973 resultados para Cálculos renais
Resumo:
Dez amostras de cálculos renais foram estudadas por Análise Elementar de CHN (EA), Espectroscopia de Absorção no Infravermelho (IV) e Difração de raios X pelo método de Pó (XRD). O comportamento térmico das amostras foi estudado por Termogravimetria/Termogravimetria Derivada (TG/DTG) e por Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC). Os resultados de EA, Espectroscopia de Absorção IV e XRD mostraram a presença de estruvita [NH4Mg(PO4).6H2O], apatita, oxalato de cálcio monohidratado e oxalato de cálcio dihidratado. As curvas TG e DSC permitiram classificar as amostras em dois grupos diferentes: Grupo I mostrando comportamento térmico típico de estruvita e Grupo II apresentando um perfil termoanalítico característico de mistura de oxalatos.
Resumo:
A urolitíase é um problema de escala mundial, que ocorre em todas as regiões, culturas e grupos raciais. A incidência desta doença vem aumentando ao redor do mundo e dados mostram que no Brasil estima-se que são afetados 5% da população com uma taxa de recorrência de 2,5%. Conhecer a composição mineral e estrutura interna dos cálculos é um passo importante para tentar entender melhor a fisiopatologia desta doença. Quatro cálculos urinários infecciosos, íntegros de grande volume (diâmetro maior que 20 mm), sendo dois provenientes da bexiga e dois de rins, obtidos cirurgicamente no setor de urologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE/UERJ) foram analisados usando microtomografia (μCT) e difração de raios X por policristais (DRXP). As imagens microtomográficas foram obtidas usando tubo de raios X microfoco na estação TomoLab e radiação síncrotron (SR-μCT) na linha de Física Médica, ambos no Laboratório Síncrotron Elettra, Trieste, Itália. As medidas de DRXP foram realizadas na linha de Difração de Raios X do Laboratório Nacional de luz Síncrotron, Campinas, Brasil. Para os cálculos de bexiga foram encontradas quatro fases cristalinas: estruvita (STV), oxalato mono (COM) e dihidratado (COD) e hidroxiapatita (HAp). Nos cálculos renais foram encontrados STV e HAp, sendo predominante a primeira fase cristalina. A quantidade de material amorfo (não-cristalino) foi maior que 60% da composição das amostras. A técnica convencional utilizada foi eficaz para análise dos cálculos urinários inteiros e possibilitou a visualização de estruturas internas sem interferência de procedimentos prévios de preparação da amostra. As análises de DRXP com fonte síncrotron aliadas ao método Rietveld foram determinantes para identificação e quantificação dos minerais presentes nas varias camadas das amostras. Pode-se constatar a complementaridade entre a μCT e a DRXP para caracterização microestrutural e mineralógica de cálculos urinários humanos.
Resumo:
Hiperoxalúria ocorre após ressecção extensa do intestino delgado na presença de um colon intacto. De 1984 a 1997, 40 pacientes com ressecção de intestino delgado, extensão maior do que 30cm, foram estudados com o objetivo de se avaliar a prevalência de litíase renal nesta população e alterações metabólicas associadas. Sete pacientes, correspondendo a 17,5% da população em estudo, desenvolveram um ou mais cálculos renais durante o período de observação correspondendo a uma incidência de 3,1 casos por 100 pessoas/ano. Os pacientes foram então divididos em dois grupos. Grupo 1 formado por 33 pacientes com ressecção intestinal que não formaram cálculos renais durante o período de observação e o Grupo 2 com 7 pacientes que formaram um ou mais cálculos renais após a ressecção intestinal. A excreção urinária de oxalato foi, em média, maior no grupo 2, que desenvolveram litíase renal, comparado com o grupo 1, não formadores de cálculos renais (49,2±23,8 mg/24horas Vs 30,6±3,4 mg/24h, p=0,004). De forma oposta, o magnésio foi menor nos pacientes formadores de cálculos renais comparado com os pacientes não formadores de cálculos (54,5±17,9 mg/24horas Vs 94,9±8,5 mg/24horas, p=0,028), assim como o citrato também foi menor nos pacientes com cálculo renal, mas sem diferença do ponto de vista estatístico (265,9±55,8 mEq/24horas Vs 404,8±49,7mEq/24horas, P= 0,278). Este estudo mostra que novos cálculos urinários podem ser detectados em um número significativo de pacientes que se submetem à cirurgia de ressecção do intestino delgado, provavelmente associado ao aumento da excreção de oxalato e diminuição de, pelo menos, um dos inibidores da cristalização de oxalato de cálcio, o magnésio. Por isto, se torna importante a monitorização destes pacientes, regularmente, mesmo após vários anos da cirurgia. É importante a monitorização pelo menos do oxalato e magnésio, na urina de 24 horas, já que ambos estão associados a um maior risco de desenvolvimento de cálculos renais.
Resumo:
A patogênese dos cálculos coraliformes é assunto controverso, mas a maioria dos autores considera a infecção urinária por germe produtor de urease como o principal e, às vezes, único mecanismo de formação e crescimento destes cálculos. Neste estudo, avaliamos os resultados da aplicação de um protocolo de pesquisa de distúrbios metabólicos associados à litíase renal em 42 pacientes portadores de cálculo coraliforme, provenientes do Ambulatório de Urolitíase do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, e comparamos os resultados com um grupo de referência, sem doença litiásica. Na nossa amostra, encontramos indivíduos principalmente do sexo feminino (35 : 7), com idades entre a 4ª e a 5ª décadas de vida. Encontramos pelo menos uma alteração metabólica em 66% dos pacientes estudados. A hipercalciúria esteve presente em 40% dos pacientes, seguida de hiperuricosúria (24%), hipocitratúria (16%) e hiperoxalúria marginal (13%). Em 34% dos pacientes não se detectou alterações metabólicas. A infecção urinária esteve presente em 67% das histórias clínicas, mas somente 45% das uroculturas foram positivas. Concluímos que, na amostra estudada, 66% dos pacientes portadores de cálculo coraliforme apresentam, pelo menos, um distúrbio metabólico associado à litíase renal, o que justifica a aplicação rotineira deste protocolo, permitindo a instituição de medidas terapêuticas adequadas a este grupo de pacientes.
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A litíase renal é uma doença comum, com prevalência estimada em 5 a 10% da população. Sua etiopatogenia é multifatorial, com a participação de fatores genéticos, nutricionais, sócio-econômicos, ambientais, metabólicos, anatômicos e infecciosos. A dieta tem papel relevante na formação e crescimento de cálculos renais. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil alimentar, principalmente a ingestão de cálcio, dos pacientes com litíase em atendimento ambulatorial. Foram avaliados 37 pacientes litiásicos (17M/20F, 46 ± 11 anos) e 45 controles (20M/25F, 44 ± 13 anos). Os litiásicos apresentaram média de Índice de massa corporal (IMC) maior que os controles (26 ± 4 vs 24 ± 3 kg/m2, P= 0,01). Foi utilizado o método de registro alimentar de quatro dias, incluindo três dias da semana e um domingo. Observou-se uma ingestão significativamente maior entre os controles quanto a calorias totais, kcal/kg de peso atual/dia, proteínas/kg de peso atual/dia, lipídios totais, percentual do valor calórico total em lipídios e cálcio (582±229 vs 949±480mg/dia). Desmembrando o registro alimentar de quatro dias, observou-se diferença significativa quanto a ingestão de cálcio tanto nos dias referentes à semana (608±289 vs 951±465mg/dia, P<0,001) quanto no domingo (556±276 vs 947±553mg/dia, P<0,001), entre casos e controles, respectivamente. Através da análise da regressão linear múltipla, corrigindo para IMC, renda, idade e sexo, observou-se maior ingestão de cálcio no grupo controle, nos registros alimentares estudados (P< 0,02). Em conclusão, os resultados do presente estudo mostram que, na amostra estudada, os pacientes litiásicos ingerem uma menor quantidade de cálcio que os indivíduos normais, tanto no registro alimentar de quatro dias, três dias e no domingo, podendo contribuir como mais um fator de risco para o desenvolvimento da urolitíase.
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Nephrolithiasis (kidney stones) can be seen as a common clinical condition responsible for substantial economic, social and psychological costs, due to its high morbidity, especially since it affects adults in their productive phase. Its development in the urinary tract is a complex and multifactorial process. The majority of kidney stones are made of calcium oxalate. A lot of plants are used to treat nephrolithiasis and they often exhibit calcium oxalate crystals in the parts that are employed for this medicinal purpose, representing a possible risk. In this light, we performed a literature review via the databases Scielo, PubMed and Medline and found 28 articles reporting the traditional use of plants in the treatment of nephrolithiasis. The occurrence of calcium oxalate crystals was indicated in 19 species. We argue that the use of these plants could give rise to adverse effects in people who are prone to form calcium oxalate stones in the kidney.
Resumo:
Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas - FCFAR
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Pós-graduação em Agronomia (Horticultura) - FCA
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Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas - FCFAR
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014
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Chitin is the second most abundant polysaccharide in nature and its derivative chitosan has been widely studied due to its unique chemical and pharmacological properties. However, studies show that when this molecule is used as food, drug, etc. it tends to accumulate in renal tissue and promotes an increase in calcium excretion. Nevertheless, the effect of chitosan on the formation of calcium oxalate (OxCa) crystals has never been evaluated. The formation of kidney stones (urolithiasis) is the disease that most often affects the kidneys and the urinary system. In addition, this is a disease with high prevalence and recurrence. Many molecules with antioxidant activity have been shown to decrease the potential for in vitro OxCa crystals formation. Thus, the aim of this study was to evaluate the effect of low molecular weight chitosan and its derivatives conjugated to gallic acid (AG) as antioxidant and inhibitor of OxCa crystals formation. The physico-chemical analysis confirmed the identity of chitosan. This molecule was subjected to five antioxidant tests and showed an excellent copper chelating activity. However, chitosan did not show other significant antioxidant activity. When chitosan was subjected to in vitro crystal formation tests, it increased the number of OxCa monohydrate crystals, modified the morphology of the crystals, modified the proportions between populations of crystals in solution and increased the zeta potential of these crystals formed. Four molecules of chitosan conjugated with GA were obtained. The physico-chemical analysis confirmed that chitosan and AG were covalently bonded. However, the amount of GA liked to chitosan did not increase even when 10 times more GA was used in experiment. When these derivatives were subjected to antioxidant tests, all chitosan conjugates showed higher antioxidant potential than their precursors. However, they showed different activity between them, which indicating that the position where AG is conjugated is an important factor for chitosan-GA activity. When conjugated chitosans were submitted to in vitro crystal formation tests, a reduction in the crystals number was observed when compared with those formed in the presence of unconjugated chitosan. Chitosan has a strong capacity for inducing OxCa monohydrate crystal formation, as well as modify their morphology and zeta potential. Over all, the process of conjugating AG to chitosan led to an increase in antioxidant potential of this molecule and was also able to decrease its capacity of inducing in vitro crystal formation
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
Desenvolvemos nesta dissertação um método híbrido direto para o cálculo do fator de desvantagem e descrição da distribuição do fluxo de nêutrons em sistemas combustível-moderador. Na modelagem matemática, utilizamos a equação de transporte de Boltzmann independente do tempo, considerando espalhamento linearmente anisotrópico no modelo monoenergético e espalhamento isotrópico no modelo multigrupo, na formulação de ordenadas discretas (SN), em geometria unidimensional. Desenvolvemos nesta dissertação um método híbrido direto para o cálculo do fator de desvantagem e descrição da distribuição do fluxo de nêutrons em sistemas combustível-moderador. Na modelagem matemática, utilizamos a equação de transporte de Boltzmann independente do tempo, considerando espalhamento linearmente anisotrópico no modelo monoenergético e espalhamento isotrópico no modelo multigrupo, na formulação de ordenadas discretas (SN), em geometria unidimensional. Descrevemos uma análise espectral das equações de ordenadas discretas (SN)a um grupo e a dois grupos de energia, onde seguimos uma analogia com o método de Case. Utilizamos, neste método, quadraturas angulares diferentes no combustível (NC) e no moderador (NM), onde em geral assumimos que NC > NM . Condições de continuidade especiais que acoplam os fluxos angulares que emergem do combustível (moderador) e incidem no moderador (combustível), foram utilizadas com base na equivalência entre as equações SN e PN-1, o que caracteriza a propriedade híbrida do modelo proposto. Sendo um método híbrido direto, utilizamos as NC + NM equações lineares e algébricas constituídas pelas (NC + NM)/2 condições de contorno reflexivas e (NC + NM)/2 condições de continuidade para determinarmos as NC + NM constantes. Com essas constantes podemos calcular os valores dos fluxos angulares e dos fluxos escalares em qualquer ponto do domínio. Apresentamos resultados numéricos para ilustrar a eficiência e a precisão do método proposto.