foram observadas nas duas séries finais. O volume total da sessão realizada com IR-3 foi estatisticamente superior (20,4%; P < 0,05) quando comparada a sessão IR-1. CONCLUSÃO: O número e a sustentabilidade das repetições e o volume total de treino de idosas não treinadas são influenciados pelo IR empregado entre as séries. Maiores IR devem ser utilizados quando a finalidade for otimizar o volume de treino por meio da sustentabilidade das repetições. Em contrapartida, menores IR devem ser utilizados quando a meta for obter maiores níveis de fadiga muscular.

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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Introduction: The rest interval between bouts is a crucial variable of resistance training to ensure recovery of neuromuscular capacity. Objective: To compare the effect of rest interval between repeated bouts of resistance training on neuromuscular capacity of trained men. Methods: Eight resistance-trained men (21.6 +/- 3.3 years, 75.1 +/- 11.3 kg, 178.2 +/- 6.8 cm) performed two randomized and crossover resistance exercise bouts, repeated with rest interval of 24h or 48h. The bouts consisted of horizontal, inclined and declined bench press performed with five sets of 10 repetitions with an intensity of 70% of one repetition maximum (1RM) for each exercise. Neuromuscular performance post-exercise bout (strength, power and speed), was assessed with an accelerometer (Myotest (R)), with a load of 50% 1RM, in the bench press exercise. Results: Both sessions (24 and 48h) showed significant reduction (P < 0.05) in the neuromuscular capacity (strength, power and speed) post-exercise bout, returning to baseline values within 24h (P> 0.05). Conclusion: The results suggest that the rest interval of 24h is sufficient for recovery of neuromuscular performance in upper limbs of resistance-trained men.

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Low adherence to physical exercise programs is a factor that contributes to the high rates of physical inactivity worldwide. In this sense, strategies to improve the affective responses during exercise are used to impact adherence, as the use of music and self-selected exercise intensity. Despite the benefits of these strategies, there are few studies involving the combination of both (self-selected intensity and music), especially in the elderly population. Thus, the aim of this study was to investigate the influence of music on performance, ratings of perceived exertion (RPE) and on affective and motivational responses of elderly during walking exercise with self-selected intensity. Eleven elderly performed walking sessions on an athletic track in three conditions: without music, with motivational music and with oudeterous music. RPE, mood states, motivation, affective responses, session RPE and attitudes related to the experience of exercise were evaluated. Results demonstrated that both motivational and oudeterous music improved affective responses and decreased RPE. However, only the motivational music condition showed an effect on distance walked, the only presenting a consistent increase in distance. Therefore, it is concluded that the use of music, particularly motivational music, besides increasing the distance walked, reduces RPE and increase pleasure of the elderly during the exercise. Such strategy, in addition to potentially impact adherence positively, can lead to greater benefits and physical adaptations related to the training in the long term

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Este estudo aleatorizado não controlado teve como objetivo determinar o efeito de um protocolo de exercício com pesos ou aeróbico no desempenho das atividades da vida diária em mulheres idosas. Para tanto, a amostra foi constituída por 41 mulheres idosas aparentemente saudáveis na faixa etária de 60 a 85 anos de idade (x: 65,1 ± 7,9 anos) divididas aleatoriamente em grupo exercício com pesos (n: 22) ou aeróbico (n: 19). O grupo exercício com pesos consistiu na execução de três séries de oito a 12 repetições a 60% de uma repetição máxima no exercício leg press 45º. O grupo exercício aeróbico consistiu em pedalar em cicloergômetro durante 40 minutos a 60% da frequência cardíaca de reserva. Os dois protocolos foram realizados três vezes por semana durante cinco semanas. As atividades da vida diária selecionadas foram velocidade para se levantar de uma posição sentada (VLPS), velocidade para se levantar de uma posição deitada (VLPD), velocidade para subir escada (VSE) e velocidade para calçar e amarrar o tênis (VCAT). O grupo exercício aeróbico melhorou significativamente o desempenho em VCAT (19,1%), enquanto o exercício com pesos incrementou significativamente o desempenho em VSE (4,3%) e VLPS (8,9%). Os resultados deste estudo permitem concluir que tanto o exercício com pesos como o aeróbico induziram efeito positivo nas atividades da vida diária, sugerindo que ambas as modalidades de exercício devem ser associadas a um programa adequado de exercícios para a melhora da capacidade funcional de pessoas idosas.

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Atividade física, saúde e bem-estar são temas presentes no dia-a-dia das pessoas. O mercado do Fitness está dinâmico e ativo, quer na comunicação, através das novas tecnologias de informação, quer na especialização da oferta de produtos ou serviços. O Personal training surge como um produto feito á medida do cliente, importante numa sociedade onde a individualidade sobressai, as preferências e necessidades divergem de cliente para cliente. É solicitada uma boa performance constantemente ao profissional, que se pretende traduzida em altas taxas de angariação e retenção. O Balanced Scorecard (BSC), apresenta soluções válidas neste contexto de mercado, já que é uma ferramenta de apoio á gestão estratégica e simultaneamente um sistema de monitorização em tempo real dos indicadores de performance dos profissionais (Personal Trainer) e dos restantes níveis hierárquicos da Organização. Num mercado concorrencial, a valorização do recurso humano tem-se revelado crucial nos resultados alcançados e principal fator de criação de valor e vantagem competitiva, quando bem monitorizada e orientada pela Gestão da Organização. Surge como desafio maior, elaborar, posicionar, implementar, avaliar e medir através deste instrumento (BSC), num contexto laboral diferente (prestadores de serviços) onde já foi aplicado e apurar o nível de desempenho alcançado pela organização orientado nas respetivas visões: financeira, clientes, aprendizagem – crescimento e processos internos.

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A frequência cardíaca (FC) no repouso (FC Rep), no exercício máximo (FC Max) e após o exercício (FC Rec) traz importantes informações para a saúde, e parte dessas respostas é modulada pelo tônus vagal cardíaco (TVC), que também oferece proteção cardíaca. Para uma melhor compreensão dos aspectos prognósticos da FC e de suas interações com o TVC, foram realizados três estudos: dois retrospectivos e um ensaio clínico randomizado. O primeiro testou se o TVC, estimado utilizando o índice vagal cardíaco (IVC), contribui para a FC Max (% do previsto: 208-0,7 x idade (anos)) em 1000 indivíduos saudáveis (39 14 anos; 719 homens). Regressão linear identificou que TVC explica apenas 1% da variabilidade da FC Max (% do previsto), com erro padrão da estimativa alto (~ 6,3%), indicando potencial papel complementar clínico para essas duas variáveis relacionadas ao exercício. O segundo estudo verificou se a análise de mortalidade utilizando FC de reserva (FC Res) e FC Rec de forma combinada descriminaria melhor a mortalidade que a análise de um destes itens e forma isolada. Dados de FC Res e FC Rec de 1.476 indivíduos (41 a 79 anos, 937 homens) foram calculados e divididos em quintis, os quais somados forneceram categorias de 2 a 10, produzindo um gradiente da FC (FC Grad) e refletindo a magnitude dos transientes iniciais e finais do exercício máximo. Análises de sobrevida foram realizadas usando os quintis mais baixos (Q1) dos escores do Grad FC, FC Res e FC Rec. Em um seguimento médio de 7,3 anos, 44 participantes morreram (3,1%). Houve uma tendência inversa entre os escores do Grad FC e a taxa de mortalidade (p<0,05), que passou de 1,2% para 13,5%, respectivamente, para os escores 10 e 2. Uma pontuação no Grad FC de 2 foi melhor preditor de mortalidade por todas as causas, quando comparado ao Q1 da FC Res e da FC Rec, com riscos relativos ajustados pela idade de 3,53 (p=0,01); 2,52 (p<0,05) e 2,57(p<0,05), respectivamente. Conclusão: Grad FC é um preditor de risco de mortalidade por todas as causas com desempenho superior ao das medidas isoladas de FC Res e FC Rec. Por último verificou-se a hipótese do aumento do TVC em participantes de um programa de exercício supervisionado (PES) com IVC baixo (≤ 1,30), através de um treinamento específico, utilizando a transição repouso-exercício no protocolo denominado treinamento vagal (TV). Estes foram randomizados num delineamento cruzado (duas etapas de oito semanas), com ou sem três sessões semanais de TV. Houve discreta melhora no IVC em 16 semanas (1,19 vs 1,22; p=0,02) dos 44 pacientes (64% homens; 65,5 11,4 anos) que finalizaram o estudo, mas não se pôde afirmar que a diferença no IVC se deveu ao período em que foi realizado o TV (p=0,36). Portanto, 16 semanas de PES, incluindo oito semanas com TV, aumentam a resposta vagal à transição repouso-exercício, embora não tenha sido possível atribuir os resultados exclusivamente ao TV. Os três estudos realizados contribuem para melhor compreensão da relevante interação entre FC, TVC e exercício

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Estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) sobre áreas corticais pré-selecionadas, tem aumentado o desempenho físico de diferentes populações. Porém, lacunas persistem no tocante aos mecanismos subjacentes à estes efeitos. Assim, a presente tese objetivou: a) investigar os efeitos da ETCC anódica (aETCC) e placebo (Sham) no córtex motor (CM) de indivíduos saudáveis sobre o desempenho de força máxima; b) comparar os efeitos da ETCC sobre a produção de força máxima e estabilidadade da força durante exercícios máximo e submáximo em sujeitos hemiparéticos e saudáveis; c) investigar o efeito da ETCC sobre a conectividade funcional inter-hemisférica (coerência eletroencefalográfica cEEG) do córtex pré-frontal (CPF), desempenho aeróbio e dispêndio energético (EE) durante e após exercício máximo e submáximo. No 1 estudo, 14 adultos saudáveis executaram 2 sessões de exercício máximo de força (EMF) dos músculos flexores e extensores do joelho dominante (3 séries de 10 rep máximas), precedidos por aETCC ou Sham (2mA; 20 mim). aETCC não foi capaz de aumentar o trabalho total e pico de torque (PT), resistência à fadiga ou atividade eletromiográfica durante o EMF. No 2 estudo, 10 hemiparéticos e 9 sujeitos saudáveis receberam aETCC e Sham no CM. O PT e a estabilidade da força (coeficiente de variação - CV) foram avaliados durante protocolo máximo e submáximo de extensão e flexão unilateral do joelho (1 série de 3 reps a 100% do PT e 2 séries de 10 reps a 50% do PT). Nenhuma diferença no PT foi observada nos dois grupos. Diminuições no CV foram obervadas durante a extensão (~25-35%, P<0.001) e flexão de joelho (~22-33%, P<0.001) após a aETCC comparada com Sham nos hemiparéticos, entretanto, somente o CV na extensão de joelhos diminuiu (~13-27%, P<0.001) nos saudáveis, o que sugere que aETCC pode melhorar o CV, mas não o PT em sujeitos hemiparéticos. No 3 estudo, 9 adultos saudáveis realizaram 2 testes incrementais máximos precedidos por aETCC ou Sham sobre o CPF com as respostas cardiorrespiratórias, percepção de esforço (PSE) e cEEG do CPF sendo monitoradas. O VO2 de pico (42.64.2 vs. 38.23.3 mL.kg.min-1; P=0,02), potência total (252.776.5 vs. 23773.3 W; P=0,05) e tempo de exaustão (531.1140 vs. 486.7115.3 seg; P=0,04) foram maiores após aETCC do que a Sham. Nenhuma diferença foi encontrada para FC e PSE em função da carga de trabalho (P>0,05). A cEEG do CPF aumentou após aETCC vs. repouso (0.700.40 vs. 0.380.05; P=0,001), mas não após Sham vs. repouso (0.360.49 vs. 0.330.50; P=0,06), sugerindo que a aETCC pode retardar a fadiga aumentando a conectividade funcional entre os hemisférios do CPF e desempenho aeróbio durante exercício exaustivo. No 4 estudo, o VO2 e EE foram avaliados em 11 adultos saudáveis antes, durante a aETCC ou Sham no CPF e 30 min após exercício aeróbio submáximo isocalórico (~200kcal). Diferenças não foram observadas no VO2 vs. repouso durante aETCC e Sham (P=0.95 e P=0.85). Porém, a associação entre exercício e aETCC aumentou em ~19% o EE após ao menos, 30 min de recuperação após exercício quando comparada a Sham (P<0,05).

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A elaboração de um programa de treinamento físico depende do controle de diferentes parâmetros bioquímicos, que se relacionam com fatores como a intensidade do exercício, imunidade e com o estado redox. Além disso, estudos recentes também começaram a apontar a relevância da função executiva como componente determinante para o alcance de um alto nível de desempenho esportivo. Por outro lado, poucos estudos foram realizados em atletas até o momento utilizando estes marcadores na saliva juntamente com os testes de função cognitiva. O objetivo desse trabalho foi estudar a capacidade discriminatória das análises bioquímicas realizadas em saliva para avaliação do desempenho físico e sua relação com a função cognitiva em atletas de futebol. Trinta e dois atletas foram submetidos ao Bangsbo Sprint Test (BST) para avaliação da capacidade física e 48 horas depois ao Teste de Stroop (TSt) e Torre de Hanoi (ToH) para avaliação da função executiva. Os níveis de lactato na saliva aumentaram quando comparados aos valores Pré-BST (6,9 vezes; p<0,05). A proteína total salivar seguiu o mesmo padrão com aumento observado após o BST (+34%; p<0,05). As concentrações de imunoglobulina-A salivar (IgA-s) não mostraram diferença significativa após o BST. Os níveis de GSH e TBARs na saliva não mostraram diferença significativa, enquanto que a concentração de ácido úrico diminuiu após o BST (-26%; p<0,05). Interessantemente, a superóxido dismutase (SOD) salivar aumentou (3,6 vezes; p<0,05), enquanto que os níveis de catalase (CAT) na saliva não alteraram significativamente. Não houve correlação de nenhum dos parâmetros analisados com o desempenho no TSt, entretanto atletas localizados no percentil superior (P90) de cortisol na saliva (11,2 ng/ mL à 32,7 ng/ mL) apresentaram tempos mais longos para a resolução do ToH. A eletroforese 2D mostrou que 215 spots só apareceram no momento Pré-BST, 63 spots aumentaram e 108 diminuíram a sua expressão após o BST. Concluindo, a saliva é sensível às modificações induzidas pelo BST. A manutenção dos níveis salivares de TBARs após o BST parece ocorrer em função da diminuição dos níveis de ácido úrico, componente este que possui uma expressiva ação antioxidante. Neste sentido, o aumento de SOD pós-exercício parece agir como uma segunda linha de defesa antioxidante contra a produção de ROS induzidas pelo BST. Além disso, os resultados dos testes de função executiva indicam que níveis elevados de cortisol salivar possuem um efeito deletério no tempo de resolução da ToH, que se refere à memória de trabalho, o planejamento e solução de problemas. No entanto o TSt, que envolve a atenção seletiva e a velocidade de processamento de informações parecem não ser afetados pelos níveis de cortisol em repouso. E finalmente, a eletroforese 2D mostrou que o BST induziu a expressão diferencial de proteínas, visto que não surgiram proteínas novas após o teste, e dezenas de proteínas foram up-reguladas e down-reguladas após o BST. Estes dados sugerem que após uma análise proteômica, estas proteínas possam ser candidatas a marcadores de desempenho físico e/ou cognitivo em futuros estudos.

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Esta tese analisa a preocupação do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) com a formação do profissional e com a educação contábil ao longo da sua história, mas também explora o seu panorama atual, principalmente no que se refere à utilização do exame de suficiência como ferramenta de fiscalização preventiva dos profissionais e os fatores explicativos da taxa de aprovação. Para responder a este objetivo geral, a tese desenvolve-se em dois estudos complementares. No primeiro, estuda a criação do CFC e o processo de regulamentação da profissão, usando uma perspectiva interpretativa, fundamentada na sociologia das profissões, com base em dados documentais e gravações recolhidas no arquivo do Conselho. Daí conclui-se que o Sistema CFC/CRCs foi criado em consequência do forte desejo dos profissionais atuantes na área, do surgimento simultâneo do bacharelado em Ciências Contábeis no Brasil e da intervenção do governo corporativista de Getúlio Vargas num contexto de desenvolvimento econômico. O projeto profissional que surgiu nesta ocasião viria “acomodar” todos os rivais, o que fez com que o nível de homogeneização dos membros fosse mínimo, já que incluía aqueles que só tinham experiência prática e uma grande percentagem com diploma do ensino médio. A evidência empírica recolhida permite concluir que a manutenção desta categoria, por um tão longo período, acabou por desprestigiar a profissão. Apenas recentemente, no contexto da adoção das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS, na sigla em inglês), a profissão haveria de obter o credenciamento ao nível universitário. A esta altura, o CFC ganhou não só o direito ao credenciamento a nível universitário, como também o de selecionar os melhores candidatos através de um exame. Apesar dessa evolução positiva, a preocupação deste organismo profissional com a formação dos seus membros continua a ser grande, em função do baixo progresso da “base cognitiva” da profissão, observando-se um número reduzido de mestres e doutores em Contabilidade no Brasil, embora tenha havido, nos últimos anos, uma proliferação de Instituições de Educação Superior (IES) e de cursos de Ciências Contábeis que não foi acompanhada de uma evolução qualitativa.Na segunda parte da tese, desenvolve-se um estudo quantitativo de índole positivista, para tentar explicar as razões dos maus resultados no Exame do CFC. Usando dados recolhidos no Conselho Federal de Contabilidade, os resultados da pesquisa revelam que a taxa de aprovação nas edições do Exame de Suficiência não difere, significativamente, entre as regiões e estados do Brasil, sendo cada vez mais baixo ao longo dos anos. Apesar de uma análise de correlações demonstrar que a formação ao nível da pós-graduação dos docentes estar correlacionada positivamente com a taxa de aprovação no Exame do CFC, numa análise abrangente essas variáveis perderam força, devido, talvez, ao fato de estarem incorporadas em outras variáveis que se mostraram significativas, como o Índice Geral de Cursos e o Conceito de Curso. Além dessas variáveis que se revelaram positivamente relacionadas com a taxa de aprovação, também os resultados do exame Enade, o gênero e a idade se mostraram significativos. O baixo resultado do Enade é particularmente importante, já que reforça as preocupações do CFC sobre a proliferação de IES e de cursos, e o baixo desempenho que algumas IES apresentam, nomeadamente, por possuírem um nível reduzido de mestres e de doutores e, por outro lado, um número elevado de professores “horistas” e um investimento em pesquisa muito baixo.

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Dissertação apresentada à Escola Superior de Educação de Lisboa para obtenção do grau de Mestre em Educação - Especialização em Supervisão em Educação