445 resultados para CARDIOLOGIA


Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

O objectivo desta investigação foi analisar a composição corporal e a distribuição de gordura corporal de sujeitos com doença das artérias coronárias (DAC) envolvidos num programa estruturado de reabilitação cardíaca (PRC) e sujeitos com DAC que não participam em qualquer PRC. População e métodos: A amostra foi constituída por 62 sujeitos do sexo masculino, caucasianos, com DAC diagnosticada, oriundos de cada um de dois grupos estudados: grupo C/PRC (n=31) foi constituído por sujeitos que participavam na fase IV de um PRC há mais de um ano (idade: 58 + 10 anos); grupo S/PRC (n=31) foi constituído por sujeitos que não participavam em qualquer PRC (idade: 59 + 12 anos). Foi observada a composição corporal e distribuição de gordura corporal dos sujeitos da amostra, através da análise por Densitometria por Raio-X de Dupla Energia (DXA). Foram recolhidas medidas antropometricas. Resultados principais: sujeitos que não participaram em qualquer PRC apresentaram valores superiores, aos sujeitos do grupo C/PRC, nas variáveis massa corporal total (p<0,05), IMC (p<0,05), quantidade (kg) de massa gorda (MG) (p<0,05) e % MG (p<0,05). O grupo S/PRC tambem apresentou valores superiores de MG tronco (p<0,01), % MG tronco (p<0,01), MG abdominal total (p<0,01), % MG abdominal total (p<0,01), MG visceral (p<0,01), % MG visceral total (p<0,01), MG abdominal subcutânea (p=0,05) e na razao MG abdominal total/MG (p<0,05). Tambem foi possivel observar maior prevalencia de obesidade (IMC> 30 kg/m2) no grupo S/PRC (p<0,05), ou seja, neste grupo um em cada tres sujeitos era obeso, enquanto no grupo C/PRC apenas um em cada dez sujeitos foi assim classificado. Nao foram observadas diferencas significativas entre os grupos nas outras variaveis em estudo, incluindo a massa isenta de gordura total e regional. Conclusões: Os resultados encontrados permitem concluir que os sujeitos que não participaram em qualquer PRC apresentaram um perfil de composição corporal e de distribuicao de gordura corporal menos adequado a sua condicao clinica. A maior quantidade de gordura em depositos especificos, assim como os valores superiores encontrados na razao MG abdominal total/MG, confirmam que estes sujeitos apresentaram uma distribuicao de gordura mais adversa. Estes resultados vao ao encontro da tendencia observada em estudos de intervencao em sujeitos com DAC.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

O presente relatório surge na sequência do 1º Curso de Mestrado em enfermagem à Pessoa em Situação crítica, da Escola Superior de Saúde – Instituto Politécnico de Leiria. Encontra-se aqui sistematizado o percurso desenvolvido durante este período na aquisição de Competências Comuns e Específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem à Pessoa em Situação Crítica. Durante este período de aprendizagem, para além das diferentes unidades curriculares teóricas, houve oportunidade de realização de 3 ensinos clínicos, que tiveram lugar no Centro Hospitalar de Leiria - Hospital de Santo André. Estes tiverem um contributo fulcral no desenvolvimento destas competências. O Serviço de Urgência Médico- Cirúrgica, o Serviço de Medicina Intensiva e a Unidade de Cuidados Intensivos de Cardiologia foram os serviços que me acolheram durante este período de aprendizagem. A reflexão acerca das competências comuns e especificas, que se encontra aqui descrita, demonstrou ser muito construtiva e enriquecedora, contribuindo para a consciencialização das minhas capacidades enquanto futura Enfermeira Especialista, bem como dos domínios que carecem de maior investimento no futuro. Na segunda parte deste relatório tem lugar uma Revisão Sistemática da Literatura, um trabalho de investigação secundário, que pretende compreender os benefícios da realização da passagem de turno junto ao doente. Este modelo de passagem de turno tem demonstrado ser vantajoso tanto para o doente como para o enfermeiro, pelo que foram analisados alguns estudos neste âmbito.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

O objectivo desta investigação foi analisar a composição corporal e a distribuição de gordura corporal de sujeitos com doença das artérias coronárias (DAC) envolvidos num programa estruturado de reabilitação cardíaca (PRC) e sujeitos com DAC que não participam em qualquer PRC. População e métodos: A amostra foi constituída por 62 sujeitos do sexo masculino, caucasianos, com DAC diagnosticada, oriundos de cada um de dois grupos estudados: grupo C/PRC (n=31) foi constituído por sujeitos que participavam na fase IV de um PRC há mais de um ano (idade: 58 + 10 anos); grupo S/PRC (n=31) foi constituído por sujeitos que não participavam em qualquer PRC (idade: 59 + 12 anos). Foi observada a composição corporal e distribuição de gordura corporal dos sujeitos da amostra, através da análise por Densitometria por Raio-X de Dupla Energia (DXA). Foram recolhidas medidas antropometricas. Resultados principais: sujeitos que não participaram em qualquer PRC apresentaram valores superiores, aos sujeitos do grupo C/PRC, nas variáveis massa corporal total (p<0,05), IMC (p<0,05), quantidade (kg) de massa gorda (MG) (p<0,05) e % MG (p<0,05). O grupo S/PRC tambem apresentou valores superiores de MG tronco (p<0,01), % MG tronco (p<0,01), MG abdominal total (p<0,01), % MG abdominal total (p<0,01), MG visceral (p<0,01), % MG visceral total (p<0,01), MG abdominal subcutânea (p=0,05) e na razao MG abdominal total/MG (p<0,05). Tambem foi possivel observar maior prevalencia de obesidade (IMC> 30 kg/m2) no grupo S/PRC (p<0,05), ou seja, neste grupo um em cada tres sujeitos era obeso, enquanto no grupo C/PRC apenas um em cada dez sujeitos foi assim classificado. Nao foram observadas diferencas significativas entre os grupos nas outras variaveis em estudo, incluindo a massa isenta de gordura total e regional. Conclusões: Os resultados encontrados permitem concluir que os sujeitos que não participaram em qualquer PRC apresentaram um perfil de composição corporal e de distribuicao de gordura corporal menos adequado a sua condicao clinica. A maior quantidade de gordura em depositos especificos, assim como os valores superiores encontrados na razao MG abdominal total/MG, confirmam que estes sujeitos apresentaram uma distribuicao de gordura mais adversa. Estes resultados vao ao encontro da tendencia observada em estudos de intervencao em sujeitos com DAC.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Cardiovascular disease (CVD) is the leading cause of death worldwide. With atherosclerosis as the underlying cause for many CVD events, prevention or reduction of subclinical atherosclerotic plaque burden (SAPB) through a healthier lifestyle may have substantial public health benefits. The objective was to describe the protocol of a randomized controlled trial investigating the effectiveness of a 30-month worksite-based lifestyle program aimed to promote cardiovascular health in participants having a high or a low degree of SAPB compared with standard care. We will conduct a randomized controlled trial including middle-aged bank employees from the Progression of Early Subclinical Atherosclerosis cohort, stratified by SAPB (high SAPB n = 260, low SAPB n = 590). Within each stratum, participants will be randomized 1:1 to receive a lifestyle program or standard care. The program consists of 3 elements: (a) 12 personalized lifestyle counseling sessions using Motivational Interviewing over a 30-month period, (b) a wrist-worn physical activity tracker, and (c) a sit-stand workstation. Primary outcome measure is a composite score of blood pressure, physical activity, sedentary time, body weight, diet, and smoking (ie, adapted Fuster-BEWAT score) measured at baseline and at 1-, 2-, and 3-year follow-up. The study will provide insights into the effectiveness of a 30-month worksite-based lifestyle program to promote cardiovascular health compared with standard care in participants with a high or low degree of SAPB.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

El presente trabajo analiza la definición de la categoría posición socioeconómica (PSE) y las variables con las cuales se representa en los productos académicos del campo de la actividad física, además de su relación con la categoría de imagen corporal. Para lograr el objetivo, se rastrean elementos que permiten dar cuenta si los documentos de investigación se abordan desde alguno de los dos contextos: determinantes (DDSS) o determinación social de la salud (DSS). Se inicia con un rastreo global por medio de los motores de búsqueda, las bases de datos y los repositorios institucionales. Posteriormente se parametriza la ruta, desde las categorías imagen corporal (IC) y PSE. Las investigaciones pretenden dar cuenta de la evaluación a 15 años del programa "Salud para Todos" de la ONU de 2001, en el marco de los Objetivos Del Milenio. Se revisaron resúmenes de los productos, descartando aquellos donde la categoría PSE o sus descriptores asociados tuvieran un papel secundario. Se limitó a Latinoamérica y España por su tradición histórica colonizadora; con el ánimo de conocer la postura de esta comunidad frente al proceso globalizado de la salud en el mundo. Al grupo final se le aplican criterios parametrizados a partir de la revisión teórica, para responder los interrogantes basados en las implicaciones que tiene la PSE en el pensamiento actual de la producción científica en el campo de la actividad física; y cómo las otras categorías de análisis se ven o no manifiestas. El índice de calidad científica CASPe, determina la pertinencia de los textos. En el aspecto teórico, se encuentra que la categoría PSE, a pesar de ser muy utilizada, tiene una conceptualización difusa. Por tal motivo, se propone una definición de PSE sustentada en el pensamiento sociológico. En el aspecto empírico, al rastrear las variables con que se reemplaza la PSE en las investigaciones, se encuentran grandes diferencias y el uso de múltiples y disímiles subcategorías.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Introducción: El Ductus arterioso persistente (DAP), es uno de los defectos congénitos cardiacos más comunes, requiere manejo farmacológico y/o quirúrgico; presenta complicaciones hemodinámicas, respiratorias y muerte. Los medicamentos de elección para su manejo son indometacina e ibuprofeno, pero su costo y accesibilidad llevo al uso de diclofenaco como alternativa de manejo en algunos hospitales. Objetivo: Comparar respuesta al tratamiento con diclofenaco vs ibuprofeno en cierre de DAP. Materiales y Métodos: Estudio observacional analítico retrospectivo, que compara los resultados obtenidos al usar Diclofenaco e Ibuprofeno para el cierre del DAP en recién nacidos pretérmino. Se recolecto información de pacientes hospitalizados en la Unidad Neonatal de un Hospital II nivel de Bogotá. Se revisaron las historias clínicas de pacientes de edad gestacional entre 24 y 36 semanas por Ballard con los criterios para diagnóstico de DAP y recibieron tratamiento farmacológico con una de las siguientes opciones: Ibuprofeno 10 mg/Kg dosis inicial después 5mg/Kg a las 24 48 horas, o Diclofenaco 0.2 mg/Kg dosis cada 12 horas tres dosis. Se comparó el Diclofenaco y el Ibuprofeno para el tratamiento farmacológico de DAP en recién nacidos prematuros. Resultados: Fueron evaluados 103 pacientes, el diagnóstico de DAP se realizó con ecocardiograma transtorácico, el 66.6 % de los pacientes presentó cierre farmacológico con Diclofenaco y 69 % con Ibuprofeno, La mortalidad fue de 17.65 % con Diclofenaco y 11.54 % con ibuprofeno; en ambos casos asociadas a la prematurez. Conclusiones: El éxito farmacológico fue similar en ambos grupos, el diclofenaco es una alternativa interesante cuando la terapia convencional no esté disponible.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Debido a la problemática del sedentarismo e inactividad física en edad escolar y sus implicaciones en la aparición de enfermedades crónicas no transmisibles, surge un interés por realizar análisis cualitativos que tengan en cuenta los contextos sociales en los que se da esta problemática, con el objetivo de conocer, desde los actores inmersos en las comunidades, cómo se está llevando a cabo y cómo se entiende la actividad física; por tanto, se planteó en esta investigación un diseño narrativo en el cual se indagó, por medio de entrevistas a profundidad, acerca de las representaciones sociales y prácticas de actividad física que desarrollan 9 docentes de educación física pertenecientes a 3 colegios distritales de la Unidad de Planeamiento Zonal Tibabuyes, en la localidad de Suba en Bogotá, Colombia. Resultados: Los docentes entienden la actividad física como todo tipo de movimiento humano, así mismo, se evidencia que las prácticas deportivas son las que predominan en el ámbito escolar. En relación con las condiciones sociales, se encontró que el aspecto familiar es un limitante para el desarrollo de las prácticas físicas del estudiante. Las políticas escolares y distritales le restan importancia a las clases de educación física en el currículo escolar y la inseguridad, debido al consumo de sustancias psicoactivas en el sector, deteriora los espacios deportivos y recreativos como parques y zonas verdes.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Introducción. La hipertensión arterial es una de las patologías más representativas en términos de morbi-mortalidad y afectación de la calidad de vida de los usuarios de una EPS privada en Bogotá. Se cuenta en la literatura con múltiples prácticas para favorecer la adherencia al tratamiento de la hipertensión, pero se evidencia que en muchos pacientes no se logran las metas terapéuticas establecidas, generando a largo plazo complicaciones que impactan en la calidad de vida de los pacientes y en el costo en salud. Es por esto que en la EPS se establece desde el 2012 el programa: Ruta para la gestión del autocuidado, como una estrategia de intervención complementaria sobre los pacientes con enfermedades crónicas, con el fin de apoyar a los usuarios del programa de promoción y prevención Atención Específica integral (AEI) en el cumplimiento de las recomendaciones terapéuticas farmacológicas y no farmacológicas generadas por el equipo de salud. La ruta está dirigida especialmente al grupo de pacientes hipertensos con dificultades en la adherencia al programa de promoción y prevención, o en el logro de metas terapéuticas, y busca implementar estrategias de intervención educativa orientadas a fomentar la capacidad de las personas para adaptarse y auto gestionar los desafíos que representa convivir con el diagnóstico de una patología crónica. Por lo anterior la presente investigación busca evaluar el efecto del programa Ruta para la gestión del autocuidado en el control de cifras tensionales en pacientes hipertensos en en una EPS privada de Bogotá en el año 2015. Objetivo. Establecer si la participación en el programa Ruta para la gestión del autocuidado influye en los valores de cifras tensionales de pacientes hipertensos, graduados del programa en una EPS privada de Bogotá en el año 2015. Metodología. Estudio con enfoque cuantitativo, observacional longitudinal retrospectivo de una intervención antes y después, para evaluar el efecto del programa Ruta de gestión de autocuidado, en el control de cifras tensionales, índice de masa corporal y perímetro abdominal de pacientes con diagnóstico de hipertensión arterial afiliados a la EPS privada en Bogotá, graduados del programa entre el 1 de Enero de 2015 a Diciembre de 2015. Población del estudio 409 pacientes, con muestreo por conveniencia. La recolección de datos fue a partir de fuentes secundarias de historia clínica sistematizada de la EPS. Resultados. La población de estudio fueron 409 pacientes, de los cuales el 69,2% son mujeres (n=283). El promedio de la edad de los pacientes fue de 60,16+/-0.9 años, los mayores de 60 años son el grupo más representativo con un 54% (n=220), el estrato socioeconómico 1 es el 77% (n=315), , el tiempo de duración de la ruta de autocuidado de la población analizada más frecuente fue de 4 a 6 meses con un 60,4% (n=247) y el tratamiento más utilizado es el combinado con 53,1% (n=217). Antes del inicio de la Ruta de gestión de autocuidado, 138 pacientes tuvieron valores de tensión arterial sistólica en rangos de hipertensión, al finalizar la misma disminuyeron los valores a rangos de normalidad 96 pacientes (69,6%). De los pacientes que iniciaron con tensión arterial sistólica en rangos de normalidad (n=271), el 12,5% al finalizar la ruta tuvieron valores en rangos de hipertensión (n=34). El cambio en los rangos de tensión arterial sistólica evidenció que es estadísticamente significativo (p=0.000) con un OR de 2,8:1, lo cual indica que la variación de pacientes con valores de tensión arterial sistólica en rangos de hipertensión a valores en rango de normotensión, ocurre 2,8 veces más en quienes realizan la ruta de gestión de autocuidado que los que no. Antes del inicio de la Ruta de gestión de autocuidado, 70 pacientes tuvieron valores de tensión arterial diastólica en rangos de hipertensión, al finalizar la misma disminuyeron los valores a rangos de normalidad 56 pacientes (80%). De los pacientes que iniciaron con tensión arterial diastólica en rangos de normalidad (n=339), el 8,3% al finalizar la ruta tuvieron valores en rangos de hipertensión (n=28). El cambio en los rangos de tensión arterial diastólica, evidenció que es estadísticamente significativo (p=0.001) con un OR de 2,0:1, lo cual indica que la variación de pacientes con valores de tensión arterial diastólica en rangos de hipertensión a valores en rango de normotensión, ocurre 2 veces más en quienes realizan la ruta de gestión de autocuidado que los que no. Conclusión. La implementación de modelos educativos en la atención primaria en salud en las unidades de atención de servicios ambulatorios en la EPS, generan un impacto positivo en el control de las cifras tensionales. El tener pacientes controlados incide en la disminución de morbimortalidad, costos de hospitalización médica y mejora en la calidad de vida.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Introdução: A hipertensão arterial (HTA) surge como uma problemática atual, resultante do estilo de vida e condições sociais existentes no mundo moderno. Esta encerra em si um elevado custo social na saúde devido às co morbilidades associadas, tais como as doenças cerebrovasculares, patologias cardíacas e complicações renais que conduzem à incapacidade e à morbidade. De acordo com o estudo efetuado pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão (2014) a HTA é uma doença que acomete 42,2% dos portugueses, sendo que a maior parte são pessoas em idade economicamente ativa, aumentando consideravelmente os custos sociais por invalidez e absentismo laboral (Carrilho e Patrício, 2008). A discussão da problemática entre a hipertensão arterial versus qualidade de vida mantém-se e continua estreitamente associada à qualidade dos cuidados de enfermagem, no que respeita ao controlo e gestão desta doença crónica (Erikson [et al]., 2004; Kiran [et al.], 2010, Saboya [et al.],2010). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os fatores de risco etiologicamente associados à doença crónica advêm do estilo de vida, geradas através das opções individuais ao longo do ciclo vital (Direção Geral de Saúde, 2003). Nesta medida, intervir sobre estes determinantes surge como uma estratégia de saúde fundamental, que permitirá obter ganhos significativos, quer na redução da prevalência de doenças crónicas, quer nos custos económicos sociais e individuais que lhe estão associados. Entenda-se como estilo de vida, o conjunto de hábitos e comportamentos de resposta às situações do dia-a-dia, aprendidos através do processo de socialização e constantemente reinterpretados e testados ao longo do ciclo de vida e em diferentes situações sociais (Idem). Objetivos Caracterizar o perfil da população hipertensa inscrita na Consulta do Hipertenso da Consulta Externa do Serviço de Cardiologia de um centro hospitalar central segundo as variáveis sociodemográficas, clínicas, estilo de vida e perceção da qualidade de vida; Compreender a relação entre o estilo de vida e a perceção da qualidade de vida; Analisar as dimensões da qualidade de vida e estilo de vida mais afetadas e correlacioná-las entre si; Validar culturalmente o instrumento de medida Mini Questionário da Qualidade de Vida na Hipertensão Arterial (MINICHAL), para a população portuguesa. Metodologia Foi efetuado um estudo descritivo, analítico de corte transversal e abordagem quantitativa com a utilização do instrumento específico de avaliação de qualidade de vida (Mini Questionário da Qualidade de Vida em Hipertensão - MINICHAL) e estilo de vida (Estilo de Vida Fantástico de McMaster University). Para a recolha de dados utilizou-se um instrumento com duas partes, sendo uma a caracterização sociodemográfica e clínica dos sujeitos e a outra composta pelas duas escalas supra referidas. População/Amostra: Utentes hipertensos inscritos na Consulta do Hipertenso na Consulta Externa (CE) de um centro hospitalar central. Amostra do tipo não-probabilística acidental.Critérios de Inclusão: Aceitar participar voluntariamente do estudo; Ter mais de 18 anos; Saber ler, escrever e interpretar o texto; Ter condições clínicas e psicológicas para participar no estudo; Ter o diagnóstico clínico de HTA. Procedimentos Éticos: Comissão ética da ESEnfC; Comissão ética CHUC/HUC; Consentimento informado e esclarecido. Resultados: Características da amostra: média de 62,7 anos; 50,5% sexo masculino; 61% provenientes do meio rural; Casado (67,6%), viúvo (21,9%), solteiro (6,7%) e divorciado (3,8%); 42,9% possuem o quarto ano de escolaridade, 14,3% licenciatura, 10,5% o 12ºano de escolaridade, 8,6% sem habilitação; 49,5% dos indivíduos inativos. Caracterização clínica da amostra: Média da PA normal alta (Sociedade Portuguesa de Cardiologia, 2007), 58 com patologia associada: 11,4% diabetes mellitus, 7,6% problemas ósseos; 6,7% dislipidémia, 4,8% antecedentes de AVC, 3,8% neoplasias, 2,9% patologia endócrina, 2,9% SAOS, 1,9% miocardiopatia dilatada, 1,9% IRC, 1% arritmias, 1% aterosclerose, 1% ICC; 41% score de risco cardiovascular muito alto; periodicidade de avaliação da PA: 34,3% semanalmente, 21% mensalmente, 13,3% diariamente, 12,4% em SOS, 11,4% mais do que um mês entre avaliações e 7,6% não avalia; Avaliação da PA: 30,5% o próprio, 23,8% pelo enfermeiro, 20% por familiar, 7,6% pelo médico bem como por ajudantes remunerados, 6,7% por outros sujeitos não identificáveis e 3,8% por vizinhos; 88,6% cumpre terapêutica anti-hipertensora, contrapondo-se os 6,7% que não tomam. 4,8% são atribuídos aos utentes que se esquecem do seu cumprimento; 26,7% referiram ter tido um evento cardíaco; 55,2% refere ter necessidade de cuidados médicos regulares (tratamentos, medicação, análises) e 6,7% refere ter deixado de comprar medicamentos ou fazer tratamentos mesmo tendo receita médica; justificações acerca da não adesão terapêutica: financiamento (2,9%), experiências negativas (1,9%), medo (1%) ou desaparecimento dos problemas (1%). Mini Questionário da Qualidade de Vida em Hipertensão Arterial (MINICHAL): O score total da QV foi em média 10,26. Uma vez que para valores aproximados do zero (0) correspondem uma melhor perceção de QV e sendo que o valor máximo do MINICHAL se situa no score 51, podemos evidenciar uma boa perceção de QV para a nossa amostra. Estilo de Vida Fantástico: Média de 83,2. Os elementos da amostra situam-se entre um bom estilo de vida proporcionando muitos benefícios para a saúde e um excelente estilo de vida, proporcionando uma ótima influência para a saúde. Os domínios atividade física/associativismo, nutrição, tabaco e comportamentos de saúde e sexuais, são aqueles que evidenciaram piores scores e, consequentemente, aqueles que deverão ser trabalhados de forma a otimizar o seus estado de saúde. Validação MINICHAL: A análise global evidenciou boa sensibilidade (medidas de tendência central variam entre 0,2 e 1,019); o valor de significância do teste de Bartlett mostrou-se menor que 0,0001, o que possibilita confirmar a possibilidade e adequação do método de análise factorial; a Correlação anti-imagem: podemos verificar que todos os valores de medida de adequação de amostragem (MSA) são superiores a 0,5, o que indica que a análise pode seguir sem remoção de itens; as Comunalidades associadas a cada variável são aceitáveis; As Matrizes de componentes foram adequadas; revelou boa consistência interna, revelando um bom alfa de Cronbach (?) para o total dos 10 itens da referida dimensão (?=0,799). Os valores de consistência interna apresentam um bom alfa de Cronbach (?) para o total das dimensões do MINICHAL (?=0,859). A correlação entre ambas as partes é de 0,653 e o coeficiente Spearman Brown revela boa consistência (0,790), assim como o coeficiente Guttman Split-Half com 0,790. Nesta linha de orientação, o MINICHAL apresenta boa homogeneidade. Na figura seguinte é evidenciada a análise inferencial (fatores preditores para o MINICHAL (estado mental e manifestações sométicas). Discussão / Conclusões A qualidade de vida é uma conceção subjetiva que sofre influência de inúmeros fatores próprios da existência humana, sendo que a qualidade de vida relacionada com a saúde procura delimitar esses fatores para aqueles mais diretamente ligados à condição física, psíquica e social do indivíduo. A medida da qualidade de vida em pessoas com hipertensão, a partir do MINICHAL, corresponde a uma tentativa de avaliação dos principais fatores ligados à condição clínica que podem influenciar a sensação de bem-estar, permitindo orientar as intervenções de saúde para aspetos que possam impactar positivamente a qualidade de vida. Esta investigação, para além de ter permitido adaptar e validar um questionário, possibilitou averiguar e analisar a perceção da qualidade de vida relacionada com o estilo de vida, chegando-se às seguintes conclusões: a perceção da qualidade de vida é influenciada positivamente com estilos de vida salutares nomeadamente nas dimensões relacionadas com o apoio social (família e amigos); repouso e evicção de stress; análise positiva sobre si e sobre a sua vida (introspeção); comportamentos de saúde e sexuais responsáveis. Por outro lado, evidenciámos que o tabagismo e o consumo de álcool tiveram uma relação direta com a perceção da qualidade de vida, ou seja, indivíduos com referência a consumo de substâncias referiram melhor perceção de qualidade de vida. Esta ocorrência pode ser sugerida pelo facto de que tais hábitos propiciam gratificação emocional, de modo que o indivíduo busca alívio da angústia através de substitutos que proporcionam satisfação. Uma vez que a população estudada se insere numa consulta de hipertensão onde os utentes têm a sua situação clínica monitorizada e, dado que estes apresentam globalmente uma boa perceção de qualidade de vida e estilos de vida adequados, leva-nos a considerar que tal facto se pode dever precisamente à especificidade do acompanhamento efetuado pela equipa multidisciplinar.

Relevância:

10.00% 10.00%

Publicador:

Resumo:

Introdução Actualmente, o Enfarte Agudo do Miocárdio é uma patologia que afeta uma larga percentagem da população cada vez mais jovem e é responsável por alterações na qualidade de vida da pessoa, com repercussões na vivência quotidiana a nível familiar, social e profissional. As repercussões desta patologia podem afetar a pessoa a vários níveis, ameaçando não apenas a actividade quotidiana, mas criando ansiedade e muitas preocupações. Neste contexto referem, Hatchett e Thompson (2006, p.IX), "o estudo nacional de doentes com antecedentes de doença coronária publicado em 2000, dá a conhecer os aspetos considerados pelos doentes como mais importantes, apresentando desafios a enfermeiros (...) no sentido de proporcionar (...) conforto físico e dignidade, comunicação e informação". Desta forma o cuidado cardíaco tem vindo a desenvolver-se baseado num extenso número de evidências que apoiam as muitas intervenções, com o objetivo de satisfazer as necessidades da pessoa, reduzir o sofrimento e tornar mais rápida a recuperação. Assim, a preparação da alta hospitalar, é um processo que é parte importante do plano de tratamento, sendo um cuidado fundamental na prática de enfermagem e deve ser uma ação contínua, permanente e evolutiva, pelo que deve ser considerada fulcral no processo do cuidar. Objetivos Identificar o conhecimento da pessoa sobre fatores que influenciaram a ocorrência do EAM; Identificar as preocupações da pessoa com EAM, na preparação para a alta hospitalar; Perceber se a pessoa considera importante após o EAM mudar os seus hábitos de vida; Identificar a informação que a pessoa com EAM considera pertinente na preparação para a alta hospitalar. Metodologia Tendo em conta a questão de investigação: Como vivencia a pessoa com Enfarte Agudo do Miocárdio a preparação para a alta hospitalar? e os objetivos, a opção metodológica incide sobre uma pesquisa qualitativa e face à natureza do fenómeno utilizaremos uma abordagem fenomenológica, por considerarmos ser o mais adequado para uma análise detalhada e aprofundada do fenómeno em questão, sendo que, os participantes são aqueles que verdadeiramente vivem a experiência. Neste sentido considerou-se Fortin (2009), que se baseia em procurar compreender a significação das descrições que as pessoas fazem da sua experiência. De acordo com Loureiro (2002), o método fenomenológico permite aceder à realidade do fenómeno, tal como ele se manifesta. Assim todo o processo de investigação tem por base, a vivência da pessoa que sofreu um Enfarte Agudo do Miocárdio na preparação para a alta, partilhada através de entrevistas semiestruturadas. As essências e significados desta vivência foram analisados seguindo as etapas processuais preconizadas por Giorgi. Os participantes são doentes internados num Serviço de Cardiologia, foram seleccionados dez participantes.de acordo com determinados critérios de elegibilidade, recorrendo-se à amostragem intencional e ao princípio da saturação da informação. Resultados Dos dez doentes que constituem os participantes do estudo, sete são do sexo masculino, os retantes de sexo feminino. Relativamente ao estado civil são na sua maioria casados, sendo apenas uma participante solteira. As idades estão compreendidas entre os 35 e os 82 anos, encontrando-se a maioria dos participantes na faixa - etária dos 50-70 anos. Para a análise da informação seguimos um processo centrado na abordagem fenomenológica, de acordo com a orientação metodológica proposta por Giorgi (2010), propondo-se a descrição da vivência da pessoa com EAM na preparação para a alta, ficando assim ligada aos enunciados verbais dos participantes. Assim, após várias leituras das entrevistas, objetivando a análise metódica das informações obtidas e encontrar a essência do fenómeno, permitiu-nos extrair descrições da experiência significativas e organizá-las em grupos, que designamos por Constituintes Essenciais (esquema) de modo a melhor contextualizar e compreender os achados do estudo. Esquema - Representação esquemática dos Constituintes e relações do fenómeno em estudo ENFERMEIRO Discussão Os participantes que integram o estudo, perante a vivência de um enfarte agudo do miocárdio e a preparação para a alta hospitalar, percecionam como causas da ocorrência da doença vários agentes, alguns participantes referem o stress, sedentarismo, e o excesso de trabalho inerente à sua atividade profissional, outros referem fatores sociais e psicológicos como ansiedade e nervosismo, situações familiares e situações acidentais. Considerados agentes clínicos, a HTA, a aterosclerose, a obesidade, a hipercolesterolémia associada ao abandono da medicação, também foram referidos como causas da ocorrência, ainda outros factores se apresentam, caso do tabaco e o tipo de Alimentação, que foram mencionados como hábitos de vida por vários participantes, a inexistência da prática de exercício físico, apenas foi manifesta por um participante. Neste contexto, os participantes percecionam causas diferentes para o evento. Assim, a vivência desta doença gera preocupações. Decorrentes da própria doença, limitações funcionais na realização das actividades, que são verbalizadas como, o abandono de esforços físicos, a sexualidade, sintomas da doença, afastamento da ocupação de lazer. São vividas as preocupações com o futuro profissional, de alterações do regime alimentar, da dependência e cumprimento da medicação após a alta hospitalar, a adaptação às implicações da doença, o apoio familiar também ele emerge do discurso como preocupação da doença. Uma reestruturação nos hábitos de vida é apontada pelos participantes, conjecturando com vontade, alterações na actividade física, alterações alimentares, gestão de emoções, há ainda quem aborde uma adaptação à nova condição de vida. Quanto à informação valorizada na preparação para a alta, os participantes referem que foram esclarecidos alguns aspetos, mas desejam mais esclarecimentos, realçam ser fundamental serem informados sobre a doença, sobre a sua situação. A informação transmitida deve ser adaptada à pessoa e ser precisa e concisa, há mesmo um participante que refere que deve ser transmitida de uma forma gradual. Expressam necessidade de informação e esclarecimentos específicos relativos às limitações da doença, à atividade física, alimentação, sexualidade, orientações na medicação e orientação para consultas médicas. A informação escrita é referida como complemento da informação oral. O enfermeiro é salientado como o profissional do qual esperam orientações e esclarecimentos perante a situação da doença e perante a alta hospitalar. Conclusões As principais conclusões da investigação foram: A ocorrência do EAM, é vivida como uma situação de "doença inesperada", trazendo incertezas e debilidades à pessoa. As pessoas ao vivenciarem um EAM relacionam a causa da doença, com hábitos de vida, fatores clínicos adquiridos ou situações com que se deparam no dia-a-dia, como situações familiares ou sociais desencadeadoras de fragilidades Na preparação para a alta, são vivenciadas pelas pessoas preocupações quanto ao futuro a vários níveis. Perante a vivência da doença as pessoas ao interiorizarem o que sucedeu e os riscos de saúde, perspetivam reestruturar estilo de vida e criar estratégias de adaptação à doença. Na preparação para a alta, a informação é valorizada como fundamental e de extrema importância, sendo solicitados alguns aspetos. É vivenciada a necessidade de mais esclarecimentos e de forma personalizada. A informação escrita é um complemento da oral. No processo da preparação para a alta o enfermeiro é considerado o profissional de quem a pessoa com EAM espera intervenções de educação para a saúde, adequadas à sua situação, reconhecendo competência profissional ao enfermeiro nos cuidados prestados. Os contributos práticos essências da investigação evidenciaram o facto de que, o sermos enfermeiros a cuidar de pessoas, exige-nos uma atitude reflexiva, sobre o modo como avaliamos as suas necessidades, e que possamos contribuir para fomentar a reflexão sobre a prática profissional diária no cuidar o doente com EAM, podendo levar a transformações que se coadunem com qualidade nos cuidados.